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Abrindo um MEI e escolhendo uma atividade

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Você ouviu falar por aí que pode abrir uma empresa sem nenhum custo, mas não entende como funciona esse tal de MEI? Então fica aqui no Urucum que explicamos sem nenhuma enrolação que bicho é esse.

 

O que é?

MEI, é a sigla de Micro Empreendedor Individual. Basicamente é uma empresa de um homem só, onde você, como empresário, poderá ter no máximo 1 (um) funcionário. Você como empreendedor individual não poderá ter nenhum sócio.

Para ser MEI, seu faturamento bruto anual não pode passar de R$ 60.000,00, caso passe você se enquadra na categoria de microempresa e não micro empreendedor. A microempresa tem impostos, custos e obrigações que o MEI não possui.

Na categoria de microempreendedor individual, você não poderá ter participação em outra empresa como proprietário e no caso de ter um funcionário, ele terá que receber obrigatoriamente salário mínimo ou piso de categoria.

 

Quem pode ser MEI?

Na teoria todas as atividades exercidas por pessoas que trabalham por conta própria, mas na prática tem uma lista bem limitada, que exclui principalmente atividades intelectuais.

Confira aqui a lista completa de atividades permitidas.

Vale lembrar que você escolhe uma atividade principal e além dela o MEI pode registrar até 15 (quinze) ocupações para suas atividades secundárias, as quais serão vinculadas ao código de Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE. Ou seja, você pode registrar 16 atividades diferentes, desde que elas façam sentido. Não me vá registrar um restaurante e uma marcenaria funcionando no mesmo endereço, pois logo a vigilância sanitária irá bater na sua porta.

 

Minha atividade não está na lista, e agora?

Sem pânico! Você pode procurar atividades que façam sentido na sua área de atuação, como por exemplo, um designer gráfico pode atuar como editor de conteúdo e peças gráficas ou alguém da área de informática atuar como treinador ou técnico.

Mais uma vez lembrando, você pode escolher 15 sub atividades, juntando todas as coisas que você faz.

 

O que é necessário para se tornar um MEI?

  • Ter receita bruta anual menor ou igual a R$ 60.000,00;
  • Ser optante do Simples Nacional;
  • Exercer exclusivamente atividades constantes na Lei do MEI (aham, todo mundo faz isso, cof, cof).
  • Não ser aposentado por invalidez;
  • Não ter filiais;
  • Não ser sócio de outra empresa;
  • Não ser funcionário público (federal);
  • Ter no máximo, um funcionário que receba exclusivamente um salário mínimo ou o piso salarial da categoria profissional.

O MEI é isento de Inscrição Estadual.

 

Os impostos são altos?

Não! O MEI pagará impostos zero para o Governo Federal e apenas valores “simbólicos” para o município de R$ 5,00 de ISS e para o Estado de R$ 1,00 de ICMS. Já o INSS é reduzido a 5% do salário mínimo vigente. Com isso, o MEI terá direitos aos benefícios previdenciários.

  • INSS – 5% sobre o valor do salário mínimo vigente;
  • ICMS – R$ 1,00 (imposto obrigatório para atividades de comércio e indústria);
  • ISS – R$ 5,00 (imposto obrigatório somente para atividades de prestação de serviço);

Ou seja, somando tudo, atualmente seu MEI sai pela bagatela de R$ 50,00 por mês. No caso de você não pagar um dos impostos, ele fica mais barato. Como por exemplo, se você não é um comércio ou indústria ele já cai pra R$ 49,00.

Atenção! O MEI receberá o carnê de pagamentos (DAS) pela Secretaria da Micro e Pequena Empresa. Você pode imprimir seus carnês no http://www.portaldoempreendedor.gov.br

 

É necessário contratar um contador?

A pergunta que todo mundo tem medo. E a resposta é… NÃO! Exceto em caso de contratação de um funcionário ou migração de MEI para Microempresa ou vice-versa.

 

Como se registrar?

