Está procurando uma boa inspiração de arte realista pop? Digamos, de games? Então conheça o Russo Sergey Svistunov e seus trabalhos com tema Mortal Kombat! Além de ter resultados incríveis, ele mostra como algumas das obras foram feitas.
Como sempre o Urucum Digital busca mostrar a arte nua e crua, independente de fama ou mídia. Dessa vez trazemos um ilustrador brasileiro muito interessante e peculiar, o Alexandre Neves.
Com seus traços geométricos e muitas vezes até simpatizantes do surrealismo, Alexandre possui um estilo que chama atenção por ser diferente do que estamos acostumados a ver e até mesmo idolatrar. Com formas simples ele é capaz de passar profundidade e complexidade em seus trabalhos, mostrando que vetor nem sempre é simplificação e pode ter uma riqueza em detalhes tanto quanto outros tipos de arte.
As noções de anatomia e estilização ficam claras em suas ilustrações, fazendo parecer até fácil construir algo nesse estilo. Desde seus esboços podemos ver uma construção geométrica clara sendo formada em seus traços, até mesmo no estilo Cartoon, que assim como o seu estilo “tradicional” tem bem a cara dele.
Com muita simpatia o artista de Guarulhos, São Paulo conversou com o Urucum, falando um pouco sobre ele e dando ótimas dicas.
Eu conheço seu trabalho a bastante tempo do site Deviantart, mas acredito que como eu você tem desenhado muito antes disso. Como foi que você começou a desenhar? Foi por diversão, aulas?
Então, a vontade de desenhar vem desde cedo, sempre li HQs e me maravilhava com o mundo fantástico do RPG. Creio que estes foram os primeiros impulsos para querer desenhar e desenhar.
Você tem um estilo bem próprio, ele me lembra um pouco os trabalhos de Sean Galloway, no entanto a gente vê seu trabalho e sabe de cara que foi você quem fez. Como foi pra você desenvolver seu estilo? Foi algo orgânico, ou um dia você decidiu que faria arte mais vetorial?
Interessante essa pergunta. Só passei a adotar esse estilo devido a necessidade de desenvolver trabalhos vetoriais para publicidade. Percebi que necessitava comer e estar satisfeito com meu trabalho. Ai poderia dizer que entra Sean Galloway, pois além de ser fã, acreditei ser um caminho para o mercado de trabalho e ao mesmo tempo uma linha de produção, tanto para estúdio como agências.
Atualmente você trabalha de que forma? Faz parte de alguma empresa, ou tem seu próprio negócio?
Atualmente trabalho em um estúdio de animação e desenvolvo alguns jobs de publicidade e story boards para produtoras
Viver de arte a gente sabe que é possível, principalmente quem já vem de uma família influente ou conhece as pessoas certas, mas e no seu caso, como é pra você viver de arte? Enfrenta muitas dificuldades?
Realmente é difícil sim! Mas acredito que um desenhista nada mais é que alguém perseverante. Cheguei a ficar sem trabalhar algum tempo e isso foi decisivo para decidir se continuava ou não. As portas foram sendo abertas bem aos poucos, e com insistência finalmente consegui um pequeno espaço que ainda tento me provar o tempo todo como capaz. Ainda é difícil sim, mas é possível pagar suas contas e ser feliz.
Você trabalha também com concept art, um ramo desejado por muitos. Como é pra você atuar nessa área? O fato de você ter um estilo próprio ajuda no reconhecimento? Pessoas te procuram por isso?
Sim, é gostoso receber um job onde dizem: ” Hey, siga sua linha e esta ótimo”! Geralmente nos pedem um traço com referências e um linha para seguir e uma lista de “regras”. Com o tempo essa linha vai sendo substituída pela sua forma de ilustrar e quando acontece é um sinal que sua busca não esta sendo em vão e que o mercado precisa de gente diferente que tenha trabalhos diferentes.
Eu notei em meio a seus trabalhos uma ilustração muito legal de Jesus, na verdade eu nunca vi um Jesus tão descolado. Não é um tipo de trabalho comum de se ver em meio a tantos super heróis e ilustrações cool ou sombrias que andam na moda. Essa arte remete a sua religião ou foi um pedido de cliente?
Poxa que demais essa pergunta:) Então, cresci em um ambiente Adventista, e sou desde criança. Tenho a figura de Jesus como um ícone da força, luta, perseverança e aquEle que torna tudo possível. É uma imagem que significa muito e posso dizer que é minha primeira inspiração.
Que dicas você pode dar para quem quer se firmar no ramo da arte?
Dicas.. sim! praticar e continuar praticando sempre. É necessário ter uma linha, um caminho pois sem nosso “norte” seremos apenas mais um em meio a milhares. Acredito que deve-se ter disciplina. Não siga apenas seus artistas favoritos, mas veja quem seus artistas favoritos seguem. É preciso entender a raiz de um traço, estilo e linha de pensamento para assim obter uma identidade segura. Acredite em você mesmo e procure sempre críticas e peça opiniões, pois é preciso saber se sua mensagem tem o efeito que você deseja.
Quando a Adobe lançou o Adobe Illustrator pela primeira vez em 1987, a empresa jovem introduziu o primeiro aplicativo de software. Até então, a empresa se concentrava exclusivamente no Adobe PostScript. O novo produto não apenas mudou o curso da Adobe, mas também transformou o desenho e o design gráfico de forma permanente. O novo produto não apenas alterou o curso da Adobe, como mudou o desenho e o design gráfico para sempre.
Veja o desenrolar da história do Illustrator, desde o início como o primeiro produto de software da Adobe, até seu papel na revolução da publicação digital, até se tornar uma ferramenta essencial para designers em todo o mundo. As entrevistas incluem o cofundador John Warnock, sua esposa Marva, artistas e designers Ron Chan, Bert Monroy, Dylan Roscover e Jessica Hische.
Artistas e escritores encontram inspiração para suas criações em uma variedade de coisas ao seu redor, desde o mundano até o excepcional. Pessoas, lugares, coisas, até mesmo outras obras de arte inspiraram alguns dos maiores artistas ao longo da história para criar algumas peças muito memoráveis - artistas de quadrinhos e escritores não são exceção.
