Impressora 3D é usada para tatuar e faz 150 perfurações por segundo

Designers franceses adaptaram uma impressora 3D para que ela se transformasse numa máquina de tatuar. A Tatoué é a união de uma Makerbot 3D com uma agulha de tatuagem. O resultado é uma máquina capaz de tatuar a pele ao ritmo de 150 perfurações por segundo.

Para conseguir fazer essa máquina tatuar, os designers removeram as cabeças de impressão, que são responsáveis pela ejeção de plástico para imprimir arquivos digitais. No lugar, foi posta uma agulha que direciona os traços do desenho na pele humana. As demais estruturas da impressora foram mantidas.

Mas para evitar riscos, um conjunto de sensores foi adaptado para ler a pele de quem está sendo tatuado. Os sensores monitoram as dimensões do membro, além de alterações na rigidez e textura da pele, para que o desenho não sofra perda de qualidade. Ao longo desse ano, os franceses aprimoraram o processo até que foi possível tatuar um círculo perfeito no braço de um rapaz. Segundo os designers, o fato de um robô ser capaz de tatuar um círculo perfeito é um bom indicativo da segurança e da qualidade do processo.

As imagens são carregadas na impressora através de uma versão adaptada do Autodesk. Com os arquivos prontos, basta que o interessado coloque a parte do corpo que deseja tatuar (no momento, só é possível tatuar braços ou pernas) e a impressora começará a trabalhar.

Segundo os desenvolvedores da Tatoué, eles tinham em mente a criação de uma ferramenta de trabalho que desse aos tatuadores mais opções de criatividade. Agora, o desafio deles é tornar tanto a impressora 3D, como o software Autodesk, mais fáceis de usar. Atualmente, a equipe trabalha numa nova versão da máquina, que seja capaz de tatuar em qualquer parte do corpo humano.

No futuro, segundo os criadores, algo como a Tatoué poderá ter diversas aplicações, que vão além das tatuagens. A tecnologia poderá ser empregada na medicina, em cirurgias plásticas.

por Filipe Garrett
Para o TechTudo

Lançadas as primeiras hoverboards do mundo por US$10.000!

Para toda uma geração que cresceu com a saga De Volta Para o Futuro, a prancha flutuante de Marty McFly foi um dos artefatos mais memoráveis. E às portas de 2015, o ano para onde (quando) Marty viaja no segundo filme, parece que a ficção se concretiza. Confira!

Hendo Hover, uma companhia cuja sede é em Los Gatos, Califórnia, está tentando arrecadar US$250.000 através do Kickstarter para fazer de sua prancha flutuante se tornar realidade. Além disso, se você doar US$10.000 para o projeto, receberá uma das dez primeiras pranchas que a companhia fizer!

E se você está interessado, deve correr, já que 6 das 10 pranchas já foram vendidas.

via Comicbook, Legião dos Heróis

Henri el magnifico, sua caixa e as viagens pelo mundo

Hoje a postagem é pra lá de especial! Já falei no passado aqui no blog a respeito da arte de Henri Lamy, um incrível pintor francês que retrata o cotidiano em suas obras com uma técnica bem interessante. Foi muito legal falar sobre o seu trabalho, mas sabe o que seria mais legal? Ouvir o próprio falando a respeito. E é isso que vamos ler aqui, um bate-papo com ele.

Ultimamente Henri tem viajado bastante e feito uma espécie de “residência” em outros países, em especial nas Filipinas, onde ele diz ser seu segundo país. Tudo bem espontâneo, nada de apenas galerias ou estúdios de arte, mas uma verdadeira imersão na cultura local. Em suas passagens ele busca conhecer projetos locais e até ensina jovens e crianças um pouco sobre arte ao mesmo tempo aprende com elas.

A conversa foi bem tranquila e Henri abre muito nossa visão de arte, que pode ser algo bem natural e gratificante.

Você tem apenas 29 anos, certo? Suas pinturas são bem maduras e sua técnica é incrível. Com que idade você começou a pintar?

Eu comecei desenhando primeiro. Quando criança eu copiava quadrinhos e mangás. Rostos eram muito importantes. Então eu naturalmente tentei a pintura.

Você usa a espátula para pintar. Como foi a escolha desse estilo?

A espátula simplesmente estava na caixa de ferramentas do meu pai (ele costumava ser um artista).

O que é Rivoli 59? Qual o seu envolvimento com eles?

59 é um estúdio de arte.  Ele reúne 30 artistas no centro de Paris. Quando contei aos meus pais “Eu quero ser um pintor”, foi lá que eu aterrissei. Um maravilhoso pontapé inicial: estar em contato com artistas e listas de visitantes foi a chave para me manter ativo e melhorar o meu estilo. Eu conheci pessoas, fiz viagens, comecei a ver obras de arte com mais regularidade.

Como você recebeu o título de “el magnifico”? *risos*

Meu amigo que colocou. Ele é um talentoso cineasta (kiwi entertainment). Eu não sei se foi sério quando ele fez isso, mas de alguma forma eu achei isso engraçado e então eu aceitei. Eu não quero necessariamente que “el magnifico” seja minha marca.

