No começo da indústria de games, o processamento e a memória das máquinas era muito, MUITO, limitada.
Os primeiros games tinham 16 cores para trabalharem. Só. Era o EGA, da IBM, que já era considerado um avanço tremendo.
Aí a galera conseguiu expandir para 256 cores com o VGA (usado em coisas até hoje!) e os cenários começaram a parecer BEM bonitos.
Mas ainda faltava alguma coisa… como deixar os cenários mais reais ainda animando eles, só que com todas as limitações computacionais da época?
A solução foi o color cycling, que uns também chamavam de pallete shifting.
Como só haviam 256 cores disponíveis para se criar uma paleta de cores, os programadores descobriram que era possível, no entanto, alterar a própria paleta.
Como assim? Cada paleta durava um ciclo, a paleta seguinte substituía as cores que seriam alteradas na imagem seguinte, e a sequência disso causava a impressão de animação.
Tudo isso gera esse efeito BEM legal e muito convincente sem qualquer aumento significativo do tamanho do arquivo. Afinal de contas, ainda é apenas uma imagem.
Os exemplos desse site são incríveis e mostram todo o potencial dessa prática (aliás, mostram até mudança de iluminação de acordo com a hora do dia nas mesmas paisagens, coisa fina e linda). Eles disponibilizam até o tutorial para fazer a mesma coisa usando html5.
Nessa palestra incrível no GDC 2016, o designer de games das antigas Mark Ferrari conta como eles começaram a trabalhar com gráficos EGA, fizeram o pulo do gato pra animar com o color cycling e até mesmo passaram a economizar espaço nos games ao usar essa técnica para até mesmo mudar cenários inteiros!
Sim, é BASTANTE tempo, mas o conteúdo é riquíssimo pra quem se interessa pela história dos videogames (e acho que computação em geral).
Você é designer gráfico e até hoje se confunde com esses termos? Ou é alguém precisando imprimir algum convite ou panfleto e a gráfica está te perguntando essas coisas? Calma, Urucum te ajuda.
Estes termos são extremamente comuns no meio gráfico, e por isso estão presentes sempre que você precisa imprimir algo. Eles se referem às cores presentes em um determinado material gráfico.
Um produto 1×0 é impresso com sua frente em preto-e-branco (“uma cor”), com seu verso permanecendo sem impressão (“zero cores”).
Um produto 1×1 é impresso em preto-e-branco em ambos os lados da página.
Um produto 4×0 é impresso com sua frente em cores CMYK (“quatro cores”), com seu verso permanecendo sem impressão. Um folheto simples, por exemplo, poderia seguir este padrão – com uma arte e as informações necessárias na frente, e um fundo branco no verso.
Já os produtos 4×1 possuem a frente (ou verso) em cor, com o lado oposto sendo impresso em preto-e-branco. Ou seja, informações (como textos) podem ser inseridas do lado contendo apenas uma cor.
Por fim, o modelo 4×4 indica que o material é colorido em ambos os lados seguindo o padrão CMYK. A maioria dos cartões de visita, por exemplo, são impressos em 4×4, pois contem informações (arte e texto) dos dois lados do impresso.
Tem coisas na vida que simplesmente têm que acontecer né? Quando comecei a usar o site Deviantart eu escolhi alguns favoritos para seguir e nunca mais larguei. Pessoas que tinham uma ou outra característica que eu queria aprender para mim. Entre eles um cara que tinha o trabalho incrível me chamou atenção.
Na época achei que poderíamos ser até parentes por causa do segundo nome dele, mas me respondeu bem direto que não, quando perguntei a respeito, e esse foi o único contato que tive com eles em anos. E agora, estou eu aqui o entrevistando.
Michel Victor Lima de Oliveira é um designer gráfico que trabalha com tudo um pouco. Principalmente ilustração e animação. A característica dele que sempre me chamou atenção e eu sempre quis aprender, é como administrar tantas áreas de conhecimento ao mesmo tempo. Eu tenho dificuldade com isso.
Com um trabalho impecável e que impressiona ele mistura música, desenho, animação, efeitos especiais e até mesmo interatividade. São telas de encher os olhos e que apesar de estarem sendo postadas em forma de vídeo aqui, elas possuem uma experiência toda especial em seu formato original.