A maioria dos maiores vilões de quadrinhos de todos os tempos tem sido inspirados por uma série de idéias interessantes e fascinantes do mundo real. Alguns vilões – como The Blob e Apocalypse – apenas brotaram das mentes dos seus criadores, desenhados de nenhuma inspiração do mundo real. Alguns – como Loki e Hércules – são fáceis de descobrir, desenhados diretamente da mitologia nórdica e grega. Ainda assim, há os outros que não são tão óbvias, e esses são os que estamos focando aqui.
Foi pesquisado a veracidade de cada uma dessas histórias e quando foram encontradas, inclui citações dos escritores ou artistas envolvidos com a criação do personagem. Serão marcados aqueles como “Confirmado” e os que não foram encontrados uma citação direta para associar com a criação, mas são geralmente aceitos como fato, foram marcados como “Suposto” e listados na ordem de sua primeira aparição.
1. Coringa (The Joker) – Confirmado
Primeira aparição: abril de 1940
Inspiração: Gwynplaine em O Homem que Ri
O crédito para a criação de um dos mais antigos e mais mortais inimigos de Batman tem sido defendido por décadas. A maioria das pessoas creditam Bob Kane e Bill Finger, com sua introdução, mas o escritor Jerry Robinson diz que ele também deve estar no páreo – o que equivale a um “ele disse, ela disse” debate.
Kane em gravação dizendo:
Bill Finger e eu criamos o Coringa. Bill foi o escritor. Jerry Robinson veio a mim com uma carta de baralho do Coringa [The Joker], “Parece com Conrad Veidt – você sabe, o ator de O Homem que Ri, de Victor Hugo”. Finger tinha um livro com uma fotografia de Conrad Veidt e mostrou para mim e disse: ‘Aqui está o Coringa.’ Jerry Robinson não tinha absolutamente nada a ver com isso … ele trouxe uma carta de baralho, que usamos para uma uma série de questões para ele.
E aqui está a versão de Robinson sobre a questão:
Nesse primeiro encontro, quando eu mostrei a eles aquele esboço do Coringa. Bill disse que lembrou de Conrad Veidt em O Homem que Ri. Essa foi a primeira menção a ele … Ele pode ser creditado e o próprio Bob, todos nós tivemos um papel nisso. O conceito era meu.
2. Mulher gato (Catwoman) – Confirmado
Primeira aparição: maio de 1940
Inspiração: Ruth Steel / Atriz Jean Harlow
Catwoman (aka Selina Kyle) foi co-criada por Bill Finger e Bob Kane, mas em sua autobiografia Batman and Me, Kane revelou que a femme fatale felina foi parcialmente inspirada por sua prima Ruth Steel e recebeu seu sex appeal da atriz Jean Harlow. Quanto à inclusão de gatos, Kane disse:
Eu senti que as mulheres eram criaturas felinas e os homens eram mais parecidos com os cães. Enquanto os cães são fiéis e amigável, os gatos são descolados, reservados, e duvidosos. Eu me sinto muito mais acolhido com cães perto de mim – os gatos são tão difíceis de entender quanto as mulheres.
Machismo mostrando sua cara na década de 40 hehe.
3. Caveira Vermelha (Red Skull) – Confirmado
Primeira aparição: março de 1941
Inspiração: sundae de chocolate com uma cereja no topo
Bom, pra mim faz sentido, mas pode soar um pouco inacreditável para algumas pessoas. Por mais impossível que pareça, o co-criador de Capitão América, Joe Simon, revelou em sua autobiografia My Life in Comics que um “deleite frio confeitado” era sua inspiração bizarra e original para o homem louco com o rosto vermelho:
Eu estava sempre pensando em heróis e vilões, com todos os tipos de ideias nadando na minha cabeça … Eu tinha um sundae de chocolate sentado na minha frente, com sorvete de baunilha, e com calda quente que escorria na lateral. Foi intrigante. A calda quente parecia com membros – pernas, pés e mãos – e eu estou pensando comigo mesmo. Nossa, isso da um vilão interessante, pensei. Vamos chamá-lo de calda quente … Basta colocar um rosto sobre ele, e fazê-lo todo derretido. Mas eu olhei novamente para o sundae, e eu vi a grande cereja no topo. A cereja parecia uma caveira. “Uau”, eu disse a mim mesmo. “Caveira Vermelha … isso parece bom.”
4. Pinguim (The Penguin) – Confirmado
Primeira aparição: dezembro de 1941
Inspiração: Propaganda Kool Cigarettes/ Pinguim Imperador
Personagens dos primeiros anos dos modelos de Batman estão impregnados de controvérsias “quem-criou-o que”, pelo menos na mente de Bob Kane e Bill Finger. E o “Gentleman of Crime”, conhecido como Pinguim não é exceção. No livro de Les Daniels de 2004, Batman – The Complete History: The Life and Times of the Dark Knight, Bill Finger é citado dizendo:
[O Pinguim] foi inspirado por pinguins imperador, que lembram [me] cavalheiros ingleses metidos de smoking.
Claro, a lembrança da situação de Bob Kane é completamente diferente, dizendo que sua inspiração veio de:
… O pequeno pinguim que apareceu na imprensa para anunciar os cigarros mentolados Kool e também o som no rádio com seu insistente slogan em falseto “Fume Kooools!”
5. Duas-Caras (Two-Face) – Confirmado
Primeira aparição: agosto de 1942
Inspiração: Estranho Caso do Dr. Jekyll e Mr. Hyde / Personagem Pulp Black Bat
Embora o crédito de criar o Coringa seja compartilhado entre Bob Kane e Bill Finger, Kane é amplamente visto como o único criador do advogado-virou-vilão Duas-Caras. Em sua biografia de 1985, Batman and Me, Kane diz que ele se inspirou na versão filme de 1931 do conto do século 19, de Robert Louis Stevenson, Strange Case of Dr. Jekyll and Mr. Hyde, ao criar o visual do vilão icônico. Enquanto isso, sua origem foi influenciada pelo personagem da Revista Pulp Black Bat, que também foi espirrado no rosto com ácido.
