Quem controla o mundo?

Pela rua um menino caminhava, voltava pra casa da brincadeira quando uma senhora o parou. Ainda com os joelhos ralados, ele a atende.

- Meu jovem, você está indo para sua casa?

- Sim, mas eu não devia falar com você. Mamãe disse pra não falar com estranhos.

- Hehehe, sua mãe é muito sábia... só gostaria de deixar esse panfleto com você para entregar a ela.

Ele lê baixinho o título "Quem controla o mundo? Deus? O Homem? Nenhum dos dois?"

Então a senhora continua.

- Você sabe?

- Olha, lá em casa quem manda é mamãe, mas ela vive dizendo que eu estou fora de controle.

- Mas você não acha que existe algo maior que ela controlando tudo?

- Meu pai é maior que ela. Mas pra ser sincero acho que ele não controla ninguém não.

- Sim, mas...

- Outro dia ele disse que mamãe é a mandachuva lá em casa, que tenho que obedecer ela, e que ele também obedece ela.

- Mas você não acha que Deus manda mais que sua mãe? - A senhora sorri, tentando fazer o menino pensar.

- A vovó vai na igreja. Diz ela que é pra falar com Deus. Eu nunca falei com ele. Acho que só fala com gente grande. Ela fica o dia todo falando com ele, eu prefiro brincar.

- Sim, mas é importante que você...

- Ah já sei! Na escola a professora disse que as forças da natureza controlam o mundo! Eu também acho.

- E quem controla as forças da natureza? - A senhora agora começa a demonstrar impaciência com o menino.

- Depende da força. Olha o mar quem controla eu acho que é o vento. Uma vez papai me disse que o bom é ser livre como o vento. Acho que ninguém controla ele então.

- Certo meu jovem. É importante que você conheça Deus, você não tem medo que satanás volte?

- Ah eu tinha medo de fantasma. Algum deles chama satanás? Mas eu perdi o medo, um dia meu cachorro, viu um e saiu latindo, ele espanta os fantasmas. Agora quando eu acho que ouço um eu lato e fica tudo bem.

- Seu cachorro viu um fantasma?

- Viu! Acho que ele tava tentando entrar em casa. Do nada meu cachorro saiu latindo pra porta, mas quando eu fui olhar não tinha nada lá. Só umas cartas no chão. Mas eu não ouvi nada.

- Olha, o que quero tentar dizer é que é importante você conhecer Deus. Ele é o Senhor!

- Qual senhor? Aquele que mora ao lado?

- Ao lado e em em todo lugar.

- Ah mas isso é uma mentira, porque eu sei bem que o senhor mora no 14. Ele tem uma porção de animais, e mora sozinho. Até tartaruga ele tem!

- Sim, mas não é...

- Eu adoro animais. Eles são fáceis de entender. Gente grande é complicada...

- Por que acha isso?

- A senhora por exemplo. Podia ta brincando, já que não tem dever de casa, mas ta aqui no sol. Querendo descobrir quem manda no mundo. Essa saia não esquenta não? - o menino passa a mão na saia comprida da mulher, antes dela se afastar.

- Olha... faça assim meu jovem, vá pra casa e entregue esse panfleto que te dei para sua mãe e leve mais esses dois para sua avó e seu pai ok?

- Ta certo! Tchau!

E o menino saiu correndo em direção ao portão de casa. A senhora continuou seu caminho, distribuindo seus panfletos enquanto pensava como estava fazendo calor.

Naquela tarde o menino se divertiu muito com os aviões de papel que fez. Aqueles panfletos tinham a textura perfeita para fazer os que voam mais longe.

Contato imediato

A apreensão  tomava conta de seu corpo, nessa altura dos acontecimentos toda a nave já havia  sido vítima da criatura. Armado até os dentes com lança-chamas e granadas de  fumaça já não sabia mais se era o caçador ou a caça. Como é possível que uma  gosma preta com aproximadamente 10 cm pudesse derrubar 2 adultos, uma criança e  um cachorro apenas tendo contato com a pele?

Os  nervos pareciam que se partiriam, de repente "AHHH" uma goteira vinda da  ventilação quase o mata do coração quando cai em sua frente. Respira fundo. E  continua...

Com  os óculos especiais de calor avista a criatura. Ela é mais rápida do que  imaginava, não há tempo para atirar!

