Life in a Day

Recentemente eu assisti a um filme chamado “The Giver” por indicação de um amigo. Do ponto de vista cinematográfico não é um grande filme. A história é simples, o enredo lento e não há grandes efeitos especiais nele, mas ainda assim se tornou um dos meu filmes favoritos. The Giver mostra fortes emoções comuns. Lembra qual é a base da vida, que somos apenas mais um bichinho na natureza.

Todo esse papo de Guru da montanha é para dizer que as cenas que mostram a vida como ela é (ou como deveria ser), me lembraram um projeto muito legal que se tornou filme em 2010 e muita gente não deve conhecer.

Nesse ano o Youtube mostrou um vídeo, filme, documentário, chame como quiser, que retrata a vida comum. Milhares de pessoas ao redor do mundo registraram em vídeo o seu dia em 24 de Julho de 2010 e subiram no Youtube para fazer parte do “Life in a Day“, “Vida em um Dia” em português. Um filme que mostra um único dia na Terra. Um registro histórico.

Dirigido pelo vencedor do Oscar Kevin Macdonald, Life in a Day conquistou o público nos festivais de Sundance, Berlim e SXSW, durante a sua estreia mundial no YouTube em janeiro.

Curioso? Então assiste aí. Lembre-se de ajustar as legendas.

Fran Krause e seus mais profundos medos sombrios

Se você tem os medos mais absurdos que existem, não se preocupe, você não está sozinho nesta lista de neuróticos. Além de mim claro, o artista e animador Fran Krause tem uma mente muito pertubada e resolveu explorar os seus mais profundos e embaraçosos medos criando uma série de tirinhas chamadas Deep Dark Fears. Eu poderia tentar explicar do que se trata, mas acredite, você vai achar melhor descobrir por sí próprio.

Tem um espelho no meu quarto. Eu me preocupo que, enquanto estou dormindo, meu reflexo se sente e fique me assistindo.
Eu me preocupo em cair e morder fora um pedaço da minha língua, daí quando eu ligar para a emergência, eles não consigam me entender.
Às vezes quando eu estou fazendo cocô, eu me preocupo que nesse momento eu esteja tendo um sonho e que na verdade eu esteja fazendo cocô nas calças em algum lugar.
Um dia eu estarei procurando alguém no Facebook, e acidentalmente digitarei o nome da pessoa na caixa de “Status” ao invés da caixa de busca, e ela vai ser marcada automaticamente no post, e eu não vou perceber até que todo mundo já tenha visto.
Quando eu era pequeno eu me preocupava que quando eu acordasse, eu descobriria que minha família estaria tomando café com um clone meu. Nós lutariamos até a morte e então minha família terminaria o café calmamente.
Às vezes eu sinto como se as pessoas estivessem lendo a minha mente, então eu penso em algo engraçado. Porque assim, se eu escutar alguém rindo, eu vou ter certeza.
Quando eu era pequeno, minha mãe me disse que se eu continuasse fazendo xixi na cama, vermes iriam crescer no colchão e eles iam me comer vivo.
Quando eu digo “oi” para as pessoas e elas não me respondem, eu fico preocupado de que eu estou morto e apenas não sei ainda.
Sempre que eu pego o elevador, eu fico preocupado que assim que eu pisar fora dele, o elevador caia e me corte no meio.
Às vezes eu me preocupo que na verdade eu esteja gritando constantemente e as pessoas simplesmente fingem que eu sou normal.
Quando eu limpo meus ouvidos com um cotonete, eu me preocupo que alguém abra a posta do banheiro e enfie o cotonete no meu cérebro. Por isso quando eu limpo meus ouvidos, eu tranco a porta e fico em pé vestido na banheira.
Quando eu acordo, eu abro os olhos bem devagar, porque se alguma coisa estiver no meu quarto, da tempo dela se esconder.
Inverno é uma ótima época para patinar no gelo com alguém que você ama. Se eles caírem, não passe em cima dos dedos deles acidentalmente cortando fora.
Quando eu era criança, um padre me contou sobre Maria, como Deus pensou que ela era perfeita, então ele a fez engravidar. Eu não queria que Deus me engravidasse, então eu tentei não ser o tipo dele.
Eu me preocupo que minha vida seja uma ilusão. Seja tudo um sonho. Eu me preocupo que eu acorde um dia e perceba, que sou um cachorro muito imaginativo.
Tarde da noite, quando eu estou sozinho, eu escuto vozes baixinhas chamando meu nome. Eu me preocupo que minha vida seja um sonho, e na realidade eu estou em coma e as vozes são minha família tentando me acordar.
No ar gelado do inverno, meu fôlego se torna visível. Eu espero que isso não signifique que as pessoas consigam ver meus peidos.

