O toque de beleza e obscuridade de Andrew Mar

Sempre me atraíram e me inspiraram as artes levemente bizarras do artista conceitual americano Andrew Mar. Em seu site Andrew fala sobre ele dizendo apenas “Eu como e desenho em São Francisco”.

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Out of Sight

Este pequeno filme bonitinho feito por estudantes, um projeto de graduação de Ya-ting Yu com os colegas Yeh Ya-Hsuan e Chung Ling da Taiwan National University of Arts, deve muito a Miyazaki, um dos mais famosos e respeitados criadores do cinema de animação japonesa. Eles pegaram as ideias certas do Mestre e a versão final do filme, Out Of Sight, é carregada com imaginação e coração.

5 Dicas para se criar arte, não importando seu nível de habilidade

Algumas pequenas dicas que poderão levar a sua arte para um próximo nível.

Não se preocupe em encontrar o seu estilo inconfundível.

Algumas pessoas colocam muito peso em si, para estabelecer um estilo único que nunca foi criado. Deixe-se inspirar pelos outros (que não é o mesmo que copiar). Eventualmente, o seu próprio estilo irá surgir naturalmente.

As vezes esse processo é lento outras mais rápido. As vezes, sem que você perceba, sua arte já tem características que te identificam, mas elas não são as características que você desejava ou simplesmente você não as percebe.

Gostar de quem você é e como sua arte se manifesta é parte importante para se criar seu próprio estilo.

Experimente

Inovação conta com espontaneidade e risco. Deixe-se inspirar para experimentar coisas novas, mesmo se você não sabe o que irá sair de resultado. Não se preocupe com o que as pessoas esperam ou pensam de você. Criatividade é imprevisível!

Não se sinta pressionado a ter controle de tudo o que produz, as vezes certas coisas simplesmente saem por “acidente”. Expressões daquele momento único que você está vivendo.

Esqueça objetividade

Ninguém experimenta o mundo da mesma maneira que você faz sua arte. Não tente pintar de forma realista perfeita. Pinte o que você vê. Sua imagem precisa apenas agradá-lo, no fim das contas.

Claro que se o seu objetivo é ser um grande pintor realista, você deve se dedicar a isso e aprender tudo a respeito, mas entenda que o domínio da técnica não irá acontecer do dia para a noite e muito provavelmente a sua pintura realista não será igual em tudo aos seus ídolos. Ela terá a sua cara e a sua técnica.

Se livre de expectativas excessivas

A mais difícil de todas para mim. Trate cada peça como um trabalho em andamento. Não gosta do que vê de inicio? Considere isso como um primeiro esboço. Isto irá liberar sua mente da pressão para fazer um produto final, e você pode se surpreender com as belas imagens que você cria quando você não está se esforçando exageradamente para criar belas imagens.

Informações: Artigo de Felix do mindbodygreen e Design Culture

Estúdio de design cria brands inspirados em Pokémon

Situado em São Francisco, o Pictogram é um estúdio de design de interface reconhecido por sua expertise nessa área. Fundado por um ex-colaborador da Apple, o estúdio optou por explorar sua criatividade ao transformar os personagens dos Pokémons em marcas, promovendo assim seus próprios serviços.

Dicas de quem entende para quem trabalha com arte

Ao longo do tempo gente bacana passou aqui no Urucum Digital e deixou suas dicas de como se dar bem em seu ramo de atuação. Foram juntadas todas as dicas neste post, quem sabe não é o empurrãozinho que está faltando para você que está começando ou para quem está precisando daquele incentivo.

A primeira coisa para mim é assumir o erro como parte do processo. Então jogue sua querida borracha fora e pratique o desapego. Depois é desenho, desenho, desenho e mais desenho. Desenhe até a mão cair, depois custure a mão e continue a desenhar. Quando ela cair de novo, repita o processo. E continue eternamente, é o que eu estou tentando fazer.

Gustavo Rodrigues, Ilustrador e Designer.

Meu conselho é: FOTOGRAFE! Comece de algum ponto. Todos os grandes fotógrafos de hoje, começaram de baixo. É necessário coragem, dedicação e capacitação. Se o trabalho for consistente, ele será percebido e valorizado. É o que busco na minha fotografia. Não quero todos os clientes do ES e do mundo pra mim. Quero os que amem a minha fotografia e os que façam questão de tê-la guardadas pra sempre.

Maressa Moura – Fotógrafa

Então, o que eu aconselho em primeiro lugar, é para todos apaixonados por arte, precisa praticar muito para alcançar um manejo especial da técnica.

