Simplicidade não é o objetivo. É o subproduto de uma boa idéia e expectativas modestas.
Assim falou o designer Paul Rand, um homem que sabia algo sobre fazer passar uma ideia, tendo criado logos icônicos para marcas muito conhecidas como ABC, IBM e UPS.
Um exemplo da observação de Rand, La Linea, aka Mr. Line, um personagem tão querido e enganosamente simples, desenhado com uma única linha contínua, começou como um figurante para uma companhia de panelas italiana. Não importa o que ele consegue fazer em dois ou três minutos, ele determinou que ele eventualmente vai intrometer-se contra as limitações da sua realidade linear. Sua vibração, a resposta apoplética provou um sucesso com os telespectadores em apenas alguns episódios, então a conexão com as panelas foi cortada. Mr. Line passou a se tornar uma estrela global em seu próprio direito, aparecendo em 90 animações curtas ao longo de sua história de 15 anos, começando em 1971. Encontre muitos dos episódios no Youtube aqui.
A fórmula soa bastante simples. O animador Osvaldo Cavandoli inicia cada episódio, traçando uma linha horizontal em lápis de cera branca. A linha assume forma humana. Mr. Line é um cara atentado, do tipo que se entrega a tudo o que é que ele está fazendo, sendo admirando as meninas na praia, tocando piano clássico ou patinação no gelo.
A locução do artista Carlo Bonomi contribui em grande parte com o charme de Mr. Line. Com um sotaque italiano, mas com sua trilha vocal 90% de jargão improvisada, com um punhado de dialetos. Veja-o canalizar o personagem na cabine de gravação, abaixo.
Veja aqui Cavandoli e Mr. Line batendo um papo.
via Open Culture
Seb Lester é um Designer Gráfico na Central Saint Martins, em Londres. Ele agora trabalha em Lewes, em East Sussex como designer e artista. Seu estúdio caseiro é construído nas margens de um dos mais antigos castelos na Inglaterra.
Ele desenvolveu tipos e caracteres para algumas das maiores empresas, publicações e eventos do mundo, incluindo NASA, a Apple, Nike, Intel, The New York Times, os Jogos Olímpicos de Inverno de 2010 em Vancouver e a reedição definitiva de JD Salinger de O Apanhador no Campo de Centeio. Anteriormente um Designer Sênior de tipos da Monotype por nove anos, ele desenvolveu fontes personalizadas para marcas muito conhecidas, incluindo a British Airways, Intel, Waitrose, The Daily Telegraph, H & M e Barclays.
Um novo amor da caligrafia tem empurrado o seu trabalho em novas direções emocionantes. Dentro de quatro anos, ele tornou-se um dos maiores perfis de calígrafos do mundo, com mais de 900.000 contas seguindo suas atualizações caligráficas diárias em sites de mídia social como o Instagram e Facebook.
Ele foi entrevistado pela BBC e o jornal Independent a respeito de fontes em cartazes e capas de álbuns de covers de cinema, respectivamente. Seu trabalho também tem sido destaque em The Guardian, The Times, Creative Review e várias outras publicações em todo o mundo.
Ele é apaixonado por letras dizendo “Eu acho que o alfabeto latino é uma das mais belas e profundas criações da humanidade”.
Não falo sobre política no blog, pois não se trata do tema central tratado aqui no Urucum Digital, que é a arte e a tecnologia. No entanto, esse vídeo mostra algo que eu sustento muito aqui no blog, que é o poder que a arte e a tecnologia tem de melhorar não só a vida de cada indivíduo, estimulando a criatividade, o raciocínio e capacidade de sonhar, mas de melhorar o mundo.
Gloria Alvarez, a jovem da Guatemala que critica o populismo e a demagogia, mostrou que uma forma de mudar o sistema político é através da tecnologia e o acesso a informação que ela permite.
A base de todas as melhorias, em minha opinião, para a vida em sociedade é a educação, todo o resto vem através dela e Gloria mostra uma forma simples e eficiente de como melhorar o quadro político estimulando as pessoas a pensarem por sí mesmas, usando da tecnologia.
A designer israelense Naomi Kizhner criou uma coleção de jóias dignas de filmes de terror ou seria de ficção? A estudante desenvolveu peças que devem ser inseridas nas veias. Sim nas veias. Uma vez feito isso, as jóias transformam a energia dos movimentos involuntários humanos em eletricidade.