Hoje vou fazer um pouco diferente, ao invés de espalhar as imagens pelo texto, postarei os links para o trabalho de Michel no final da matéria. O trabalho dele precisa ser visto em movimento. Vai valer a pena, acredite.
O Urucum Digital conversou com Michel Victor e descobriu muitas coisas legais, inclusive dicas que podem abrir a sua mente. Dê uma conferida.
Seu trabalho sempre me impressionou muito, você é aquele tipo de artista que passa a impressão que sempre desenhou bem. Como foi o começo, o aprendizado do Michel Victor?
Eu tenho duas lembranças nítidas de quando eu me diferenciei dos outros amigos na escola. A primeira foi quando meu pai me ensinou que não se desenhava com traços únicos e duros, e sim traçando com suavidade e com vários traços para alcançar o efeito necessário, ele desenhou um coqueiro, e eu vi como ele fez, isso eu tinha 6 anos de idade. Na sala de aula eu refiz o coqueiro e mostrei para a professora, e ela ficou impressionada, mostrou para todos da sala e ainda mais, ela mostrou para as outras salas também. Eu não imaginava que era algo tão grande assim, mas eu gostei da sensação de que eu tinha algo especial e que as pessoas gostavam disso.
O segundo momento foi com minha tia Solange, ela era daquelas pessoas que sempre fazia o desenho de capa do seu caderninho, ela sabia copiar muito bem outras imagens e eu sempre observador, aprendi muito vendo ela desenhar. Uma imagem me marcou muito que foi a imagem de uma arvore com uma cobra enrolada, e eu o reproduzi também. Como eu comecei com paisagens, eu segui nesse caminho até meus 12 anos, até eu começar a me interessar por meninas, ai comecei a me aventurar pelo manga e comecei a desenhar pessoas, principalmente mulheres, até hoje esse é meu tema preferido, mas durante toda minha juventude me aventurei em todos os tipos de segmentos e estilos, desde Tiny Toons até Overhaulin (programa de reforma de carros, onde Chip Foose sempre desenhava o carro antes).
Eu também fui para escola de pintura em óleo, mas não fiquei muito tempo, não me adaptei com a pintura tradicional (todos meu desenhos eram preto e brancos).
Após me formar na escola fui para a faculdade de Desenho Industrial no interior de São Paulo, mas o curso era muito fraco então decidi me aventurar no Rio de Janeiro na faculdade de Design Gráfico voltado para Animação 3D e jogos.
Foi lá que tive meus primeiros contatos com o universo 3D. Lá passei por todos os processos, desde de desenho com modelos vivos e perspectivas, aprendi maquete eletrônica em 3D, modelagem, animação, iluminação, renderização. No meu TCC fiz um curta metragem que pode ser visto no Youtube, concluindo o curso com nota máxima. Esse curta também me rendeu 3 prêmios em festivais de animações no Brasil.
Durante minha estadia no Rio de Janeiro, comecei a desenhar para o Tibiabr, e foi eles que me deram minha primeira tablet. Meu mundo no desenho digital apenas começou com 19 anos.
Quando terminei a faculdade sentia que meu desenho ainda não estava bom o suficiente, foi ai que decidi realmente me empenhar e treinar, com isso fiquei um ano dentro de um quartinho apertado perto da área de serviço no apartamento dos meus pais. Foi um ano inteiro tentando alcançar o melhor de mim, meu objetivo era entrar nas revistas da Ballistic Publishing, que reúne os melhores pintores digitais do mundo. Após um ano desenhando, nenhum desenho havia sido escolhido, mesmo assim continue desenhando e evoluindo.
No ano seguinte os mesmo desenhos que não haviam sido escolhidos, foram selecionados, foram escolhidos 3 desenhos dos 5 que havia enviado. Nessa edição eu fui o único brasileiros que havia entrado na revista. No ano seguinte tive mais um desenho publicado.
Eu não possuo mais meus primeiros desenhos, mas eu refiz ele agora das lembranças que eu tinha daquela época.
Você treina com frequência?
Atualmente não ando treinando muito minhas técnicas de desenho e pintura, estou focando mais em animações e efeitos especiais que são o que estou mais gostando de fazer atualmente.
Te conheci no Deviantart, virei seu fã quase que instantaneamente (na época fui atraído pelo seu segundo nome, achava que fosse sobrenome e que pudéssemos ser parentes hehe). Até onde sei, você não tem nenhum website próprio, apenas algumas redes sociais. Qual sua relação com o Deviantart e é uma opção se manter por lá e não possuir um site?