Em seguida, deve-se levar valores que podem encontrar os sentimentos das pessoas, é por isso que como seres humanos todos nós devemos estar abertos e interligados.

Então como em qualquer negócio, um lado de sua alma de artista tem que considerar a melhor opção para venda. Não hesite em gastar algum tempo com isso também!

Henri Lamy – Pintor

Minha dica principal: Vá em busca de você mesmo. Pode ser que você encontre um mestre, pode ser que não. Pode ser que você tenha uma escola, pode ser que não. Pode ser que um monte de coisas que você acha que vai fazer na sua vida, na realidade nunca aconteçam. Mas nunca desista de você mesmo e do que te faz feliz, por que uma hora você tem que aceitar, o mundo não é um lugar fácil, e você não pode parar de lutar.

Se precisar toma seu tempo e respira, Mas sabendo que vai levantar e vai lutar de novo. No seu coração tem todas as respostas que você precisa. E a sua arte vai ser do tamanho do seu amor.  E só você buscar e seguir você mesmo.

Aprender a fazer sua arte e aprender a fazer dinheiro, são coisas diferentes. Com internet vocês tem tudo que precisam. Existem escolas muito boas online. Tipo CDA e Schoolism e Melies. Se você não tem dinheiro existe de graça também. Se você não tem tempo acorda mais cedo, dorme mais tarde. Evita drogas e exageros. Ou qualquer coisa que te roube de você mesmo.

Algumas pessoas vão falar que estudar o renascimento é o melhor, outras que a Indústria diz o que você faz. Faça os dois. Se ta em dúvida se estuda 3D ou ilustração, faz os dois, no caminho você se encontra.

E o segredo maior, não tem segredo. Existe luta. Eu queria falar que não desista que um dia você alcança, mas pensa bem alcançar o quê? Quando você chegar lá você vai parar? Talvez você já esteja muito mais longe do que imagina.

Reinaldo Rocha – Ilustrador

(…) naquela época eu não estava preocupada em trabalhar e ganhar dinheiro, eu estava preocupada em fazer alguma coisa que eu realmente gostasse. Eu acho que isso é uma coisa que todo estudante deveria ter em primeiro lugar. Você fazer uma coisa que você realmente gosta. Isso, se você conseguir fazer isso, o dinheiro vai ser consequência. Você vai chegar uma hora que você vai fazer o negócio tão bem, que pode até ser uma coisa que tem em qualquer esquina entendeu? Mas você vai se sobressair porque é uma coisa que você gosta e faz com amor entendeu? E as pessoas percebem isso.

Carol Poubel – Designer de Jóias

Dicas.. sim! praticar e continuar praticando sempre. É necessário ter uma linha, um caminho pois sem nosso “norte” seremos apenas mais um em meio a milhares. Acredito que deve-se ter disciplina. Não siga apenas seus artistas favoritos, mas veja quem seus artistas favoritos seguem. É preciso entender a raiz de um traço, estilo e linha de pensamento para assim obter uma identidade segura. Acredite em você mesmo e procure sempre críticas e peça opiniões, pois é preciso saber se sua mensagem tem o efeito que você deseja.

Alexandre Neves – Ilustrador

É bom.. Claro, pelo dinheiro.. Mas principalmente por ser o que eu gosto de fazer.

Cami Almeida – Cake Designer, Designer Gráfica e Designer de Moda

Atenda muito bem seus clientes, seja tipo amigo deles. Dê total atenção à ele, queira sempre surpreende-lo também. Seja sempre honesto e claro a respeito do seu trabalho, Isso acho que é o que faz MUITO a diferença. Tenha amor por aquilo que faz e cuidado também com os detalhes, e quando errar admita. Só isso mesmo =)

Gabriela Queiroz – Artista Toy-Art, Craft e Design

Atualmente algumas “inspirações” chegam a mim via internet. Tem muita gente talentosa fazendo trabalhos incríveis que nunca teria visto se não fosse por isso. Para citar alguns: Sergey Kolesov, Bengal, Claire Wendling e Kim Jung Gi. Mas no momento, inspiração mesmo vem dos meus colegas de estúdio, Fujita e Calil. Nunca produzi e pintei tanto como agora e boa parte disto é culpa deles.

Greg Tocchini – Ilustrador

Não me sinto à vontade pra dar dicas, mas algumas coisas me são importantes. Uma ilustração/quadrinho pode afetar o comportamento alheio, e isso implica responsabilidade. A leitura e a reflexão são fundamentais, e se refletem no nosso trabalho.

