Tatoos tribal com cara de Brasil

Novidades em tatuagem são sempre animadoras e tem um tatuador em São Paulo trazendo justamente isso, novidade!

Brian Gomes tem seu estúdio em São Paulo e vem se inspirando na Amazônia para criar um estilo tribal colorido e bem brasileiro.

Gostou? Você pode fazer uma com ele, mas tenho uma má notícia. A agenda do rapaz está fechada por enquanto, mas você pode ficar na espera aqui.

Páginas de caderno que simulam a pele humana para que tatuadores treinem

Sempre tive curiosidade em saber como os tatuadores se treinam. Não há garantia de que alguém capaz de criar ilustrações incríveis no papel consiga obter o mesmo resultado em uma tatuagem. Já ouvi falar que alguns praticam em frutas ou até mesmo em pele de animais! Também ouvi histórias de tatuadores convencendo amigos a oferecerem as solas de seus pés para experimentações – o que parece mais uma técnica de tortura do que qualquer outra coisa!

Para ajudar esses artistas e acabar com essas práticas estranhas, a agência de publicidade Lew’Lara TBWA criou o “The Skin Book” para a Tattoo Art Magazine. Esse caderno de rascunhos possui páginas que simulam a textura da pele humana. Cada folha apresenta o desenho de uma parte do corpo para desenvolver diferentes técnicas.

É claro que tatuar diretamente na pele é muito diferente, mas esse caderno parece ser uma boa experiência para os iniciantes. Os tatuadores no vídeo abaixo aprovaram, confira:

A técnica e o desapego de Gustavo Rodrigues

Pois bem, aqui tem um cara que você precisa conhecer! Gustavo Rodrigues é um ilustrador e designer que sabe o que faz e com certeza vai abrir a sua mente.

Gustavo é uma daquelas pessoas de talento que possuem contas em redes sociais de arte e que fazem você passar raiva pensando “como ele faz isso com tanta facilidade?”. Ele tem um estilo que o identifica e opinião forte sobre como conduzir sua arte, talvez a mais interessante é o abandono da borracha.

Enquanto a maioria se preocupa com a perfeição e em mostrar como é bom no que faz, ele surpreende dizendo que erra e isso não o incomoda. Em vez de tentar fazer a melhor arte de todas, corrigindo cada erro, Gustavo simplesmente desapega deles. Segundo ele os erros são importantes e você deve saber aceitá-los e conviver com eles, pois só assim irá melhorar. Se você apagar cada linha torta que fizer, simplesmente não irá evoluir para a próxima vez que fizer aquele tipo de trabalho.

O trabalho desse ilustrador utiliza diversas técnicas, quase sempre tendo por base a sobreposição de cores para criar profundidade. Desde o esboço, cada cor representa um nível diferente na profundidade do desenho e os resultados são bem legais. Mas com certeza o que impressiona mais no que Gustavo faz é facilidade que ele demonstra na criação de rostos em seus speed paintings. Os treinos são constantes e revelam o seu grande talento.

Então se é um dos que ficam se perguntando como pessoas como ele fazem uma arte tão legal, se prepare e preste atenção. O Urucum Digital perguntou a ele e você vai ficar muito satisfeito em saber que as repostas não foram apenas “treino e dedicação” como todo artista diz.

Com certeza todos que te conhecem logo reconhecem o seu talento. A facilidade que você passa pra gente em tudo o que faz é impressionante. Desenhar, trabalhar com arte em geral, sempre foi assim, algo orgânico para você? Como foi o seu processo de aprendizado até chegar no nível em que você está hoje? Você fez ou faz cursos, aulas?

Antes de tudo obrigado pelo espaço! Acho que como todos os que trabalham com ilustração, o desenho sempre esteve presente. Não me recordo de um período se quer da minha vida que tenha passado sem desenhar, faz parte de mim desde muido cedo. O meu processo de aprendizado é fundamentado em grande parte pela minha vontade de evoluir no que eu gosto. Eu fiz algumas aulas de desenho no curso de graduação, mas foram as únicas.

