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As dificuldades para se escrever um livro, Uno e a experiência de Lidiane Cordeiro

Já pensou em escrever um livro? Não importa o tema. Agora já pensou em de fato o que é necessário para um livro virar realidade? Escrever requer bastante sacrifício, não só para o ato de escrever em si, mas em tudo o que envolve o processo. No entanto, é muito gratificante ter sua obra concretizada.

Além de descobrir um bom tema, você precisará se empenhar em pesquisas para colher material substancioso e interessante para envolver o leitor. E se tem uma pessoa que entende desse tipo de pesquisa é a escritora, ilustradora e designer Lidiane Cordeiro.

Lidiane é uma ilustradora de estilo bem próprio que admiro muito, mas também é uma grande escritora. Atualmente ela desenvolve um livro muito interessante chamado Uno, que está disponível no site Wattpad, com capítulos lançados semanalmente. Além de Uno, a escritora já possui um livro escrito. Um épico medieval ainda sem nome definido.

Suas pesquisas, quando está criando um livro, vão tão a fundo que ela chega a procurar por nomes para personagens, condizentes com a época em que se passa a história. Suas ilustrações também acompanham os estilos de época.

Toda essa dedicação faz com que as obras de Lidiane sejam completas em muitos sentidos, mas apenas isso não basta. Temos que ter em mente que o estilo dos livros define o público que se interessará por eles e ainda é preciso encontrar uma editora disposta a aceitar o projeto de publicação. Depois você vai sofrer para que a obra chegue às livrarias. E o maior de todos os pesadelos será o de não ver sua produção intelectual exposta ao mercado comprador. Fora o fato de que os livros publicados raramente tem destaque nas mesas das novidades ou dos mais vendidos.

E não adianta reclamar. Os vendedores já se acostumaram com as reclamações e desenvolveram explicações próprias para cada caso; a mais usada é dizer que lá na seção dedicada ao assunto da obra a chance de vender é muito maior.

Já ta achando difícil ter um livro publicado? Então fique sabendo que além de tudo o que foi dito, grande parte dos lucros do seu livro ficam com a editora, que praticamente ganha mais em cima da sua obra do que você.

A esta altura você talvez esteja pensando: ora, já que vou ter de passar por tudo isso o melhor que tenho a fazer é desistir. Essa é uma péssima decisão! Mesmo imaginando que você não consiga publicar, o fato de pesquisar e escrever será muito importante para o seu desenvolvimento pessoal.

Você chegará ao final dessa jornada muito mais experiente e preparado. Supondo que você consiga publicar e que o livro não seja um grande sucesso de venda, não encare o resultado como uma derrota pessoal, pois dos mil e tantos livros publicados todos os meses no Brasil só uns poucos conseguem sobressair.

Pense também que vender livro não deve ser a maior preocupação. O importante mesmo é saber que, escrevendo a obra, você terá a oportunidade gratificante de compartilhar sua experiência com outras pessoas.

Sentir aquele “comichãozinho” de curiosidade enquanto está lendo a sinopse do livro, é exatamente isso que faz valer a pena ler ou escrever algo. A experiência e o aprendizado. Pense que antes da internet os livros foram os grandes propagadores de novidades e ideias e continuam sendo muito importantes em vários sentidos.

Depois de tanto blá blá blá, porque não perguntar para quem realmente vivenciou o processo de escrita? Batemos um papo com a Lidiane e ela tem muito a ensinar.

Você escreve a quanto a tempo?

Por toda a vida gostei de criar estórias, aventuras, romances, até mesmo terror já rolou. Escrevo desde que fui alfabetizada, começando com contos muito breves e infantis, naturalmente. Eu comprava cadernetas e nelas escrevia a lápis. Nada disso resistiu ao tempo e a todas as minhas mudanças desde então, mas eu me lembro de um caderninho em cuja capa tinha um jacaré, que eu mesma havia desenhado, e ele vestia um tipo de paletó. O título era “O jacaré fardado”, mas não lembro se as estórias contidas ali envolviam animais falantes ou personagens humanos também.

