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10 coisas úteis para aprender na internet

internet é um poço infinito de conhecimentos úteis e gifs de gatinhos, e por algum motivo a gente passa tempo demais vendo os últimos e quase nenhum com os primeiros. Com um pouco de disciplina – eu recomendo se organizar em uma rotina, bloquear redes sociais que causam distração e ouvir música no fone de ouvido – você pode encaixar na sua vida cotidiana algumas horas de aula de qualquer coisa por semana.

Quer aprender a desenhar? Cozinhar? Tocar violão? Dá, e é tudo de graça. Fizemos uma lista do que você pode aprender agora:

1. Cozinhar cientificamente para chegar ao melhor gosto possível. Não é segredo que dá pra aprender a cozinhar usando a internet. Agora, usando um viés científico, próprio de engenheiros, isso talvez você não soubesse. Vá ao Cooking for Engineers para aprender uma abordagem analítica da comida, que tem como objetivo reunir os melhores métodos para atingir a melhor crocância no bacon – um conhecimento que, convenhamos, tem valor imensurável.

2. Desenhar. Há vídeos do YouTube e tutoriais com fundamentos do desenho, mas o Drawspace é o mais completo. É um curso de desenho do início ao fim, que ensina sombras, contornos, técnicas que te ajudam a melhorar sua noção espacial e até outros tipos de arte. Pense numa escolha de artes digital gratuita e você terá o DrawSpace.

3. Ser bem-sucedido com executivos importantes. Gente bem-sucedida tem o poder de inspirar. A internet possibilitou que todos nós tivéssemos pessoas que admiramos como mentores, porque a rede permite que eles falem direto pra gente. É dessa ideia que o programa 30 Second MBA, da Fast Company, se aproveita. A série reúne vídeos em que executivos bem-sucedidos de várias áreas respondem, em 30 segundos, perguntas pertinentes pra quem tem um negócio.

4. Inglês, espanhol, e depois italiano, alemão, francês… O Duolingo é uma das plataformas de ensino de idiomas mais populares da internet. Completamente grátis, ele ensina inglês e espanhol pra quem fala português; e e você já fala inglês, a possibilidades se abrem muito mais: tem francês, alemão, italiano, pra ficar no mais básico, e se você estiver empolgado, húngaro, russo, romeno, polonês…

5. Se colocar no lugar do outro. Para mim, a principal virtude do Quora é a capacidade de mostrar pros usuários a visão de mundo de pessoas que a gente jamais teria acesso de outra forma. Como é ser milionário? Como é sofrer um sequestro? Como é ser um astronauta? O Quora reúne relatos ricos de gente que viveu situações inacreditáveis. De quebra, ainda tira dúvidas reais sobre coisas muito interessantes.

6. Tocar violão. Você ainda pode realizar seu sonho de adolescência: nunca é tarde para aprender a tocar violão. Não se preocupe se você estiver começando do zero, porque o Justin Guitar tem aulas pra todos os níveis. Técnicas, exercícios, escalas e até o básico dos acordes: está tudo lá. Não tem mais desculpa pra você não ser a estrela do luau na praia.

7. Matemática, história, filosofia, programação, marketing… Não é de hoje que ganhamos sites incríveis que, em parceria com universidades estrangeiras, oferecem cursos de alto nível pela internet gratuitamente. Muitos são super específicos e alguns têm interface meio complicada. Não é o caso do Khan Academy e do Academic Earth, que se dedicam a oferecer cursos de matérias mais básicas. Pense em coisas que vão de Matemática e Física a Sociologia e Psicologia; tem programação, história, arte e coisas assim, também.

8. Fazer quase qualquer coisa você mesmo. Sabe aquela sua técnica única para picar cebola? Você pode dividi-la com a internet no Instructables, enquanto aprende a fazer um supercapacitor de grafeno (!). O Instructables é uma plataforma de troca de tutoriais que ensinam a fazer em casa coisas que, normalmente, a gente compra. Tem projetos em áreas tipo lifehacking, mas a maioria é mão na massa mesmo: artesanato, marcenaria, eletrônica… tem tudo lá. Dê uma olhada antes de pagar uma fortuna em um suporte pro seu iPad.

9. Entender o mercado financeiro. Eu acho um equívoco que não tenhamos aulas de economia doméstica e o básico de mercado financeiro no colégio. Todo mundo precisa entender como essas coisas funcionam. Mas dá pra contornar isso com a Investopedia. Veja, não vai ser da noite pro dia, mas com um pouco de tempo e esforço você vai entender os chavões desse mercado e talvez possa até começar a investir seu dinheiro.

10. Programar. Eu sei que você já sabe: programar é a habilidade do futuro, há vários sites que ensinam programação de graça etc etc. É que o Codeacademy é mesmo o melhor, e isso vem de alguém que testou vários sites diferentes. É o mais amigável para quem é completamente iniciante, é didático, é bonito, é grátis e é em português. Se você estiver afim de aprender a programar, pode começar por aí que não tem erro.

Via Galileu

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Escola nos EUA usa design para estimular jovens

Por diferentes frentes, a NuVu Studio – lê-se New View, ou nova visão –, usa o design para propor que jovens de 11 a 17 anos tenham a experiência de prototipar respostas a problemas cotidianos. A escola, que oferece programas complementares ao ensino tradicional, mescla alunos de diferentes idades que, juntos, entram de cabeça em um processo criativo para desenvolver seus próprios produtos.

