Metamorfoses um curta-metragem de animação premiado (2021)

Delicado, sincero e gentil. Assim podemos descrever esse curta Russo, dirigido por Aitolkyn Almenova e roteirizado por Almenova Aitolkyn.

A animação retrata a vida de um garotinho autista e a luta de sua mãe em entender e aceitar a diferença do seu filho. A genialidade é a forma como foi retratado, fazendo do curta uma fábula, onde animais são personagens falantes e humanizados, enquanto o garotinho autista… bem é melhor que você veja para não perder a surpresa.

Este curta-metragem é uma das melhores representações sobre o autismo. A animação utiliza com grande eficácia, retratando de forma brilhante o menino autista que difere das outras pessoas. A representação desse aspecto é extremamente inteligente e evidencia fundamentalmente sua dificuldade em se encaixar. Ao seu redor, tudo do ponto de vista estilizado do processamento sensorial autista é confuso e não faz sentido. O final é doce e revela alguma esperança para o futuro.

Qual é a sensação de viver para sempre?

Talvez em algum momento você já deva ter pensado nisso, como seria viver para sempre, sem encarar a morte? Nós aqui no Urucum já trouxemos animações que falavam sobre a morte, como “The Life of Death” e “CODA“, mas e o oposto? Como deve ser viver como um imortal?

O fato é que viver pra sempre, pode ser tão assustador quanto a própria ideia da morte. Viver para ver tudo e todos que você ama partirem. O próprio conceito da morte da sentido a vida, então, viver para sempre seria viver sem nenhum sentido?

A animação “What It Feels Like to Live as An Immortal?”, que significa “Como seria a sensação de viver como um imortal”, trata exatamente disso. LazyOwl Studio adaptou o conto de Luke Squire para animação e Nhung Nguyen fez o design de som do curta. Confira essa história épica.

Para legendar, ative a tradução de legendas para português.

O legado de Kim Jung Gi

Morreu este ano, em 3 de outubro de 2022, aos 47 anos, Kim Jung Gi (Coreano: 김정기), sentindo fortes dores no peito e pouco antes de viajar para a Comic Con, o maior evento de cultura pop do mundo. Ele era um famoso artista sul-coreano, muito popular entre no meio artístico, mas nem tão conhecido pelo público em geral. Ele é conhecido por seu estilo único, com artes incrivelmente detalhadas, feitas com tinta e pincel. E o que mais impressionava era sua incrível capacidade de desenhar de memória artes extremamente complexas.

Por suas habilidades serem tão incríveis, muitas pessoas alegavam que ele trapaceava de alguma forma para impressionar, mas a realidade é que Kim era extremamente talentoso e habilidoso.

O artista estava em Paris quando morreu, em uma exposição de trabalho quando veio a falecer, pouco antes de voar para Nova York, onde deveria aparecer na Comic Con. Ele foi transportado para um hospital, onde morreu, de acordo com um comunicado compartilhado em suas contas de mídia social verificadas.

Kim tinha um estilo muito livre em sua arte, com armas, nudez e qualquer coisa que sentia que deveria desenhar. Não somente coisas controversas, mas coisas bonitas e agradáveis também. Ele era capaz de preencher com desenhos em uma tarde um papel tão grande, que para qualquer outro artista que tentasse o feito, levaria semanas.

As artes de Kim e seu processo de trabalho eram tão fluidos que o ver trabalhando acabava se tornando uma performance, um espetáculo a parte, onde ele comumente fazia piadas durante o trabalho, como por exemplo dizer “Acabei de cometer 3 erros”, em frente a um desenho perfeito onde somente ele enxergava os erros. Pessoas eram capazes de o assistir trabalhando por 3 horas seguidas, totalmente hipnotizadas e sem se cansar.

O público comumente o fazia perguntas, especialmente sobre como ele conseguia visualizar os desenhos sem esboçar nada e porque ele tinha uma memória tão boa. Suas respostas eram sempre falando sobre ser uma habilidade.

“Eu diria que sou capaz de memorizar e recordar imagens por um período muito maior de tempo que a maioria das pessoas. Mas também desenhei muito. Eu provavelmente desenhei muito mais do que as pessoas acham que desenhei.
Eu nunca liguei para os estudos, então enquanto eu estava na escola eu desenhava do primeiro período até o último.”
– Kin Jung Gi

Kim era sorridente, divertido e dizia que estava cansado sobre sempre ser perguntado a respeito de sua memória fotográfica ou seu pincel. Artista de longa data, ele começou a desenhar na publicação de quadrinhos sul-coreana Young Jump antes de criar seu próprio manhwa, um estilo de quadrinhos sul-coreano, chamado “Tiger the Long Tail” ou “TLT”.