De  frente para o monitor assistindo apreensivo ao filme, penso como o herói irá se  safar dessa e no mesmo momento percebo algo com o canto do olho se movendo  entre a estante e a porta. Ainda assustado pelo filme, mas calmo e movido pela  curiosidade viro lentamente a cabeça para ver o que se move ali e percebo que o  vulto tem a mesma reação!

Incrédulos,  eu e o vulto, ficamos nos observando por aproximadamente 3 segundos que  pareciam parar o tempo, pensando: "Que diabos?!"

Rapidamente  quando termina o estranhamento o ratinho que me observava da porta e eu caímos em  si do perigo para ambos e num movimento quase "the fláshico" ele volta correndo  para baixo da estante, enquanto eu... Bem eu faço o que qualquer homem de 20  poucos anos faria. "MÃEEEE!"

Ora,  não me leve a mal, mato quantas baratas e insetos forem necessários, removo  quantos lagartixas forem precisas, lido com quantas lacraias estiverem  incomodando, mas UM RATO?! Ele te observa com os olhinhos cheios de expressão,  tem reações inteligentes, aparenta saber coisas que você não sabe, ELE ESPIRRA!  Definitivamente não iria subir em uma cadeira e gritar, mas com certeza não  colocaria minhas mãos nele para colocá-lo para fora e muito menos cometeria o  assassinato de meu parente mamífero.

A  cena a seguir seria hilária se não fosse trágica, com a ajuda da minha mãe  armada de uma vassoura, já não sabendo mais se eu era o caçador ou se havia me  tornado a caça, juntos fechamos todas as entradas da casa e abrimos caminho  para a saída, fizemos o rato correr de baixo da estante que como um raio tentou  fugir para o banheiro, mas sem perceber que a porta estava fechada, assustado,  bateu com a cabeça nela, ainda zonzo, se dirigiu a sala, que tinha caminho  livre, pois não havia porta barrando o caminho, mas se deparou comigo assustado, tentando  assustá-lo, o que surpreendentemente deu certo.

Em um  desfecho incrível, minha mãe da uma vassourada no pequeno invasor que,  provavelmente, o fez ter a viagem mais rápida de sua vida. Da copa para o lado  de fora da casa em menos de 1 segundo.

Nessa  altura do campeonato, a criatura correu para baixo da escada do quintal, onde  ficam as ferramentas, envolto na noite escura, com a promessa de que  retornaria.

Hugh Harman e Rudolf Ising, os padrinhos da animação

Hugh Harman e Rudolf Ising

Você já deve ter ouvido por aí que o dinheiro move o mundo, bom esses dois caras são a prova viva disso. Hugh Harman e Rudolf Ising são nada mais nada menos do que os responsáveis pela criação dos maiores estúdios de animação que já existiram. São eles que criaram o estilo de animação e alguns dos personagem que tornaram possível a existência do Mickey, Tom e Jerry, Pica pau, Looney Tunes, e por aí vai.

Mas se eles não criaram esses personagens, como exatamente são os responsáveis? Acontece que eles formaram os times responsáveis e desenvolveram juntos, técnicas e personagens que fizeram possível o início de estúdios de animação como Walt Disney pictures, Warner Bros Pictures e Metro Goldwyn Mayer (MGM), ajudaram particurlarmente em coisas como aquele estilo do pica-pau loucão, do topete pra cima, na criação do conceito do próprio Mickey. O caso é que o estilo deles era único e reconhecível por qualquer um que fosse fã de desenhos animados. Em outras palavras, eles foram os caras que fizeram você se apaixonar por desenhos animados quando criança.

Você já deve ter escutado alguém dizer coisas como “eu gostava dos primeiros desenhos do Tom e Jerry, os mais novos são bons, mas os antigos são melhores”. Isso porque Harman e Ising tinham um  estilo de animação e desenho todo único, davam personalidade aos desenhos. Mas se eles eram tão bons porque não existem personagens criados 100% por eles? Como eu disse, o dinheiro move o mundo, simplesmente por falta de recursos. Os donos de estúdios eram os donos da bola, quem tinha o dinheiro que fazia o mundinho da animação girar. Harman e Ising tiveram inclusive os direitos de um de seus personagem tirados deles por causas contratuais. Tentaram inclusive criar seu próprio estúdio de animação, mas sem sucesso.

