O nome da protagonista é Kathryn Beaumont, e é evidente a semelhança com a famosa Alice, do País das Maravilhas. Essa semelhança tem uma explicação: em 1951, ano de lançamento do filme, a jovem inglesa serviu de inspiração para a criação da personagem principal de um dos filmes mais emblemáticos da Disney.
Kathryn tinha apenas 10 anos quando chamou a atenção de Walt Disney. O famoso animador não só escolheu a menina para dar voz a Alice e Wendy, personagem central de “Peter Pan”, como também se encantou com seus traços físicos e a selecionou como modelo real para Alice.
As fotos recentemente reveladas mostram a atenção aos detalhes e o esforço dedicados à produção das animações nos estúdios da Disney. Os artistas produziam cerca de 25 segundos de animação por semana, em um trabalho minucioso em que nada era deixado ao acaso.
Após o sucesso do filme, Kathryn concluiu seus estudos e seguiu carreira como professora, além de trabalhar como atriz e dançarina, até se aposentar na década de 90. Em 1998, ela foi nomeada “Lenda Disney” pela The Walt Disney Company, reconhecendo sua importância para a gigante da animação.
Criado por um brasileiro, “The Flying Man” fez barulho na internet e nas redes sociais quando foi lançado em 2013. Agora a ideia ganhou corpo e o roteiro do longa já está quase pronto para ser rodado na gringa.
O curta metragem mostrava as ações um tanto quanto inescrupulosas de um super herói acima da lei e do asfalto das cidades. Atuando do céu, o tal homem voador praticava justiça a seu bel prazer e a produção do brasileiro Marcus Alqueres fisgou o mercado norte-americano de cinema.
Atualmente, o thriller criminal com pouco mais de 9 minutos se desdobrará em um longa que está em fase de redação do roteiro pelas mãos de Chris Collins, escritor que colaborou com séries como “Sons of Anarchy” e “The Wire”, e em seguida deve procurar financiamento para ser rodado.
Habituado ao tema policial, Collins deve usar como cenário o submundo da cidade de Chicago para mostrar as consequências reais da vinda de alguém muito difícil de capturar e adepto do “vigilantismo”. O curta serviu apenas para deixar claro que a ideia funciona. “Arranhou apenas a superfície do que queremos”, disse Marcus Alqueres.
De acordo com o diretor, a proposta passa longe de um universo em que a presença de Super Homens e Homens Aranhas é comum nas metrópoles. “Vamos explorar a ação do estado, a mudança na vida dos bandidos, a reação de autoridades e até fanatismo religioso.”
*Lembre-se de ligar a legenda*
Alqueres fez desenho industrial, mas logo se enveredou pela animação e publicidade. Até que em 2005 foi para o Canadá para trabalhar com efeitos visuais. Em 2010 e 2011, foi trabalhar no estúdio Weta, o maior da Nova Zelândia. Ao longo da carreira de animador contribuiu com filmes como “300”, “Tim Tim” e “Planeta dos Macacos”.
“Trabalhar com efeitos me faz entender que gosto de criar aquilo que não existe e minha ideia é fazer sci-fi/terror dentro de uma realidade palpável como no longa ‘Distrito 9’, por exemplo.”
“The Flying Man” foi feito como projeto quando Alqueres quis se focar em direção. Com pouco cenários e muitos recursos gráficos de pós-produção realizou o filme. O longa deve ser distribuído de modo tradicional por empresas especializadas nos EUA. No entanto, o roteiro, a captação de recursos e produção serão executadas de maneira independente para preservar o controle criativo do filme.
Ainda não há previsão de lançamento da obra, mas Alqueres garante que vários atores já o procuraram querendo protagonizar o filme que irá analisar o comportamento da sociedade ao lidar com um ser poderoso e não terá foco em origens com radiação ou dramas de identidade secreta.