Kim Jung Gi lecionou em espaços acadêmicos formais, lecionando em universidades sobre manhwa. Com seus alunos, ele enfatizou a capacidade de “visualizar o momento”, fundindo observações de suas vidas diárias com imagens em sua imaginação.

“É lamentável quando você não consegue desenhar o que tem na cabeça”

Disse ele em uma entrevista em junho de 2022.

É possível encontrar aulas de Kim no Youtube, ensinando alguns princípios básicos do desenho e de seu estilo. Por não falar inglês, era normal sempre haver alguém traduzindo o que ele falava, quando o público era estrangeiro.

O talento de Kim veio cedo, ele já demonstrava muito jovem uma habilidade muito mais avançada para desenho do que as outras crianças, enquanto ele já fazia artes em 3D, a maioria dos jovens ainda aprendia como desenhar em 2D. Por causa disso, ele sempre foi muito elogiado o que o motivou a desenhar cada vez mais. Isso mostra o quanto é importante motivar e ficar atento aos interesses dos jovens.

Na vida adulta, Kim se tornou referência com seu estilo único e o fato de ele não ser de nenhum país considerado uma potência mundial só mostra o quão longe ele chegou.

O legado que Kim deixou foi tão impressionante que inspira muito artistas a seguirem por estilos e filosofias parecidas com as dele, mas não somente artistas foram compelidos a imitar Kim, os entusiastas da tecnologia, que usam ferramentas de inteligência artificial estão recriando o estilo de Jung Gi.

Alguns dias após o falecimento de Jung Gi, um ex-desenvolvedor de jogos francês, que se identifica como 5you, treinou um sistema de IA com as artes do ilustrador. “É uma homenagem”, diz ele.

O resultado foi compartilhado no Twitter para que qualquer pessoa pudesse criar obras no estilo de Jung Gi usando apenas um prompt de comando.

Quem testou o sistema notou que as artes geradas pela IA eram assustadoramente semelhantes ao trabalho de Jung Gi. Era como se toda a criatividade do artista tivesse sido assimilada pelo algoritmo. As reações contrárias à ação de 5you não demoraram a aparecer.

Uma reação que viralizou é o tweet do também artista Dave Scheidt, um escritor de Chicago, Illinois.

Esse é o motivo pelo qual falamos tanta m**** sobre “arte” de IA. Kim Jung Gi nos deixou a menos de uma semana e os manos da IA já estão “replicando” o seu estilo e exigindo crédito. Abutres e covardes, perdedores sem talento. Isso abre um precedente horrível.

Ao Rest of World, 5you disse que recebeu até ameaças de morte após divulgar o modelo de IA. “Eu acho que eles temem estarem treinando para algo que eles não poderão viver porque serão substituídos pela IA”, completou.

Arte gerada por IA com base na obra de Kim Jung Gi
Foto: Twitter/BG_5you / Tecnoblog

Kim Jung Gi nos deixou muito cedo e sempre foi referência para todos nós e com certeza deixando um legado imenso para ser seguido e para que possamos aprender com ele.

A inovação de Street Fighter 6

Street Fighter 6 inovou uma franquia de jogo de luta que ninguém esperava que pudesse trazer tantas novidades mais. Recentemente o jogo disponibilizou o Beta fechado para testes e as pessoas que testaram já consideram um dos melhores jogos do gênero lançados.

O sistema de jogabilidade trouxe não só inovações, como corrigiu erros anteriores de Street Fighter 5, além de trazer vários easter eggs. O jogo não será mais exclusivo para Playstation nos consoles. Ele foi confirmado para Xbox series S e X, para Playstation 4 e 5 e PC pela Steam. Não houve nenhuma confirmação sobre a possibilidade de se jogar Online entre plataformas diferentes.

A arte do jogo talvez seja o que mais chama a atenção, a começar pelo susto que a nova marca causou. Com um novo logo bem diferente das versões antigas e que remete bastante aos logos de UFC, a nova marca gerou medo nos fãs das possíveis mudanças descaracterizarem o tão querido Street Fighter.

Não demorou muito para entender que as mudanças não só foram boas, como fizeram de Street Fighter 6 um modelo fantástico do que serão os jogos da nova geração e deixando claro o salto entre o jogo anterior e este. Apesar dos gráficos mais relistas, detalhes cartunescos, característicos de Street Fighter, foram mantidos.