Mas nem tudo são lágrimas, quer ver que você conhece o trabalho deles? Lembra de uns desenhos muito bacanas que passava na Rede Globo, BEM cedo, quase de madrugada, intitulados “Biblioteca de Desenhos Animados”? Pois é, muitos desses desenhos foram feitos por essa dupla enquanto trabalharam para a MGM. No Brasil conhecemos como “Biblioteca de Desenhos Animados”, mas essa série se chamava “Happy Harmonies” a Hugh Harman and Rudolf Ising Cartoon.

Se você quiser matar saudade de alguns desenhos da “Biblioteca de Desenhos Animados” aqui vai alguns deles:

The First Swallow

The Chinese Nightingale

Good Little Monkeys

To Spring

Por causa dessa dupla os primeiros grandes estúdios de animação existiram e abriram caminho para outros mais atuais.

Reencontro

– Mário!!
– Lucinha! Não acredito. É você mesma?
– Claro que sou, como você está?
– Estou ótimo, nossa, faz o que? 5 anos? 6?
– 7 anos, mas quem está contando?
– Você está linda, o que tem feito?
– Ah, você sabe, cuidando de mim.
– Fiquei sabendo que casou com… quem mesmo foi? O Pedro?
– Isso, mas terminou, separamos ano passado.
– Ah que pena.
– Não, não sinta. Durou 1 ano, mas não era pra dar certo.
– Ah vá, eu lembro que quando namorávamos você vivia dizendo que achava ele bonito.
– Verdade, mas com o tempo a gente conhece melhor, não é? Eu e o Pedro não tínhamos química. Pensando bem, não tínhamos
química, história, geografia, matemática…
Mário sorri – pelo menos eu e você temos história né Lucinha?
– Isso é verdade! Como aprontamos! Lembra daquela vez?
– Que fugimos da sua mãe!
– Pelos fundos da festa do Robertão! Hahahaha.
– Hahaha.
– Bons tempo né Má?
– Bons tempos.
Um silencio agradável toma conta, com ambos ainda sorrindo.
– A gente sempre se deu bem, porque terminamos mesmo? – questionou Mário.
– Não sei Má, a vida creio eu. Você trabalhava muito e eu estava estudando.
– Mas sempre tinha tempo pra minha jabuticaba.
– Ai meu Deus, você ainda lembra desse apelido?! Quanto tempo ainda vai levar pra você esquecer ele? hahaha. Por favor né?
– Impossível esquecer Jabuticaba, você sempre foi difícil de esquecer. Ainda não entendo como te deixei escapar.
Ela o olha com carinho e com saudade.
– Má, você não quer tomar uma cerveja comigo agora?
– Eu iria adorar, porque não vamos no bar aqui perto?
– O do Baiano?
– Isso. Matar os velhos tempos.
– Vou adorar.
Os dois caminhavam em direção ao bar.
– Hoje está passando o jogo do Vascão.
– Esse seu timinho não tem nada de “ão”, haha.
– Vencedor invicto desse ano pro seu governo.
– Mas não bateu meu Flamengo.
– Ah por favor estamos falando de time de verdade aqui né?!
– Não entendo como te aguento, sinceramente…

A Carta

Caro Almir do telefone igual ao meu, porém com DDD 28, acredito que sua oficina esteja indo de vento em popa, uma vez que recebo ligações de clientes seus até no sábado 6 da manhã pedindo guincho, inclusive recentemente você contratou um eletricista para a oficina! Sei disso pois os clientes agora também começaram a perguntar por ele.

O negócio é o seguinte, visto que seus negócios estão indo bem, eu quero o pequeno incentivo de 10 mil para não contar a sua ex-esposa, que vive me mandando torpedo cobrando a pensão da sua filha, que na verdade você tem grana e finge não ter. Afinal o que são 10 mil contra um processo por não pagamento de pensão não é verdade?

Sinceramente, um amigo.

Obs.: Rafael ligou procurando o eletricista, disse que é urgente. Grande abraço!

Diário de um bagunceiro

1º dia:

Ao ver o estado em que se encontrava minha mesa de trabalho e não somente ela, todo o estado de caos que estava meu quarto decidi não mais ser  bagunceiro. Uma decisão simples. Direta. O primeiro passo será arrumar toda essa bagunça. Criar uma organização que faça sentido para mim.

2º dia:

Levei um dia inteiro para arrumar tudo. Ontem a dedicação para "desbagunçar" foi tanta que a organização se estendeu naturalmente ao guarda-roupa. Agora todas as roupas estão nos devidos lugares, a mesa impecavelmente organizada, o quarto um brinco.