6. Fin Fang Foom – Confirmado
Primeira aparição: outubro de 1961
Inspiração: filme Chu Chin Chow de 1934
No início de 1960, Stan Lee e Jack Kirby queriam criar um enorme monstro que poderia ter a capacidade de devastar qualquer coisa que ele quisesse com muito pouca dificuldade – e assim o dragão alienígena poderoso de Kakaranathara conhecido como Fin Fang Foom veio à existência. Seu arco de origem e história foram recontados várias vezes durante seu meio século de história, mas ele sempre foi um grande dragão verde. Uma criatura gigante foi fácil de criar, especialmente para Kirby, mas escolher o nome certo para ele era essencial. Stan Lee falou sobre o que inspirou a sua escolha do nome em uma entrevista de 2005, com Alter Ego:
Quando eu era criança, eu adorava ir ao cinema. E havia um filme que eu tinha visto. Eu não me lembro nada sobre ele, exceto o nome. Aconteceu na China, creio eu, e o nome do filme era ‘Chu Chin Chow.’ Agora eu não tenho nenhuma idéia do que significa – Eu não sei se foi o nome de alguém ou de um país ou de uma cidade, mas eu nunca esqueci esse nome. Essas três palavras apenas ficaram na minha memória: ‘Chu Chin Chow.’ Então, quando eu estava procurando o nome de um monstro, eu me lembrei ‘Chu Chin Chow’… e essa métrica particular, esse rítmo, de alguma forma, levou a Fin Fang Foom.
7. Doutor Destino (Doctor Doom) – Confirmado
Primeira aparição: julho de 1962
Inspiração: personificação da morte
O arrogante e vingativo Doutor Destino foi criação de Stan Lee e Jack Kirby. Kirby disse uma vez sobre o uso da morte como a sua influência:
Foi a razão para a armadura e a capa. A morte está relacionada com armadura e o estilo não humano de aço. A morte é algo sem misericórdia, e carne humana contém essa misericórdia.
8. Magneto – Confirmado
Primeira aparição: Setembro de 1963
Inspiração: Malcolm X
Stan Lee e Jack Kirby criaram o poderoso mutante durante o auge do movimento dos direitos civis americano e usaram famosos líderes de direitos civis Martin Luther King Jr. e Malcolm X como a inspiração por trás de Charles Xavier e Erik Lehnsherr. Os dois homens abertamente lutaram contra a opressão dos mutantes regularmente, mas enquanto o Professor X escolheu uma abordagem mais pacífica e diplomática, Magneto pensou ser necessário um tom mais forte e agressivo. Disse Stan Lee sobre Magento:
[Eu] não pensa em Magneto como um cara mau. Ele só estava tentando contra-atacar as pessoas que são tão intolerantes e racistas. Ele estava tentando defender os mutantes, e porque a sociedade não estava tratando-os de forma justa, ele decidiu ensinar uma lição a sociedade. Ele era perigo, é claro, mas eu nunca pensei nele como um vilão.
9. Kraven o Caçador (Kraven the Hunter) – Suposto
Primeira aparição: Agosto de 1964
Inspiração: The Most Dangerous Game
Quando Stan Lee e Steve Ditko criado Sergei Kravinoff – mais conhecido como Kraven, o Caçador – ele foi o primeiro vilão a “caçar” o Homem-Aranha pelo esporte de caça ao super-herói e ainda conseguiu “matar” ele em um ponto. Muitas fontes afirmam que Lee e Ditko foram inspirados pelo conto de 1924 de Richard Connell O Jogo Mais Perigoso – The Most Dangerous Game (uma suposição natural já a sua história envolve homem caçando homem), mas em nossa pesquisa, nem Lee ou Ditko confirmaram isso – embora Lee fala sobre a introdução de Kraven para o Universo Marvel no livro Spider-Man: Chronicle Celebrating 50 Years of Web-Slinging de Matthew K. Manning e Alan Cowsill de 2012.
10. Galactus – Confirmado
Primeira aparição: Março de 1966
Inspiração: Deus/A Bíblia
Quando Stan Lee e Jack Kirby precisaram criar um super vilão único, que universo dos quadrinhos gostariam que nunca tivesse sido visto antes, eles decidiram fazer alguém que foi além do bem e do mal com poderes quase divinos – entra Galactus. Stan Lee fala sobre sua inspiração para o Devorador de Mundos na introdução do livro Marvel Masterworks: The Fantastic Four vol. 5:
Galactus era simplesmente mais um na longa linha de super-vilões quem nós amamos criar. Tendo sonhado [muitos] poderosos vilões … sentimos a única maneira de nos superarmos era vir coma um malfeitor que tinha poderes quase divinos. Portanto, a escolha natural era uma espécie de semi-deus.
Jack Kirby acrescentou mais tarde no vídeo The Masters of Comic Book Art:
Minhas inspirações foram o fato de que eu tinha que fazer vendas. E eu tive que vir com personagens que não eram mais estereótipos. Por alguma razão, eu fui para a Bíblia e eu voltei com Galactus … e, claro, o Surfista Prateado é o anjo caído. Eles estavam acima de figuras míticas, e, claro, eles foram os primeiros deuses.
11. Hera Venenosa (Poison Ivy) – Suposto
Primeira aparição: Junho de 1966
Inspiração: Movimento feminista/”Rappaccini’s Daughter”/Bettie Page
DC Comics sempre tentou o seu melhor para ser pertinente com as tendências atuais do mundo, o que explica Robert Kanigher e Sheldon Moldoff supostamente usarem o crescente movimento feminista de meados dos anos 60 como uma razão para criar um dos mais mortais (e belos) inimigos do Batman. Embora não foi encontrada a citação, Kanigher teria dito em Les Daniels’ 2004 book Batman – The Complete History: The Life and Times of the Dark Knight que modelou poderes e personalidade do personagem do escritor do século 19 a história de Nathaniel Hawthorne Rappaccini’s Daughter e seu visual foi inspirado pela modelo pinup dos anos 50 Bettie Page.