Quem busca originalidade talvez deva parar de tentar agradar os outros ou seguir caminhos já percorridos. Todos somos únicos, originais. Talvez a resposta esteja dentro de nós mesmos.

Alexandre Beck – Ilustrador, Agrônomo e Comunicador Social

Você tem que se perder em seu trabalho, criar para si mesmo, torná-lo bonito e aproveitar o poder que sua mídia tem.

Bill Watterson – Cartunista

Armandinho, Alexandre Beck e o compromisso com o mundo

Um dia um amigo me disse: “Cara tem um menino no Facebook, uns quadrinhos. Nossa, é você!”, eu fiquei tentando entender o porque do sorriso, achando que ele estava tirando uma com minha cara, daí ele me explicou que se tratava de um personagem de tirinhas que estava aparecendo no Facebook vira e mexe. Não dei muita bola no começo, até que o fato se repetiu com uma amiga, daí fui procurar saber quem era o tal “menino que se parecia comigo”.

O menino dos quadrinhos era o Armandinho e de fato não posso negar que temos muito em comum. Ele chegou de mansinho no Facebook e logo de cara agradou a muita gente. É um menino de uma inocência meio destrambelhada, que gosta muito de animais e nos faz rir muito com suas “tiradas”.

Armandinho foi criado em 2009 pelo ilustrador, agrônomo e comunicador social,  Alexandre Beck, só se tornando a tirinha que conhecemos em 2010. Ele não foi planejado e na verdade foi criado em poucas horas para ilustrar um trabalho urgente. Uma matéria de economia sobre pais e filhos (Olha aí você que vive reclamando de prazos curtos).

Dinho, como é conhecido carinhosamente, representa muitos de nós na infância. Uma criança atentada, mas muito amável, o que torna fácil se identificar com ele.

A tirinha tem um compromisso social grande, tratando de temas como preservação do meio ambiente, igualdade social e cresceu muito nos últimos tempos.

O trabalho de Alexandre é bem legal e está sendo reconhecido por muitos. Um fato curioso desse reconhecimento foi a participação do Armandinho na CowParade catarinense. Uma exposição de arte pública que já percorreu diversas cidades de todo o mundo. Se tratam de esculturas de fibra de vidro em forma de vaca e que são decoradas por artistas locais.

É impossível não notar no Armandinho as influências de personagens como o Calvin, a Mafalda e o Menino Maluquinho, tudo isso somado a sensibilidade única do Alexandre Beck torna a tirinha sensacional.

O Urucum Digital recebeu um presentão, uma entrevista com criador do Armandinho e com o próprio Armandinho! Beck foi muito legal e contou coisas interessantes.

As pessoas sabem muito sobre o Armandinho, mas pouco sobre você. Como é o Alexandre Beck? Como é o seu trabalho hoje em dia?

Trabalho quase exclusivamente com textos/desenhos/quadrinhos há 15 anos. De 2000 a 2005 trabalhei em redação de jornal e depois comecei a produzir de casa. É algo que demanda esforço, mas que pra mim compensa.

Como você acabou virando ilustrador?

Já havia feito agronomia e terminava comunicação social quando surgiu uma vaga de ilustrador no Diário Catarinense. Levei meus desenhos e fui selecionado.

Você ganhou um prêmio ainda jovem na Bienal Internacional de Kanagawa, no Japão. Como foi isso?

Foi uma professora que enviou um desenho meu para o concurso. Eu só soube quando recebi o prêmio, uma grande medalha de prata e um diploma da prefeitura de Kanagawa. Foi algo bacana, mas não imaginava na época que desenhar pudesse se tornar minha atividade.

Você tem uma carreira de muitos trabalhos interessantes, participou do Diário Catarinense, fundou a Artes & Letras Comunicação. Essa trajetória para você foi algo orgânico ou custou dar uma forçadinha no destino? Sabemos que nada vem fácil, mas foi algo que veio naturalmente para você?

As coisas foram acontecendo, passo a passo. Eu tinha vontade de trabalhar com desenhos. Por isso, fui cursar comunicação social em 97, mesmo graduado em agronomia. O curso de comunicação não foi como eu imaginava (ainda bem), mas foi importante na minha formação e visão de mundo. Depois, já ilustrador do Diário, comecei a fazer paralelamente quadrinhos voltados à educação ambiental – uma preocupação minha – utilizando conhecimentos da agronomia. A Arte & Letras veio para formalizar meus trabalhos como jornalista-ilustrador.

O Armandinho surgiu por acaso não é verdade? Inclusive sem nome. Conta pra gente a história.