Vá a prefeitura do município onde pretende fazer a formalização como MEI e solicitar a Consulta Prévia de Localização levando o carnê do IPTU, CPF e CI (apenas se você for um comércio), caso não seja, precisará de menos documentos (já falaremos ali em baixo).

Se a consulta for aprovada, efetuar o registro de Microempreendedor Individual no Sebrae ou em postos de atendimento do MEI (endereços disponíveis no 0800 570 0800). A formalização não tem custos.

DICA: Vá ao Sebrae antes de abrir um MEI, lá eles dão palestras bacanas que te orientam e tiram suas dúvidas.

Você também pode por sua conta em risco e fazer tudo sozinho direto no Portal do Empreendedor , desde a abertura do MEI até a impressão dos boletos de pagamento.

 

Quais são os documentos necessários para efetuar o registro?

  • Consulta prévia aprovada pela Prefeitura (no caso de comércio, indústria ou locais de atendimento específicos).
  • CPF e identidade;
  • Comprovante de residência;
  • Título de Eleitor;
  • Recibo de declaração de Imposto de Renda (caso tenha declarado);
  • Carnê do IPTU do local onde pretende registrar a empresa (prestador de serviços não precisa).

Quais as vantagens de ser MEI?

  • Registro no CNPJ
  • Participação em licitações e negociações junto a órgãos públicos;
  • Facilidade para abertura de conta-corrente Pessoa Jurídica;
  • Possibilidade de financiamento com taxas específicas para o MEI;
  • Dispensa da obrigação de emitir Nota Fiscal em transações comerciais com Pessoa Física;
  • Você pode ter um emprego normalmente, com carteira assinada e ter o MEI ao mesmo tempo.

A liberação do Alvará de funcionamento será feita de acordo com as normal e regras praticadas em cada Prefeitura, tais como: vigilância sanitária, corpo de bombeiros, tava de publicidade, entre outros.

 

Tem desvantagens?

Depende o que você considera como desvantagens. O MEI, por exemplo, não poderá ser funcionário púbico, como já foi dito, ter mais de uma empresa registrada como sua propriedade e a maior de todas, o MEI que tiver vínculo empregatício com alguma empresa NÃO TERÁ DIREITO AO SEGURO DESEMPREGO em caso de demissão, pois não será considerado desempregado.

 

Quais os principais direitos do MEI?

Para o empresário(a):

  • Aposentadoria por idade, sendo 65 anos homem e 60 anos mulher (180 meses de contribuição);
  • Aposentadoria por invalidez (12 meses de contribuição);
  • Auxílio doença (12 meses de contribuição);
  • Auxílio maternidade (10 meses de contribuição).

Para o dependente:

  • Pensão por morte (1 mês de contribuição);
  • Auxílio reclusão (1 mês de contribuição);

O não pagamento de contribuições mensais pode implicar na suspensão temporária dos benefícios previdenciários. Além disso, a carência começa a contar a partir do primeiro pagamento em dia.

 

Quais são os principais deveres do MEI?

  • Não ultrapassar o faturamento bruto de R$ 60.000,00 ao ano (ou proporcional). Sério gente, atentos, isso da cadeia;
  • Fazer mensalmente relatório de receita bruta para seu controle, guardando as notas ficais de compra pelo prazo de 5 anos;
  • Apresentar Declaração Anual do Simples Nacional (DASN), preferencialmente no mês de janeiro de cada ano, pelo site www.portaldoempreendedor.gov.br ou em uma unidade do Sebrae mais próxima;
  • Emitir Nota Fical em transações comerciais com Pessoas Jurídicas;
  • Pagar mensalmente a contribuição de no máximo R$ 50,00.

 

Alguma dica?

Usar o aplicativo que ajuda a gerenciar o seu MEI é uma ótima ideia. Você encontra o link para baixar ele aqui.