3º dia:

Os primeiros sinais de que a bagunça quer voltar a vida começaram a aparecer. Pequenas coisas "surgem" fora do seu lugar. É possível se notar em cima da mesa um ou outro papel que não deveria estar ali e um par de moedas. A bagunça não se dará por vencida tão fácil. Vou organizar esses detalhes e traçar um plano para que isso não se repita.

4º dia:

Minha experiência de ontem me fez pensar, notei que para evitar que a bagunça ressurja devo enfrentar sua aliada, a preguiça. Toda vez que me entrego a essa indolência a bagunça avança. Devo ficar atento a preguiça, ela é perigosa.

5º dia:

Tenho dúvidas se não dar espaço a bagunça é tão simples como imaginei, combater a preguiça tem sido desgastante. Evitar chegar da rua e jogar tudo em cima da mesa para deitar não tem sido fácil. As coisas demandam muito esforço para irem para seus devidos lugares.

6º dia:

Enfrentar a desordem tem se transformado uma guerra, por mais que me esforce as coisas tem saído de controle. Coisas não param de pipocar fora do lugar, a mesa se tornou um campo de batalha, onde o tempo todo a preguiça me apunhala pelas costas. Gasto tanto tempo na mesa que pares de meias e bolsas tem invadido o chão enquanto me mantenho ocupado com ela.

7º dia:

Começo a perceber que me meti em um jogo muito perigoso. A bagunça sempre soube de sua superioridade, esteve esse tempo todo brincando comigo, num jogo doentio. Desde o princípio ela tem usado minha sanidade como diversão.

8º dia:

A bagunça não mais esconde sua crueldade, ela ri na minha cara me torturando com seus jogos. A guerra é muito pior do que imaginava, além da preguiça tenho descoberto que a bagunça tem outros aliados. O tempo joga a seu favor, conforme esse agente duplo abandona meu lado da guerra e fico sem ele, mais difícil fica de controlar as coisas, não estou certo se conseguirei sair dessa, me entregar não é mais uma opção, tracei um caminho sem volta.

9º dia:

A desordem cresce em várias frentes. Não tenho como enfrentar isso. A cama se encontra em estado de calamidade, estive tão dedicado a enfrentar cara a cara a bagunça que não percebi que as coisa em volta ruíam. Roupas, a cama desarrumada, arquivos no computador espalhados, a mesa que foi meu refúgio de controle já não me pertence mais. Itens corriqueiros como um pendrive e papéis e outros inexplicáveis como copos, sim no plural, copos, ocupam a mesa. As roupas espalhadas têm se reproduzido assexuadamente em progressão geométrica, estão em toda parte! A guerra se tornou constante e pesada, não sei se sobreviverei a esse inferno.

10º dia:

Após notar que não havia espaço para dormir, pois a bagunça instalou seu Q.G. onde um dia foi minha cama, decidi recuar. Não tenho mais forças... fugirei e viverei hoje, para quem sabe um dia voltar para enfrentá-la. Talvez com ajuda... ou quem sabe trazendo alguém que seja capaz de enfrentar o que eu não pude.

Destino São Paulo

A primeira vez que eu voei de avião não foi uma experiência muito agradável. Toda vez que eu tentava contar a alguém como foi as pessoas riam, então acabei escrevendo a respeito.

Destino São Paulo

– Que corredor estreito – Pensei. Será que é normal isso? Bom parece tranquilo, lembra um ônibus, mas com três cadeiras juntas ao invés de duas.

Sentando, peguei uma revista. Olha que legal, tem revista da própria companhia aérea. O negócio é relaxar, por que com tantos vôos todo dia justo o meu iria cair?
– ATENÇÃO, senhor Vitor identifique-se! REPITO, IDENTIFIQUE-SE!
AI MEU DEUS, QUE QUE EU FIZ? Moço eu juro, eu ia devolver a revista, só tava olhando!
Assustado igual um filho perdido do pai no Shopping levantei a mão. A aeromoça olha e se vira para um outro comissário e diz “Ele está embarcado, podemos ir”.

Ei como assim? Vocês não sabiam que eu estava aqui? Ai Jesus, tem algo errado! Me descobriram! Sabem que sou azarado.
Minha acompanhante ria lágrimas do meu pânico. Eu totalmente sem graça ri e voltei a ler a revista.

Atenção senhores passageiros aqui é o Capitão da aeronave, Joaquim, gostaria de informar que tenho permissão para decolar… Que bom Joaquim… Bom porque isso era o mínimo que eu esperava de você.