Você viaja pelo mundo promovendo workshops que ensinam e ajudam jovens pintores. Como esse projeto começou? Em que locais você já esteve fazendo isso?

Não é nada tão formal. Em São Paulo por exemplo, eu fiquei na casa do meu amigo Carlos. Ele fazia parte das atividades de um orfanato e assim que eu soube a respeito, eu quis muito fazer algo também. Porque pintar é algo que deve ser compartilhado.

Eu fiz isso em Hong Kong com crianças autistas também, o conceito foi dançar e pintar ao mesmo tempo. Agora que eu penso nisso, a caixa de capoeira pode ter vindo disso também.

Como surge os convites para essas viagens?

É sempre espontâneo. Eu fui uma criança frustrada por não viajar muito. Uma vez que eu tive condições de fazer isso, eu comecei a ir em toda a parte. Sabe, desde que me lembro, o desconhecido sempre me atraiu.

Você veio ao meu país, Brasil. O que você achou daqui? (Henri esteve no Rio e em São Paulo).

Brasil foi fantástico. Povo acolhedor que me fez sentir a gentileza com a proximidade. Eu fui convidado para dividir refeições, descobrir lugares, melhorar minha capoeira em Guaratingeta com o aniversário de 40 anos da associação mestre Puncianinho.

Além disso, eu achei engraçado como Brasil é parecido com meu segundo país de coração: Filipinas. Ambos são lugares com pessoas acolhedoras e as vezes malucas, criativas e generosas.

Você é um grande fã de Capoeira. Como isso começou? Você é bom? Hehe.

Eu tenho duas lembranças, quando criança, que me martelam a mente. Primeiro, quando meu avô estava morrendo, eu me lembro de gastar muito tempo no jardim, jogando minhas pernas no ar, tentando andar com minhas mãos, como uma forma de aliviar a pressão. Segundo, eu vi um homem fazendo um mortal na piscina. Daquele momento em diante eu me senti atraído por acrobacias. Mais tarde aos 15, eu descobri a capoeira, mas meu grande mestre foram as ruas. Elas me disseram sobre suas viagens, isolamento que puderam sentir e com muita frequência eu me senti próximo a essa filosofia e me ajudou muito a crescer como pessoa e reforçar minha determinação como artista.

Oh my Budha, Modern Gallery, Bangkok, Tailândia 2014

Me conte da caixa de pintura de capoeira, seu projeto atual. Onde aconteceu, como a ideia surgiu? Como foram os resultados, o que o público achou?

Em algum momento eu percebi que tenho feito capoeira a minha vida toda e a mesma coisa com arte. Ambos são formas de expressão, então porque não tentar misturar elas? O público parece receptivo e entusiasmado a respeito, eu acho que porque isso enaltece o poder da arte e o que ela transmite.

Muitos artistas iniciantes lêem o blog. Eu não sei como as coisas são na França ou na Europa para os artistas, mas no Brasil não são fáceis. Arte é subvalorizada e ganhar dinheiro com ela é muito difícil aqui. Que conselhos você pode dar para nós?

Sabe, é a mesma coisa em Paris, exceto talvez porque artistas podem encontrar com facilidade várias instalações então eles tem um lugar para criar. Eu atualmente resido na 100ecs (100 rue de charenton, 75012 Paris), onde eu tenho a intenção de construir uma outra caixa e interagir com o público.

Então, o que eu aconselho em primeiro lugar, é para todos apaixonados por arte, precisa praticar muito para alcançar um manejo especial da técnica.

Em seguida, deve-se levar valores que podem encontrar os sentimentos das pessoas, é por isso que como seres humanos todos nós devemos estar abertos e interligados.

Então como em qualquer negócio, um lado de sua alma de artista tem que considerar a melhor opção para venda. Não hesite em gastar algum tempo com isso também!

Para mais sobre Henri Lamy acesse:

henrilamy.fr

Pessoas criativas são mais propensas à depressão e dependência química

Artistas costumam ser mais sensíveis, sendo mais afetados por suas emoções. Consumo de álcool e drogas também pode contribuir.

Paris (AFP) – Fama e fortuna não fazem muita diferença, a criatividade é que faz com que atores, músicos, escritores, pintores, artistas em geral, sejam mais propensos à depressão e vícios do que a média das pessoas comuns, de acordo com especialistas entrevistados pela AFP.

Foi a depressão que levou o criativo ator Robin Williams a supostamente cometer o suícidio, o mais recente caso de uma significativa e triste lista. Artistas como Jim Carrey, Catherine Zeta-Jones, Mel Gibson ou Poelvoorde já falaram abertamente sobre sua depressão, associada ou não ao consumo de álcool ou drogas.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, mais de 350 milhões de pessoas de todas as idades sofrem de depressão em todo o mundo. “Na sua forma mais grave, pode levar ao suicídio”, ressalta a OMS, que se refere a uma estimativa de “1 milhão de mortes a cada ano.”

