Talvez em algum momento você já deva ter pensado nisso, como seria viver para sempre, sem encarar a morte? Nós aqui no Urucum já trouxemos animações que falavam sobre a morte, como “The Life of Death” e “CODA“, mas e o oposto? Como deve ser viver como um imortal?
O fato é que viver pra sempre, pode ser tão assustador quanto a própria ideia da morte. Viver para ver tudo e todos que você ama partirem. O próprio conceito da morte da sentido a vida, então, viver para sempre seria viver sem nenhum sentido?
A animação “What It Feels Like to Live as An Immortal?”, que significa “Como seria a sensação de viver como um imortal”, trata exatamente disso. LazyOwl Studio adaptou o conto de Luke Squire para animação e Nhung Nguyen fez o design de som do curta. Confira essa história épica.
No começo da indústria de games, o processamento e a memória das máquinas era muito, MUITO, limitada.
Os primeiros games tinham 16 cores para trabalharem. Só. Era o EGA, da IBM, que já era considerado um avanço tremendo.
Aí a galera conseguiu expandir para 256 cores com o VGA (usado em coisas até hoje!) e os cenários começaram a parecer BEM bonitos.
Mas ainda faltava alguma coisa… como deixar os cenários mais reais ainda animando eles, só que com todas as limitações computacionais da época?
A solução foi o color cycling, que uns também chamavam de pallete shifting.
Como só haviam 256 cores disponíveis para se criar uma paleta de cores, os programadores descobriram que era possível, no entanto, alterar a própria paleta.
Como assim? Cada paleta durava um ciclo, a paleta seguinte substituía as cores que seriam alteradas na imagem seguinte, e a sequência disso causava a impressão de animação.
Tudo isso gera esse efeito BEM legal e muito convincente sem qualquer aumento significativo do tamanho do arquivo. Afinal de contas, ainda é apenas uma imagem.
Os exemplos desse site são incríveis e mostram todo o potencial dessa prática (aliás, mostram até mudança de iluminação de acordo com a hora do dia nas mesmas paisagens, coisa fina e linda). Eles disponibilizam até o tutorial para fazer a mesma coisa usando html5.
Nessa palestra incrível no GDC 2016, o designer de games das antigas Mark Ferrari conta como eles começaram a trabalhar com gráficos EGA, fizeram o pulo do gato pra animar com o color cycling e até mesmo passaram a economizar espaço nos games ao usar essa técnica para até mesmo mudar cenários inteiros!
Sim, é BASTANTE tempo, mas o conteúdo é riquíssimo pra quem se interessa pela história dos videogames (e acho que computação em geral).
Uma animação criada por fãs conta a origem de Skull Kid, um dos principais personagens de The Legend of Zelda: Majora’s Mask.
Intitulado Majora’s Mask – Terrible Fate, o curta produzido pelo EmberLab Studios mostra a história do personagem antes do seu encontro com Link. Veja:
Além do belíssimo visual, a animação também serve para divulgar Time’s End: Majora’s Mask, uma coletânea de remixes criada por Theophany, designer de som de Oxenfree. Clique aqui para ouvir.
Um dos clássicos do Nintendo 64, The Legend of Zelda: Majora’s Mask se passa em Termina, um mundo que precisa ser salvo por Link de uma colisão com a Lua. Os jogadores têm três dias para evitar a catástrofe e podem voltar no tempo, revivendo estes mesmos dias.
O game ganhou uma versão remasterizada para o Nintendo 3DS. A próxima aventura de Link é The Legend of Zelda: Breath of the Wild, com lançamento para 2017 no Wii U e no Nintendo Switch
"...mas a gente pode continuar, eu gosto de você."
"Preciso tirar um tempo pra mim."
"Então nós vamos dar um tempo?"
Conversava Fabrizio por mensagens no celular, enquanto estava sentado em um banco de rua. Escolheu um local bonito e agradável para tentar salvar o seu relacionamento.
"Mas afinal, quem conversa coisas sérias como essas por mensagens ou telefonemas? As pessoas deveriam ser capazes de pelo menos conversar pessoalmente!" - pensava indignado, incomodado com a frieza dos relacionamentos de hoje em dia.
Com os olhos cheios de água, mas sem derramar nenhuma lágrima, porque afinal homem não chora, Fabrizio continuava esperando por respostas, mas que pararam de chegar e pelo visto, não chegariam mais. Nesse momento algumas lágrimas começaram a escapar.
- Droga. - limpava o rosto, tentando disfarçar o choro.