Em complemento aos modelos, os efeitos de tinta e arte que acompanham os golpes são o verdadeiro charme do game. As cores são vibrantes, remetem ao Grafite de rua, e tornam toda a obra um espetáculo. Cada personagem tem seu próprio padrão de cores de tinta, o que valoriza a apresentação.

A mistura de elementos modernos, Hip Hop e grafite deixaram a série com um aspecto moderno, inovador e estranhamente nostálgico.

Com todos esses feedback positivos vale lembrar que o jogo ainda é um beta e que no lançamento oficial ainda haverão melhorias nos golpes e no aspecto do game, que já tem uma qualidade absurda.

SF6 trás personagens novos, que diferente do que aconteceu em jogos anteriores, esses personagens já cativam e caem nas graças dos jogadores, não parecendo ser forçado que nós engulamos novos personagens a força.

As histórias do jogo tem uma riqueza maior e vai além do que esperamos normalmente dos personagens, como por exemplo Chun-li fora da polícia e com uma filha adotiva e Ken com problemas, não tão confiante e mal vestido. Essas mudanças rompem expectativas que costumamos ter sobre o que esperar de cada personagem.

A Capcom parece ter aprendido sua lição com os fracassos em Street Fighter 5 e SF6 parece ser uma continuação direta da cronologia de Street Fighter 3, último na cronologia da série.

O jogo com data prevista para 2023 será uma evolução dos jogos de luta, começa com o tradicional Fighting Ground,
e então vamos revolucionar o gênero com o World Tour e o Battle Hub, totalizando três modos de jogo que todos podem curtir como quiserem.

Seguindo a tradição, o Fighting Ground, é uma referência para o gênero. Street Fighter 6 representa o expoente máximo dos jogos de luta neste modo. Com um sistema de combate muito evoluído, experimente pessoalmente a inovação impressionante. Todos os modos disponíveis em Street Fighter V podem ser encontrados no Fighting Ground.

O Battle Hub é onde os jogadores podem se reunir e se comunicar, e representa um dos modos principais de Street Fighter 6. É possível criar seu avatar no World Tour e encontrar outros jogadores. Também é possível acessar os recursos online do Fighting Ground no Battle Hub.

No salão do Battle Hub há uma série de recursos disponíveis. Confira os gabinetes de batalhas comuns e extremas para enfrentar outros jogadores, ou visite o Centro de Jogos para curtir alguns dos arcades clássicos da Capcom. Também é possível personalizar seu avatar na Loja de Itens da Central, ou participar de torneios no Balcão de Eventos.

Um Battle Hub pode comportar até 100 jogadores ao mesmo tempo. Os jogadores podem usar emotes ou o chat para se comunicar. E, claro, para se destacar na pista, capriche no outfit e mostre que você tem drip!

O último modo de jogo, o World Tour é uma forma de viajar pelo mundo para encontrar a resposta para a pergunta: o que é força?
É possível mergulhar nessa jornada com seu avatar. Lutadores lendários aguardam sua chegada no mundo de Street Fighter!

Seu primeiro destino será a Buckler Security, em Metro City. Essa empresa treina novos recrutas no ramo da segurança. Aqui, Luke será seu instrutor no curso básico de treinamento, e é aqui que sua história começa.

Durante suas viagens, você irá encarar muitas provas e desafios. Você encontrará oportunidades para provar o seu valor nas lutas de rua, cruzará com lutadores lendários, criará laços e aperfeiçoará suas habilidades. Conforme ficar mais forte, enfrentará oponentes cada vez mais poderosos.

https://www.streetfighter.com/6/assets/images/mode/wt/master_action_en.mp4

O jogo, até agora, tem 11 personagens anunciados, sendo eles E. Honda, Dhalsim, Blanka, Ken, Juri, Kimberly, Guile, Chun-li, Jamie, Luke e Ryu. Mas já é esperado que os personagens tradicionais do SF sejam adicionados ao longo do ano ao game.

Street Fighter 6 promete muita coisa e já está entregando a maioria delas. Design, sistema, arte, e inovação, tudo em um único jogo. Para uma revisão detalhada, assista o vídeo abaixo.

Tatoos tribal com cara de Brasil

Novidades em tatuagem são sempre animadoras e tem um tatuador em São Paulo trazendo justamente isso, novidade!

Brian Gomes tem seu estúdio em São Paulo e vem se inspirando na Amazônia para criar um estilo tribal colorido e bem brasileiro.

Gostou? Você pode fazer uma com ele, mas tenho uma má notícia. A agenda do rapaz está fechada por enquanto, mas você pode ficar na espera aqui.