A assessora de imprensa de Robin Williams, Mara Buxbaum, explicou que o herói de “Bom-dia, Vietnã”, “Uma babá quase perfeita”, “Gênio Indomável” e “A Sociedade dos Poetas Mortos” lutava contra uma depressão profunda. Segundo a polícia, a causa provável de sua morte foi “suicídio por asfixia”.

O ator Robin Williams se enforcou devido a uma forte depressão.

Para o professor Michel Reynaud, chefe do departamento de psiquiatria e dependência no hotel Paul Brousse em Villejuif, Paris, existe uma ligação entre talento criativo, depressão e dependência.

“Os artistas são muitas vezes pessoas mais sensíveis, sentem mais intensamente as emoções. Isso acontece geralmente com escritores, poetas, músicos, atores, de muita qualidade, mas por trás de seres muitas vezes ansiosos, deprimidos, bipolares”, observa.

Além disso, produtos com o álcool e as drogas, geralmente disponíveis em seu ambiente – “meio de divertimento, festivo, de dinheiro” – são vistos como facilitadores da expressão artística.

Deve-se ainda acrescentar, segundo ele, a pressão pelo sucesso e atores que vivem “numa espécie de exaltação narcisista”. “Eles dizem que representam bem a sua vida e narcisismo em cada filme ou cada peça”.

Amy Winahouse sofria de depressão e morreu devido o abuso de álcool.

Sem razão claramente identificável

“Existem alguns estudos que ligam o talento criativo à saúde mental, embora o mecanismo exato ainda seja um mistério”, observa o professor Vikram Patel, diretor do Centro Britânico para a Saúde Mental Mundial (Global Mental Health).

“Os circuitos cerebrais que são a fonte da criatividade são os mesmos que os das doenças mentais, então, ser criativo pode aumentar o risco de doença mental”, diz.

Vincent van Gogh cortou a própria orelha devido problemas psicológicos.

A ligação entre depressão, transtorno bipolar e dependência também pode ocorrer, porque, segundo o professor Reynaud, “entre um terço e 50% dos viciados são deprimidos e a metade dos bipolares têm problemas de dependência”.

“E o vício por si só provoca síndromes depressivas, muitas vezes graves, durante as quais as pessoas podem cometer suicídio”, acrescenta.

Um estudo do Journal of Phenomenological Psychology em 2009 garantia que, ao mesmo tempo em que a celebridade pode trazer riqueza, privilégio e “imortalidade simbólica”, há um preço a pagar para o estado mental que isola as pessoas, os torna desconfiados em relação a outros, e que pode levar a uma divisão entre “celebridade” e “pessoa privada”.

** FILE **Novelist Sidney Sheldon, 86, poses for a portrait during an interview in this Jan. 27, 2003, file photo at his home in Palm Springs, Calif. Sheldon, who won awards in three careers- Broadway theater, movies and television- before turning to writing best-selling novels, died Tuesday, Jan. 30, 2007. He was 89. (AP Photo/Jonathan J. Dwyer)

Para Jeffrey Borenstein, presidente da Brain and Behaviour Research de Nova York, “as pessoas estão lutando para entender por que alguém que parece ter tudo pode estar deprimido”.

“Muitas vezes pensamos que a depressão ocorre durante uma vida difícil, e às vezes isso acontece, mas muitas vezes a depressão ocorre sem causa claramente identificada”, diz ele.

Os meios artísticos não são os únicos suscetíveis, revela ainda Reynaud, citando os comerciantes. ”Algumas profissões são mais vulneráveis que outras quando o modo de vida é desregrado, a pressão é grande e o acesso a produtos químicos é fácil”, resume.

Logo sem vergonha dá o que falar no Reino Unido

Como você já sabe, existem muitas logos por aí com diversos significados ocultos, e basta observá-las com mais cuidado para descobrir mensagens e figuras cuidadosamente camufladas nas imagens escolhidas para representar companhias. No entanto, esse não é bem o caso da logo bem humorada — e completamente sem vergonha — de uma pequena rede de vendedores de frango frito do País de Gales, no Reino Unido.

De acordo com o The Daily Mirror, o falatório envolve um vendedor de rua que batizou seu “estabelecimento” — na verdade, a companhia é formada por duas vans — de Dirty Bird Fried Chicken. O motivo da polêmica é a logo escolhida para representar a companhia, pois não é preciso olhar com tanta atenção assim para ver qual é a figura deliberadamente mal camuflada no desenho.

Criada por Mark James_Works, a marca teria sido concebida para incluir no design, além de um frango, as letras “d” e “b” de Dirty Bird. No entanto, a clientela começou a reclamar de que a logo se parece com um pênis. O mais divertido é que o proprietário, apesar de garantir que o resultado fálico não foi intencional — ahãm… —, começou a tirar proveito da situação, colocando cartazes que dizem “toque a minha coxa” e “toque o meu peito” nas vans. Genial!

Apesar das reclamações dos fregueses que se sentiram ofendidos pela logo, a opinião sobre a qualidade dos produtos vendidos pela Dirty Bird é unânime. Todas as pessoas entrevistadas — incluindo as reclamonas — garantiram que o frango frito é uma delícia. E você, caro leitor, o que achou da ideia? Você deixaria de frequentar um local que tivesse uma logo parecida? Não deixe de compartilhar a sua opinião nos comentários.