12. Rei do Crime (Kingpin) – Suposto
First Appearance: Julho de 1967
Inspiração: Ator Sydney Greenstreet
O chefe corpulento e imponente do crime, “Rei do Crime” – também conhecido como Wilson Fisk – foi criado por Stan Lee e John Romita. Sr. e embora não tenha sido dado a ele verdadeiros “super poderes”, eles o transformaram em um dos adversários mais astutos do Homem-Aranha. De acordo com a Comic Vine, o retrato do ator Sydney Greenstreet em filmes como The Maltese Falcon e Casablanca são o que inspirou Lee e Romita quando criaram pela primeira vez o Rei do Crime. Não foi encontrada a citação direta deles, mas supostamente, eles falaram sobre o processo no livro de 2012 Spider-Man: Chronicle Celebrating 50 Years of Web-Slinging por Matthew K. Manning e Alan Cowsill.
13. Darkseid – Confirmado
Primeira aparição: Novembro de 1970
Inspiração: Ator Jack Palance/Adolf Hitler
O Supremo Governante do planeta Apokolips (e um inimigo poderoso de Superman) foi criado por Jack Kirby depois que ele se mudou da Marvel para a DC Comics. Segundo o escritor Mark Evanier, que escreveu a biografia de Kirby intitulado Kirby: King of Comics, ele baseou a aparição de Darkseid no Jack Palance e sua personalidade em Adolf Hilter, acrescentando:
… O estilo e a substância deste mestre antagonista foram baseados em quase todos os tiranos loucos pelo poder que Kirby já tenha conhecido ou observado, com uma ênfase especial em Richard Milhous Nixon.
14. Talia al Ghul – Confirmado
Primeira aparição: Maio de 1971
Inspiração: A Serviço Secreto de Sua Majestade/Fu Manchu Fiction
O escritor de quadrinhos Dennis O’Neil, artista Bob Brown e artista Dick Giordano colaboraram na criação do interesse romântico vai e volta de Batman, Talia al Ghul. Não só ela é a filha do temível lorde do crime Ra al Ghul, mas ela é também a mãe do filho de Bruce Wayne, Damien. Todos os três criadores disseram em várias entrevistas que – juntamente com influências de romances britânicos Fu Manchu do início dos anos 30 – a relação entre Bruce, Ra’s e Talia imita diretamente a de James Bond, Draco e sua filha Tracy desde o sexto filme de James Bond.
Citação de Dennis O’Neil de Batman Unauthorized: Vigilantes, Jokers, and Heroes in Gotham City em 2008:
O misterioso Ra al Ghul foi introduzido … sua filha e interesse amoroso de Batman, Talia e sua sede no Himalaia todos diretamente inspirado no filme de James Bond ‘A Serviço Secreto de Sua Majestade “.
15. Thanos – Confirmado
Primeira aparição: Fevereiro de 1973
Inspiração: Metron/Darkseid
Famoso escritor de quadrinhos e artista Jim Starlin tentou várias vezes colocar sua obra de arte e criações nas páginas da Marvel antes de acertar na mosca com Thanos (o ser alienígena estilo Deus com uma sede de sangue por poder e controle sobre o universo). Em 2002, Starlin disse a Jon B. Cooke, onde ele teve sua inspiração para Thanos como parte de uma entrevista em sua popular série de livros Comic Artist (# 2):
Kirby tinha feito os “Novos Deuses”… mais na DC na época. Eu surgi com algumas coisas que foram inspiradas por isso. Você acha que Thanos foi [inicialmente] inspirado por Darkseid, mas isso não era o caso. Nos meus primeiros desenhos de Thanos, se ele se parecia com alguém, era Metron. Eu tinha todos esses deuses diferentes e coisas que queria fazer, que se tornou Thanos e os Titãs. Roy deu uma olhada para o cara estilo Metron e disse: “Turbine ele! Se você estiver indo para roubar um dos Novos Deuses, ao menos pegue Darkseid, o realmente bom! “
Em uma entrevista de 2003 (leia aqui) com Adelaide Comic Books’ Daniel Best, Starlin seguiram com algumas reflexões sobre o que inspirou o seu “The Mad Titan”:
Eu fui para a faculdade entre fazer o serviço militar dos EUA e começar o trabalho em quadrinhos, e havia uma aula de psicologia e eu inventei Thanos. Então eu fui até a Marvel e [o editor] Roy [Thomas] perguntou se eu queria fazer uma edição de Homem de Ferro. Thanos era um personagem muito mais fraco e Roy sugeriu turbiná-lo, então ele está um pouco mais reforçado do que em seus esboços originais e ele continuou a crescer em tamanho.
16. Círculo Menor do Clube do Inferno (Inner Circle of the Hellfire Club) – Confirmado
Primeira aparição: Janeiro de 1980
Inspiração: Episódio do programa de TV The Avengers – “A Touch of Brimstone”
Enquanto Stan Lee e Jack Kirby criaram o Mestre Mental (Mastermind) original (semelhante a um Vincent Price jovem), em 1964, foi Chris Claremont e John Byrne, quem o coroaram “Rei Negro” do Clube do Inferno e fizeram dele parte integrante da “Dark Phoenix Saga” (Saga da Fenix Negra). Byrne fala sobre o que inspirou o visual e os nomes dos membros originais do clube britânico elitista de vilões superpoderosos em seu site:
Eu encontrei com Peter Wyngarde pela primeira vez, como ator, no episódio de Os Vingadores – ‘A Touch of Brimstone “, que lidou com Steed e Emma ter um encontro com o Clube do Inferno. Mais tarde, ele apareceu em uma série britânica chamada Department S, e sua cria Jason King. Quando Chris decidiu que queria fazer um link entre o Clube do Inferno em ‘Uncanny X-Men “, como parte do“darkening” of Phoenix, eu sugeri a “piada interna” de ter Mestre Mental, em sua forma disfarçada, semelhante a Peter Wyngarde e, misturando personagem e ator, que seu nome fosse Jason Wyngarde.