Abrir uma empresa é fácil, gerenciar, planejar, criar um plano de negócios, tudo isso precisa ser aprendido. Você pode ir no SEBRAE e assistir as palestras (a maioria gratuitas) ou procurar informação online.

No caso do plano de negócios o SEBRAE de Minas Gerais oferece um programinha que te ajuda a criar ele. Confira.

Agora, se você quer abrir seu negócio mas é um leigo total, uma dica boa são os podcasts do site Jovem Nerd que ensinam de maneira super descontraída como tocar uma empresa e ser empreendedor (para escutar, após clicar no link, escolha entre alta, média e baixa qualidade).

NERDCAST 203 – EXPRESSO EMPREENDEDOR

NERDCAST 243 – EXPRESSO EMPREENDEDOR 2

NERDCAST 310 – EXPRESSO EMPREENDEDOR 3

NERDCAST 410 – EXPRESSO EMPREENDEDOR 4

NERDCAST 470 – EXPRESSO EMPREENDEDOR 5

NERDCAST EMPREENDEDOR 01 – O VALOR DE UMA IDEIA

NERDCAST EMPREENDEDOR 02 – ABRINDO A EMPRESA

NERDCAST EMPREENDEDOR 03 – O PLANO DE NEGÓCIOS

NERDCAST EMPREENDEDOR 04 – A GESTÃO DO NEGÓCIO

NERDCAST EMPREENDEDOR 05 – EMPRESAS E SUSTENTABILIDADE

NERDCAST EMPREENDEDOR 06 – EMPREENDENDO NA CRISE

NERDCAST EMPREENDEDOR 07 – DE OLHO NA OPORTUNIDADE

NERDCAST EMPREENDEDOR 08 – MONTANDO SUA EQUIPE

NERDCAST EMPREENDEDOR 09 – ADAPTAR-SE OU MORRER

NERDCAST EMPREENDEDOR 10 – EXPANDINDO O SEU NEGÓCIO

NERDCAST EMPREENDEDOR 11 – O DESTINO DE UMA EMPRESA

NERDCAST EMPREENDEDOR 12 – A VIDA DEPOIS DA VENDA

NERDCAST EMPREENDEDOR 13 – EMPREENDEDORISMO DIGITAL

NERDCAST EMPREENDEDOR 14 – EMPREENDENDO ENTRE GIGANTES

 

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Jovem que já visitou mais de 100 países mostra como investe e ganha dinheiro

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SÃO PAULO – Johnny Ward, 31 anos, nasceu na Irlanda, em uma família relativamente simples. Aos 18 anos ele foi para a Inglaterra fazer faculdade e, após isso, decidiu cair na estrada. Ward, desde então, já visitou mais de 100 países e seu único sustento vem de seu trabalho online, que faz com que consiga ter dinheiro suficiente para fazer suas viagens e investir em propriedades imobiliárias e fundos de investimento.

Johnny ainda mantém um blog, onde relata suas experiências e dá diversos conselhos para quem pensa em seguir seus passos, o OneStep4Ward. Em entrevista para o site InfoMoney, Johnny conta sobre como investe, como mantém seu estilo de vida desde 2006, sua vontade de viajar desde quando era criança e o que mais gostou ao visital o Brasil.

 

Quando você decidiu que não queria ter uma “vida comum”, mas sim viajar pelo mundo?

Crescer na Irlanda sempre me fez sentir inquieto. Talvez seja porque ela é uma pequena ilha, ou porque não tínhamos muito dinheiro e eu sempre quisesse mais. Mais liberdade, mais agitação, mais aventura. É difícil dizer quando exatamente eu desisti de uma “vida normal”, mas certamente após dar aulas de inglês na Tailândia não tinha mais volta.

 

Você investia seu dinheiro antes de viajar? Tem algum conselho?