Fran Krause

Website
Deep Dark Fears

2014 do Urucum Digital

E UM OBRIGADO ESPECIAL A

Nouvelle Rita

Alexandre Neves

Cami Almeida

Lidiane Cordeiro

Carol Poubel

Gabriela Queiroz

Maressa Moura

Gustavo Rodrigues

Reinaldo Rocha

Henri Lamy

Todos foram bons amigos para mim e para o blog.

Slimger: uma bateria externa que cabe na sua carteira

Olha aí mais uma novidade que vai fazer você desejar que chegue logo ao mercado. Seu celular é um daqueles super potentes, mas que não aguentam o dia inteiro ligado? A bateria dele simplesmente não dá conta do funcionamento diário? Existe por aí baterias externas que você pode comprar para resolver o problema, mas a maioria delas são grandes e cheias de cabos. Talvez agora seu problema possa ser resolvido!

A BlueTech Industries criou o Slimger, mas ainda está financiando o produto no site IndieGoGo. Se trata de uma bateria externa, tão fina e pequena que você pode levar a qualquer lugar. Com 43 milímetros de espessura, sendo um pouco maior do que um cartão de crédito e pesando 50 gramas

Especificações:

Tamanho: 92mm x 66mm x 4.8mm(0.17 inches)
Peso:
1.9oz (54gr)
Carcaça:
Lightweight Anodized Aluminum
Bateria:
Grade A Lithium Polymer Battery
Capacidade:
1400 mAh

Saída: 1.5A-2A

Tempo para carregar o Slimger™ completamente – 70 minutos
Tempo para carregar um dispositivo iPhone 6 –
30 Minutos

Certificação:

Segundo a fabricante, a bateria adiciona quatro horas extras de navegação, cinco horas a mais de conversação e 95 horas no modo de espera.

O preço do produto é de US$ 49,95 (cerca de R$ 134), independentemente da versão Android ou iOS. São cinco cores como opção e ele ainda é vendido em um pacote com duas unidades por US$ 89,95 (R$ 242).

Só não vá sentar em cima da bateria quando estiver com ela no bolso.

Fonte Slimger, via Tecmundo

Pessoa Bagunceiras São Mais Criativas

Não é segredo para ninguém o quanto eu luto contra a minha própria bagunça, é um processo sem fim e eu já até falei disso em um conto meu, mas o que eu tenho aprendido recentemente, é que a minha bagunça é boa! Nem toda bagunça pode ser considerada saudável, mas quando ela incentiva um processo criativo ou uma organização em seu próprio caos particular, na verdade ela é uma coisa boa.

Todo mundo é um pouco desorganizado.

Organização é tida como uma virtude de pessoas bem sucedidas, enquanto os bagunceiros são vistos como relaxados, mas não é bem assim. A mesa bagunçada ou a mania de não colocar as coisas em seu devido lugar não é tão ruim, a boa notícia é que pessoas desorganizadas costumam ser as mais criativas, ou no caso, pessoas criativas provavelmente são e precisam ser desorganizadas.

Um estudo realizado em 2013 pela Universidade de Minnesota constatou que as pessoas com quartos, escritórios e mesas bagunçadas tendem a ser mais inventivas do que as que optam por manter tudo na mais perfeita ordem. Claro que não se trata de deixar a higiene de lado ou transformar os locais em um total caos, tornando-os inabitáveis, mas uma “bagunça organizada” é totalmente bem-vinda.

A cientista em psicologia responsável pelo estudo, Kathleen Vohs, ao observar e comparar os ambientes de pessoas bagunceiras com o das organizadas, somados a alguns estudos acadêmicos, conseguiu concluir que as primeiras tendem a ter pensamentos mais criativos e originais. Você pode se aprofundar mais no texto da psicóloga “It’s not ‘mess.’ It’s creativity“.

1. Sua mesa é uma bagunça, mas ainda assim você tem total controle sob ela

2. Você usa a criatividade para descobrir maneiras de fazer tudo – não se sabe exatamente como – as coisas acontecem naturalmente

Eu não sei como responder essa pergunta.