As primeiras tiras do que veio a se tornar o Armandinho fiz em 2009. Foram feitas às pressas, pra ilustrar uma matéria que seria publicada no dia seguinte no jornal. As tiras que eu fazia na época, com outros personagens, não se encaixavam na matéria – que abordava economia familiar, com pais e filhos. Usei um desenho que tinha pronto, rabisquei pernas para representar os pais e as tiras foram publicadas no dia seguinte.

Maurício de Sousa costuma dizer que é o pai da Mônica, você se considera o “pai” do Armandinho? Como é a sua “relação” com ele?

O Maurício é de fato o pai da Mônica, que trabalha com ele, inclusive. Eu sou pai do Augusto e da Fernanda. Minha relação com o personagem é mais de cumplicidade. Mas muita gente me chama de “pai do Armandinho”, e não tem problema nenhum nisso.

O Armandinho tem muito de você? Sabemos o quanto ele quer um mundo melhor, isso vem da personalidade do Alexandre ou é um compromisso social que você quis que a tirinha assumisse?

É inevitável que tenha. Essa linha trago de outros trabalhos e setores da minha vida, incluindo a época do movimento estudantil, e está presente no Armandinho.

O Armandinho mudou muito a sua vida? O que mudou para você quando ele começou a fazer sucesso? Foi algo inesperado para você?

À medida que o personagem foi precisando, fui direcionando mais de meu tempo a ele. Isso mudou minhas tarefas e permitiu, por exemplo, me dedicar a fazer os livros. Não esperava o reconhecimento do personagem. Nunca foi esse o objetivo, e isso não muda nada minha forma de fazer as tiras.

Você acha que o mercado brasileiro tem carência do tipo de trabalho que você executa hoje com o Armandinho? Temos grandes profissionais de quadrinhos, mas poucos tão populares como ele se tornou.

Não creio que devamos direcionar nossas ações pra atender a um “mercado” ou que “popularidade” deva ser um objetivo a ser alcançado. Há muita gente lutando pelo bem comum, apesar de todas as dificuldades. São voluntários, professores, profissionais da saúde, etc. Isso é importante e merece ser reconhecido e valorizado. Muito mais que cartunistas ou “produtores de mercadoria”, somos seres humanos e cidadãos.

Seu estilo de traço nas tirinhas é bem característico. Ele foi desenvolvido para as tirinhas do Armandinho ou seu estilo sempre seguiu essa linha? Você tem outros trabalhos acontecendo atualmente que gostaria de contar pra gente?

O estilo dos meus quadrinhos educativos vai mais ou menos nessa linha. Mas escrevo, desenho e às vezes pinto coisas diferentes.

Que dicas você poderia dar para os ilustradores e quadrinistas que leem o blog?

Não me sinto à vontade pra dar dicas, mas algumas coisas me são importantes. Uma ilustração/quadrinho pode afetar o comportamento alheio, e isso implica responsabilidade. A leitura e a reflexão são fundamentais, e se refletem no nosso trabalho.

Quem busca originalidade talvez deva parar de tentar agradar os outros ou seguir caminhos já percorridos. Todos somos únicos, originais. Talvez a resposta esteja dentro de nós mesmos.

O papo com o Alexandre estava muito legal, até que alguém entrou na conversa. Já que ele estava por lá, resolvi fazer umas perguntas para ele também.

Armandinho, você tem noção do sucesso que está fazendo na internet? Tem gente querendo até suas camisas. O que acha disso?

Acho ruim. Tenho poucas camisas e gosto muito delas pra dar pra alguém.

Você é tão bagunceiro quanto parece ou é só impressão minha?

É só impressão sua, do meu pai, da minha mãe e dos meus professores.

Você gosta muito de animais né? Tem até um sapo. Porque você gosta tanto deles?

O sapo não é meu. Ele anda comigo porque quer. Por que eu gosto de animais? Por que não gostaria?

Tem gente por aí dizendo que você parece com o Calvin e a Mafalda. Você conhece eles? O que acha disso?

Tenho uma tia que se chama Mafalda. Ela é bem legal, mas acho que não se parece comigo. Ela tem alguns cabelos brancos.

Por que um garotinho como você decidiu que quer mudar o mundo?

Não decidi. Não sei fazer diferente. Eu gosto do mundo, das pessoas e dos bichos. Acho que aqui podia ser um bom lugar pra todos, não só pra alguns. Não acha?

Essa foi uma das matérias que mais gostei de fazer e quero agradecer ao Alexandre e ao Armandinho por falarem comigo. Definitivamente esse Armandinho apronta todas e o Alexandre é um cara legal.

Alexandre Beck: Blog

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