Armandinho, Alexandre Beck e o compromisso com o mundo

Um dia um amigo me disse: “Cara tem um menino no Facebook, uns quadrinhos. Nossa, é você!”, eu fiquei tentando entender o porque do sorriso, achando que ele estava tirando uma com minha cara, daí ele me explicou que se tratava de um personagem de tirinhas que estava aparecendo no Facebook vira e mexe. Não dei muita bola no começo, até que o fato se repetiu com uma amiga, daí fui procurar saber quem era o tal “menino que se parecia comigo”.

O menino dos quadrinhos era o Armandinho e de fato não posso negar que temos muito em comum. Ele chegou de mansinho no Facebook e logo de cara agradou a muita gente. É um menino de uma inocência meio destrambelhada, que gosta muito de animais e nos faz rir muito com suas “tiradas”.

Armandinho foi criado em 2009 pelo ilustrador, agrônomo e comunicador social,  Alexandre Beck, só se tornando a tirinha que conhecemos em 2010. Ele não foi planejado e na verdade foi criado em poucas horas para ilustrar um trabalho urgente. Uma matéria de economia sobre pais e filhos (Olha aí você que vive reclamando de prazos curtos).

Dinho, como é conhecido carinhosamente, representa muitos de nós na infância. Uma criança atentada, mas muito amável, o que torna fácil se identificar com ele.

A tirinha tem um compromisso social grande, tratando de temas como preservação do meio ambiente, igualdade social e cresceu muito nos últimos tempos.

O trabalho de Alexandre é bem legal e está sendo reconhecido por muitos. Um fato curioso desse reconhecimento foi a participação do Armandinho na CowParade catarinense. Uma exposição de arte pública que já percorreu diversas cidades de todo o mundo. Se tratam de esculturas de fibra de vidro em forma de vaca e que são decoradas por artistas locais.

É impossível não notar no Armandinho as influências de personagens como o Calvin, a Mafalda e o Menino Maluquinho, tudo isso somado a sensibilidade única do Alexandre Beck torna a tirinha sensacional.

O Urucum Digital recebeu um presentão, uma entrevista com criador do Armandinho e com o próprio Armandinho! Beck foi muito legal e contou coisas interessantes.

As pessoas sabem muito sobre o Armandinho, mas pouco sobre você. Como é o Alexandre Beck? Como é o seu trabalho hoje em dia?

Trabalho quase exclusivamente com textos/desenhos/quadrinhos há 15 anos. De 2000 a 2005 trabalhei em redação de jornal e depois comecei a produzir de casa. É algo que demanda esforço, mas que pra mim compensa.

Como você acabou virando ilustrador?

Já havia feito agronomia e terminava comunicação social quando surgiu uma vaga de ilustrador no Diário Catarinense. Levei meus desenhos e fui selecionado.

Você ganhou um prêmio ainda jovem na Bienal Internacional de Kanagawa, no Japão. Como foi isso?

Foi uma professora que enviou um desenho meu para o concurso. Eu só soube quando recebi o prêmio, uma grande medalha de prata e um diploma da prefeitura de Kanagawa. Foi algo bacana, mas não imaginava na época que desenhar pudesse se tornar minha atividade.

Você tem uma carreira de muitos trabalhos interessantes, participou do Diário Catarinense, fundou a Artes & Letras Comunicação. Essa trajetória para você foi algo orgânico ou custou dar uma forçadinha no destino? Sabemos que nada vem fácil, mas foi algo que veio naturalmente para você?

As coisas foram acontecendo, passo a passo. Eu tinha vontade de trabalhar com desenhos. Por isso, fui cursar comunicação social em 97, mesmo graduado em agronomia. O curso de comunicação não foi como eu imaginava (ainda bem), mas foi importante na minha formação e visão de mundo. Depois, já ilustrador do Diário, comecei a fazer paralelamente quadrinhos voltados à educação ambiental – uma preocupação minha – utilizando conhecimentos da agronomia. A Arte & Letras veio para formalizar meus trabalhos como jornalista-ilustrador.

O Armandinho surgiu por acaso não é verdade? Inclusive sem nome. Conta pra gente a história.

As primeiras tiras do que veio a se tornar o Armandinho fiz em 2009. Foram feitas às pressas, pra ilustrar uma matéria que seria publicada no dia seguinte no jornal. As tiras que eu fazia na época, com outros personagens, não se encaixavam na matéria – que abordava economia familiar, com pais e filhos. Usei um desenho que tinha pronto, rabisquei pernas para representar os pais e as tiras foram publicadas no dia seguinte.