- Você está bem? - perguntava alguém, enquanto se sentava ao seu lado.
Fabrizio olha para o lado e avista uma senhora sentada.
- Não é nada importante. - respondeu.
- Mas perder alguém é algo muito importante.
Fabrizio ri sem graça.
- Me diga, a quanto tempo estavam juntos?
- Pouco tempo... mas já estavamos nos gostando muito.
- Ela deve ser muito especial então. Você conheceu a família dela?
- Bem, não...
- No meu tempo a gente conhecia a família antes de começar a namorar, hoje vocês jovens já começam pelo final, não é assim que fazem?
Totalmente sem graça de falar de sua vida sexual com uma senhorinha, ele apenas fica mudo, enquanto assiste a coroa sorrindo, até tomar coragem e dizer algo.
- Eu não acho que vou encontrar alguém como ela mais.
- Antigamente, perder alguém, era algo muito sério. Principalmente no interior. Não se achavam opções em cada esquina, sabe? Terminar um relacionamento, significava, talvez, ficar sozinho por muito tempo. Em alguns casos para a vida toda. Claro que as pessoas também aproveitavam a vida, sem compromisso, mas não era como hoje em dia.
- Eu não me importaria de esperar por ela, sabe, dona...?
- Carola meu filho, mas todos me chamam de dona Carol.
- A senhora é casada dona Carol?
- Sou sim, mas não está aqui agora.
- Falecido? - Fabrizio já preparava um "sinto muito" para soltar na sequência.
- Oh não (sorria), apenas foi embora.
- Como assim?!
- Ora, não se assuste tanto. Ele foi embora porque precisou trabalhar. Vai demorar um pouco porque a viagem é longa. É de barco sabe?
- Ah claro...
- Eu estou esperando ele voltar.
Fabrizio fica feliz ao ouvir uma história como a da senhora e inveja um pouco a situação de ter alguém que mesmo longe é mais fisicamente presente do que seus últimos 3 relacionamentos.
- Então jovem, me diga, o que decidiu fazer a respeito da menina?
- Sinceramente não sei, penso em ir atrás, tentar convencer a continuar o que começamos. Não quero desistir.
- Se ela te amar, então vale a pena. Você tem que se perguntar até quando vale a pena meu filho. - Dizia a senhora se levantando.
- Obrigado, de verdade. - Disse Fabrizio enxugando o rosto.
- Não por isso.
Ao olhar novamente em volta, o jovem coração partido não avistou mais a senhora simpática que o consolava e assim decidindo ir embora.
Se levantando, Fabrizio avista uma placa no banco onde estava sentado, que dizia: "Monumento em homenagem a Carola Amorim, esposa do general George Amorim, morto em serviço em 1945. Carola, sem saber do ocorrido, esperou pelo regresso de seu marido por 20 anos nesta praça, até seu falecimento."
Todos nós sabemos que a Google, é sem dúvidas, uma das maiores empresas de todos os tempos. Recentemente ultrapassou a outra gigante Apple como sendo a marca mais valiosa do mundo! E não é atoa, pois sempre nos surpreendem com protótipos, produtos e serviços inovadores que acabam se tornando extremamente úteis na nossa vida. Dessa vez, uniram a tecnologia dos vídeos 360º e criaram uma animação!
O Google Spotlight, estúdio cinematográfico criado e dedicado especialmente para Smartphones lançou a animação Pearl, que conta a história de pai e filha que viajam em busca de seus sonhos levando amor e alegria através da música em lugares improváveis.
A experiência de imersão é muito interessante, já que você pode “olhar” para todos os lados e ver o que tem em volta, captando momentos da viagem. Simplesmente fantástico. É como se fizéssemos parte da viagem, já que a “câmera” fica o tempo todo dentro do carro. Assim, você pode ver várias vezes e captar momentos diferentes. Já sabemos que é possível fazer vídeos 360º, mas animação (roteirizada) é a primeira!
Quem assinou a animação foi Patrick Osborne, animador do curta da Disney, Feast. Também participaram do desenvolvimento colaboradores dos estúdios Pixar e Dreamworks. Com tanta gente boa, o resultado não poderia ser ruim.