As peças de ouro fazem parte de uma coleção chamada “Viciados em Energia”, e em suas extremidades elas possuem uma espécie de agulhas de seringas que são introduzidas nas veias de quem as usa. A corrente sanguínea faz com que a roda de outro dentro da joia gire, o que cria energia cinética capaz de acender um LED e em breve será capaz até de carregar celulares.
O trabalho foi desenvolvido para o projeto de graduação de Naomi na faculdade Hadassah em Jerusalém. Ela disse que na verdade busca explicações para uma sociedade baseada na riqueza biológica, e também como o corpo humano pode se tornar um recurso de energia natural.
“Na nossa vida moderna energia é tudo”, ela disse. “Esta é a força que movimenta a economia global, muitas vezes ignorando as consequências.”, completa ela.
“Eu queria explorar a teoria pós-humanista que vê o corpo humano como um recurso”, acrescentou ela. – “Isso me levou a imaginar como seria o mundo uma vez que tenha experimentado um declínio acentuado em recursos energéticos e como vamos alimentar nossa dependência energética.”
“Existem muitos projetos de recursos de energias renováveis, mas o corpo humano é um recurso natural de energia que está constantemente sendo renovado, enquanto tivermos vida.”
3 peças fazem parte da coleção. A ponte sanguínea, que é inserida nas veias do antebraço e faz o fluxo sanguíneo gerar energia.
O pisca-pisca, que é inserido no nariz, capta energia gerada quando piscamos. Toda vez que piscamos o fluxo sanguíneo aumenta em volta dos olhos e a joia coleta essa energia.
E por fim, o condutor E-pulse que é usado nas costas, coletando energia dos nervos da medula espinhal.
Embora provavelmente as pessoas não irão usar essas joias num futuro próximo, Naomi acredita que tecnologicamente não estamos muito longe de tornarmos essas ideias realidades. Sua intenção é provocar um debate.
“Seremos capazes de sacrificar nossos corpos para produzir mais energia? Eu espero que o projeto faça as pessoas pensarem sobre a possibilidade deste ser o futuro e faça-os pensar se esse é mesmo o futuro que eles querem, ou se podemos fazer alguma coisa diferente hoje para evita-lo”, ela disse.
Ver é algo tão natural para a maioria das pessoas que nem nos damos conta das diferenças que existem entre a visão de uma pessoa para outra.
As cores do arco-íris, dos lápis-de-cor, do céu durante o por do sol, as flores, a pele… cada pessoa vê o mundo de uma forma. Mas talvez algumas têm mais dificuldades. os daltônicos, por exemplo, tem problemas para diferenciar cores.
Para dar uma mãozinha a esse público em específico, uma empresa americana de tintas, a Valspar, que é bastante conhecida por lá, criou em parceria com a EnChroma, um óculos capaz de fazer os daltônicos enxergarem as cores que não são capazes naturalmente.
Os óculos separam as cores e derivações do vermelho e do verde, que normalmente os portadores de daltonismo não percebem, corrigindo o problema de visão.
As pessoas que testaram os óculos tem reações emocionantes. Confira e lembre-se de ativar as legendas do vídeo.
Um pai muito criativo, desenhou um alfabeto de bichos para seu filho. basicamente é um animalzinho para cada letra do alfabeto, onde a letra inicial do nome do animal corresponde a letra do abecedário.
Kyson Dana desistiu de sua carreira como web designer, a qual já não o agradava mais e começou a desenhar.
O processo de desenhar o “alfabeto animal” demorou um mês. Kyson queria criar algo especial para a criança, algo que ele pudesse olhar mais para frente e se orgulhar. Segundo ele, os livros ilustrados para bebês eram terríveis visualmente e assim decidiu fazer o seu próprio.
Eu vivo catando lixo na praia e jogando na lixeira, o que de nada adianta, pois na minha cidade não existe coleta seletiva, logo não há reciclagem. As vezes me pergunto a importância de eu me preocupar em limpar aquele pedacinho de praia, sendo que o lixo vai sujar em outro lugar. Sempre penso “eu faço minha parte, mas é tão ínfimo, do que adianta?”. Pois então, adianta e um jovem holandês vem mostrando isso. Mostrando que dar o exemplo, faz a diferença.
Boyan Slat, um holandês de 16 anos na época, foi passar suas férias na Grécia e curtir suas belas praias, mas se espantou com a quantidade de plásticos e lixo na água e na praia, eram tantos que ele achou que fossem águas-vivas.