Maurício de Sousa costuma dizer que é o pai da Mônica, você se considera o “pai” do Armandinho? Como é a sua “relação” com ele?

O Maurício é de fato o pai da Mônica, que trabalha com ele, inclusive. Eu sou pai do Augusto e da Fernanda. Minha relação com o personagem é mais de cumplicidade. Mas muita gente me chama de “pai do Armandinho”, e não tem problema nenhum nisso.

O Armandinho tem muito de você? Sabemos o quanto ele quer um mundo melhor, isso vem da personalidade do Alexandre ou é um compromisso social que você quis que a tirinha assumisse?

É inevitável que tenha. Essa linha trago de outros trabalhos e setores da minha vida, incluindo a época do movimento estudantil, e está presente no Armandinho.

O Armandinho mudou muito a sua vida? O que mudou para você quando ele começou a fazer sucesso? Foi algo inesperado para você?

À medida que o personagem foi precisando, fui direcionando mais de meu tempo a ele. Isso mudou minhas tarefas e permitiu, por exemplo, me dedicar a fazer os livros. Não esperava o reconhecimento do personagem. Nunca foi esse o objetivo, e isso não muda nada minha forma de fazer as tiras.

Você acha que o mercado brasileiro tem carência do tipo de trabalho que você executa hoje com o Armandinho? Temos grandes profissionais de quadrinhos, mas poucos tão populares como ele se tornou.

Não creio que devamos direcionar nossas ações pra atender a um “mercado” ou que “popularidade” deva ser um objetivo a ser alcançado. Há muita gente lutando pelo bem comum, apesar de todas as dificuldades. São voluntários, professores, profissionais da saúde, etc. Isso é importante e merece ser reconhecido e valorizado. Muito mais que cartunistas ou “produtores de mercadoria”, somos seres humanos e cidadãos.

Seu estilo de traço nas tirinhas é bem característico. Ele foi desenvolvido para as tirinhas do Armandinho ou seu estilo sempre seguiu essa linha? Você tem outros trabalhos acontecendo atualmente que gostaria de contar pra gente?

O estilo dos meus quadrinhos educativos vai mais ou menos nessa linha. Mas escrevo, desenho e às vezes pinto coisas diferentes.

Que dicas você poderia dar para os ilustradores e quadrinistas que leem o blog?

Não me sinto à vontade pra dar dicas, mas algumas coisas me são importantes. Uma ilustração/quadrinho pode afetar o comportamento alheio, e isso implica responsabilidade. A leitura e a reflexão são fundamentais, e se refletem no nosso trabalho.

Quem busca originalidade talvez deva parar de tentar agradar os outros ou seguir caminhos já percorridos. Todos somos únicos, originais. Talvez a resposta esteja dentro de nós mesmos.

O papo com o Alexandre estava muito legal, até que alguém entrou na conversa. Já que ele estava por lá, resolvi fazer umas perguntas para ele também.

Armandinho, você tem noção do sucesso que está fazendo na internet? Tem gente querendo até suas camisas. O que acha disso?

Acho ruim. Tenho poucas camisas e gosto muito delas pra dar pra alguém.

Você é tão bagunceiro quanto parece ou é só impressão minha?

É só impressão sua, do meu pai, da minha mãe e dos meus professores.

Você gosta muito de animais né? Tem até um sapo. Porque você gosta tanto deles?

O sapo não é meu. Ele anda comigo porque quer. Por que eu gosto de animais? Por que não gostaria?

Tem gente por aí dizendo que você parece com o Calvin e a Mafalda. Você conhece eles? O que acha disso?

Tenho uma tia que se chama Mafalda. Ela é bem legal, mas acho que não se parece comigo. Ela tem alguns cabelos brancos.

Por que um garotinho como você decidiu que quer mudar o mundo?

Não decidi. Não sei fazer diferente. Eu gosto do mundo, das pessoas e dos bichos. Acho que aqui podia ser um bom lugar pra todos, não só pra alguns. Não acha?

Essa foi uma das matérias que mais gostei de fazer e quero agradecer ao Alexandre e ao Armandinho por falarem comigo. Definitivamente esse Armandinho apronta todas e o Alexandre é um cara legal.

Alexandre Beck: Blog

Livros do Armandinho

Facebook

O conceito do ventilador de teto que gera energia para si mesmo

Os designers Julia Zhu e Tab Chao conceberam uma ideia interessante, o conceito do Self-Generator, um ventilador de teto capaz de gerar energia que irá usar futuramente.