Antes de escritora você é ilustradora ou ilustrar é algo que sempre coexistiu com escrever?

Embora sempre tivesse gostado de contar estórias, sempre me expressei mais com o desenho. Posso arriscar que eu iniciei as duas coisas ao mesmo tempo. A diferença é que o desenho chamava mais atenção. Notoriedade para uma garota extremamente tímida era algo extraordinário. Em todas as escolas em que estive, podiam até não saber o meu nome, mas todos me conheciam como a garota que desenhava. Por um tempo eu consegui unir as duas coisas, criando HQs com personagens baseados na minha turma, o que curiosamente rendeu na época uma estória ligeiramente parecida com Lost (queda de avião em ilha deserta e coisas estranhas acontecendo enquanto tentávamos nos comunicar com o resgate), e uns cinco anos antes da estreia da série.
No ensino médio voltei a escrever, desta vez estórias mais românticas, bem dentro da temática adolescente, mesmo que tentasse aumentar um pouco a idade de meus personagens.
Partindo para a vida acadêmica, cursei dois anos de Artes Plásticas na Ufes, em seguida me transferi para o curso de Desenho Industrial, no qual me formei alguns anos atrás. Ainda na faculdade, fiz parte de um grupo de estudos em quadrinhos, A5, e cada um deveria criar sua estória e roteirizá-la. No fim, embora tenha rendido muito conhecimento e uma amizade firme, o Fanzine tão almejado não saiu. Descontente com a velocidade com que se é capaz de produzir uma HQ, resolvi deixar os Quadrinhos de lado e voltar a apenas escrever as estórias, ilustrando-as apenas ocasionalmente.

Você já ilustrou livros correto? Qual a diferença entre ilustrar para um livro e ilustrar para outros tipos de trabalho?

Correto! Tive relativamente poucas oportunidades de ilustrar um livro, e muitas de ilustrar cartilhas institucionais. Pensando primeiro no que os dois casos têm em comum, ilustrar sempre exige uma compreensão mais aprofundada do texto. Uma lida superficial não adianta. A diferença é que, ao ilustrar livros (mesmo infantis), sempre fiz um esforço para que as imagens não substituíssem a leitura do texto. A estória não pode ser contada apenas com as imagens, deve-se ler para compreendê-la, pois o texto se vale das imagens como um adorno, um reforço à ideia e um momento de respiro antes de virar a página e prosseguir.
No caso das cartilhas, geralmente espera-se informar sobre algo muito importante, relacionado à segurança de indivíduos ou a seus direitos e deveres. A informação tem que chegar, não importa se através do texto ou da imagem, não tem problema se soar um pouco redundante, o público alvo da cartilha deve chegar à última página ciente do conteúdo. Um terceiro caso de aplicação de ilustrações é aquele em que a arte não estará necessariamente ligada a um texto. Pode ser um poster, um retrato, uma caricatura etc.

Quais foram seus primeiros trabalhos com escrita?

Como houve várias estórias e a maioria não passará de relíquias guardadas com carinho em meu acervo pessoal, vou falar aqui daquelas que mais levei a sério, produzidas durante meu período acadêmico e para as quais não poupei esforços no que tange a pesquisas, levando às vezes anos até que eu desse o trabalho por encerrado.
Tenho uma série de quatro livros, com temática medieval, totalmente escrita e sem previsão de lançamento, e uma série de dois livros, em que apenas o primeiro está escrito e cujos capítulos posto semanalmente em minha página do Wattpad.

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Você escreveu um épico medieval certo? Como você achava que seria para publicar seu livro quando começou a escrever e como de fato foi no final?