Eu nunca tive dinheiro para investir antes. Ao crescer eu não tinha nada, na universidade, nada, dando aulas de inglês na Ásia, nada. Só quando comecei meu blog e minha empresa de mídia digital que eu comecei a ter dinheiro para investir. Não tinha experiência com grandes quantidades de dinheiro antes – então, com meus primeiros cem mil dólares ou algo assim, decidi comprar um apartamento na Tailândia – não foi uma maneira esperta de usar meu dinheiro, mas, na época, não sabia. Agora eu tenho um gestor e realmente recomendo buscar assessoria profissional o quanto antes.

 

Onde você investe agora?

Eu tenho uma propriedade em Londres e uma em Bangkok. Também invisto em um fundo de alto risco com um dinheiro offshore que meu gestor cuida e eu estou, atualmente, pensando em comprar mais um imóvel no Reino Unido e talvez mais um na Tailândia.

 

Você poupou dinheiro antes de viajar?

Não. Eu fiz algumas pesquisas médicas, onde você toma medicamentos experimentais e isso me rendeu alguns milhares de dólares (a prática não é permitida no Brasil). Com esse dinheiro eu fui para a Ásia e, de lá eu trabalhei, viajei e trabalhei até começar a fazer dinheiro online.

 

Como você faz seu planejamento financeiro e controla despesas? Você segue trabalhando?

Eu trabalho enquanto viajo, gerenciando minha companhia e minha equipe do meu notebook enquanto eu visito cada país do mundo. Eu também estou lançando uma startup em Hong Kong e esse é meu próximo projeto. Em termos de controlar minhas despesas, eu sempre fui cuidadoso com dinheiro, então não preciso fazer um orçamento especificamente pois estou sempre atento com meus gastos.

 

Qual é a melhor parte de seu estilo de vida? E a pior?

A melhor parte é a liberdade – para ir para qualquer país, fazer o que eu quiser a qualquer hora. Isso é brilhante. A pior é a solidão que aparece as vezes, ficando sozinho pelo mundo. Também não é um jeito de viver muito saudável, com padrões de sono esquisitos, hábitos alimentares estranhos, falta de academias, etc.]

 

Vimos que você visitou o Brasil, o que achou?

Eu amei o Brasil. Uma das minhas melhores experiências. Eu fui assistir a final da Copa do Mundo no Rio, o que foi um sonho se tornando realidade. Viajei bastante (no Brasil), mais de um mês. Florianópolis era especialmente bela, amei lá.

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10 coisas úteis para aprender na internet

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internet é um poço infinito de conhecimentos úteis e gifs de gatinhos, e por algum motivo a gente passa tempo demais vendo os últimos e quase nenhum com os primeiros. Com um pouco de disciplina – eu recomendo se organizar em uma rotina, bloquear redes sociais que causam distração e ouvir música no fone de ouvido – você pode encaixar na sua vida cotidiana algumas horas de aula de qualquer coisa por semana.

Quer aprender a desenhar? Cozinhar? Tocar violão? Dá, e é tudo de graça. Fizemos uma lista do que você pode aprender agora:

1. Cozinhar cientificamente para chegar ao melhor gosto possível. Não é segredo que dá pra aprender a cozinhar usando a internet. Agora, usando um viés científico, próprio de engenheiros, isso talvez você não soubesse. Vá ao Cooking for Engineers para aprender uma abordagem analítica da comida, que tem como objetivo reunir os melhores métodos para atingir a melhor crocância no bacon – um conhecimento que, convenhamos, tem valor imensurável.

2. Desenhar. Há vídeos do YouTube e tutoriais com fundamentos do desenho, mas o Drawspace é o mais completo. É um curso de desenho do início ao fim, que ensina sombras, contornos, técnicas que te ajudam a melhorar sua noção espacial e até outros tipos de arte. Pense numa escolha de artes digital gratuita e você terá o DrawSpace.

3. Ser bem-sucedido com executivos importantes. Gente bem-sucedida tem o poder de inspirar. A internet possibilitou que todos nós tivéssemos pessoas que admiramos como mentores, porque a rede permite que eles falem direto pra gente. É dessa ideia que o programa 30 Second MBA, da Fast Company, se aproveita. A série reúne vídeos em que executivos bem-sucedidos de várias áreas respondem, em 30 segundos, perguntas pertinentes pra quem tem um negócio.

