A Arte Conceitual Original de Star Wars

Ralph McQuarrie (1929-2012) foi um designer conceitual americano e ilustrador.

Em 1975, George Lucas comissionou McQuarrie para illustrar cenas do roteiro de Star Wars.

McQuarrie projetou muitos dos personagens do filme, inclusive Darth Vader, Chewbacca, R2-D2 e C-3PO. Ele também desenhou muitos conceitos para vários dos cenários do filme.

“Eu apenas fiz o meu melhor para descrever como imaginei que o filme devesse se parecer, eu realmente gostei da ideia.

Eu não achei que o filme iria ser feito. Minha impressão foi que era muito caro. Achei que era demais para o público. Era muito complicado. Mas George sabia muitas coisas que eu não sabia.” – Ralph McQuarrie

Alguns dos conceitos de McQuarrie são bem diferentes dos usados no filme.

Em suas representações, sabres de luz eram de uma única cor, e eram carregados por Storm Troopers e outros não-Jedi / personagens Sith, antes de Lucas desenvolver plenamente a mitologia e torná-los uma arma Jedi.

Outras ilustrações são muito próximas das cenas que terminaram no filme final.

“Ralph foi a primeira pessoa que eu contratei para me ajudar a vislumbrar Star Wars. Sua contribuição genial, na forma de produção de pinturas inigualáveis.

Impulsionando e inspirando todo o elenco e equipe da trilogia original de Star Wars.” – George Lucas

O Império Contra-Ataca (1980)

“É realmente uma prova de como ele era importante … Que há uma ligação entre muitas dessas imagens icônicas e as cenas do filme.

A maneira que ele ilustrou eles foi uma influência sobre esses personagens, como eles agiam.” – George Lucas

“Quando as palavras não poderia transmitir minhas idéias, eu sempre podia apontar para uma das ilustrações de Ralph e dizer … Faça desse jeito.”- George Lucas

“Foi uma oportunidade especial para começar a partir do zero. Sendo capaz de criar novos personagens, veículos e mundos… e desde quando eu comecei não era muito claro se o filme seria feito. Eu não tinha que me limitar.” – Raplh McQuarrie

Foi McQuarrie quem sugeriu que Vader usasse aparatos respiratórios.

“George descreveu Darth Vader como tendo túnicas negras. No roteiro, Vader tinha que saltar de uma nave para outra.

Para sobreviver no vácuo do espaço, eu senti que ele precisaria de algum tipo de máscara respiratória.

George disse, ‘OK’, sugerindo que adicionasse um capacete samurai, e Vader nasceu. Simples assim” – Ralph McQuarrie

Retorno do Jedi (1983)

“Ralph foi uma pessoa muito especial por muitas mais razões do que seu brilhantismo inegável com o pincél. Além dos filmes, a sua obra foi inspiração de pelo menos duas gerações de jovens artistas.

Todos eles aprenderam através de Ralph que os filmes são projetados. Como eu, eles estavam entusiasmados com seu olho afiado e imaginação criativa, que sempre trouxe conceitos para seu patamar mais ideal.

Sua influência sobre o design será sentida para sempre. Não há dúvida de que daqui a séculos naves espaciais surpreendentes irão voar, as cidades do futuro irão surgir e alguém, em algum lugar irá dizer ‘Isso parece com algo que Ralph McQuarrie pintou.’ “

– George Lucas

Assista La Linea, Animações Italianas Populares da década de 70, desenhadas com uma única linha

Simplicidade não é o objetivo. É o subproduto de uma boa idéia e expectativas modestas.

Assim falou o designer Paul Rand, um homem que sabia algo sobre fazer passar uma ideia, tendo criado logos icônicos para marcas muito conhecidas como ABC, IBM e UPS.

Um exemplo da observação de Rand, La Linea, aka Mr. Line, um personagem tão querido e enganosamente simples, desenhado com uma única linha contínua, começou como um figurante para uma companhia de panelas italiana. Não importa o que ele consegue fazer em dois ou três minutos, ele determinou que ele eventualmente vai intrometer-se contra as limitações da sua realidade linear. Sua vibração, a resposta apoplética provou um sucesso com os telespectadores em apenas alguns episódios, então a conexão com as panelas foi cortada. Mr. Line passou a se tornar uma estrela global em seu próprio direito, aparecendo em 90 animações curtas ao longo de sua história de 15 anos, começando em 1971. Encontre muitos dos episódios no Youtube aqui.

A fórmula soa bastante simples. O animador Osvaldo Cavandoli inicia cada episódio, traçando uma linha horizontal em lápis de cera branca. A linha assume forma humana. Mr. Line é um cara atentado, do tipo que se entrega a tudo o que é que ele está fazendo, sendo admirando as meninas na praia, tocando piano clássico ou patinação no gelo.