Este, como eu disse, acabou se tornando uma série de quatro livros, somando mais de mil laudas, ainda sem nome e sem previsão de lançamento. Quando comecei a escrevê-lo, nem passava pela minha cabeça que a estória ficaria tão extensa, o que foi necessário porque optei por me aprofundar mais no passado da família que encabeça o enredo, e também na trajetória do grupo de personagens de maior relevância. No fim, são aproximadamente 80 anos contatos com saltos de tempo não tão grandes quanto se espera. A partir daí, tudo foi tomando forma e terminou totalmente diferente de como eu imaginei a princípio. Quanto à publicação, nunca tive a ilusão de que seria barato, acessível, mas a gente escreve porque gosta, não é mesmo? Não queria fazer nada antes de fechar a estória, e quando finalmente terminei, percebi que algo tão extenso seria ainda mais caro de produzir, que órgãos de incentivo cultural municipais não teriam interesse numa estória ambientada em outro país, normalmente preferindo enredos que tivessem relação com características físicas ou culturais da cidade/estado em questão. Auto publicação é um tópico muito interessante, merecedor de uma matéria própria. No momento posso dizer que, nesse caso, o investimento teria sido um pouco menor, mas o retorno bastante improvável. A propaganda e distribuição feita pelas editoras são uma meta praticamente inalcançável por uma pessoa comum, e sem propaganda e distribuição, o livro não chegará a ninguém. Uma alternativa considerada foi o Crowdfunding, algo interessantíssimo em muitos casos, mas cuja resposta depende tanto da sorte quanto do talento de quem se presta a pedir a contribuição de estranhos, tentando convencê-los de que seu projeto é digno de tal investimento. Claro que ter uma rede de contatos também ajuda bastante. No fim, a série permanece em stand by, enquanto me dedico àquela que decidi publicar on line, gratuitamente, me aventurando de forma inédita ao permitir que outros leiam uma criação minha.

Atualmente você escreve um livro chamado Uno, que eu gosto bastante. Ele tem um estilo diferente do seu primeiro livro. Você publica ele semanalmente no site Wattpad. Porque decidiu publicá-lo dessa forma?

Esta é uma estória que comecei a escrever em 2006, mas estagnei na ideia inicial, crua, antes de dar uma longa pausa para terminar a série medieval anterior. E assim que terminei esta, voltei com Uno, decidida a escrevê-la com capítulos menores. Queria me soltar mais, me permitir fazer uma estória leve. Já que havia passado tanto tempo escrevendo uma novela de teor mais pesado, dramático, e de certa forma sangrento, por que não fazer algo diferente, mais fantasioso, engraçado, despreocupado? (Para quem acha que George R. R. Martin pega pesado nas mortes, nunca leu nada de Lidiane Cordeiro)  Como era de se esperar, não foi bem o que Uno terminou sendo, mas ainda assim este permanece muito mais leve.
Em outubro do ano passado (2014) restabeleci contato com uma amiga, que também fazia parte daquele grupo de estudos, o A5, e juntas reavemos nossa empolgação. Eu escrevendo daqui e ela de lá, estórias completamente diferentes, mas houve uma troca tão boa que em poucos meses eu já havia terminado o primeiro livro, de uma forma que para mim foi mais satisfatória do que eu inicialmente esperava. A estória que pretendi simplificar acabou crescendo e se tornando algo que estou ansiosa para concluir no segundo livro.
Considerando tudo isso, eu decidi usá-la como um teste de como as pessoas reagiriam a algo escrito por mim. É bom saber se meu estilo agrada ou não, em que posso melhorar, o que devo manter… então, por incentivo dessa mesma amiga, que me apresentou como alternativa sites de literatura, eu comecei a me preparar para postar periodicamente os capítulos de Uno, decidindo isso antes mesmo de terminar de escrever o primeiro livro. Quis terminá-lo para que pudesse analisar o conjunto, reordenar capítulos, acrescentar elementos de coesão. E assim aconteceu.

Conte pra gente um pouco da história de Uno e como está sendo escrevê-lo.