Para isso, a escola funciona em parceria com o MIT (Massachussets Institute of Technology), nos Estados Unidos, uma das mais reconhecidas universidades de tecnologia do mundo. Com esse apoio luxuoso, os jovens são incentivados a desenvolver protótipos ou projetos por meio de robótica, programação, aplicativos, arte digital, documentários, entre diversas formas alternativas. O objetivo final é que a solução encontrada cause impacto social.

Dessa proposta já saíram projetos como o Survival of the Fittest, um aplicativo que coloca um grupo de usuários em competição saudável para melhorar seu condicionamento físico; ou o Partners For Hope (PFH), um projeto social que une educação e futebol para ajudar meninos bons de bola do Haiti a chegarem a universidades dos EUA e da Europa; ou ainda a Social Midia Anxiety, uma animação que mostra como as mídias sociais têm trazido ansiedade para as sociedades contemporâneas.

“Todas as pessoas são geniais de alguma forma”, diz o arquiteto e designer Saeed Arida, um dos fundadores da NuVu Studio, que conversou com o site Porvir sobre o conceito da escola. Arida, que é um dos responsáveis por conectar os alunos que chegam com colegas de interesses comuns, se autoentitula o CEO da escola. Só que esse CEO não é para a sigla de Chief Executive Officer, ou diretor executivo, mas de Chief Excitement Officer, algo como diretor de motivação. Nessa função nada tradicional, ele procura retirar alunos da zona de conforto, expandindo seus limites criativos.

“O design nos direciona em tudo, não só para criar produtos esteticamente melhores ou necessariamente úteis. Nós ensinamos essas pessoas por meio do próprio processo de design, das descobertas no passo a passo da criação”, conta Arida.

Para participar da NuVu Studio, os alunos precisam ser indicados por suas escolas de origem. Como há mais interessados do que vagas, acabam sendo selecionados os alunos que os professores avaliam ter maior afinidade com o tema. Lá, os estudantes são divididos em trios, independentemente de idade, que vão trabalhar juntos por duas semanas. “A disparidade não prejudica o ritmo dos mais velhos. Se isso não acontece na vida real, nas empresas, por que aconteceria aqui?”, questiona Arida.

Os grupos começam os trabalhos pela definição de um objeto de interesse comum, passam à fase de inspiração e pesquisa, depois entram no processo de criação e, por fim, concluem uma avaliação final. Durante todo esse processo, eles são acompanhados por um profissional da NuVu e outro especialista convidado, normalmente com uma relação com o projeto que está sendo desenvolvido. Ao longo do ano letivo, cada aluno se envolve em média em cinco ou seis projetos.

Tecnologia e mentoria

A cada semestre, a equipe fixa da escola (cinco instrutores) define um tema multidisciplinar, que será comum a todos os projetos. Entre os que já foram abordados pelos alunos estão saúde, meio ambiente, ficção científica e moradias do futuro. Diferente do que ocorre em escolas tradicionais, no fim do processo, o principal critério de avaliação do projeto é o quão interessante ele foi. Os trabalhos de conclusão realizados estão disponíveis no site da escola.

Segundo Arida, as instalações da NuVu favorecem o pensamento criativo, assim como seu ambiente aberto, conectado a equipamentos de ponta, sempre à disposição. Nesses espaços, os alunos utilizam ferramentas profissionais da engenharia ou arquitetura. “Nosso foco é o fazer, da forma mais sofisticada possível. Para tanto, encorajamos o bom uso da tecnologia”, afirmou.

No entanto, continua Arida, o ponto forte da NuVu não se baseia apenas em infraestrutura, uma vez que seus instrutores são preparados para extrair o máximo da expressão criativa de cada um. “Com todos esses recursos tecnológicos, nós aumentamos as chances de acontecer coisas bacanas, mas não é tudo. O mais importante é formar jovens capazes de realizar seus próprios projetos”, reiterou.

Habilidades para a vida

Experimentações em grupos pequenos, sempre seguindo um fluxo dinâmico e conclusivo, embora sempre em liberdade. Isso estrutura a rotina da escola e a confiança dos alunos, aponta Arida. Para ele, quanto mais seguros de si, mais poderão ousar na criação de produtos interessantes. Igualmente, quanto mais os alunos estiverem focados no processo criativo, mais conscientes de suas limitações ou potenciais se tornarão.

Dessa forma, a NuVu compreende que o papel dos instrutores é crucial para estimular os pontos fortes ou alertar para as fraquezas de cada um, ajudando os jovens a desenvolver habilidades úteis para a vida, e não apenas úteis na escola.

Aliás, a habilidade de improvisar, mudar de ideia, começar de novo e transformar o rumo dos protótipos é o motor pedagógico da NuVu, considera Arida. Além disso, para crescerem no desenvolvimento dos módulos, os alunos precisam praticar a solidariedade, pois o trabalho é essencialmente colaborativo; devem ser flexíveis para chegar a decisões comuns; precisam afiar a capacidade de pensar e agir rapidamente, ter fácil adaptação ao novo, ao diferente, além de certa maturidade para autoavaliação e leitura crítica de sua obra ou comportamento.

Arida observou que, sobretudo, a nova geração demonstra ter uma capacidade maior de utilizar a tecnologia para facilitar a vida cotidiana como, por exemplo, para se comunicarem melhor entre si, não só para o trabalho. Sobre o futuro, o educador enxerga um desafio. “Empregos estão se transformando conforme os avanços sociais. Com criatividade se pode enfrentar qualquer situação. Nós preparamos nossos alunos para o desconhecido.”

Matéria de Porvir

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