Você continua aprendendo certo? Constantemente vemos treinos de rostos, speed painting em suas redes sociais. Treinar é algo que te agrada ou as vezes tem que se forçar?

COM CERTEZA! O aprendizado é contínuo e nunca vai acabar, sempre haverá espaço para melhorar. Na verdade os treinos, estudos, sketches (como preferir) são o que mais me agrada, é quando me conecto com o meu eu de 12 anos de idade que desenhava o mesmo power ranger em 100 folhas diferentes e sempre achava que o último era o melhor, até fazer o próximo.

Você é um artista que vive a arte que faz. Seu estilo, roupas, gosto musical, tudo se remete no que você faz. Você considera ideal a arte ser parte de você ao invés de ser puramente comercial? De fazer aquilo que gosta ao invés do que te pedem?

Eu acho que meu trabalho PESSOAL reflete minhas aspirações porque esse é o caminho natural das coisas. Vai sair da minha cabeça o que tem dentro, por mais óbvio que isso possa parecer. Mas isso é só uma parte do que eu produzo, que é o que eu mostro nas midias socias e tudo mais. A outra grande parte da produção são trabalhos comerciais, que não necessariamente representa o que eu gosto. E é muito difícil acontecer um trabalho comercial que se alinhe perfeitamente com o que você gosta realmente, mas isso ajuda o artista a rever suas referências e crescer como profissional, além de assegurar o pão e o leite com nescau. Quando acontece, e os astros colaboram hahaha, surge o trabalho perfeito e com certeza é um deleite.

Sua aparência é um tanto inusitada, de certa forma chama a atenção (Gustavo é um gigante barbudo, forte, com cara de bárbaro, brinco, tatuagens…), quem te conhece o mínimo sabe o quanto você é um cara bacana e gentil, isso se percebe rapidamente conversando com você, mas como as pessoas que não te conhecem reagem a você? Os clientes por exemplo.

Hahaha! Para falar a verdade, nunca prestei tanta atenção na reação dos clientes. Não me recordo de nenhuma situação inusitada. Mas várias vezes as pessoas evitam sentar ao meu lado no ônibus.

Sua relação de amor com sua barba fica clara nos desenhos que faz hehe, algum dia veremos você sem ela?

Um simples e sonoro NÃO hahaha.

Eu já vi você fazendo de tudo um pouco, pintura digital com diversos processos diferentes, pintura tradicional, sketches para se tornarem tatuagens, pintura na parede, participação em trabalhos que viram animações, arte para capa de CDs… qual desses setores você atua mais e qual o processo mais “comum” que você utiliza até chegar na arte final de um projeto?

Atualmente trabalho na Eye Move, que é um estúdio de animação, e a maioria do que eu faço por aqui envolve pintura digital, de diversas formas diferentes. O meu processo de criação é um pouco caótico e nunca se repete completamente (Graças a Deus, não sou só eu!), mas segue alguns passos que são fixos: thumbnails (pequenos rascunhos), rascunho final (quando a composição está melhor definida), definição da paleta de cores e a pintura propriamente dita.

Você erra muito quando tenta fazer algo novo? Pesquisa antes como fazer ou vai metendo a cara?

Com certeza, mas não uso a borracha. Não me apego ao que crio e por isso não espero que vá ser perfeito. Se eu errei vou para o próximo com esse conhecimento acumulado e assim vai. A princípio vou metendo a cara, quando surge alguma dúvida me perco em tanta pesquisa.

Atualmente você trabalha na Eye Move, uma empresa de arte, animação e entretenimento. Como é seu trabalho lá? O mercado local tem aberto boas oportunidades para vocês?

Eu não poderia trabalhar em um lugar melhor, com tantos amigos talentosos! O mercado tem os altos e baixos como qualquer outro e nós vamos firme sem deixar a peteca cair.

Com todo esse talento imagino que todo mundo te peça desenhos, retratos… já pensou em dar aulas ou já trabalha com isso?