Quando desisti de fazer de Uno uma estória simples, uma pequena distração, acabei mergulhando em discussões que considero relevantes para a sociedade em que vivo, ainda que estas sejam levantadas por personagens fictícios, num mundo fantástico.
Através de meus personagens, falo um pouco de religião, de preconceito, de perseguição a minorias, de ignorância e choque de realidade, de redenção e aceitação de si mesmo. A estória deve começar simples e escalar até um ponto em que suas bases fundamentais sejam discutidas.
Sem revelar tanto, posso dizer que Uno é uma aventura fantástica, mas que lida com personagens humanos e cujas únicas características pouco realistas são habilidades presentes em certos indivíduos baseadas na potencialização de uma técnica oriental de cura chamada Reiki, a qual aprendi, e que está acessível para quem mais tiver interesse. O resto lida com mudanças genéticas e deficiências fisiológicas. Ah, tem também uma profecia e todas as implicações que algo tão antigo e manipulável pode ter face ao jogo de interesses por trás de organizações religiosas e de governantes.

Como foi sua experiência com editoras quando você procurou por elas?

As conversas que tive foram muito informais, de modo que nem cheguei a enviar o texto a ninguém. A relação investimento/retorno, mesmo quando envolve editoras, é bem desanimador. Uma vez participei de um concurso literário nacional, apenas com a sinopse, mas não fiquei entre os finalistas.
No momento em que cheguei ao fim do livro, já havia decidido pela auto publicação, em sites como Per Se, que fazem serviço de assessoria e os livros são impressos sob demanda, disponibilizados também no formato ebook a um valor reduzido. Mas para fazê-lo, eu pretendia primeiro colocar o projeto num site de crowdfunding, para custear revisão, divulgação, registro etc. Escrevi o projeto, levantei valores, mas estagnei na produção do vídeo promocional, no qual deve-se vender a ideia e convencer os doadores em potencial a investirem. Depois passei a me dedicar exclusivamente à produção de Uno.

O que te motiva escrever? Valeu a pena o trabalho visto tantas dificuldades?

Posso dizer que escrever foi a saída natural para que eu pudesse dar vasão a algumas das estórias que invento. Muitas outras jamais deixaram o campo das ideias. Certa vez eu li uma frase que traduzida diz algo assim: Sou uma sonhadora de dia, e uma pensadora à noite. Tem sido assim durante toda a minha vida. Infelizmente sempre tive o sono muito leve, e demoro muito a dormir.

Mesmo na infância, substituí os carneirinhos pelas aventuras, romances e o que mais houvesse para imaginar. Chegou o momento de pegar algumas dessas noites de insônia e usá-las para desenvolver algo que me trouxesse alegria.
Esse trabalho sempre valerá a pena. A princípio, a recompensa por escrever é exatamente chegar ao fim da estória de uma maneira satisfatória. A publicação acho que fica em outro campo, talvez o da vaidade, o que não é ruim, só fica um nível abaixo do primeiro caso no que se refere à realização pessoal de quem escreve.

No final das contas, você recebeu o reconhecimento (e o retorno financeiro) pelos seus livros? As pessoas te procuram para falar a respeito?

Reconhecimento? Amigos que já leram gostam do meu estilo, elogiando o trabalho mesmo quando apontam suas fraquezas. Mas como é a primeira vez que publico, ainda acho tudo muito recente para tirar conclusões sobre a reação das pessoas. Me pergunte novamente daqui há alguns meses. Por outro lado, notícias referentes á publicação de Uno chegaram à produção de uma rádio local, que me convidou para dar uma entrevista num de seus programas. Este sim foi um retorno inesperado!
Retorno financeiro é algo que não espero no caso de Uno, pelo simples fato de estar publicando gratuitamente os capítulos. Já em futuras publicações, quando o primeiro projeto finalmente “entrar” no papel, é algo que só o tempo dirá.

O que é mais fácil, ter êxito como ilustradora ou como escritora e qual rende um retorno melhor?

Segundo minha experiência até hoje, a ilustração sempre terá mais visibilidade.  Visibilidade se traduz em retorno.

Que dicas você pode dar para as pessoas que se interessam por escrever e desenhar. Como ter sucesso nessas áreas?