A locução do artista Carlo Bonomi contribui em grande parte com o charme de Mr. Line. Com um sotaque italiano, mas com sua trilha vocal 90% de jargão improvisada, com um punhado de dialetos. Veja-o canalizar o personagem na cabine de gravação, abaixo.

Veja aqui Cavandoli e Mr. Line batendo um papo.

via Open Culture

A tipografia de Seb Lester

Seb Lester é um Designer Gráfico na Central Saint Martins, em Londres. Ele agora trabalha em Lewes, em East Sussex como designer e artista. Seu estúdio caseiro é construído nas margens de um dos mais antigos castelos na Inglaterra.

Ele desenvolveu tipos e caracteres para algumas das maiores empresas, publicações e eventos do mundo, incluindo NASA, a Apple, Nike, Intel, The New York Times, os Jogos Olímpicos de Inverno de 2010 em Vancouver e a reedição definitiva de JD Salinger de O Apanhador no Campo de Centeio. Anteriormente um Designer Sênior de tipos da Monotype por nove anos, ele desenvolveu fontes personalizadas para marcas muito conhecidas, incluindo a British Airways, Intel, Waitrose, The Daily Telegraph, H & M e Barclays.

Um novo amor da caligrafia tem empurrado o seu trabalho em novas direções emocionantes. Dentro de quatro anos, ele tornou-se um dos maiores perfis de calígrafos do mundo, com mais de 900.000 contas seguindo suas atualizações caligráficas diárias em sites de mídia social como o Instagram e Facebook.

Ele foi entrevistado pela BBC e o jornal Independent a respeito de fontes em cartazes e capas de álbuns de  covers de cinema, respectivamente. Seu trabalho também tem sido destaque em The Guardian, The Times, Creative Review e várias outras publicações em todo o mundo.

Ele é apaixonado por letras dizendo “Eu acho que o alfabeto latino é uma das mais belas e profundas criações da humanidade”.

WebsiteFacebook, InstagranOutros Links

Gloria Alvarez sobre Populismo

Não falo sobre política no blog, pois não se trata do tema central tratado aqui no Urucum Digital, que é a arte e a tecnologia. No entanto, esse vídeo mostra algo que eu sustento muito aqui no blog, que é o poder que a arte e a tecnologia tem de melhorar não só a vida de cada indivíduo, estimulando a criatividade, o raciocínio e capacidade de sonhar, mas de melhorar o mundo.

Gloria Alvarez, a jovem da Guatemala que critica o populismo e a demagogia, mostrou que uma forma de mudar o sistema político é através da tecnologia e o acesso a informação que ela permite.

A base de todas as melhorias, em minha opinião, para a vida em sociedade é a educação, todo o resto vem através dela e Gloria mostra uma forma simples e eficiente de como melhorar o quadro político estimulando as pessoas a pensarem por sí mesmas, usando da tecnologia.

As jóias bizarras de Naomi Kizhner que transformam fluxo sanguíneo em eletricidade

A designer israelense Naomi Kizhner criou uma coleção de jóias dignas de filmes de terror ou seria de ficção? A estudante desenvolveu peças que devem ser inseridas nas veias. Sim nas veias. Uma vez feito isso, as jóias transformam a energia dos movimentos involuntários humanos em eletricidade.

As peças de ouro fazem parte de uma coleção chamada “Viciados em Energia”, e em suas extremidades elas possuem uma espécie de agulhas de seringas que são introduzidas nas veias de quem as usa. A corrente sanguínea faz com que a roda de outro dentro da joia gire, o que cria energia cinética capaz de acender um LED e em breve será capaz até de carregar celulares.

O trabalho foi desenvolvido para o projeto de graduação de Naomi na faculdade Hadassah em Jerusalém. Ela disse que na verdade busca explicações para uma sociedade baseada na riqueza biológica, e também como o corpo humano pode se tornar um recurso de energia natural.

“Na nossa vida moderna energia é tudo”, ela disse. “Esta é a força que movimenta a economia global, muitas vezes ignorando as consequências.”, completa ela.

“Eu queria explorar a teoria pós-humanista que vê o corpo humano como um recurso”, acrescentou ela. – “Isso me levou a imaginar como seria o mundo uma vez que tenha experimentado um declínio acentuado em recursos energéticos e como vamos alimentar nossa dependência energética.”

“Existem muitos projetos de recursos de energias renováveis, mas o corpo humano é um recurso natural de energia que está constantemente sendo renovado, enquanto tivermos vida.”

3 peças fazem parte da coleção. A ponte sanguínea, que é inserida nas veias do antebraço e faz o fluxo sanguíneo gerar energia.

O pisca-pisca, que é inserido no nariz, capta energia gerada quando piscamos. Toda vez que piscamos o fluxo sanguíneo aumenta em volta dos olhos e a joia coleta essa energia.