3. Embora pareça absurdo para os outros, as pessoas desorganizadas são metódicas ao seu modo

4. Ambientes bagunçados podem estimular o pensamento criativo

5. Esse tipo de pensamento, na sua forma pura, é pensar fora das linhas de raciocínio convencional

Meu quarto é uma bagunça organizada só

6. Como já questionado por Albert Einstein: “Se uma mesa bagunçada é sinal de uma mente desordenada, uma mesa vazia é sinal de quê?”

7. E não é só Einstein que está nesta lista – Pessoas como Steve Jobs também não são muito organizadas

8. Nem o Steve Ballmer, da Microsoft

9. Então se você é “bagunceiro por natureza”, encontrar um equilíbrio entre a desorganização e a urgência de limpeza é extremamente saudável

10. Um local bagunçado é sinal de que, ao invés de perder tempo arrumando, a pessoa está produzindo

É claro que você não vai deixar a bagunça chegar a esse nível.

Se sua bagunça é um aglomerado de coisas que você precisa acessar constantemente ou que te inspiram a realizar determinada atividade, então ela provavelmente é uma bagunça que te faz bem, no entando se em uma “panorâmica” por cima do cenário te lembra um lixão, é sinal de que você precisa rever sua higiene e hábitos.

O canto polifônico e como fazê-lo

Existem várias modalidades de canto que você nem se quer imaginaria que existem, mas talvez uma das mais interessantes é o canto polifônico (overtone singing). Basicamente é um canto onde você pode produzir duas notas (dois sons) ao mesmo tempo com o aparelho vocal através da manipulação das ressonâncias. Não é qualquer pessoa que consegue fazer isso e exige muito treino para quem tem essa capacidade rara. Talvez a técnica mais refinada que eu já vi é a de Anna-Maria Hefele.

O canto “comum”, geralmente mantém a língua plana e o som fundamental é claramente audível. Para começar a cantar overtone throat singing (Canto harmônico com a garganta), os lados da língua são curvados para cima e segurar quase contra os dentes pré-molares superiores como se criasse um fechamento com céu da boca a toda sua volta permitindo uma pequena passagem para o ar.

Para experimentar tente cantar “errrr” com esse ajuste e mover a língua para a frente e para trás com a ponta da língua tocando o céu da boca. Este é o ponto de partida básico, porém desafio você a ouvir gravações de cantores que desenvolvem essa técnica e tentar imitar o que você ouve.

Um grande exemplo é o Kongar-ool Ondar, mestre do Tuvan throat singer:

Com o tempo, você irá perceber que o controle mais refinado da base da língua e da garganta permite amplificar e isolar cada tom harmônico desejado de forma mais eficaz do que apenas enfatizando língua ou vogal, dessa forma a ponta da língua não precisa se mover obrigatoriamente para mudar os harmônicos. O controle respiratório é muito importante para quem está desenvolvendo esse estilos pois requer uma sustentação prolongada da saída de ar.

Quando já estiver dominando você pode praticar 7 estilos diferentes do Overtone Singing, Alex Glenfield exemplifica esses estilos.

Arte purinha cantar assim não é? Tentou? Grave e manda pro Urucum Digital, queremos ver – urucumdigital@gmail.com

Fim dos furos com Tannus e seu Pneu sólido de poliéster

A empresa sul-coreana Tannus, de gerência familiar e com um pé na indústria de calcados, desenvolveu o que eles dizem ser o fim dos problemas de pneus furados.

Um pneu inteiramente sólido, feito com um composto de poliéster que leva um nome bastante forte, Aither –o nome da divindade grega que personifica o “céu superior”-. O material é composto por minúsculas bolinhas de ar, cada uma com aproximadamente 10 micrômetros de largura, em uma malha robusta de construção de muros de proteção. Fazendo uma analogia, o material é parecido com um favo de mel, ou seja, se algumas bolinhas são estouradas, diferentemente do que acontece nos pneus pneumáticos, o restante do material não é atingido.

Pneus sólidos sempre foram um sonho de muitos ciclistas, mas por serem muito pesados, fracos e muito vulneráveis ao calor nunca conseguiram ganhar mercado. Maciek Karlowski, Gerente-Técnico da Tannus na Europa, admite que sua nova tecnologia não supera o desempenho dos pneus tradicionais, mas que já é capaz de oferecer conforto e segurança para todos os ciclistas que não aguentam mais empecilhos em suas pedaladas por conta de furos nos pneus. E brinca que se a pessoa não for informada nem percebe a diferença no desempenho, de tão ínfima que ela é.