4. Inglês, espanhol, e depois italiano, alemão, francês… O Duolingo é uma das plataformas de ensino de idiomas mais populares da internet. Completamente grátis, ele ensina inglês e espanhol pra quem fala português; e e você já fala inglês, a possibilidades se abrem muito mais: tem francês, alemão, italiano, pra ficar no mais básico, e se você estiver empolgado, húngaro, russo, romeno, polonês…

5. Se colocar no lugar do outro. Para mim, a principal virtude do Quora é a capacidade de mostrar pros usuários a visão de mundo de pessoas que a gente jamais teria acesso de outra forma. Como é ser milionário? Como é sofrer um sequestro? Como é ser um astronauta? O Quora reúne relatos ricos de gente que viveu situações inacreditáveis. De quebra, ainda tira dúvidas reais sobre coisas muito interessantes.

6. Tocar violão. Você ainda pode realizar seu sonho de adolescência: nunca é tarde para aprender a tocar violão. Não se preocupe se você estiver começando do zero, porque o Justin Guitar tem aulas pra todos os níveis. Técnicas, exercícios, escalas e até o básico dos acordes: está tudo lá. Não tem mais desculpa pra você não ser a estrela do luau na praia.

7. Matemática, história, filosofia, programação, marketing… Não é de hoje que ganhamos sites incríveis que, em parceria com universidades estrangeiras, oferecem cursos de alto nível pela internet gratuitamente. Muitos são super específicos e alguns têm interface meio complicada. Não é o caso do Khan Academy e do Academic Earth, que se dedicam a oferecer cursos de matérias mais básicas. Pense em coisas que vão de Matemática e Física a Sociologia e Psicologia; tem programação, história, arte e coisas assim, também.

8. Fazer quase qualquer coisa você mesmo. Sabe aquela sua técnica única para picar cebola? Você pode dividi-la com a internet no Instructables, enquanto aprende a fazer um supercapacitor de grafeno (!). O Instructables é uma plataforma de troca de tutoriais que ensinam a fazer em casa coisas que, normalmente, a gente compra. Tem projetos em áreas tipo lifehacking, mas a maioria é mão na massa mesmo: artesanato, marcenaria, eletrônica… tem tudo lá. Dê uma olhada antes de pagar uma fortuna em um suporte pro seu iPad.

9. Entender o mercado financeiro. Eu acho um equívoco que não tenhamos aulas de economia doméstica e o básico de mercado financeiro no colégio. Todo mundo precisa entender como essas coisas funcionam. Mas dá pra contornar isso com a Investopedia. Veja, não vai ser da noite pro dia, mas com um pouco de tempo e esforço você vai entender os chavões desse mercado e talvez possa até começar a investir seu dinheiro.

10. Programar. Eu sei que você já sabe: programar é a habilidade do futuro, há vários sites que ensinam programação de graça etc etc. É que o Codeacademy é mesmo o melhor, e isso vem de alguém que testou vários sites diferentes. É o mais amigável para quem é completamente iniciante, é didático, é bonito, é grátis e é em português. Se você estiver afim de aprender a programar, pode começar por aí que não tem erro.

 

Via Galileu

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Sobre os Privilégio E Um Quadrinho Para Entendê-los

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Eu acho esse tema bem complicado, ele não é preto ou branco como dizem, tem muito “cinza” no meio. Eu mesmo transitei entre aspectos dos dois lados, as vezes os dois ao mesmo tempo! Nunca fui de família rica, faltou muita coisa em casa e tive e tenho muitas dificuldades, mas meu esforço e ajuda da família e amigos me permitiram viver um pouco dos dois mundos. Então me sinto no direito de falar a respeito do assunto.