Se pensarmos no que está sendo feito hoje, com vídeos 360º e outras tecnologias como a realidade aumentada, as possibilidades são inimagináveis. Eu acredito que veremos filmes, séries, novelas e até transmissões ao vivo 360º. A cada dia a tecnologia nos surpreende numa velocidade cada vez mais alta. E o que muitas pessoas ainda não perceberam, é que já estamos no futuro…
Veja outra animação do estúdio Spotlight: HELP. Este foi o primeiro trabalho do estúdio e é focado em uma invasão alienígena. Porém não se trata de uma animação como Pearl.
Trailer do filme “Loving Vincent” da Breakthru Films, que conta a história do artista Vincent Van Gogh, e segundo os produtores, cada frame foi pintado à óleo utilizando o mesmo estilo de Vincent. Este será o primeiro longa produzido com esta técnica.
É difícil saber o que é mais adorável no clipe Ma’agalim do trio folk de Tel Aviv, Jane Bordeaux: se é a música ou o trabalho incrível de Uri Lotan, diretor e produtor do vídeo, que já foi animador na Pixar e Disney.
Ma’agalim significa círculos em hebraico, e a animação se passa dentro daquelas caixas de música antigas que você coloca moedas – e começam a girar. Assim como a vida, que passa em círculos quando você se sente preso no tempo e no espaço. A delicadeza das formas, a paleta de cores e a textura da imagem são tão encantadoras que você quase cai dentro da caixinha transportado pela música.
Para quem ficou intrigado com a letra, abaixo uma tradução aproximada em inglês (aceitamos correções colaborativas nos comentários).
Ma’agalim
Nights, turn into days
days turn into years
and within them, I am walking,
faster and in circles
winds, blowing towards me
blowing on the back of my head
everything seems too far away
too big for me
Refão
it’s not me, that’s moving forward
it’s time, that slips away
it’s another train, passing by
it’s another rope that tightens
sunrises, sets too fast
seasons passes more often
and I am the same
while time grows short
Refrão
it’s not me, that’s moving forward
it’s time, that slips away
it’s another train, passing by
it’s another rope that tightens
Josan Gonzalez é um renomado artista cujo trabalho é uma expressão cativante da estética cyberpunk sombria. Com uma habilidade excepcional, ele combina elementos futuristas, distopia urbana e uma dose de melancolia para criar obras de arte verdadeiramente encantadoras e intrigantes.
A arte de Gonzalez mergulha os espectadores em um mundo caótico e sombrio, onde a tecnologia e a humanidade colidem de maneira inquietante. Suas pinturas apresentam uma mistura única de elementos robóticos, implantes cibernéticos e ambientes urbanos decadentes. Cada detalhe minuciosamente elaborado retrata uma narrativa rica e complexa, convidando o observador a explorar as profundezas da imaginação de Gonzalez.
A paleta de cores escolhida por Gonzalez é um elemento distintivo de sua arte. A habilidade de mesclar tons intensos de néon e sombras profundas cria uma atmosfera de mistério e desolação. As luzes brilhantes iluminam figuras solitárias, enquanto as sombras envolvem a paisagem urbana, evocando uma sensação de isolamento e solidão. Essa dicotomia entre o brilho e a escuridão é uma marca registrada do estilo de Gonzalez, e é o que confere à sua arte uma beleza intrigante e hipnótica.
Gonzalez retrata frequentemente os personagens em suas pinturas em situações desafiadoras e opressivas. Eles personificam a luta da humanidade contra uma realidade distópica, onde a tecnologia invasiva e a corrupção desenfreada têm um papel central. No entanto, as expressões e poses que ele cria para os personagens também revelam um senso de esperança, uma chama de resistência que se recusa a ser apagada. Essa dualidade entre desespero e determinação adiciona uma camada adicional de profundidade emocional às obras de Gonzalez.
A atenção aos detalhes é outro aspecto impressionante do trabalho de Gonzalez. Cada engrenagem, cada fio e cada textura são cuidadosamente trabalhados para criar um senso de realismo e imersão. Os ambientes urbanos em ruínas são repletos de elementos visuais fascinantes, como placas de neon brilhantes, grafites caóticos e anúncios holográficos piscantes. Esses detalhes minuciosos convidam os espectadores a explorar cada canto da cena e a descobrir novas histórias escondidas entre as sombras.
A arte cyberpunk de Josan Gonzalez cativa e desafia, levando-nos a refletir sobre a interação complexa entre a humanidade e a tecnologia em um futuro incerto. Sua habilidade em criar um equilíbrio entre a beleza e a melancolia, a esperança e a desolação, é verdadeiramente notável. Suas obras nos transportam para um mundo fascinante, convidando-nos a contemplar os desafios e as possibilidades do amanhã.