Qualquer pessoa de bom senso se revoltaria com essa situação, mas poucas fariam alguma coisa a respeito. Mas o que fazer com tanto lixo? A cada ano, a humanidade joga 6,4 milhões de toneladas de lixo no mar – e 80% disso é plástico. Estima-se que haja 18 mil pedaços de plástico para cada quilômetro quadrado de oceano, mas mesmo assim, com dados tão desanimadores Boyan achou que podia dar um jeito.
Ele apresentou uma ideia para limpar o mar na feira de ciências em sua escola. Boyan começou a estudar os chamados giros oceânicos. Há cinco giros principais. Eles são grandes correntes marítimas que puxam o lixo do resto do oceano, e funcionam como enormes redemoinhos de sujeira. Chegam a ter seis vezes mais plástico do que zooplâncton (criaturas microscópicas que são a comida dos animais maiores). Por que não atacar o problema justo ali? Ao invés de ir atrás do lixo, por que não deixar ele vir até você – e aí capturá-lo com uma armadilha? Foi isso o que Boyan pensou.
O projeto acabou ganhando um prêmio da Universidade de Delft, uma das mais importantes da Holanda, e fez o garoto ser convidado para uma apresentação no evento TED – que foi vista 1,7 milhão de vezes pela internet.
A ideia chegou às Nações Unidas, que em novembro de 2014 deram a Boyan o Champion of the Earth, seu maior prêmio ambiental. O menino criou um site para levantar doações. Conseguiu, contratou cientistas e engenheiros, e começou a tocar o projeto.
Basicamente o projeto se trata de um grande cordão com 100km de boias, colocadas em formato de “U” que embarreram o lixo, que será recolhido depois por um navio lixeiro a cada 45 dias. Em teoria, peixes e outros animais não seriam afetados, pois conseguiriam passar por baixo das barreiras.
O projeto recebeu muitas críticas de especialistas. Alguns disseram que as armadilhas não vão funcionar, pois os giros oceânicos são grandes demais. Outros acham que as boias podem arrebentar ou se deformar. Ou que o problema está na fixação (pois cada barreira precisa ser amarrada, com um cabo de 4 km, ao fundo do mar, o que é tecnicamente difícil). Também houve quem questionasse o que seria feito com o plástico recolhido, pois a água salgada e o sol alteram suas propriedades, dificultando a reciclagem. A saraivada de críticas mexeu com Boyan. “Aquilo me afetou bastante”, admite.
Usando parte do dinheiro que havia arrecadado, ele contratou uma equipe de engenheiros e biólogos, que refinaram o sistema e elaboraram estudo de 530 páginas que explica como ele pode funcionar. Uma das soluções veio do Brasil. Uma experiência da Universidade de Caxias do Sul mostrou que é possível reciclar plástico coletado no mar. “As pessoas pensam que é só pegar o material, colocar numa máquina e reci-clar. Mas ele vem fragmentado e cheio de colônias (animais) na superfície”, diz o estudante de engenharia ambiental Kauê Pelegrini, responsável pelo projeto. Ele e seus professores criaram um processo que limpa, separa e condiciona plástico – que foi transformado em saboneteiras.
O estudo de Boyan também mostrou que é possível transformar o plástico em óleo – que poderia ser revendido, gerando recursos para a manutenção das boias. Até agora, Boyan levantou pouco mais de US$ 2 milhões em doações. Esse dinheiro é suficiente para produzir algumas barreiras e testá-las na primeira etapa do projeto, que deverá durar quatro anos. Ele calcula que, se o sistema fosse implantado em larga escala, seria possível retirar 16% de todo o plástico dos oceanos a cada dez anos. Isso significa que, teoricamente, o problema do lixo marinho poderia ser resolvido em algumas décadas. O custo seria de US$ 30 milhões anuais, um valor modesto (a cidade de São Paulo gasta 20 vezes isso com a coleta de lixo). “Acho que a tecnologia é o melhor meio para qualquer mudança. Eu poderia dedicar minha vida a isso”, sonha o garoto.
A parte visual dos videogames é realmente uma das formas que mais atrai os jogadores para jogar. Embora muitas vezes se defenda o argumento de que os gráficos não são a parte mais importante de um jogo (e de fato não são), é complicado afirmar que um jogo com um visual impressionante geralmente não é bom.
Falando em gráficos, Stuart Brown, do canal do YouTube Ahoy, apresentou a evolução das histórias nos jogos eletrônicos por meio dos gráficos utilizados. Ele abordou técnicas e outros aspectos em uma série chamada “A Brief History of Graphics”.