Assista La Linea, Animações Italianas Populares da década de 70, desenhadas com uma única linha

Simplicidade não é o objetivo. É o subproduto de uma boa idéia e expectativas modestas.

Assim falou o designer Paul Rand, um homem que sabia algo sobre fazer passar uma ideia, tendo criado logos icônicos para marcas muito conhecidas como ABC, IBM e UPS.

Um exemplo da observação de Rand, La Linea, aka Mr. Line, um personagem tão querido e enganosamente simples, desenhado com uma única linha contínua, começou como um figurante para uma companhia de panelas italiana. Não importa o que ele consegue fazer em dois ou três minutos, ele determinou que ele eventualmente vai intrometer-se contra as limitações da sua realidade linear. Sua vibração, a resposta apoplética provou um sucesso com os telespectadores em apenas alguns episódios, então a conexão com as panelas foi cortada. Mr. Line passou a se tornar uma estrela global em seu próprio direito, aparecendo em 90 animações curtas ao longo de sua história de 15 anos, começando em 1971. Encontre muitos dos episódios no Youtube aqui.

A fórmula soa bastante simples. O animador Osvaldo Cavandoli inicia cada episódio, traçando uma linha horizontal em lápis de cera branca. A linha assume forma humana. Mr. Line é um cara atentado, do tipo que se entrega a tudo o que é que ele está fazendo, sendo admirando as meninas na praia, tocando piano clássico ou patinação no gelo.

A locução do artista Carlo Bonomi contribui em grande parte com o charme de Mr. Line. Com um sotaque italiano, mas com sua trilha vocal 90% de jargão improvisada, com um punhado de dialetos. Veja-o canalizar o personagem na cabine de gravação, abaixo.

Veja aqui Cavandoli e Mr. Line batendo um papo.

via Open Culture

Gloria Alvarez sobre Populismo

Não falo sobre política no blog, pois não se trata do tema central tratado aqui no Urucum Digital, que é a arte e a tecnologia. No entanto, esse vídeo mostra algo que eu sustento muito aqui no blog, que é o poder que a arte e a tecnologia tem de melhorar não só a vida de cada indivíduo, estimulando a criatividade, o raciocínio e capacidade de sonhar, mas de melhorar o mundo.

Gloria Alvarez, a jovem da Guatemala que critica o populismo e a demagogia, mostrou que uma forma de mudar o sistema político é através da tecnologia e o acesso a informação que ela permite.

A base de todas as melhorias, em minha opinião, para a vida em sociedade é a educação, todo o resto vem através dela e Gloria mostra uma forma simples e eficiente de como melhorar o quadro político estimulando as pessoas a pensarem por sí mesmas, usando da tecnologia.

O óculos que faz daltônicos enxergarem cores

Ver é algo tão natural para a maioria das pessoas que nem nos damos conta das diferenças que existem entre a visão de uma pessoa para outra.

As cores do arco-íris, dos lápis-de-cor, do céu durante o por do sol, as flores, a pele… cada pessoa vê o mundo de uma forma. Mas talvez algumas têm mais dificuldades. os daltônicos, por exemplo, tem problemas para diferenciar cores.

Para dar uma mãozinha a esse público em específico, uma empresa americana de tintas, a Valspar, que é bastante conhecida por lá, criou em parceria com a EnChroma, um óculos capaz de fazer os daltônicos enxergarem as cores que não são capazes naturalmente.

Os óculos separam as cores e derivações do vermelho e do verde, que normalmente os portadores de daltonismo não percebem, corrigindo o problema de visão.

As pessoas que testaram os óculos tem reações emocionantes. Confira e lembre-se de ativar as legendas do vídeo.

O menino que pode salvar o oceano

Eu vivo catando lixo na praia e jogando na lixeira, o que de nada adianta, pois na minha cidade não existe coleta seletiva, logo não há reciclagem. As vezes me pergunto a importância de eu me preocupar em limpar aquele pedacinho de praia, sendo que o lixo vai sujar em outro lugar. Sempre penso “eu faço minha parte, mas é tão ínfimo, do que adianta?”. Pois então, adianta e um jovem holandês vem mostrando isso. Mostrando que dar o exemplo, faz a diferença.

Boyan Slat, um holandês de 16 anos na época, foi passar suas férias na Grécia e curtir suas belas praias, mas se espantou com a quantidade de plásticos e lixo na água e na praia, eram tantos que ele achou que fossem águas-vivas.

Qualquer pessoa de bom senso se revoltaria com essa situação, mas poucas fariam alguma coisa a respeito. Mas o que fazer com tanto lixo? A cada ano, a humanidade joga 6,4 milhões de toneladas de lixo no mar – e 80% disso é plástico. Estima-se que haja 18 mil pedaços de plástico para cada quilômetro quadrado de oceano, mas mesmo assim, com dados tão desanimadores Boyan achou que podia dar um jeito.