Acho que essa lista é essencial para crianças, mas diz muito sobre adultos. Diz muito sobre o mundo em que vivemos e nossa intensiva campanha em destruí-lo. Narra com histórias lúdicas o obvio: sem natureza, como sobreviver? E temos em doses divertidas e sensíveis a ilustração de quão contraditório e cego pode ser o ser humano, destruindo vida em busca de uma “vida melhor”.
Então antes de adentrar em qualquer assunto,, aconselho que você reserve uma tarde, faça algo gostoso para comer e sente com seu filho para ver algum destes títulos. Mais importante que apresentar lições e conteúdo de qualidade para crianças, dar o exemplo tem sido o melhor dos métodos.
Não basta apenas falar “Preservar o meio ambiente é importante, querido, por favor, veja esse filme”, é necessário inserir o hábito da conservação e restauração do meio ambiente em nossa rotina. Como garantir um futuro melhor para as crianças? Mostrando na prática que a mudança é possível. Sim, podemos transformar nossas práticas em algo positivo.
Temos aqui lindas imagens, com animais, árvores, aventuras e a maior lição de todas: precisamos valorizar a vida, e não só a nossa.
E muito me espanta que num país que possuí a maior área da Floresta Amazônica, tribos intocadas e uma diversidade de fauna e flora de colocar continentes no chão, se produza tão pouco conteúdo infantil abordando tais temas. Alô indústria! Vamos falar de coisa boa, vamos falar de meio ambiente!
Confira a lista.
1. O Lorax: Em Busca da Trúfula Perdida
É o melhor filme infantil para discutir destruição, conservação e restauro do meio ambiente, e ainda tem pitadas geniais de como a indústria se beneficia e distorce nosso senso do que é correto. O filme é baseado no livro do Dr. Seuss, que foi um cartonista e desenhista americano responsável por personagens como O Gato de Cartola, Grinch e Lorax. Procurem livros dele, é fantástico!
No filme temos Ted, um menino com ótimas intenções: conseguir um beijo da garota que gosta, mas ela é uma ativista [yey!] e completamente apaixonada pela história das Trúfulas, árvores que foram extintas antes dos jovens personagens nascerem. Então acompanhamos a busca de Ted pela última Trúfula e o retorno ao passado de Thneedville, a cidade feita de plástico onde as árvores são mantidas com pilhas.
Retornamos na história do filho rejeitado que busca a aprovação da mãe. Um dia ele resolve partir em busca de um futuro melhor – leia-se: impressionar a família – e descobre uma linda floresta de Trúfulas; no primeiro momento ele fica maravilhado, mas já vai logo tirando o machado e cortando uma das lindas árvores para fazer um “lindo” e super prático tecido. Nessa chega Lorax, o Guardião da Floresta, que entra de forma triunfal para colocar nosso Umavez-ildo no lugar. Só que a ambição humana é implacável e isso fica muito evidente durante o filme, que tem músicas fantásticas, uma animação linda e um dos melhores roteiros escritos.
O estúdio que criou O Lorax para os cinemas, Illumination Entertainment, é o mesmo do Meu Malvado Favorito, então corre e vai lá ver.
2. Nausicaä do Vale do Vento
Esse filme é uma das obras primas de Hayao Miyazaki, diretor e roteirista japonês responsável pelo Studio Ghibli, lugar onde nascem os filmes mais lindos do mundo. Se você nunca ouviu falar em nenhum desses dois nomes, corra procurar sobre e veja todos os filmes.
Dias de Fogo é um evento conhecido por ter destruído o ecossistema da Terra e a civilização humana. Os que restaram do grande evento se esforçam em conseguir sobreviver, já que o clima e as condições são áridas e a população teve que recorrer a tecnologia para se manter, isolados em pequenos impérios.