O jeito incrível que os designers de games animavam os primeiros cenários coloridos

No começo da indústria de games, o processamento e a memória das máquinas era muito, MUITO, limitada.

Os primeiros games tinham 16 cores para trabalharem. Só. Era o EGA, da IBM, que já era considerado um avanço tremendo.

Aí a galera conseguiu expandir para 256 cores com o VGA (usado em coisas até hoje!) e os cenários começaram a parecer BEM bonitos.

Mas ainda faltava alguma coisa… como deixar os cenários mais reais ainda animando eles, só que com todas as limitações computacionais da época?

A solução foi o color cycling, que uns também chamavam de pallete shifting.

Como só haviam 256 cores disponíveis para se criar uma paleta de cores, os programadores descobriram que era possível, no entanto, alterar a própria paleta.

Como assim? Cada paleta durava um ciclo, a paleta seguinte substituía as cores que seriam alteradas na imagem seguinte, e a sequência disso causava a impressão de animação.

Tudo isso gera esse efeito BEM legal e muito convincente sem qualquer aumento significativo do tamanho do arquivo. Afinal de contas, ainda é apenas uma imagem.

Os exemplos desse site são incríveis e mostram todo o potencial dessa prática (aliás, mostram até mudança de iluminação de acordo com a hora do dia nas mesmas paisagens, coisa fina e linda). Eles disponibilizam até o tutorial para fazer a mesma coisa usando html5.

Nessa palestra incrível no GDC 2016, o designer de games das antigas Mark Ferrari conta como eles começaram a trabalhar com gráficos EGA, fizeram o pulo do gato pra animar com o color cycling e até mesmo passaram a economizar espaço nos games ao usar essa técnica para até mesmo mudar cenários inteiros!

Sim, é BASTANTE tempo, mas o conteúdo é riquíssimo pra quem se interessa pela história dos videogames (e acho que computação em geral).

The Legend of Zelda | Animação feita por fãs conta a origem de Skull Kid

Uma animação criada por fãs conta a origem de Skull Kid, um dos principais personagens de The Legend of Zelda: Majora’s Mask.

Intitulado Majora’s Mask – Terrible Fate, o curta produzido pelo EmberLab Studios mostra a história do personagem antes do seu encontro com Link. Veja:

Além do belíssimo visual, a animação também serve para divulgar Time’s End: Majora’s Mask, uma coletânea de remixes criada por Theophany, designer de som de Oxenfree. Clique aqui para ouvir.

Um dos clássicos do Nintendo 64The Legend of Zelda: Majora’s Mask se passa em Termina, um mundo que precisa ser salvo por Link de uma colisão com a Lua. Os jogadores têm três dias para evitar a catástrofe e podem voltar no tempo, revivendo estes mesmos dias.

O game ganhou uma versão remasterizada para o Nintendo 3DS. A próxima aventura de Link é The Legend of Zelda: Breath of the Wild, com lançamento para 2017 no Wii U e no Nintendo Switch

Loving Vincent – Trailer 2016

Trailer do filme “Loving Vincent” da Breakthru Films, que conta a história do artista Vincent Van Gogh, e segundo os produtores, cada frame foi pintado à óleo utilizando o mesmo estilo de Vincent. Este será o primeiro longa produzido com esta técnica.

http://join.lovingvincent.com/

Uma Animação Deliciosa Para Um Folk Em Hebraico

É difícil saber o que é mais adorável no clipe Ma’agalim do trio folk de Tel Aviv, Jane Bordeaux: se é a música ou o trabalho incrível  de Uri Lotan, diretor e produtor do vídeo, que já foi animador na Pixar e Disney.

Ma’agalim significa círculos em hebraico, e a animação se passa dentro daquelas caixas de música antigas que você coloca moedas – e começam a girar. Assim como a vida, que passa em círculos quando você se sente preso no tempo e no espaço. A delicadeza das formas, a paleta de cores e a textura da imagem são tão encantadoras que você quase cai dentro da caixinha transportado pela música.

Para quem ficou intrigado com a letra, abaixo uma tradução aproximada em inglês (aceitamos correções colaborativas nos comentários).

Ma’agalim

Nights, turn into days

days turn into years

and within them, I am walking,

faster and in circles

winds, blowing towards me

blowing on the back of my head

everything seems too far away

too big for me

Refão

it’s not me, that’s moving forward

it’s time, that slips away

it’s another train, passing by

it’s another rope that tightens

sunrises, sets too fast

seasons passes more often

and I am the same

while time grows short

Refrão

it’s not me, that’s moving forward

it’s time, that slips away

it’s another train, passing by

it’s another rope that tightens
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