Via Mega Curioso
Fontes The Daily Mirror, First We Feast
Imagens Mark James_Works

Atari tenta voltar a ativa

Atualmente, uma pequena empresa de entretenimento digital, com 11 funcionários, a Atari tenta crescer nos próximos anos. Investindo em nichos como o mercado LGBT e jogos de aposta online, com foco especial em produtos mobile.

Fundada em 1972, a primeira gigante dos videogames reinou quase absoluta até o começo dos anos 80. Até hoje, a Atari detém o recorde de empresa com crescimento mais rápido na história dos EUA (foi de US$ 75 milhões de faturamento em 1977 para US$ 2 bilhões em 1980), num período em que chegou a registrar  mais de 3000 empregados (Steve Jobs chegou a ser um deles). Tudo ia bem, até o nefasto “Crash de 83”, quando não só a Atari quase deixou de existir, mas quando toda a industria de games por pouco não desapareceu. A gota d’água foi o fracasso do jogo E.T. para o console.

Mas a empresa não acabou e tentou se reerguer. Na verdade, passou os últimos 30 anos tentando se reerguer e, agora, num dos momentos mais delicados de sua história, espera voltar a viver as glórias do passado, olhando quase que exclusivamente para o futuro.

Antes de tudo é preciso esclarecer que a Atari que fabricava o querido console Atari 2600 e que encantava jogadores do mundo todo com títulos como “Pong” não é a mesma Atari que tenta se reinventar em 2014. Não mesmo.

A empresa passou por vendas e fusões, tudo tentando novamente voltar a glória.

Mas e agora?

Agora, a Atari se descreve como uma companhia de produção de entretenimento interativo, com grande foco em plataformas mobile. Algumas das marcas mais famosas da empresa, como “Pong”, já estão disponíveis nos mercados de aplicativo de celular.

Uma oportunidade que a Atari abraçou foi a atenção e suporte à causa LGBT. A empresa, que manteve os direitos de “RollerCoaster Tycoon” mesmo depois da falência, vai lançar “Pridefest”, jogo que troca o parque do game original e o substitui por uma parada do orgulho gay.

Gostamos de nos ver como uma marca muito inclusiva, uma companhia inclusiva. E procuramos oportunidades de mercado, que possam nos beneficiar comercialmente, além de ser a coisa certa a fazer

Analisou Todd Shalbetter, diretor financeiro da nova Atari, mais um dos 11 funcionários da empresa.

Além de “Pridefest”, a Atari recentemente foi uma das empresas que apoiaram e patrocinaram a Gaymer X2, convenção que celebra a diversidade e a comunidade gamer LGBT.

A companhia também tem tentado aproveitar as poucas marcas clássicas que ainda tem sob seu controle. Na verdade, a primeira ação da nova Atari foi licenciar versões de “Asteroids”, “Breakout” e “Centipede” para a rede de lanchonetes norte-americana Denny’s, rebatizando os jogos como “Hashteroids”, “Take-Out” e “Canti-Pup”.

“Transformar nossas marcas clássicas em produtos retrô é uma decisão natural para apresentar a Atari a uma nova geração, além de impactar nossos fãs antigos de uma forma divertida e única”, defendeu o CEO, Fred Chesnais.

As novas versões dos jogos substituem o enredo de ficção científica, os inimigos alienígenas e as naves espaciais por temas relacionados ao restaurante, como entrega de condimentos e temperos, uma garrafa de xarope mágico que transforma tudo que toca em ovo frito e uma muralha de comida.

Associar a marca Atari a produtos não é uma tentativa desesperada da empresa, pelo contrário. Ao longo dos anos a Atari se tornou um ícone pop. Camisas e produtos com a marca da empresa são reconhecidas imediatamente como algo “maneiro”, assim como a nintendo. Algo que não acontece por exemplo com a Ubisoft.

A mais polêmica das novas empreitadas da empresa é o “Atari Casino”, uma espécie de universo virtual com elementos de MMO para apostas online, que a Atari desenvolve em parceria com a FlowPlay. Ao melhor estilo “Second Life”, jogadores poderão realizar uma série de outras atividades entre uma aposta e outra, como passear por shopping virtuais e relaxar em piscinas digitais.

“Foi um pequeno passo rumo ao universo de apostas, com ‘Atari Casino’, porque é algo muito fácil pra gente. É um passo natural, de jogos para apostas”, analisou o CEO Chesnais.

As iniciativas podem parecer pouco ligadas, em uma primeira análise, mas tudo faz muito sentido para o novo manda-chuva da Atari.

“Eu só quero ter uma equipe forte de executivos. Pense, por exemplo, na indústria do cinema. Se alguém diz que faz filmes, e cuida de tudo, desde a filmagem até a distribuição às salas de cinema, parece loucura. Não precisamos de desenvolvedores internos, só precisamos contratar os melhores de fora”.