Nausicaä é uma princesa de um pequeno império no Vale do Vento, que além de tentar conter as investidas de outros reinos, também estuda uma floresta chamada Mar da Corrupção, cheia de plantas e insetos gigantes, onde o ar é tóxico e tem devastado todo o planeta com seus danos. Ao contrário do restante da população, Nausicaä se sente fascinada pela floresta e acredita que ela possuí belezas, mesmo depois dos danos terem causado a morte de quase toda a sua família.
É uma história linda sobre o quão nocivo podem ser os danos causados pelos seres humanos na natureza, mas que nem tudo está perdido. E foi a primeira produção do Hayao Miyazaki, já que enquanto a Disney lançava sua Branca de Neve, os japoneses do outro lado do mundo mostravam que meninas podiam ser cientistas e voar!
3. WALL-E
É uma animação da Pixar e foi dirigida pelo mesmo diretor de Procurando Nemo.
A história se passa num futuro distante onde a Terra está destruída e soterrada em lixo. Tudo isso aconteceu por nosso cultura consumista, que engoliu, processou e vomitou até que o planeta estivesse sem recursos naturais e com tranqueiras empilhadas sobre tudo; e claro que isso aconteceu com a ajuda de uma megacorporação, a Buy-n-Large , que também foi a responsável pela retirada da população humana da Terra até ela se “restabelecer”. Nossa sociedade começou a viver em naves no espaço, sedentários, se alimentando de porcarias, até que se viram impossibilitados de caminhar. É chocante ver em uma animação nossa sociedade espelhada de forma tão honesta. Realmente chega a causar angústia, pois parece [ou será] que esse é o nosso futuro.
Nós começamos a acompanhar a rotina de WALL-E, um robô coletor de lixo que vive na Terra, sozinho. Até que um dia chega a EVA, outro robô, mas nesse caso ela foi enviada para buscar vida na Terra… e calha que WALL-E tem surpresas. E assim começa a aventura, com nosso robô correndo atrás da super high tech.
É minha produção preferida da Pixar, não só por colocar todas as métaforas de forma genial, mas porque eles conseguiram criar um personagem que não fala nada além do próprio nome e “EVA” e mesmo assim é expressivo e carismático. WALL-E é o aluno nerd do fim da classe que você quer abraçar – e de quebra ele ajuda a salvar a humanidade.
4. Minúsculos [Minuscule – La vallée des fourmis perdues]
Essa linda e bem escrita produção francesa não fala diretamente sobre o impacto humano no meio ambiente, mas conta a história de uma guerra entre formigas com riqueza bélica, tática e de humor quando uma cesta de piquenique é abandonada.
Um casal saí correndo quando a mulher entra em trabalho de parto e deixa toda a comida do piquenique no local, gerando a trama dessa animação que dura poucos minutos, não tem nenhum diálogo, mas deixa nosso coração cheio de ensinamentos de trabalho em equipe, generosidade e como decisões humanas podem impactar na vida de outros seres, mesmo sendo “apenas” formigas.
Nossa Joaninha-macho que toma partido na guerra é acolhida de forma muito divertida pelo grupo e se vê engolida por forças mais potentes que seus curtos braços. É um daqueles filmes para se assistir junto com a família e além de se deliciar com uma arte realmente bem produzida, ver uma versão dos filmes com formigas muito bem feita e didática quando discutida.
5. O Mundo dos Pequeninos
Esse filme é do diretor Hiromasa Yonebayashi, que fez uma linda adaptação do livro The Borrowers, da escritora Mary Norton, que publicou a história dessas pequenas pessoas em 1952.
O filme conta a história de Arrietty e sua família, pequenos seres que parecem pessoas normais, mas com 10cm de altura, e que vivem no assoalho de uma casa em Tóquio. Com a chegada de Sho, um garoto doente, uma amizade um tanto inusitada nasce entre eles. Durante toda a história a sensação é que os Barrows são seres da natureza, talvez uma releitura das “fadas”, mas que se viram forçados a habitar pequenos lugares a medida que a civilização domesticava animais e se espalhavam em locais intocados. Mas infelizmente eles não estão seguros nem dentro da própria casa, já que quando um dos adultos descobrem que a casa pode estar sendo habitado pelos “pequenos intrusos” começa uma guerra em busca de extinguir Arrietty e sua família.