O Self-Generator, enquanto funciona, captura o restante da energia mecânica gerada depois que você o desliga, a transforma em energia elétrica e a armazena num capacitador, para ser usado na próxima vez que você o ligar. Os designers explicam que “de acordo com o princípio da energia, a energia cinética gasta ao ligar o ventilador do 0 para uma velocidade X é igual à dissipação quando ele é desligado e a velocidade vai de X para 0. Devido à perda por fricção e na transformação para o capacitador de energia, cerca de duas ou três vezes depois, é possível usar a energia armazenada para ligar o ventilador. O gasto é o mesmo de um ventilador comum; desde que esteja totalmente carregado, funcionará automaticamente.”

O design do ventilador o torna mais leve, fazendo-o girar mais rápido e gastar menos energia ainda no processo. Bom, por enquanto, tudo não passa de um conceito, mas não é assim que as boas ideias surgem?

via eCycle

Life in a Day

Recentemente eu assisti a um filme chamado “The Giver” por indicação de um amigo. Do ponto de vista cinematográfico não é um grande filme. A história é simples, o enredo lento e não há grandes efeitos especiais nele, mas ainda assim se tornou um dos meu filmes favoritos. The Giver mostra fortes emoções comuns. Lembra qual é a base da vida, que somos apenas mais um bichinho na natureza.

Todo esse papo de Guru da montanha é para dizer que as cenas que mostram a vida como ela é (ou como deveria ser), me lembraram um projeto muito legal que se tornou filme em 2010 e muita gente não deve conhecer.

Nesse ano o Youtube mostrou um vídeo, filme, documentário, chame como quiser, que retrata a vida comum. Milhares de pessoas ao redor do mundo registraram em vídeo o seu dia em 24 de Julho de 2010 e subiram no Youtube para fazer parte do “Life in a Day“, “Vida em um Dia” em português. Um filme que mostra um único dia na Terra. Um registro histórico.

Dirigido pelo vencedor do Oscar Kevin Macdonald, Life in a Day conquistou o público nos festivais de Sundance, Berlim e SXSW, durante a sua estreia mundial no YouTube em janeiro.

Curioso? Então assiste aí. Lembre-se de ajustar as legendas.

Fran Krause e seus mais profundos medos sombrios

Se você tem os medos mais absurdos que existem, não se preocupe, você não está sozinho nesta lista de neuróticos. Além de mim claro, o artista e animador Fran Krause tem uma mente muito pertubada e resolveu explorar os seus mais profundos e embaraçosos medos criando uma série de tirinhas chamadas Deep Dark Fears. Eu poderia tentar explicar do que se trata, mas acredite, você vai achar melhor descobrir por sí próprio.

Tem um espelho no meu quarto. Eu me preocupo que, enquanto estou dormindo, meu reflexo se sente e fique me assistindo.
Eu me preocupo em cair e morder fora um pedaço da minha língua, daí quando eu ligar para a emergência, eles não consigam me entender.
Às vezes quando eu estou fazendo cocô, eu me preocupo que nesse momento eu esteja tendo um sonho e que na verdade eu esteja fazendo cocô nas calças em algum lugar.
Um dia eu estarei procurando alguém no Facebook, e acidentalmente digitarei o nome da pessoa na caixa de “Status” ao invés da caixa de busca, e ela vai ser marcada automaticamente no post, e eu não vou perceber até que todo mundo já tenha visto.
Quando eu era pequeno eu me preocupava que quando eu acordasse, eu descobriria que minha família estaria tomando café com um clone meu. Nós lutariamos até a morte e então minha família terminaria o café calmamente.
Às vezes eu sinto como se as pessoas estivessem lendo a minha mente, então eu penso em algo engraçado. Porque assim, se eu escutar alguém rindo, eu vou ter certeza.
Quando eu era pequeno, minha mãe me disse que se eu continuasse fazendo xixi na cama, vermes iriam crescer no colchão e eles iam me comer vivo.
Quando eu digo “oi” para as pessoas e elas não me respondem, eu fico preocupado de que eu estou morto e apenas não sei ainda.
Sempre que eu pego o elevador, eu fico preocupado que assim que eu pisar fora dele, o elevador caia e me corte no meio.
Às vezes eu me preocupo que na verdade eu esteja gritando constantemente e as pessoas simplesmente fingem que eu sou normal.
Quando eu limpo meus ouvidos com um cotonete, eu me preocupo que alguém abra a posta do banheiro e enfie o cotonete no meu cérebro. Por isso quando eu limpo meus ouvidos, eu tranco a porta e fico em pé vestido na banheira.
Quando eu acordo, eu abro os olhos bem devagar, porque se alguma coisa estiver no meu quarto, da tempo dela se esconder.
Inverno é uma ótima época para patinar no gelo com alguém que você ama. Se eles caírem, não passe em cima dos dedos deles acidentalmente cortando fora.
Quando eu era criança, um padre me contou sobre Maria, como Deus pensou que ela era perfeita, então ele a fez engravidar. Eu não queria que Deus me engravidasse, então eu tentei não ser o tipo dele.
Eu me preocupo que minha vida seja uma ilusão. Seja tudo um sonho. Eu me preocupo que eu acorde um dia e perceba, que sou um cachorro muito imaginativo.
Tarde da noite, quando eu estou sozinho, eu escuto vozes baixinhas chamando meu nome. Eu me preocupo que minha vida seja um sonho, e na realidade eu estou em coma e as vozes são minha família tentando me acordar.
No ar gelado do inverno, meu fôlego se torna visível. Eu espero que isso não signifique que as pessoas consigam ver meus peidos.