No livro X-Men Companion Volume II de 1982, todas as inspirações dos membros fundadores do Clube do Inferno foram identificadas da seguinte forma:
Mestre Mental (Mastermind – Jason Wyngarde) – Ator britânico Peter Wyngarde em Jason King
Sebastian Shaw – Ator britânico Robert Shaw
Donald Pierce – Ator canadense Donald Sutherland
Harry Leland – Ator americano Orson Welles
Emma Frost – Espiã fictícia Emma Peel interpretada pelaatriz britânica Diana Rigg
17. Destruidor (Shredder) – Confirmado
Primeira aparição: Maio de 1984
Inspiração: Raladores de queijo
Depois de Kevin Eastman e Peter Laird vierem com a ideia de quatro répteis arte marciais engraçadinhos conhecidos como As Tartarugas Ninja, eles precisavam de um vilão imponente para lutar contra. No vídeo de 1991, The Making of ‘Teenage Mutant Ninja Turtles’: Behind the Shells (assista aqui), Eastman descreve sua inspiração para Shredder assim:
É provavelmente a maneira mais ridícula que surgiu um personagem. Eu estava desenhando isso, e eu deslizei minha mão e parei. Você poderia imaginar um personagem com armas em seus braços como este? O cara seria letal. E nós, “como Shredder!” (Algo como o fragmentador) Que nome para um personagem.
18. Ozymandias – Suposto
Primeira aparição: Setembro de 1986
Inspiração: Thunderbolt/Poema de Percy Bysshe Shelley
Quando a DC Comics adquiriu Charlton Comics e seus estáveis personagens clássicos de quadrinhos em 1985, o escritor Alan Moore decidiu usar alguns desses personagens há muito esquecidos para criar uma história de assassinato e mistério que gira em torno da morte de um super-herói – e, assim, Watchmen nasceu. Um desses personagens da Charlton de 1966 foi nomeado Thunderbolt, quem tinha o poder de usar noventa por cento do seu cérebro. Moore deu esses poderes para o recém-criado Ozymandias (o seu nome é retirado do poema de mesmo título do poeta do século 18 Percy Shelley sobre a natureza momentânea do poder) e fez tanto um protagonista quanto um antagonista em sua série épica de cinco graphic novel.
19. Venom – Confirmado
Primeira aparição: Abril de 1988
Inspiração: Sugestão de leitor
Imagine que você é um fã de muito tempo da Marvel enviando uma sugestão para um novo figurino do Homem-Aranha. Agora imagine que você recebeu uma carta do então editor da Marvel Jim Shooter dizendo que não só gostou da idéia, mas que quer comprá-la pela soma “primorosa” de $ 220. Bem, isso é exatamente o que aconteceu com Randy Schueller em 1982. Enquanto a nova ideia de Schueller para a roupa do Aranha faria a sua estreia em 1984, o Venom que os fãs conhecem hoje (desenhado por Mike Zeck e Todd McFarlane) não faria sua aparição até 1988.
20. Lucifer Morningstar – Confirmado
Primeira aparição: Abril de 1989
Inspiração: “Paradise Lost” por John Milton/ David Bowie
O personagem Lúcifer original apareceu pela primeira vez durante uma sequência de sonho em dezembro de 1962. Não aconteceria até o final dos anos 80, quando o aclamado escritor Neil Gaiman reimaginaria ele até Lúcifer Morningstar realmente vir a existir. Enquanto Gaiman tem repetidamente falado da influência que ele tirou do poema épico Paradise Lost do poeta do século 17 John Milton ao escrever Sandman, o artista Kelley Jones menciona que inspirou o visual real de Lúcifer no livro de 2004, Hanging Out With The Dream King: Conversations With Neil Gaiman And His Collaborators:
Neil foi inflexível que o Diabo era David Bowie. Ele apenas disse: “É ele. Você deve desenhar David Bowie. Encontre David Bowie, ou eu vou enviar-lhe David Bowie. Porque se não é David Bowie, você vai ter que refazer tudo, até que seja David Bowie.” Então eu disse: “Ok, é David Bowie.”
21. Bane – Confirmado
Primeira aparição: Janeiro de 1993
Inspiração: Doc Savage/Conde de Monte Cristo
No início dos anos 90, a DC Comics decidiu que queria fazer algo drástico para Batman sem matá-lo (já que tinha acabado de ser feito para Superman), então eles decidiram criar um vilão para quebrar suas costas. Surge Bane. Co-criadores de Knightfall, Chuck Dixon, Doug Moench e Graham Nolan se reuniram e, usando personagens sombra de quadrinhos de Doc Savage de 1933 e o conto do século 19 O Conde de Monte Cristo de Alexandre Dumas como modelo, criou um dos inimigos mais mortais e mais obscuros de todos os tempos de Batman. Foi idéia de Nolan basear o design de Bane em um luchador mexicano (wrestler). Todd Matthy fez uma grande entrevista com Chuck Dixon sobre a criação de Bane, que você pode ler aqui.
22. Arlequina (Harley Quinn) – Confirmado
Primeira aparição: Setembro de 1993
Inspiração: Arleen Sorkin de Days of Our Lives
A primeira aparição de Arlequina em qualquer lugar foi no episódio de Batman: The Animated Seriesde setembro de 1992, como a dedicada, ligeiramente louca, excessivamente obcecada namorada do Coringa. No entanto, sua personagem se tornou tão popular que a DC Comics decidiu trazê-la para as páginas dos quadrinhos do Batman. Paul Dini e Bruce Timm se uniram para criar Harley Quinn, mas foi uma sequência de sonho na novela Days of Our Lives – estrelado pela atriz Arleen Sorkin vestida como um bobo da corte – que inspirou Paul Dini para criar a sua aparência e personalidade – que Dini discute em seu livro de 1998, Batman Animated.
23. Magog – Confirmado
Primeira aparição: Maio de 1996
Inspiração: A Bíblia/Cable (Marvel)
Embora ele não tenha começado como um vilão (e em alguns aspectos, não terminou a sua carreira como um vilão), Lance Corporal David Reid gostaria muito de agir de forma vil como Magog – o homem imbuído de poderes pelo demônio-deus Gog – matando o Coringa e sendo parcialmente responsável pela destruição nuclear de uma grande parte do Kansas. Quando o escritor Mark Waid surgiu com a ideia de introduzir Magog no quadrinho Kingdom Come, ele disse ao artista Alex Ross para projeta-lo assim:
Mark originalmente me disse: “Faça ele se parecer com tudo o que nós odiamos em design moderno de super-herói”. Um personagem [de Magog] que Mark Waid inventou que foi realmente para mim apenas trazer o tipo de design mais horroroso de Deus Rob Liefeld (Cable) que pude. O que eu estava roubando era – realmente apenas dois designs-chave de Rob – o design de Cable. Eu odiei. Senti que parecia que eles só jogaram tudo no personagem – as cicatrizes, a coisa que acontecia com seu olho, o braço, e o que é todas aquelas armas? Mas a coisa é, quando eu coloquei esses elementos juntamente com o capacete da Shatterstar – bem, os chifres de carneiro e o ouro, de repente, realizado em conjunto, como um dos projetos que me fizeram sentir mais feliz em toda a série.