Já cheguei a ministrar algumas oficinas e workshops e a experiência foi bem legal! Ainda não tem nada formal, mas penso nisso o tempo todo.

Imagino que como todo mundo você tenha hobbies, vida pessoal… uma vida né? Com tanto trabalho, treino, estudo, sobra tempo para viver?

Se não sobrasse não valeria a pena para mim! Eu gosto muito de praticar esportes, isso é uma das minhas prioridades. Atualmente treino powerlifting e vou até participar de campeonato!! Me casei recentemente, tenho dois cachorros sedentos por atenção, uma família gigante e festeira, então minha vida não é só desenhar. Além disso tudo, sou totalmente contra essa história de virar noite trabalhando, então durmo quase sempre bem cedo.

Para quem está começando agora, como se tornar um bom artista de pintura e desenho? Para onde ir? O que aprender? Onde estudar?

A primeira coisa para mim é assumir o erro como parte do processo. Então jogue sua querida borracha fora e pratique o desapego. Depois é desenho, desenho, desenho e mais desenho. Desenhe até a mão cair, depois custure a mão e continue a desenhar. Quando ela cair de novo, repita o processo. E continue eternamente, é o que eu estou tentando fazer.

Você pode ver mais de Gustavo Rodrigues aqui:

Tumblr

Behance

Impressora 3D é usada para tatuar e faz 150 perfurações por segundo

Designers franceses adaptaram uma impressora 3D para que ela se transformasse numa máquina de tatuar. A Tatoué é a união de uma Makerbot 3D com uma agulha de tatuagem. O resultado é uma máquina capaz de tatuar a pele ao ritmo de 150 perfurações por segundo.

Para conseguir fazer essa máquina tatuar, os designers removeram as cabeças de impressão, que são responsáveis pela ejeção de plástico para imprimir arquivos digitais. No lugar, foi posta uma agulha que direciona os traços do desenho na pele humana. As demais estruturas da impressora foram mantidas.

Mas para evitar riscos, um conjunto de sensores foi adaptado para ler a pele de quem está sendo tatuado. Os sensores monitoram as dimensões do membro, além de alterações na rigidez e textura da pele, para que o desenho não sofra perda de qualidade. Ao longo desse ano, os franceses aprimoraram o processo até que foi possível tatuar um círculo perfeito no braço de um rapaz. Segundo os designers, o fato de um robô ser capaz de tatuar um círculo perfeito é um bom indicativo da segurança e da qualidade do processo.

As imagens são carregadas na impressora através de uma versão adaptada do Autodesk. Com os arquivos prontos, basta que o interessado coloque a parte do corpo que deseja tatuar (no momento, só é possível tatuar braços ou pernas) e a impressora começará a trabalhar.

Segundo os desenvolvedores da Tatoué, eles tinham em mente a criação de uma ferramenta de trabalho que desse aos tatuadores mais opções de criatividade. Agora, o desafio deles é tornar tanto a impressora 3D, como o software Autodesk, mais fáceis de usar. Atualmente, a equipe trabalha numa nova versão da máquina, que seja capaz de tatuar em qualquer parte do corpo humano.

No futuro, segundo os criadores, algo como a Tatoué poderá ter diversas aplicações, que vão além das tatuagens. A tecnologia poderá ser empregada na medicina, em cirurgias plásticas.

por Filipe Garrett
Para o TechTudo

As tatuagens de Nouvelle Rita

A tatuadora portuguesa Nouvelle Rita e seu incrível trabalho de arte. Com traços extremamente gráficos, diretos e sensíveis, essa artista de Lisboa tem feito trabalhos incríveis. O detalhamento de suas tatuagens chama muito atenção junto a sua singularidade.

Seus desenhos são apaixonantes, apesar de diretos e realistas, eles possuem características surreais que enchem os olhos. Predominantemente animais, seus trabalhos são em uma única cor, preta, no entanto é possível ver o resultado de algumas aventuras com cores surgindo, confira.

Parceria feita com a tatuadora Tania Catclaw, que trouxe sua aquarela aos traços de Rita.

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