Um amigo uma vez, enquanto eu fazia meu discurso sonhador de que tudo é possível, baseado no nada, pois sou tão sem privilégios quanto ele, me disse: “vamos atirar naquele poste ali”, apontando para um poste bem longe. “Eu com uma arma de longo alcance e você com um estilingue. Quem vai acertar?”. Ele tem a razão dele de pensar assim, eu mesmo acredito nisso. Que os privilégios fazem diferença e é sobre isso que fala o quadrinho do ilustrador australiano Toby Morris: uma reflexão sobre as sutis diferenças oferecidas para algumas pessoas e como a base familiar e o dinheiro podem fazer grandes diferenças nas oportunidades ao longo do tempo.

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Enquanto uns acreditam que privilégio é tudo, existem pessoas como meu tio. Que acredita que se você se articular, conhecer pessoas, fazer contatos, amigos, participar da comunidade e de projetos sociais, sem visar resultados, você consegue todas as chances e possibilidades de fazer o que quer. Até certo ponto isso é verdade, não devemos nos limitar, mas correr atrás. O problema disso é que a vida não para pra esperar e nem todo mundo tem um perfil de socializar com tantas pessoas assim. Até quando vamos correr atrás de possibilidades, sem retorno? Até quando precisamos esperar dar certo nossas investidas?

O Brasil, em minha opinião, é um país que não é estruturado para formar empresários, intelectuais ou  pesquisadores/inventores, mas um país que incentiva educação que forme um trabalhador, um técnico ou um funcionário público. Os próprios projetos sociais, que servem para “mudar a vida” das pessoas sem grandes possibilidades, funcionam de maneira errada na minha opinião. São escolas de circo, artes primárias como pintura e colagens, esporte e dança. Eu amo arte, vivo dela, mas porque o pobre precisa ser jogador de futebol ou fazer rap? Porque não existem projetos sociais onde professores ensinem biologia, matemática, a criar projetos ou estimular a criatividade? Onde estão os projetos sociais que ensinam dicas de economia para famílias pobres aprenderem a administrarem e investir o seu pouco dinheiro? Onde estão as aulas que formem pequenos grandes empresários?

Tudo é estruturado para o pobre continuar pobre e o rico cada vez mais rico. Eu não vejo televisão, assisto poucas coisas pela internet. Outro dia liguei a TV aberta e fiquei chocado vendo o jornal de 1900 e alguma coisa repisado. Eram notícias que poderiam ser de hoje. Nada mudou, nada. Os mesmo problemas, políticos diferentes. Ninguém quer o bem comum, apenas uma grande briga de classes por migalhas.

Não há nada de errado em ser garçom, vendedor, agricultor… cada pessoa deve fazer o que a faz feliz. Existem casos de milionários que largaram tudo para virarem agricultores e buscarem felicidade na simplicidade. O problema são as pessoas que sonham com mais, mas não tem oportunidades, pelo contrário, o governo coloca empecilhos para isso.

Tenho minhas opiniões de como melhorar essa situação no Brasil, mas já é outro tipo de papo, que inclusive foge a temática do blog, mas fica aqui a reflexão, para você, ser criativo que quer seguir um caminho diferente do padrão. Esse papo de “ele é pobre porque não se esforçou o suficiente”, não condiz com a realidade

 

Quadrinho dica de Lucas De Melo Araujo, via Update or Die

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Levanta e Faz!

Levanta e Faz

A dica hoje é da boa mesmo. O canal Levanta e Faz do Youtube, feito por ex-alunos de Design do curso de Desenho Industrial da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)  fala sobre empreendedorismo, com entrevistas e conteúdos sobre o tema. A ideia é bem legal e ajuda muito abrir a cabeça para se tornar um profissional independente.

Confira uma das entrevistas com a Designer de Jóias Carol Poubel, fundadora da Oficina – Escola Capixaba de Joalheria.

Não deixe de conferir as outras entreistas no canal.

Veja aqui

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