“Quando eu escuto gente falando ‘você não sabe o que está fazendo’, eu não me importo. Acho que sabemos o que estamos fazendo. Vamos cometer erros, mas vamos construir coisas grandes, também”, profetiza o CEO.

informações Uol Jogos

Brasileiros criam sistema que transforma caixa d’água em miniusina hidrelétrica

Enquanto cientistas em todo o mundo tentam aumentar a eficiência dos grandes sistemas de produção energética, dois empreendedores brasileiros desenvolveram uma solução simples para gerar energia limpa em casa. Apelidada de UGES, a tecnologia transforma as caixas d’água em miniusinas hidrelétricas.

O nome é uma abreviação de Unidade Geradora de Energia Sustentável e a criação é fruto do trabalho dos engenheiros Mauro Serra e Jorgea Marangon. A tecnologia é simples e pode ser utilizada em qualquer caixa d’água, independente de seu tamanho. “A UGES transforma a passagem da água que abastece os reservatórios em um sistema gerador de energia. Vale destacar que o consumo diário de água no país é, em média, de 250 litros por pessoa, consumo que é totalmente desperdiçado como forma de energia. Ao desenvolver um sistema que reaproveita essa energia, podemos gerar eletricidade, sem emissão de gases e totalmente limpa”, destacou Mauro Serra, em entrevista à Faperj.

A ideia já foi patenteada e logo deve estar disponível no mercado. Além de contar com um sistema instalado dentro do próprio reservatório de água, o UGES também precisa de uma unidade móvel para que seja possível transformar toda a energia captada em eletricidade e assim distribuí-la para o uso doméstico. No entanto, ele não precisa de uma fonte externa de energia para funcionar.

“Ao entrar pela tubulação para abastecer a caixa, a água que vem da rua é pressurizada pelo sistema gerador de energia, passando pela miniusina fixada e angulada na saída de água do reservatório”, explica Serra. Depois disso, a pressão gera energia, que é transformada em eletricidade. O empreendedor explica que a produção é ideal para abastecer lâmpadas, geladeiras, rádios, computadores, ventiladores, entre outros aparelhos domésticos. A energia só não é ideal para ser usada em equipamentos de alto consumo, como chuveiros e secadores de cabelo.

Não é possível quantificar com exatidão a produção, pois a variação depende do tamanho da caixa d’água e da quantidade de água consumida. “Se ela for instalada em um sistema de abastecimento de água municipal, poderá, por exemplo, ser dimensionada para gerar energia suficiente para abastecer a iluminação pública. Imagine então esse benefício em certos locais como restaurantes, lavanderias ou mesmo indústrias, onde o consumo de água é grande”, exemplifica o inventor. Outro ponto positivo do sistema é o armazenamento do excedente para uso posterior e a independência – ao menos, parcial – das redes de distribuição.

Via CicloCico

Reinaldo Rocha e A Caverna do Dragão

“Muita coisa na vida agente é por que escolhe ser. Muita coisa agente nasce sendo. E é fácil confundir uma coisa com outra. Eu sei que nasci mineiro e que meu nome é Reinaldo Rocha.”

Assim começa o papo com o artista e professor de ilustração e pintura, Reinaldo Rocha. Ele ficou conhecido por ter ilustrado o quadrinho do final de Caverna do Dragão!

Dungeons & Dragons (Caverna do Dragão, no Brasil) é a lendária série de animação coproduzida pela Marvel ProductionsTSR e Toei Animation, baseada no jogo de RPG homônimo. A série possui 27 episódios divididos em três temporadas, transmitidas originalmente entre os anos de 1983 e 1986 pela rede de televisão estadunidense CBS.

A animação conta a história de 6 jovens que estão presos em um mundo estranho, mágico e cheio de perigos, que tentam voltar para casa, mas nunca conseguem. O desenho se tornou uma lenda por nunca ter um final. Bom em termos, pois o roteiro do final existe e se chama Réquiem (e você pode lê-lo aqui).

Apesar de muito sucesso no Brasil, nos Estados Unidos a série foi cancelada por baixa audiência.

Por que o desenho foi cancelado? Eu era muito jovem para me lembrar, mas eu ouvi que foi por causa de toda a controvérsia religiosa em relação ao jogo.

Não, nenhuma controvérsia afetou o desenho. O cancelamento foi, pura e simplesmente, devido à baixa audiência. Ela estava em declínio ao longo da terceira temporada, e a CBS sentia que eles cairiam ainda mais.

Disse Mark Evanier, que desenvolveu as idéias para o desenho e escreveu o episódio-piloto, A Noite Sem Amanhã, em uma entrevista encontrada no antigo site do escritor e quadrinista Mushi-San. Inclusive, o próprio Mushi-San iniciou um projeto de desenhar o roteiro de Réquiem, porém nunca terminou, deixando a tarefa mais tarde para Reinaldo Rocha.

Veja o trabalho de Mushi-San.

Reinaldo tem um estilo misto, resultado de vários estudos de técnicas diferentes. Como professor ele acha importante conhecer para ensinar, já como artista, sua própria curiosidade sobre técnicas o levaram a esse caminhos.