De poemas até o trabalho de outros artistas, atores e até mesmo sobremesa – é claro que os artistas e escritores podem inspirar-se em qualquer lugar e qualquer coisa quando forem criar o próximo grande vilão dos quadrinhos. A grande sacada que a criação fica mais interessante quando vem do cotidiano, das coisas que conhecemos e não como fazem os inexperientes criando figuras overpower com músculos ou excessivamente obscuras afim de reforçar uma falsa postura “sou foda”.
Estas foram apenas 23 inspirações , mas há provavelmente muito mais lá fora, tão interessantes quanto essas.
O que você usaria como inspiração para criar o próximo grande vilão dos quadrinhos? Comente!
Telmo Pieper, muralista holandês, com a ajuda do Photoshop, recria digitalmente seus desenhos antigos em versões realistas de sua imaginação infantil. A série Kiddie Artes apresenta a aparência de alguns dos mais estranhos animais – uma baleia em forma de sapato, um caracol com a menor concha do mundo, e uma mosca que olha estranho – uma grande coleção de desenhos de coisas típicas de menino.
Pieper desenhou as imagens originais quando tinha apenas 4 anos, o que mostra como suas habilidades de pintura evoluíram muito e também que já possuia talento em idade tão jovem. Agora, ele trabalha em parceria em uma muralista artística, “Telmo Miel” em Roterdão e desenha diariamente – um sonho de infância se tornou realidade!
Quando pensamos em grandes ilustradores normalmente nos vem a cabeça estrangeiros, pois quebre a cara com o talento de Greg Tocchini, paulista, nascido em 79 e um dos melhores ilustradores que estão por aí em minha opinião.
“Nasci em São Paulo, mas morei em Guararema, no interior paulista, uns bons anos. A beira do Rio Paraíba do Sul e no meio do mato. A internet era discada, faltava luz 3 dias seguidos quando chovia e celular só de vez em nunca… Foi um dos períodos mais feliz da minha vida.”
Durante um tempo, morei em uma casa a beira do rio Paraíba do Sul. Estes dias quentes me deram saudades dos mergulhos no rio. As ruínas de um antigo porto de areia era um trampolim perfeito naqueles dias. Matei a saudade desenhando.
Começou sua carreira fazendoilustrações e–contos para a revistaRPG,DragãoBrasil.Durante esse período,eletambém ilustrouedições especiaisparaaTramaEditorial,chamadoDragonesa(O Dragoness) eAnjosCaídos(Fallen Angels), bem como material para agraphic novelFábrica de Quadrinhosvol. 01, publicada porDevir. Ele tambémfoi professore coordenadorescolarna Escolade ArtesFábrica de Quadrinhos(Escola de Fábrica de Quadrinhosde Artes) eQuantaAcademia deArtes (Quanta Academia de Artes–).
Assim como todo mundo, Greg teve e tem suas fontes de inspiração.
“Frank Frazetta, Norman Rockwell, Mike Mignola e Adam Hughes sempre estiveram na minha prancheta e continuam lá até hoje. Atualmente algumas “inspirações” chegam a mim via internet. Tem muita gente talentosa fazendo trabalhos incríveis que nunca teria visto se não fosse por isso. Para citar alguns: Sergey Kolesov, Bengal, Claire Wendling e Kim Jung Gi. Mas no momento, inspiração mesmo vem dos meus colegas de estúdio, Fujita e Calil. Nunca produzi e pintei tanto como agora e boa parte disto é culpa deles.”
Seus primeiros trabalhospara o mercado americanoeram, a Primeira, Meridian,Route666eosmini-série DemônioWars,paraCrossGenComics, mais tardeseguido porStar Wars,paraa Dark HorseeMarvel, Thor: Filho deAsgard, X-Men, Capitão AméricaeoFalcão,Homem-Aranha,Dr-Spectrum e1602:a New World(um spin-off deNeilGaimano original de1602). Nestamini-série, ele foi capaz de criaro visuale desenhos depersonagens comoHomem-Aranha,Hulke Iron-Man. Paraa DC ComicsfezION, com o escritorRonMarz, Batman eRobin, bem como oone-shotSearch ForRayPalmer: GothamByGaslight–que o levoude volta aMarvelpara fazerOdysseyeWolverine: Father.
Elefoi o artistapara amini-série The Last Days ofAmerican Crimeescrita porRickRemender, paraRadicalComics.
Sua técnica é invejável e seu estilo bem característico, com traços expressivos e uma certa abstração em suas obras, Greb Tocchini é um grande artista e uma ótima fonte de inspiração.
Veja mais de Greg Tocchini em seu Blog e em seu Facebook.
Não é comum encontrar jogos que envolvem elementos históricos reais, então surpreenda-se com este, um jogo independente feito por um português tratando o Brasil do século 18, Thralled!
Como tudo começou ?
Thralled nasceu como um projeto na faculdade em que o criador Miguel Oliveira, junto a uma equipe de estudantes apresentaram o jogo em um festival feito pela Universidade da Califórnia do Sul, mostrando e abordando um assunto muito delicado e forte: a Escravidão. Miguel sentia intensamente uma necessidade em falar sobre esse tema tão delicado tanto para os brasileiros quanto para os portugueses (que dirá para o mundo), pois é um tipo de assunto que afeta a humanidade. Sem contar que ele escolheu a área de games para tratar em seu projeto, uma área que infelizmente ainda sofre preconceito e não tendo muito respeito. O objetivo dele era estabelecer uma possibilidade de debate sobre o tema, como surgiu e todas as consequências que até hoje afetam a humanidade.
A arte do jogo é incrível e as animações muito interessantes. É uma qualidade muito superior a que se espera de um jogo independente.