Ele apresentou uma ideia para limpar o mar na feira de ciências em sua escola. Boyan começou a estudar os chamados giros oceânicos. Há cinco giros principais. Eles são grandes correntes marítimas que puxam o lixo do resto do oceano, e funcionam como enormes redemoinhos de sujeira. Chegam a ter seis vezes mais plástico do que zooplâncton (criaturas microscópicas que são a comida dos animais maiores). Por que não atacar o problema justo ali? Ao invés de ir atrás do lixo, por que não deixar ele vir até você – e aí capturá-lo com uma armadilha? Foi isso o que Boyan pensou.

O projeto acabou ganhando um prêmio da Universidade de Delft, uma das mais importantes da Holanda, e fez o garoto ser convidado para uma apresentação no evento TED – que foi vista 1,7 milhão de vezes pela internet.

A ideia chegou às Nações Unidas, que em novembro de 2014 deram a Boyan o Champion of the Earth, seu maior prêmio ambiental. O menino criou um site para levantar doações. Conseguiu, contratou cientistas e engenheiros, e começou a tocar o projeto.

Basicamente o projeto se trata de um grande cordão com 100km de boias, colocadas em formato de “U” que embarreram o lixo, que será recolhido depois por um navio lixeiro a cada 45 dias. Em teoria, peixes e outros animais não seriam afetados, pois conseguiriam passar por baixo das barreiras.

O projeto recebeu muitas críticas de especialistas. Alguns disseram que as armadilhas não vão funcionar, pois os giros oceânicos são grandes demais. Outros acham que as boias podem arrebentar ou se deformar. Ou que o problema está na fixação (pois cada barreira precisa ser amarrada, com um cabo de 4 km, ao fundo do mar, o que é tecnicamente difícil). Também houve quem questionasse o que seria feito com o plástico recolhido, pois a água salgada e o sol alteram suas propriedades, dificultando a reciclagem. A saraivada de críticas mexeu com Boyan. “Aquilo me afetou bastante”, admite.

Usando parte do dinheiro que havia arrecadado, ele contratou uma equipe de engenheiros e biólogos, que refinaram o sistema e elaboraram estudo de 530 páginas que explica como ele pode funcionar. Uma das soluções veio do Brasil. Uma experiência da Universidade de Caxias do Sul mostrou que é possível reciclar plástico coletado no mar. “As pessoas pensam que é só pegar o material, colocar numa máquina e reci-clar. Mas ele vem fragmentado e cheio de colônias (animais) na superfície”, diz o estudante de engenharia ambiental Kauê Pelegrini, responsável pelo projeto. Ele e seus professores criaram um processo que limpa, separa e condiciona plástico – que foi transformado em saboneteiras.

O estudo de Boyan também mostrou que é possível transformar o plástico em óleo – que poderia ser revendido, gerando recursos para a manutenção das boias. Até agora, Boyan levantou pouco mais de US$ 2 milhões em doações. Esse dinheiro é suficiente para produzir algumas barreiras e testá-las na primeira etapa do projeto, que deverá durar quatro anos. Ele calcula que, se o sistema fosse implantado em larga escala, seria possível retirar 16% de todo o plástico dos oceanos a cada dez anos. Isso significa que, teoricamente, o problema do lixo marinho poderia ser resolvido em algumas décadas. O custo seria de US$ 30 milhões anuais, um valor modesto (a cidade de São Paulo gasta 20 vezes isso com a coleta de lixo). “Acho que a tecnologia é o melhor meio para qualquer mudança. Eu poderia dedicar minha vida a isso”, sonha o garoto.

A história dos jogos mostrada através da evolução das tecnologias gráficas

A parte visual dos videogames é realmente uma das formas que mais atrai os jogadores para jogar. Embora muitas vezes se defenda o argumento de que os gráficos não são a parte mais importante de um jogo (e de fato não são), é complicado afirmar que um jogo com um visual impressionante geralmente não é bom.

Falando em gráficos, Stuart Brown, do canal do YouTube Ahoy, apresentou a evolução das histórias nos jogos eletrônicos por meio dos gráficos utilizados. Ele abordou técnicas e outros aspectos em uma série chamada “A Brief History of Graphics”.

Azul e preto ou branco e dourado? Sua visão do mundo é única

Ok, a internet “wins”, eu vou falar sobre o tal vestido mais polêmico do que mamilos. Particularmente eu considero o vestido em si uma bobagem, mas a questão de percepção é interessante.

Se você tem acessado as redes sociais ultimamente, deve ter pelo menos lido por aí algumas brincadeiras envolvendo as palavras “azul e preto” ou “branco e dourado”. Resumindo uma história irrelevante, alguém postou a foto de um vestido na internet que cada pessoa tem visto ele em cores diferentes, predominando azul e preto e o branco e dourado.

Essa foto aí em cima em particular, eu, ser individual que sou, que me gabo de ter uma percepção cromática muito boa, vejo um tom azulado claro com renda dourada, pendendo para o cobre. O que pode causar um aspecto escurecido e até mesmo uma ilusão de preto. Essa é a verdade absoluta e eu estou certo? Não! Várias coisas influenciam aqui.

A visão humana pode pregar peças de acordo com a iluminação e estado psicológico. Com um fundo mais claro na imagem, o vestido parece mais claro, branco e dourado. Com um fundo mais escuro, ele parece ser mais escuro, azul e preto. Essa compensação visual é o cérebro tentando ajustar o que você está vendo de acordo com a iluminação. Veja o gif a seguir. Nenhuma cor foi alterada no vídeo, apenas os controles de brilho e contraste foram mexidos.