Ser artista deu muito trabalho, mais sempre foi o que eu sou. Eu sempre desenhei, nunca parei e acho que as pessoas podem ver o quanto eu amo isso e posso levar isso pra elas. O que aconteceu com o Caverna do Dragão que me levou até essa entrevista.

Eu já fiz muita coisa, já trabalhei muito e tem coisa demais pra contar. E falhei tantas vezes que nem sei falar também. Muito sucesso e muito fracasso, sou uma pessoa que não corre da luta.

Confira o papo que o Urucum Digital levou com esse dedicado artista.

Fale um pouquinho da sua trajetória como ilustrador, vem de muito tempo? Você sempre trabalhou com isso?

Sempre desenhei e fazia o que podia pra estudar. Com 13 fiz instituto universal de desenho que minha tia me deu de natal. Eu copiava os desenhos dos quadrinhos que comprava. Era meu jeito de estudar por que não tinha acesso a muita informação. Eu saí da casa dos meus pais com 19 pra estudar em BH, nasci em viçosa, interior de minas. E desde desse dia ate hoje com 29 anos. Nunca parei de trabalhar e de estudar. Já trabalhei pro governo, Casa dos quadrinhos, fazendo animações, brinquedos e produtos pra produção na China, já tive empresa, já trabalhei em empresa de publicidade. Durante muito tempo trabalhar foi minha escola. Por que aprendia com as pessoas de onde trabalhava. Já fui professor, coisa que tenho muita saudade. Trabalhei com jogos, filmes e quadrinhos. Mais sempre fazendo freelances. Até que fiquei 3 anos apenas com freelances. Que é o que faço atualmente, porque gosto muito de viajar e isso me da liberdade. Apesar de estar cansado de freelas e querendo um emprego.

Você é professor de desenho, o que mais gosta de fazer, desenhar ou ensinar? Ou um complementa o outro?

Minha vida toda eu sofri muito por que eu queria muito aprender e ninguém podia me ensinar. Eu morava em uma cidade pequena e meu sonho era ir pra uma cidade grande pra estudar. E na minha época não tinha internet como tem hoje. Quando eu tinha 15 anos na minha casa tinha internet discada. Eu comprava CD na banca pra saber o que tava rolando. Rs

E eu decidi virar professor porque eu quero ajudar pessoas igual a mim que querem aprender, querem perguntar pra alguém e não tem ninguém.

E por falta de material eu li os mesmos livros milhares de vezes, e aprendi as mesmas coisas de jeitos diferentes em diferentes livros porque na procura mesmo sendo a mesma coisa, talvez eu aprendesse alguma coisa nova que fizesse diferença.

E eu aprendi varias métodos de fazer a mesma coisa. E pra fazer melhor eu estudei todas as matérias que envolvem desenho. Por exemplo psicologia, linguagem corporal, fotografia e tudo que eu achasse que podia ajudar.

E acho que isso me transformou em professor por que eu não quero que seja difícil pra outras pessoas como foi pra mim.

Você estuda bastante a respeito de arte, inclusive tem experiência fora do país no assunto. O brasileiro está apto a se desenvolver como artista no exterior ou ainda existem restrições a respeito de arte para quem é daqui?

Eu te juro Vitor o mundo sempre vai estar de braços abertos pra pessoas de talento. O negocio é o dinheiro. Se você quiser estudar em escolas do exterior eles vão te receber muito bem, é só você pagar. Não é tão caro. Eu acho mais barato que estudar aqui. E as escolas de lá são melhores sim.

Mais a respeito de emprego não interessa se você é brasileiro ou qualquer coisa. Interessa se você é cidadão. Em alguns países eles pagam caro pra contratar pessoas de outros países.

Depende do modelo econômico do país. Mais como sempre o negocio é dinheiro. Se você der mais lucro que prejuízo. (Parece Lógico, mais é na verdade uma aposta do seu patrão).

Meu conselho de verdade. A gente vive em mundo globalizado. E você tem internet no seu quarto, acho que tem que parar com essa ideia de vou lá ver o que que rola. Isso é infantil e sonhador.

Você pode trabalhar pra mais de um país pela internet, fazer dinheiro e ir lá passeando.

Seu trabalho e estilo busca um pouco de tudo. Você aparenta ser um cara que gosta de experimentar. Essa é uma característica que sempre foi sua, ou ensinar requer que você conheça e experimente coisas novas sempre?

Eu gosto de experimentar no desenho por que sou assim na vida. Quando era pequeno o primeiro quadrinho que li e pirei foi um Homem-Aranha versus Venom desenhado por Todd McFarlane. Ele falou pra tentar desenhar tudo e não ficar desenhando a mesma coisa. Eu segui o que ele falava por um tempo. Fiz Design Gráfico porque ele fez também. E eu vi um vídeo que fala pra usar filtro solar que falava pra todo dia a gente fazer alguma coisa que assusta a gente. Eu acredito nisso porque acho que a gente tem a capacidade de fazer, mais muitas vezes não faz por medo e por bloqueio. Então vamos botar esse medo pra fora e tentar tudo.