Uma visão diferente nesse side-scroller
Estamos acostumados a ver jogos com temáticas trabalhadas em áreas históricas focadas sempre em grandes destaques de povos na humanidade como os ingleses, os portugueses, franceses e etc. Os povos que sofreram arduamente na mão deles nunca possuem um certo destaque, uma certa visão ao ponto de vista de quem sofreu toda essa luta, essa opressão “na pele” do que é ser aprisionado por outro humano. Trabalhar esse ponto de vista, algo tão incomum a nós, é uma maneira de tentarmos compreender sobre a escravidão e a relação da personagem com toda a sua história ali apresentada.
Compreendendo um pouco a Escolha
O Brasil foi escolhido por vários motivos, no qual podemos frisar sobre a abolição tardia e a quantidade exorbitante de escravos relatada. Miguel também frisa que a escravidão era pouco mencionada em sua terra natal.
A história Portuguesa sempre era vista com grandes conquistas, descobrimentos, “honras, sempre tratando a grandeza e seus grandes triunfos. Porém, não mencionavam toda a destruição, os estragos, os sofrimentos, as mortes causadas para se ter essas tão “preciosas” conquistas.
O que admira em Miguel , que pode ser compreendido através de suas entrevistas e seu projeto, é de uma certa responsabilidade que ele adquire e, de alguma forma, admitir os erros do passado causados por Portugal, seu país de origem, fazendo a todos que tiverem contato com seu jogo analisarem como essa parte horrível da nossa história afetou todo o futuro da humanidade.
Isaura, a escrava
Isaura é a personagem principal que foi capturada na África e vendida como escrava no século 18, tempos do Brasil Colonial. A história começa a partir do momento em que ela consegue escapar das plantações em que era forçada a trabalhar, com o desejo de buscar o seu bebê. Seu fortíssimo laço materno e todas as marcas de sofrimento e dor vividos por Isaura, acabará envolvendo os jogadores de uma forma tão profunda com os aspectos emocionais tratados no jogo. É nesse ponto que Miguel deseja criar um debate, um vínculo entre a personagem e o jogador, de modo que ele sinta o sofrimento e analise como até hoje os resquícios da escravidão e do que ocorreu são fortes e afetaram no futuro da humanidade.
É uma conquista e tanto, um jogo independente que se arriscou em tratar de um assunto tão polêmico estar ganhando grandes proporções. A forma e a proposta que Thralled apresenta, nos faz se interessar e se deixar envolver pelo jogo o quanto antes, alimentando uma questão muito séria e normalmente ignorada pela sociedade. Conquistar a nossa conscientização em relação ao tema abordado, a forma como um português, com a história de todo o seu país sendo a maior nação escravocrata da História e ter a coragem em trabalhar em um ponto de vista tão sério no qual sua nação “nem menciona” é algo curioso, é de se admirar.
Thralled aparentemente já me conquistou e está provável que no segundo semestre de 2014 lance e é exclusivo para o Ouya (no qual acreditou e investiu no projeto português). E você, também está ansioso para se envolver nessa questão?
O famosíssimo cartunista avesso a mídia Bill Watterson sobre seus hábitos de trabalho, o poder das histórias em quadrinhos, e como criar arte.
Bill Watterson, o criador da história em quadrinhos Calvin & Hobbes, é famoso por ser avesso a mídia. Ele deu duas entrevistas, total desde que aposentou sua tira em 1995. Repórteres escoltaram o lado de fora de sua casa em Ohio sem sucesso. O homem apenas prefere não ser uma figura pública. Mas no documentário Stripped (que você pode comprar ou alugar no iTunes), Watterson não só dá uma entrevista, ele desenhou a arte para o cartaz – o primeiro desenho de Watterson a ser publicado em quase 20 anos.
Watterson é o criador de uma das peças mais queridas de arte em quadrinhos, e a maioria de seus fãs provavelmente nunca ouviram ele falar antes. Ele acaba por ser muito parecido com se espera dele: pensativo, articulado, com a mentalidade de um artista, mas extremamente firme em suas crenças. Watterson é conhecido por se recusar a comprometer a sua visão da sua obra. Ele exigiu uma mudança para a página de domingo, por exemplo, para dar lugar maior para a arte. Ele se recusou a licenciar sua obra, e é por isso que você nunca viu um filme de Calvin & Hobbes ou mesmo uma camisa oficial Calvin & Hobbes. Aposentou-se no auge de sua popularidade, depois de apenas 10 anos – um tempo curto para os artistas de quadrinhos (Garfield, por exemplo, tem comido lasanha e odiado segundas-feiras há 36 anos). Sua carta de aposentadoria para os editores de jornais foi breve e disse que, em parte, “Eu acredito que eu tenho feito o que posso fazer dentro das limitações de prazos diários e pequenos painéis. Estou ansioso para trabalhar em um ritmo mais pensado, com menos compromissos artísticos . “
Aqui estão quatro dicas sobre o processo criativo que Watterson revela no filme:
1. Você Tem Que Se Perder em seu Trabalho
“Minha história em quadrinhos foi a maneira que eu explorei o mundo e minhas próprias percepções e pensamentos. Então, para desligar do trabalho, eu teria que desligar minha cabeça. Então, sim, o trabalho era insanamente intenso, mas esse era o porquê de fazê-lo “.
2. Criar Para Si Mesmo
“Sinceramente eu tentei esquecer que houve uma audiência. Eu queria manter a tira a sentindo pequena e intimista, como eu fiz, então meu objetivo era apenas fazer a minha esposa rir. Depois disso, eu iria colocá-la disponível, e o público poderia levá-la ou deixá-la. “
3. Torná-lo Bonito
“Meu conselho foi sempre a desenhar cartoons pelo amor a isso, e concentrar na qualidade e ser fiel a si mesmo. Além disso, tente lembrar-se de que as pessoas têm coisas melhores para fazer do que ler o seu trabalho. Então, pelo amor de Deus, tente seduzi-las com um pouco de beleza e diversão “.
4. Cada Mídia Tem Poder
“Uma tirinha leva apenas alguns segundos para ser lida, mas ao longo dos anos, ela cria uma surpreendente e profunda conexão com os leitores. Acho que esse aspecto adicional, esse aspecto diário despretensioso, é uma fonte de poder.”