As turbinas se ligam. É tão forte assim mesmo? Aumentam mais ainda o barulho e a potência. Gente que isso? Eu quero decolar e não entrar em órbita.

Respire… Só respire… O vôo levanta. Até que é tranquilo, mas porque ele não sobe mais que isso? Um conhecido me informa que o piloto é seu irmão e que está tentando desviar das nuvens, aparentemente o “teto fechou”.

Como assim fechou? O céu não tem teto! Passa no meio das nuvens ué! Alias, passa não, vai ficar tudo escuro e ele não vai ver nada. Epa! Pera ai. Seu irmão? Ai Jesus e se ele ficar nervoso porque a família está aqui? To ferrado!

*Trunt Crarrrr* O QUE É ISSO?
– Se segure, é uma turbulência forte, ele não achou passagem vai atravessar o teto.

Tenho certeza que naquele momento meu coração parou por uns 3 segundos. As caras de pânico eram geral. As paredes do avião balançavam em sentidos opostos como se fossem rasgar.

Atravessamos o teto. Eu na janela, posição estratégicamente preparada por minha acompanhante para me assustar, pude ver uma tempestade abaixo do avião.

– Vou na cabine falar com meu irmão. – Não! Fica ai, não distrai ele. Ele foi me deixando falando sozinho.

Estranhamente depois da turbulência o avião não vôou suave como antes, foi sacolejando como um ônibus velho a viagem toda.

– Senhoras e senhores, gostaria de informar que passamos por uma turbulência, logo após nossa decolagem o aeroporto fechou devido ao tempo.

Não há palavras que descrevam minha cara nesse momento. Um misto de raiva e pânico me tomavam. Volta o irmão do piloto.

– Ele disse que hoje vivenciou na prática algo que só conhecia na teoria.

– SENHOR TIRA ESSE SENTIMENTO DE MIM! Vou tentar dormir um pouco pra relaxar. 5 minutos após meu início do cochilo:

– Senhor… Senhor… – Acordo meio assustado – Deseja algo?

Um carrinho com sucos, refrigerantes, biscoitos. Será o Benedito! nem dormir consigo.

– Tem água com açúcar?
– Senhor?
– Nada, me vê um refrigerante.

Olhei pela janela e vi o mar. Estranhamente me senti mais tranquilo. Afinal cair no mar me parecia mais atrativo que em terra firme. Eu sei, eu sei, não faz sentido, mas eu precisava me consolar com algo.

– Atenção passageiros a nossa esquerda podemos ver Ilha Grande.

NÃO! Não olha pra esquerda! Olha pra frente! Pra frente! Você vai bater!

Sacolejando ainda, o avião chegava ao aeroporto de São Paulo minutos depois. Se a decolagem foi tranquila o pouso por outro lado parecia cena de filme.

Bateu, bateu, bateu de novo, tremeu, correu, freiou e quase dando um cavalo de pau, parou.

Terra! Agora eu sei porque Papa beijou o chão quando chegou no Brasil! O velho atravessou o atlântico voando, coitado.

A paz retornou no meu coração, até que me lembrei. Ah não! Tem a volta ainda!

Arte de armas

Em se tratando de arte conceitual acho que nada é mais complicado do que pensar em tecnologia, ainda mais se ela não existe. Confira esses trabalhos de arte conceitual de armas feitos para games. Ao todo são 39 artistas responsáveis por essas belezinhas, no final do post haverá a lista deles.

Bastien Grivet

Adam Baines

Timur Mutsaev

Ville Ericsson

Ryan Osga

Greg Broadmore

Robin Chyo

Robert Simons

Jeremy Love

Alexey Pyatov

Stuart Jennett

Zachary Berger

Andreas von Cotta

Kemp Remillard

Stanislav Poltavsky

Rodolfo Damaggio

Sam Brown

Daniel Graffenberger

Brian Yam

Justin Oaksford

James Ellis

Matt Allsopp

Jos Kao

Pavel Savchuk

Seth Engstrom

Matias Hannecke

Peter Konig

Marc Samson

Bradley Wright

Jesper Andersen

Leonid Enin

Peter McKinstry

 Jim Martin

Chris J. Anderson

Colin Geller

Goran Josic

Cliff Childs

Den Yang Ho

Eliott Lilly

Fontes: Concept Art World e Design on The Rocks

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