Amyr Klink fala que medo vira respeito e respeito vira confiança. E acho que isso ajuda a ser professor porque ao mesmo tempo em que eu entendo que o aluno tem que transformar esse bloqueio em conhecimento eu posso falar, Rapaz confia em mim que eu sei o que eu tô falando.

E se eu não souber eu experimento. É assim que o aluno ensina o professor também.

Atualmente você trabalha como? O que tem feito?

Estou preparando um jogo com a empresa Eletronic Motion pra GDC da Alemanha. Atualmente é meu projeto mais importante. Mas eu trabalho como freelance. Tenho feito um quadrinho das Tartarugas ninja pro lançamento do filme.

Eu trabalho no meu quarto com um notebook e um monitor em cima de uma caixa de sapato. Larguei a Cintiq e uso a Intuos porque eu consigo relaxar mais enquanto trabalho com a postura melhor rs. Eu mando e-mail pros lugares que quero trabalhar. E escuto Nerdcast e 8tracks. Mais acho não foi essa a pergunta né haha.

Você é o cara que ilustrou o final de Caverna do Dragão! O Réquiem. Como foi essa experiência? Foi muita responsabilidade pegar algo tão querido e cheio de tabus e fazer assim?

Eu gosto muito de desenhar e procurei na internet um roteiro pra fazer em quadrinhos. Achei o do Caverna do Dragão e comecei a fazer por prazer mesmo. Fiz a capa que é a primeira página, minha professora na época falou que daria um excelente trabalho de conclusão de curso. Assim eu fiz. Só que nos primeiros seis meses foi apenas de pesquisa. Tipo de público, quem são essas pessoas, o que compram e tendências futuras.

E no segundo semestre eu iria desenhar e finalizar. Só que sofri um acidente de carro e dei umas capotadas e o osso do pescoço… sinistra. Fiquei um tempo sem andar, mais tinha que formar então eu colava uma folha na parede e colocava uma chão perto da cama ai quando o braço doía eu trocava pra outra folha. Isso com tudo com aquela coleira. Demorei 3 meses pra fazer tudo. E por isso o desenho é um pouco diferente do meu traço normal.

Mas eu voltei a andar, terminei os quadrinhos e me formei. Mas hora nenhuma eu senti essa responsabilidade. Eu me diverti fazendo eu estava preocupado em formar e em andar. Fiquei surpreso com todas as pessoas que ficaram felizes de ver o final e isso me emocionou muito.

Foi um episodio da minha vida que traz muito orgulho de mim mesmo. Eu amei a vida, amei os quadrinhos e lutei ate onde eu podia e acho que esse amor que tirei do peito foi nos quadrinhos como uma onda de coisas boas. Por que é só um quadrinho, mais as pessoas tratam como se fosse um feito muito grande. Acho que as pessoas sabem o que eu passei pra fazer de algum jeito.

É possível ver os seus quadrinhos de Caverna do Dragão em muito lugares, me lembro de ter visto até no Canal Nostalgia do Youtube, que é bem famoso. Isso te abriu muitas portas? As pessoas sempre lembram de te dar os créditos?

Na maioria das vezes sim. O Nostalgia foi o único que errou meu nome, haha. Isso me abriu muitas portas sim. Eu formei, conheci gente legal. Sei que pessoas ficaram felizes. Nunca ganhei dinheiro por causa disso e ninguém nunca me passou freelas por isso também.

Quanto ao canal nostalgia, foi muito legal mesmo. E a animação que eles fizeram ficou muito legal. Muita gente veio me dar os parabéns pelo trabalho, o que foi o melhor de tudo. Fiquei impressionado como as pessoas são gentis e mandam palavras legais.

Não é sempre que temos um professor de desenho a disposição, que dicas você pode dar, tanto para quem está começando, quanto para quem já está no mercado?

Minha dica principal: Vá em busca de você mesmo. Pode ser que você encontre um mestre, pode ser que não. Pode ser que você tenha uma escola, pode ser que não. Pode ser que um monte de coisas que você acha que vai fazer na sua vida, na realidade nunca aconteçam. Mas nunca desista de você mesmo e do que te faz feliz, por que uma hora você tem que aceitar, o mundo não é um lugar fácil, e você não pode parar de lutar.

Se precisar toma seu tempo e respira, Mas sabendo que vai levantar e vai lutar de novo. No seu coração tem todas as respostas que você precisa. E a sua arte vai ser do tamanho do seu amor.  E só você buscar e seguir você mesmo.

Aprender a fazer sua arte e aprender a fazer dinheiro, são coisas diferentes. Com internet vocês tem tudo que precisam. Existem escolas muito boas online. Tipo CDA e Schoolism e Melies. Se você não tem dinheiro existe de graça também. Se você não tem tempo acorda mais cedo, dorme mais tarde. Evita drogas e exageros. Ou qualquer coisa que te roube de você mesmo.

Algumas pessoas vão falar que estudar o renascimento é o melhor, outras que a Indústria diz o que você faz. Faça os dois. Se ta em dúvida se estuda 3D ou ilustração, faz os dois, no caminho você se encontra.