Por causa disso, dependendo da luminosidade do seu monitor, você pode ver o tal vestido em cores diferentes. Somente isso influencia? Não! Algumas pessoas, viram no mesmo monitor e ao mesmo tempo, o vestido em cores diferentes. Isso porque cada um tem uma percepção de luz e cor únicas. Pode ser um choque para você, mas ninguém enxerga cores da mesma forma. O meu azul, pode não ser tão azul quanto o seu, mas essas variações são mínimas, só sendo percebidadas de indivíduo para indivíduo em casos extremos, como as pessoas que tem daltonismo, doença que impede que alguém perceba cores corretamente.

O caso do vestido foi um golpe de sorte. Todos os fatores contribuíram para que nossa percepção fosse embaralhada.

“Eu tenho estudado diferenças em visões de indivíduos por 30 anos, e essa é uma das maiores diferenças individuais que já vi” – diz Jay Neitz, uma neurocientista da Universidade de Washington, em entrevista ao Wired. Perguntada sobre sua opinião, ela acha que o vestido é branco e dourado.

Esse tipo de ilusão na visão não é incomum. Nessa imagem a seguir, por exemplo. As peças de xadrez, acredite se quiser, são da mesma cor, só o fundo foi alterado e bastou isso para nossa percepção das peças mudar completamente e enxergarmos um jogo branco e outro preto.

Curiosidade

Se você continua achando que nós humanos somos o topo da evolução, repense. Humanos são incapazes de enxergar a luz ultravioleta, mas os insetos conseguem ver. Veja nessas flores a diferença entre o que vemos e o que os insetos vêem.

Ah… mais são apenas flores, isso não influencia em nada nossa vida. Ah é? Você consegue ver na sua pele os danos que a luz ultravioleta causam? Não? Dê uma olhadinha e se surpreenda em como o sol “vê” você.

E sobre o tal vestido? Qual o cor dele de fato? Aí vai minha opinião.

Afinal tem coisas mais importantes para nos preocuparmos.

Informações: TecMundo, O Globo, TEDx, Sim! ciências

Hunger, o novo game da Tarsier Studios

É isso mesmo, um novo jogo da Tarsier Studios. Se você não reconhece pelo nome, a Tarsier é a responsável pelo jogo Little Big Planet, que é um grande sucesso e se você ainda não jogou, saiba que vale a pena jogar.

A arte desenvolvida pela Tarsier em seus jogos é de impressionar. A qualidade, a riqueza de detalhes, a preocupação com o design das fases e personagens e até mesmo a física realista nos jogos são de tirar o chapéu, fazendo de seus games algo muito mais interessante do que os jogos que estamos acostumados por aí. Olha só alguns desenhos do concept art do jogo.

O novo jogo se chama Hunger e terá uma pegada diferente do Little Big Planet, que se assemelha a um teatro infantil. Hunger será mais mórbido, com suspense. Se você já jogou Limbo, vai gostar do que vem por aí com Hunger. Tal qual em Limbo, temos um protagonista frágil que contrasta com os cenários ao estilo Resident Evil. A pequena Six, que em sua capa amarela precisa escapar de um bizarro resort submarino chamado “The Maw” e de seus grotescos habitantes (Cadê a mãe dessa criança que não ta vendo isso?).

Hunger tem uma jogabilidade que vai deixar você alerta o tempo todo com suspense e exploração. Uma coisa interessante no jogo, é que ele te põe na pele de uma pequena menina. Isso é muito legal, cada vez mais o esteriótipo do herói forte, branco e boladão ou da gostosa de cintura fina e com habilidades de super herói está sendo quebrado no jogos, filmes, séries, desenhos, o que nos ajuda a sermos mais confiantes e aceitar a diversidade. Ta aí a série A Lenda de Korra para não me deixar mentir, onde a maioria dos heróis são mulheres e diversidades como deficiências e sexualidade são tratadas de forma tão natural que a gente nem nota. Claro, nem tudo segue essa linha, Mario ta aí anos não é verdade?

Os cenários são no mínimo pertubadores e nos deixam tensos e curiosos só de vermos.

Hunger será lançado inicialmente para Playstation 4, ainda sem data confirmada. O jogo foi patrocinado pela Nordic Games Program, que também ajudou o jogo Limbo a ganhar vida. Este é um programa de incentivo a desenvolvedroes de games em países nórdicos como Dinamarca, Suécia e Islândia, entre outros.

Ficou com vontade de jogar?

Informações e imagens: Tarsier Studios, Arkade

Out of Sight

Este pequeno filme bonitinho feito por estudantes, um projeto de graduação de Ya-ting Yu com os colegas Yeh Ya-Hsuan e Chung Ling da Taiwan National University of Arts, deve muito a Miyazaki, um dos mais famosos e respeitados criadores do cinema de animação japonesa. Eles pegaram as ideias certas do Mestre e a versão final do filme, Out Of Sight, é carregada com imaginação e coração.

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