Este levou dez anos para ser desenvolvido plenamente. Em testes de laboratório o desempenho de Tannus foi surpreendente e a diminuição do material só aconteceu depois de 5.000 km, sendo de 1 milímetro. Por isso, a empresa acredita que eles durem para além dos 10.000 km rodados. Vale lembrar que os novos pneus da Tannus ainda não são adequados para montanhas ou Ciclismo Artístico, dentre outros esporte.

Aither é um material bastante leve, com praticamente o mesmo peso do pneu de borracha mais seu tubo interno, sendo assim, sua bicicleta não ficará mais pesada com os novos pares de sapato.O produto está disponível online no site da Tannus.

O copo para vinhos que não derrama

Você é desatrado? Bêbado é mais ainda? Gosta de vinho? Alguém em São Franscisco do Superduperstudio pensou em você e criou um copo de vinho perfeito para pessoas como você! Por que? Simplesmente porque ele não derrama! E o copo ainda é elegante, confira.

A ergonomia do copo também não deixa a desejar, ele pode ser empilhado com muita facilidade.

É claro que se você encher ele até a boca provavelmente ele pode vir a derramar, mas daí você está pedindo por isso também né? Um ponto negativo é que talvez a base pequena possa facilitar os “tombos” do copo.

A técnica e o desapego de Gustavo Rodrigues

Pois bem, aqui tem um cara que você precisa conhecer! Gustavo Rodrigues é um ilustrador e designer que sabe o que faz e com certeza vai abrir a sua mente.

Gustavo é uma daquelas pessoas de talento que possuem contas em redes sociais de arte e que fazem você passar raiva pensando “como ele faz isso com tanta facilidade?”. Ele tem um estilo que o identifica e opinião forte sobre como conduzir sua arte, talvez a mais interessante é o abandono da borracha.

Enquanto a maioria se preocupa com a perfeição e em mostrar como é bom no que faz, ele surpreende dizendo que erra e isso não o incomoda. Em vez de tentar fazer a melhor arte de todas, corrigindo cada erro, Gustavo simplesmente desapega deles. Segundo ele os erros são importantes e você deve saber aceitá-los e conviver com eles, pois só assim irá melhorar. Se você apagar cada linha torta que fizer, simplesmente não irá evoluir para a próxima vez que fizer aquele tipo de trabalho.

O trabalho desse ilustrador utiliza diversas técnicas, quase sempre tendo por base a sobreposição de cores para criar profundidade. Desde o esboço, cada cor representa um nível diferente na profundidade do desenho e os resultados são bem legais. Mas com certeza o que impressiona mais no que Gustavo faz é facilidade que ele demonstra na criação de rostos em seus speed paintings. Os treinos são constantes e revelam o seu grande talento.

Então se é um dos que ficam se perguntando como pessoas como ele fazem uma arte tão legal, se prepare e preste atenção. O Urucum Digital perguntou a ele e você vai ficar muito satisfeito em saber que as repostas não foram apenas “treino e dedicação” como todo artista diz.

Com certeza todos que te conhecem logo reconhecem o seu talento. A facilidade que você passa pra gente em tudo o que faz é impressionante. Desenhar, trabalhar com arte em geral, sempre foi assim, algo orgânico para você? Como foi o seu processo de aprendizado até chegar no nível em que você está hoje? Você fez ou faz cursos, aulas?

Antes de tudo obrigado pelo espaço! Acho que como todos os que trabalham com ilustração, o desenho sempre esteve presente. Não me recordo de um período se quer da minha vida que tenha passado sem desenhar, faz parte de mim desde muido cedo. O meu processo de aprendizado é fundamentado em grande parte pela minha vontade de evoluir no que eu gosto. Eu fiz algumas aulas de desenho no curso de graduação, mas foram as únicas.

Você continua aprendendo certo? Constantemente vemos treinos de rostos, speed painting em suas redes sociais. Treinar é algo que te agrada ou as vezes tem que se forçar?

COM CERTEZA! O aprendizado é contínuo e nunca vai acabar, sempre haverá espaço para melhorar. Na verdade os treinos, estudos, sketches (como preferir) são o que mais me agrada, é quando me conecto com o meu eu de 12 anos de idade que desenhava o mesmo power ranger em 100 folhas diferentes e sempre achava que o último era o melhor, até fazer o próximo.

Você é um artista que vive a arte que faz. Seu estilo, roupas, gosto musical, tudo se remete no que você faz. Você considera ideal a arte ser parte de você ao invés de ser puramente comercial? De fazer aquilo que gosta ao invés do que te pedem?