E o segredo maior, não tem segredo. Existe luta. Eu queria falar que não desista que um dia você alcança, mas pensa bem alcançar o quê? Quando você chegar lá você vai parar? Talvez você já esteja muito mais longe do que imagina.

Confira os quadrinho de Reinaldo do episódio Réquiem, de Caverna do Dragão.

Veja mais de Reinaldo Rocha em seu blog.

Design “Vegetal”

Já ouvimos falar de design de muitas coisas (inclusive algumas que nem merecem ser consideradas design), mas que tal projetar utilizando material vegetal?

Pode parecer absurdo, mas existem pessoas criando objetos com matéria prima a base de cloroplastos e até mesmo artistas projetando árvores!

Julian Melchiorri é um profissional formado na universidade britânica Royall College of Art que criou um material capaz de realizar fotossíntese. Isso mesmo, um material que produz oxigênio sem a necessidade de sol, terra e nutrientes que normalmente são necessários no processo, pelo menos não da mesma forma que uma planta.

Sua criação utiliza cloroplastos (a parte da célula da planta responsável pela fotossíntese) e proteínas de seda para criar algo que parece uma folha visualmente, com a mesma capacidade de produção de oxigênio a partir do dióxido de carbono, água e luz.

O material está sendo visado principalmente para o uso na gravidade zero, onde plantas não são capazes de crescer. O pesquisador pensou nas aplicações para viagens espaciais, que certamente devem ser observadas de perto pela Nasa, mas também pensou em aplicações mais cotidianas, como o fornecimento de ar fresco em um ambiente fechado, por exemplo, usando em uma luminária.

Julian também mostra a possibilidade de que a fachada de prédios poderiam ser revestidas do material criado por ele para dar uma reciclada no ar da cidade. Essa possibilidade é uma grande novidade em termos de qualidade do ar e ambiental, mas fica a pergunta, não seria melhor plantar de fato tetos verdes nos terraços dos prédios e casas? As pessoas parecem muito mais preocupadas hoje em dia com a proliferação de tecnologias como o Wi-Fi do que do verde.

O caso é que tal material não requer tantos cuidados como plantas e ironicamente isso pode vir a ser um grande incentivo para a preservação ambiental.

Enquanto uns pesquisam tecnologia vegetal, outros se tornam verdadeiros Doutores Frankenstein. Sam Van Aken, professor de arte da Universidade de Syracuse, nos EUA, teve uma ideia mirabolante: comprar um pomar falido — na Estação Experimental Agrícola do Estado de Nova York, que tinha mais de 200 anos de idade e estava prestes a ser fechado devido à falta de financiamento (que “negoção” hein?) — e transformá-lo em uma árvore “multifrutas”, com 40 tipos diferentes de frutas.

Alterar a natureza e brincar de Deus não é um bom negócio, inclusive temos casos em que isso não terminou muito bem. Alterar um animal geneticamente é mal visto e citado como crueldade contra os animais e a natureza, no entanto quando se trata de plantas, frutas, vegetais em geral, esse senso de “certo e errado” se torna muito menos rígido digamos assim. De melancias quadradas a vegetais transgênicos, tem muita coisa acontecendo, inclusive coisas que não deveriam acontecer.

Voltando ao professor Sam, depois de comprar o pomar em 2008, ele passou uns anos tentando descobrir como enxertar partes de algumas árvores em uma única árvore frutífera. Para isso, ele conseguiu mais de 250 variedades de frutas que têm caroço, e acabou desenvolvendo um método em cronograma com informações bem úteis, como em que época cada uma delas florescia em relação às outras.

Com isso, o cara começou a combinar alguns enxertos na estrutura de uma árvore, e, depois de dois anos de observações e anotações, a equipe usou uma técnica — chamada “chip de enxerto” — para acrescentar as variedades em outros ramos distintos. O resultado só veio ficar pronto depois de cinco anos de experimentos.

A invenção deu certo. Não só realmente dá 40 tipos de frutos diferentes, mas também tem um detalhe bem interessante: todas as frutas crescem ao mesmo tempo!

Na primavera, a árvore mostra um mosaico cheio de flores (rosas, brancas, vermelhas e roxas). Já no verão, esse belo quadro se transformam em uma verdadeira fonte de ameixas, pêssegos, damascos, nectarinas, cerejas, amêndoas, etc. Incrível, não?

Até agora, mais de 16 árvores de 40 frutos foram feitas e plantadas em diversos lugares, como em museus, centros comunitários e coleções de arte privadas em todo território americano. A árvore de 40 frutos se tornou obra de arte. A próxima missão de Van é produzir um pequeno pomar dessas árvores em um cenário marcante da cidade de Nova York.

Os motivos podem não ter sido exatamente promover a biodiversidade ou incentivar a prática do cultivo de árvores, mas indiretamente a “obra” do professor será uma inspiração para o cultivo e uma lembrança do que a natureza pode nos proporcionar.

Informações:
Olhar DigitalMega Curioso

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