Fran Krause

Website
Deep Dark Fears

2014 do Urucum Digital

E UM OBRIGADO ESPECIAL A

Nouvelle Rita

Alexandre Neves

Cami Almeida

Lidiane Cordeiro

Carol Poubel

Gabriela Queiroz

Maressa Moura

Gustavo Rodrigues

Reinaldo Rocha

Henri Lamy

Todos foram bons amigos para mim e para o blog.

Pessoa Bagunceiras São Mais Criativas

Não é segredo para ninguém o quanto eu luto contra a minha própria bagunça, é um processo sem fim e eu já até falei disso em um conto meu, mas o que eu tenho aprendido recentemente, é que a minha bagunça é boa! Nem toda bagunça pode ser considerada saudável, mas quando ela incentiva um processo criativo ou uma organização em seu próprio caos particular, na verdade ela é uma coisa boa.

Todo mundo é um pouco desorganizado.

Organização é tida como uma virtude de pessoas bem sucedidas, enquanto os bagunceiros são vistos como relaxados, mas não é bem assim. A mesa bagunçada ou a mania de não colocar as coisas em seu devido lugar não é tão ruim, a boa notícia é que pessoas desorganizadas costumam ser as mais criativas, ou no caso, pessoas criativas provavelmente são e precisam ser desorganizadas.

Um estudo realizado em 2013 pela Universidade de Minnesota constatou que as pessoas com quartos, escritórios e mesas bagunçadas tendem a ser mais inventivas do que as que optam por manter tudo na mais perfeita ordem. Claro que não se trata de deixar a higiene de lado ou transformar os locais em um total caos, tornando-os inabitáveis, mas uma “bagunça organizada” é totalmente bem-vinda.

A cientista em psicologia responsável pelo estudo, Kathleen Vohs, ao observar e comparar os ambientes de pessoas bagunceiras com o das organizadas, somados a alguns estudos acadêmicos, conseguiu concluir que as primeiras tendem a ter pensamentos mais criativos e originais. Você pode se aprofundar mais no texto da psicóloga “It’s not ‘mess.’ It’s creativity“.

1. Sua mesa é uma bagunça, mas ainda assim você tem total controle sob ela

2. Você usa a criatividade para descobrir maneiras de fazer tudo – não se sabe exatamente como – as coisas acontecem naturalmente

Eu não sei como responder essa pergunta.

3. Embora pareça absurdo para os outros, as pessoas desorganizadas são metódicas ao seu modo

4. Ambientes bagunçados podem estimular o pensamento criativo

5. Esse tipo de pensamento, na sua forma pura, é pensar fora das linhas de raciocínio convencional

Meu quarto é uma bagunça organizada só

6. Como já questionado por Albert Einstein: “Se uma mesa bagunçada é sinal de uma mente desordenada, uma mesa vazia é sinal de quê?”

7. E não é só Einstein que está nesta lista – Pessoas como Steve Jobs também não são muito organizadas

8. Nem o Steve Ballmer, da Microsoft

9. Então se você é “bagunceiro por natureza”, encontrar um equilíbrio entre a desorganização e a urgência de limpeza é extremamente saudável

10. Um local bagunçado é sinal de que, ao invés de perder tempo arrumando, a pessoa está produzindo

É claro que você não vai deixar a bagunça chegar a esse nível.