Eu acho que meu trabalho PESSOAL reflete minhas aspirações porque esse é o caminho natural das coisas. Vai sair da minha cabeça o que tem dentro, por mais óbvio que isso possa parecer. Mas isso é só uma parte do que eu produzo, que é o que eu mostro nas midias socias e tudo mais. A outra grande parte da produção são trabalhos comerciais, que não necessariamente representa o que eu gosto. E é muito difícil acontecer um trabalho comercial que se alinhe perfeitamente com o que você gosta realmente, mas isso ajuda o artista a rever suas referências e crescer como profissional, além de assegurar o pão e o leite com nescau. Quando acontece, e os astros colaboram hahaha, surge o trabalho perfeito e com certeza é um deleite.

Sua aparência é um tanto inusitada, de certa forma chama a atenção (Gustavo é um gigante barbudo, forte, com cara de bárbaro, brinco, tatuagens…), quem te conhece o mínimo sabe o quanto você é um cara bacana e gentil, isso se percebe rapidamente conversando com você, mas como as pessoas que não te conhecem reagem a você? Os clientes por exemplo.

Hahaha! Para falar a verdade, nunca prestei tanta atenção na reação dos clientes. Não me recordo de nenhuma situação inusitada. Mas várias vezes as pessoas evitam sentar ao meu lado no ônibus.

Sua relação de amor com sua barba fica clara nos desenhos que faz hehe, algum dia veremos você sem ela?

Um simples e sonoro NÃO hahaha.

Eu já vi você fazendo de tudo um pouco, pintura digital com diversos processos diferentes, pintura tradicional, sketches para se tornarem tatuagens, pintura na parede, participação em trabalhos que viram animações, arte para capa de CDs… qual desses setores você atua mais e qual o processo mais “comum” que você utiliza até chegar na arte final de um projeto?

Atualmente trabalho na Eye Move, que é um estúdio de animação, e a maioria do que eu faço por aqui envolve pintura digital, de diversas formas diferentes. O meu processo de criação é um pouco caótico e nunca se repete completamente (Graças a Deus, não sou só eu!), mas segue alguns passos que são fixos: thumbnails (pequenos rascunhos), rascunho final (quando a composição está melhor definida), definição da paleta de cores e a pintura propriamente dita.

Você erra muito quando tenta fazer algo novo? Pesquisa antes como fazer ou vai metendo a cara?

Com certeza, mas não uso a borracha. Não me apego ao que crio e por isso não espero que vá ser perfeito. Se eu errei vou para o próximo com esse conhecimento acumulado e assim vai. A princípio vou metendo a cara, quando surge alguma dúvida me perco em tanta pesquisa.

Atualmente você trabalha na Eye Move, uma empresa de arte, animação e entretenimento. Como é seu trabalho lá? O mercado local tem aberto boas oportunidades para vocês?

Eu não poderia trabalhar em um lugar melhor, com tantos amigos talentosos! O mercado tem os altos e baixos como qualquer outro e nós vamos firme sem deixar a peteca cair.

Com todo esse talento imagino que todo mundo te peça desenhos, retratos… já pensou em dar aulas ou já trabalha com isso?

Já cheguei a ministrar algumas oficinas e workshops e a experiência foi bem legal! Ainda não tem nada formal, mas penso nisso o tempo todo.

Imagino que como todo mundo você tenha hobbies, vida pessoal… uma vida né? Com tanto trabalho, treino, estudo, sobra tempo para viver?

Se não sobrasse não valeria a pena para mim! Eu gosto muito de praticar esportes, isso é uma das minhas prioridades. Atualmente treino powerlifting e vou até participar de campeonato!! Me casei recentemente, tenho dois cachorros sedentos por atenção, uma família gigante e festeira, então minha vida não é só desenhar. Além disso tudo, sou totalmente contra essa história de virar noite trabalhando, então durmo quase sempre bem cedo.

Para quem está começando agora, como se tornar um bom artista de pintura e desenho? Para onde ir? O que aprender? Onde estudar?

A primeira coisa para mim é assumir o erro como parte do processo. Então jogue sua querida borracha fora e pratique o desapego. Depois é desenho, desenho, desenho e mais desenho. Desenhe até a mão cair, depois custure a mão e continue a desenhar. Quando ela cair de novo, repita o processo. E continue eternamente, é o que eu estou tentando fazer.

Você pode ver mais de Gustavo Rodrigues aqui:

Tumblr

Behance

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