Para quem quer escrever, escreva, da mesma forma que para quem gosta de desenhar, eu digo que desenhe. Para qualquer um dos casos, estude, pesquise e não pare nunca. O aprendizado é constante e não vai terminar. Compartilhe conhecimento e ouça dicas de quem compartilha seus interesses. Tenha cara de pau e mande emails para seus ídolos. Nem todos vão ignorar, eu garanto. Todos só têm a ganhar, porque quando se divide conhecimento, ele na verdade é multiplicado.

Para mais sobre Lidiane: Facebook

Para mais sobre Uno: Facebook, Wattpad

informações: UOL Economia

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E agora, quem poderá nos defender sem Roberto Gómez Bolaños?

Sempre que me perguntam “qual é seu herói preferido?” eu respondo “O Chapolim!”. Quase sempre a pessoa que perguntou se sente desapontada por não ter escutado “Homem-Aranha” ou “Superman”. Mas é a pura verdade, nenhum herói me fez sonhar e viajar tanto quanto o Chapolim. Ninguém me fez inventar tantas brincadeiras ou me fez rir tanto quanto o Chaves.

Ontem meu herói se foi. Um dos maiores e mais completos artistas do mundo, Roberto Gómez Bolaños, o eterno Chaves ou Chapolim se preferir. Ele não precisou da mídia global o idolatrando como celebridade, não precisou falar inglês em seus trabalhos, usar palavrões, apelar para sexo ou violência, ele apenas era ele mesmo. Um cara legal em quem me espelho até hoje.

Roberto morreu ontem, sexta-feira (28), aos 85 anos, às 14:30 em sua casa no México, em Cancún. Deixou a esposa Florinda Meza, a nossa eterna Dona Florinda, uma família e milhões de amigos pelo mundo.

No fim da vida Chespirito, seu apelido que em espanhol é o diminutivo de Shakespeare, já não estava bem de saúde. Permanecia quase o tempo todo na cama e sempre com acompanhamento, mas isso nunca impediu que os fãs o olhassem e vissem o nosso Chaves, não importava a sua aparência ou condição de saúde, o carinho de todos para com ele era o mesmo.

Roberto teve uma vida admirável foi compositor, diretor, produtor, escritor, ator e um ser humano maravilhoso. Confira a sua história:

Ele amava o Brasil, uma vez em uma entrevista para o SBT, em meio a suas declarações, ele dizia o quanto gostava do Pelé e quando perguntaram se ele tinha saudade dos tempos de Chaves ele disse:

“SAUDADE! Sim, Saudade é uma palavra riquíssima, não tem tradução essa palavra, mas eu sei o que significa. Sim, muita saudade!”

— Robert Gomez Bolaños

Inclusive seu último tweet foi direcionado ao Brasil.

Édgar Vivar, o Seu Barriga, ficou bastante abalado, assim como todos que amavam o “Chaves”, em um depoimento a rede de TV mexicana Televisa, ele falou:

“Estou em estado de choque. Não pensei que me fosse afetar tanto. Meu telefone não para de tocar. Um abraço compartilhado com milhões de pessoas do mundo. Vou lembrar dele sempre com sorriso e com ânimo. Temos que agradecer a Deus. Seu bom humor é a maior lembrança.”.

— Édgar Vivar

Roberto tinha problemas pessoais com María Antonieta de las Nieves (Chiquinha) e Carlos Villagrán (Quico). Por motivos autorais dos personagens que eles interpretavam, eles brigavam na justiça por direitos e não se falavam mais. Apesar de todo o orgulho e rancor, prefiro acreditar que no fundo eles ainda se gostem e que Roberto tenha partido sentindo carinho por eles e não mágoas. María Antonieta se despediu do colega em um Tweet.

GRACIAS POR HABER HECHO FELIZ A TANTA GENTE Y POR LOS MARAVILLOSOS MOMENTOS QUE COMPARTIMOS EN EL GRUPO. DESCANSA EN PAZ ROBERTO

— Ma Ant de las Nieves (@LaChilindrina) 28 novembro 2014

Roberto dizia que o sucesso do Chaves se devia a identificação de todos com os personagens, pois segundo ele o mundo era uma grande vila.

Bom, acho que agora morrerão menos pessoas na China não é verdade?

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