Se sua bagunça é um aglomerado de coisas que você precisa acessar constantemente ou que te inspiram a realizar determinada atividade, então ela provavelmente é uma bagunça que te faz bem, no entando se em uma “panorâmica” por cima do cenário te lembra um lixão, é sinal de que você precisa rever sua higiene e hábitos.

O copo para vinhos que não derrama

Você é desatrado? Bêbado é mais ainda? Gosta de vinho? Alguém em São Franscisco do Superduperstudio pensou em você e criou um copo de vinho perfeito para pessoas como você! Por que? Simplesmente porque ele não derrama! E o copo ainda é elegante, confira.

A ergonomia do copo também não deixa a desejar, ele pode ser empilhado com muita facilidade.

É claro que se você encher ele até a boca provavelmente ele pode vir a derramar, mas daí você está pedindo por isso também né? Um ponto negativo é que talvez a base pequena possa facilitar os “tombos” do copo.

Acople esse invento à sua perna e seja capaz de correr a 40km/h

Em média, uma pessoa bem treinado consegue correr a 37,58 km/h. Até hoje, apenas dois atletas conseguiram atingir a marca dos 43,9 km/h. O primeiro foi o norte-americano Maurice Greene. Em 1999, ele conseguiu manter essa velocidade por 10 metros.

Somente 9 anos mais tarde, o célebre atleta jamaicano Usain Bolt foi capaz de chegar a tal velocidade. Bolt, por sua vez, correu a 43,9 km/h por 30 metros, tornando-se assim o homem mais rápido do mundo.

Botas biônicas

Agora, veja bem. Se você não é um bom atleta, muito menos um velocista olímpico, jamais conseguirá correr a tais velocidades. Quer dizer, com o invento de Keahi Seymour, de São Francisco (EUA), talvez você tenha uma chance.

Ele criou as botas biônicas. São uma espécie de extensores articulados para as pernas desenvolvidos para impulsionar o ato de correr.

Calçando esses protótipos, uma pessoa pode chegar, sem precisar ser um Usain Bolt, a 40 km/h e vencer grandes distâncias com menor dificuldade. Mas esse inventor é um pouco mais audacioso. Ele pretende criar um equipamento que permita ao homem correr na velocidade do avestruz, bicho pelo qual é fascinado desde criança, a 70 km/h.

Vamos acompanhar o andar da carruagem, ou melhor, da bota biônica.

via Somente Coisas Legais

Impressora 3D é usada para tatuar e faz 150 perfurações por segundo

Designers franceses adaptaram uma impressora 3D para que ela se transformasse numa máquina de tatuar. A Tatoué é a união de uma Makerbot 3D com uma agulha de tatuagem. O resultado é uma máquina capaz de tatuar a pele ao ritmo de 150 perfurações por segundo.

Para conseguir fazer essa máquina tatuar, os designers removeram as cabeças de impressão, que são responsáveis pela ejeção de plástico para imprimir arquivos digitais. No lugar, foi posta uma agulha que direciona os traços do desenho na pele humana. As demais estruturas da impressora foram mantidas.

Mas para evitar riscos, um conjunto de sensores foi adaptado para ler a pele de quem está sendo tatuado. Os sensores monitoram as dimensões do membro, além de alterações na rigidez e textura da pele, para que o desenho não sofra perda de qualidade. Ao longo desse ano, os franceses aprimoraram o processo até que foi possível tatuar um círculo perfeito no braço de um rapaz. Segundo os designers, o fato de um robô ser capaz de tatuar um círculo perfeito é um bom indicativo da segurança e da qualidade do processo.

As imagens são carregadas na impressora através de uma versão adaptada do Autodesk. Com os arquivos prontos, basta que o interessado coloque a parte do corpo que deseja tatuar (no momento, só é possível tatuar braços ou pernas) e a impressora começará a trabalhar.

Segundo os desenvolvedores da Tatoué, eles tinham em mente a criação de uma ferramenta de trabalho que desse aos tatuadores mais opções de criatividade. Agora, o desafio deles é tornar tanto a impressora 3D, como o software Autodesk, mais fáceis de usar. Atualmente, a equipe trabalha numa nova versão da máquina, que seja capaz de tatuar em qualquer parte do corpo humano.

No futuro, segundo os criadores, algo como a Tatoué poderá ter diversas aplicações, que vão além das tatuagens. A tecnologia poderá ser empregada na medicina, em cirurgias plásticas.

por Filipe Garrett
Para o TechTudo

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