E por fim, o condutor E-pulse que é usado nas costas, coletando energia dos nervos da medula espinhal.

Embora provavelmente as pessoas não irão usar essas joias num futuro próximo, Naomi acredita que tecnologicamente não estamos muito longe de tornarmos essas ideias realidades. Sua intenção é provocar um debate.

“Seremos capazes de sacrificar nossos corpos para produzir mais energia? Eu espero que o projeto faça as pessoas pensarem sobre a possibilidade deste ser o futuro e faça-os pensar se esse é mesmo o futuro que eles querem, ou se podemos fazer alguma coisa diferente hoje para evita-lo”, ela disse.

Alfabeto animal

Um pai muito criativo, desenhou um alfabeto de bichos para seu filho. basicamente é um animalzinho para cada letra do alfabeto, onde a letra inicial do nome do animal corresponde a letra do abecedário.

Kyson Dana desistiu de sua carreira como web designer, a qual  já não o agradava mais e começou a desenhar.

O processo de desenhar o “alfabeto animal” demorou um mês. Kyson queria criar algo especial para a criança, algo que ele pudesse olhar mais para frente e se orgulhar. Segundo ele, os livros ilustrados para bebês eram terríveis visualmente e assim decidiu fazer o seu próprio.

A história dos jogos mostrada através da evolução das tecnologias gráficas

A parte visual dos videogames é realmente uma das formas que mais atrai os jogadores para jogar. Embora muitas vezes se defenda o argumento de que os gráficos não são a parte mais importante de um jogo (e de fato não são), é complicado afirmar que um jogo com um visual impressionante geralmente não é bom.

Falando em gráficos, Stuart Brown, do canal do YouTube Ahoy, apresentou a evolução das histórias nos jogos eletrônicos por meio dos gráficos utilizados. Ele abordou técnicas e outros aspectos em uma série chamada “A Brief History of Graphics”.

O toque de beleza e obscuridade de Andrew Mar

Sempre me atraíram e me inspiraram as artes levemente bizarras do artista conceitual americano Andrew Mar. Em seu site Andrew fala sobre ele dizendo apenas “Eu como e desenho em São Francisco”.

Website
Facebook
Tumblr
Gumroad
Society6
Deviantart

Hunger, o novo game da Tarsier Studios

É isso mesmo, um novo jogo da Tarsier Studios. Se você não reconhece pelo nome, a Tarsier é a responsável pelo jogo Little Big Planet, que é um grande sucesso e se você ainda não jogou, saiba que vale a pena jogar.

A arte desenvolvida pela Tarsier em seus jogos é de impressionar. A qualidade, a riqueza de detalhes, a preocupação com o design das fases e personagens e até mesmo a física realista nos jogos são de tirar o chapéu, fazendo de seus games algo muito mais interessante do que os jogos que estamos acostumados por aí. Olha só alguns desenhos do concept art do jogo.

O novo jogo se chama Hunger e terá uma pegada diferente do Little Big Planet, que se assemelha a um teatro infantil. Hunger será mais mórbido, com suspense. Se você já jogou Limbo, vai gostar do que vem por aí com Hunger. Tal qual em Limbo, temos um protagonista frágil que contrasta com os cenários ao estilo Resident Evil. A pequena Six, que em sua capa amarela precisa escapar de um bizarro resort submarino chamado “The Maw” e de seus grotescos habitantes (Cadê a mãe dessa criança que não ta vendo isso?).

Hunger tem uma jogabilidade que vai deixar você alerta o tempo todo com suspense e exploração. Uma coisa interessante no jogo, é que ele te põe na pele de uma pequena menina. Isso é muito legal, cada vez mais o esteriótipo do herói forte, branco e boladão ou da gostosa de cintura fina e com habilidades de super herói está sendo quebrado no jogos, filmes, séries, desenhos, o que nos ajuda a sermos mais confiantes e aceitar a diversidade. Ta aí a série A Lenda de Korra para não me deixar mentir, onde a maioria dos heróis são mulheres e diversidades como deficiências e sexualidade são tratadas de forma tão natural que a gente nem nota. Claro, nem tudo segue essa linha, Mario ta aí anos não é verdade?

Os cenários são no mínimo pertubadores e nos deixam tensos e curiosos só de vermos.

Hunger será lançado inicialmente para Playstation 4, ainda sem data confirmada. O jogo foi patrocinado pela Nordic Games Program, que também ajudou o jogo Limbo a ganhar vida. Este é um programa de incentivo a desenvolvedroes de games em países nórdicos como Dinamarca, Suécia e Islândia, entre outros.

Ficou com vontade de jogar?

Informações e imagens: Tarsier Studios, Arkade

Sair da versão mobile