É um filme bonito, com uma histórica tocante e com uma narrativa que foge da fórmula americana. Deixa ainda mais a sensação de que os intrusos são os seres humanos, já que forçam todos os seres a se habituarem com seus gostos e sonhos, e nunca o contrário, aceitando a ordem natural da natureza.
6. Era uma Vez na Floresta
Apesar de sempre ver Ferngully em vários lugares como filme que discute conservação do meio ambiente, esta obra incrível dirigida por Charles Grosvenor nunca está em lado algum.
Abgail, Edgar e Russel vivem felizes numa floresta, tal como um rato, uma toupeira e um ouriço devem viver. Eles são amigos e seguem sua rotina como sempre, até que um dia um homem chega na floresta espalhando gases tóxicos e adoece Michelle, amigas deles. Então começa a busca do três amigos, junto com o Tio Cornelius, de uma forma de salvar Michelle e a floresta.
É um daqueles filmes antigos, de 93, que contam fábulas de uma forma simples e divertida.
7. Princesa Mononoke
Meu favorito na lista, mais um do Hayao Miyazaki! E esse é meu filme preferido dele, porque temos um japão onde os seres humanos convivem com deuses da natureza e suas forças que trazem destruição para florescer a vida.
Somos apresentados ao Príncipe Ashitaka, que após matar o terrível deus-Javali se vê amaldiçoado pelo mesmo. Angustiado, ele foge da mesma aldeia que lutou tanto para defender e nesse longo caminho acaba por conhecer San, a Princesa Mononoke.
Numa aldeia está sendo travada uma luta e do lado dos deuses-animais está San, que foi adotada e criada por uma tribo de deuses-lobos. Seu ódio pelos seres humanos que estão destruindo a natureza é enorme e ela com o tempo foi se esquecendo do seu lado humano, até o seu encontro com Ashitaka.
E nisso a história se desenvolve, entre uma guerra entre a civilização que quer se estabelecer e a natureza, e seus protetores, que lutam incansavelmente contra a destruição.
Foi colocado aqui os filmes que não são abordados com frequência, mas recomendamos também: Irmão Urso, Vida de Inseto, Reino Escondido, Tainá – Uma Aventura da Amazônia, Mogli – O Menino Lobo, Procurando Nemo, Rio [1 e 2] e A Fuga das Galinhas.
Recentemente eu assisti a um filme chamado “The Giver” por indicação de um amigo. Do ponto de vista cinematográfico não é um grande filme. A história é simples, o enredo lento e não há grandes efeitos especiais nele, mas ainda assim se tornou um dos meu filmes favoritos. The Giver mostra fortes emoções comuns. Lembra qual é a base da vida, que somos apenas mais um bichinho na natureza.
Todo esse papo de Guru da montanha é para dizer que as cenas que mostram a vida como ela é (ou como deveria ser), me lembraram um projeto muito legal que se tornou filme em 2010 e muita gente não deve conhecer.
Nesse ano o Youtube mostrou um vídeo, filme, documentário, chame como quiser, que retrata a vida comum. Milhares de pessoas ao redor do mundo registraram em vídeo o seu dia em 24 de Julho de 2010 e subiram no Youtube para fazer parte do “Life in a Day“, “Vida em um Dia” em português. Um filme que mostra um único dia na Terra. Um registro histórico.
Dirigido pelo vencedor do Oscar Kevin Macdonald, Life in a Day conquistou o público nos festivais de Sundance, Berlim e SXSW, durante a sua estreia mundial no YouTube em janeiro.
Curioso? Então assiste aí. Lembre-se de ajustar as legendas.