O que poderia ser mais irrelevante do que uma tirinha? Quatro ou cinco painéis estáticos, movimento mínimo, uma piada rápida. No entanto, Watterson (e muitos outros artistas de quadrinhos) conseguiram criar incríveis, mundos significativos, mundos que são genuinamente importantes para as pessoas que os lêem. Não há tal coisa como uma mídia pequena.
O belga Brecht Vandenbroucke acaba de lançar nos Estados Unidos seu livro de estreia “White Cube”, quadrinho que traz uma série de ilustrações com versões apocalípticas da vida cotidiana e do sistema.
Pra quem não conhece o trabalho do cara, seus desenhos fazem um divertido mix colorido de cultura pop, loucura e surrealismo. Também tem algumas recriações zuêra de obras clássicas como “O Grito”, de Edvard Munch e “Guernica, do Picasso.
Você nunca imaginou que monstros poderiam ser tão fofos. A Sweet Monster é uma lojinha virtual, sediada em Vila Velha, Espírito Santo – Brasil, muito divertida que desenvolve um trabalho bem legal e incomum de Toy-Art, Craft e Design com temáticas de terror, bandas e do universo lúdico.
Almofadas, imãs, chaveiros e toys, tudo feito com muita criatidade e humor. A loja ainda personaliza seus trabalhos de acordo com o cliente, basta encomendá-los com a sua escolha. Não é muito difícil se encantar com os trabalhos.
A Sweet Monster foi criada por Gabriela Queiroz e tem uma história interessante e bem recorrente atualmente. Trabalhar com arte de forma satisfatória tem sido muito difícil num mercado onde arte e design são vistos como necessários porém não valorizados do ponto vista financeiro. Ganhar dinheiro “fazendo arte” não é simples nessas condições.
O Urucum Digital conversou com Gabriela que falou um pouquinho de seu trabalho e deu algumas dicas, tudo com muita simpatia.
Eu sei que você queria ser ilustradora, entendo bem o que é isso porque eu também passei pela mesma vontade e tenho minhas próprias experiências sobre o assunto. Como foi pra você esse período de procurar trabalho nessa área?
Me formei tem 3 anos em Design Gráfico, mas trabalho com isso desde os 17/18 anos de idade. Trabalhei em gráfica, produtora de vídeo, agência e fábrica de roupa criando estampas, mas sempre quis trabalhar mesmo com esse lado mais “lúdico” do Design, ilustração etc. Confesso que procurei pouco trabalho como ilustradora mesmo, pois é um mercado MUITO difícil pelo menos aqui no ES, peguei alguns freelas somente ilustrando. O único lugar que trabalhei como “ilustradora” mesmo foi desenhando estampas para uma marca de roupa daqui de Vila Velha, a ZU.
Você ainda ilustra?
Ilustro sim, muito pouco mas quando dá tempo ainda faço meus rabisquinhos rs.
O fato de você trabalhar com criatividade e ter suas próprias ideias contribuiu para desistir de trabalhar para os outros e começar o seu próprio negócio? Do seu jeito e com a sua cara.
Sim com toda certeza do mundo! Primeiro que gosto de ter liberdade na hora de criar e segundo descobri que poderia ser mais feliz trabalhando por conta própria. Sempre tive vontade de montar um negócio, só que nunca dava certo pois não tinha muito empenho e incentivo e achava que não ia ganhar dinheiro com isso. Foi quando depois de um tempo trabalhando em um escritório de design percebi que minha saúde estava indo pro brejo, estava insatisfeita e stressada. Aí decidi largar o “estável” para tentar começar um negócio.
Você tem um estilo todo próprio, com tatuagens e gostos diferentes da maioria, isso ajudou a escolher o ramo dos “monstrinhos”? De onde veio a ideia?
Desde nova sempre tive interesse em bonecos, monstrinhos, em temas de terror, coisa lúdicas, bandas e etc e foi nisso que me inspirei pra montar a Sweet Monster toys. Quando era mais nova desenhava e criava muitos monstrinhos, sou fissurada pela figura do Frankenstein e sempre tive esse gosto meio “peculiar”. E mesmo atualmente a maior parte das encomendas serem pedidos de personagens de outros, ainda crio alguns e os desenvolvo com meu próprio estilo.
O trabalho que você faz é bem diferente de outros toy art que conheço, isso ajuda você a se destacar?
Nos bonecos que eu mesmo crio eu tento sempre colocar detalhes, acho que detalhes fazem toda diferença em uma peça ou ilustração, e SEMPRE gosto de inserir elementos desproporcionais.
Você se diverte com o que faz? Porque a impressão que dá nas suas redes sociais é de que tudo é uma grande brincadeira para você, inclusive o resultado do seu trabalho é bem divertido.
TOTALMENTE!! ahhaha eu amo o que faço!! Trabalho ouvindo música, vendo filme, seriado, documentários etc e me pego as vezes falando sozinha rs. É tipo uma brincadeira de gente grande!! hahaha
Eu quase todos os dias fico de 8 horas até 20/21 horas trabalhando e não troco essas horas todas de trabalho por outro tipo de trabalho nuncaa =)
Você acha que o futuro para artistas, designers, e todas as pessoas que trabalham com criatividade e que não são valorizadas no mercado é começar seu próprio negócio ou abrir seu próprio estúdio/galeria?
Com certeza. Apoio totalmente! Quando você trabalha nessa area pra outros, acaba limitando sua criatividade e você nem consegue exercer seu potencial da melhor forma. E você pode pensar assim, “ah mas nem vou ganhar a grana que ganho trampando em tal lugar etc”..mas ganha sim! Até mais quando você se empenha mesmo. Basta persistir .
O artista hoje tem que ser um empresário também? Que conselhos você pode dar?
Atenda muito bem seus clientes, seja tipo amigo deles. Dê total atenção à ele, queira sempre surpreende-lo também. Seja sempre honesto e claro a respeito do seu trabalho, Isso acho que é o que faz MUITO a diferença. Tenha amor por aquilo que faz e cuidado também com os detalhes, e quando errar admita. Só isso mesmo =)
Atualmente a Sweet Monster possui sua loja virtual e você pode conferir aqui. Veja também seu Flickr e seu Facebook.