Eu tenho um carinho especial pelo Deviantart, pois tudo que consegui hoje foi graças a ele.
Um site sozinho não resolve, para que um site funcione eu preciso gastar muito tempo com divulgação e o Deviantart sendo uma rede social faz isso muito bem sem muito esforço, e o público do Deviantart é apenas apreciadores de arte e artistas é diferente do Facebook por exemplo.
Além disso de todas as rede sociais de artistas, foi a única que encontrei que aceitava uma forma inteligente de colocar minhas animações, que no caso deles uso o Flash. Então é o único lugar que posso ser diferente dos outros artistas e isso funcionou muito bem.
De qualquer forma eu possuo o domínio, www.michelvictor.com.br que te joga para o Tumblr e la tem os links para todas as redes sociais.
Você tem uma característica que é muito peculiar. É capaz de atuar em diversas áreas da arte e da tecnologia (o que é algo que eu trabalho muito em mim também). Desenho, pintura, design, música, animação 3D, edição de vídeo, efeitos especiais, são algumas das que sei que você ataca. Essa característica de “homem renascentista” veio de forma natural ou um belo dia você decidiu que queria dominar tudo? Você teve ou tem dificuldade para aprender alguma?
Eu sou uma pessoa que fica entediado muito fácil e sou muito preguiçoso e acho que essas são as duas principais para me ter feito aprender tanta coisa diferente. Eu não consigo ficar fazendo a mesma coisa todo dia, então estou sempre a procura de coisas novas para fazer ou aprender, tentar coisas novas sempre. Não consigo me imaginar sendo caixa de um banco por 30 anos, isso é desesperador.
E como sou preguiçoso eu sempre procuro a melhor, mais fácil e mais rápida forma de fazer algo, então sempre estou pesquisando novas formas de resolver meus problemas.
Além disso a parte mais emocionante para mim é quando estou aprendendo algo novo, depois que chego a um ponto que estou satisfeito eu perco o interesse e começo aprender algo novo.
Eu sempre quis aprender a programar para conseguir fazer um jogo sozinho, mas nunca tive sucesso, o mais longe que eu consegui chegar foi aprender algumas coisas no Flash, mas quem sabe um dia eu me empenhe o suficiente para consegui aprender né? Ai pode sair um jogo legal um dia.
Você da conta de tudo? Tenho um amigo que diz que é preciso se focar em algo para evoluir. Eu sinceramente não sei se concordo com isso. O que você pensa disso?
Muita gente me diz isso, em certo ponto esta correto, mas tudo é relativo. Eu vejo muita gente no mercado que é muito ruim no que faz, mas tem seu público, seus clientes e ganha dinheiro.
Como eu disse anteriormente, eu estudo até o ponto que me faz feliz e isso as vezes não leva a vida toda, certo? Ai você tem tempo para aprender novas coisas. A vida é uma só e eu não vou gastar ela com apenas uma coisa.
Você encontrou uma forma de juntar muitas das suas habilidades para realizar um único tipo de trabalho. Suas pinturas digitais parecem vivas, e algumas delas até interativas. Possuem movimento, som e música. Como foi chegar nesse tipo de obra? Foi algo que decidiu sozinho ou teve inspiração de outros artistas?
Quando estava terminando meu TCC, tive que aprender After Effects para conseguir terminar, para mim o After Effects foi o divisor de águas, no primeiro dia que eu abri ele e comecei a estudar eu me apaixonei, era um Photoshop mas que se movia, era muito mais legal que Photoshop.
Eu tinha uma conta mais antiga no Deviantart, mas tinha poucos acessos, ninguém realmente se interessava pelo meu trabalho, que era exatamente as primeiras pinturas que você encontra na minha galeria. Eu sabia que eu era um artista bom, mas artistas bons existem milhões no Deviantart, eu tinha que fazer algo para mudar isso, fazer algo único. Foi ai que tive a ideia de animar os desenhos, eu não sei bem como veio essa ideia, mas funcionou, agora eu tinha algo único e eu comecei a ganhar grande exposição no Deviantart. Eu comecei a faze-lo justamente porque senti a necessidade de evoluir para conseguir chegar onde eu queria.
Essas animações foi algo que eu criei sozinho, não acho que devo ter sido o primeiro a fazer isso, mas eu nunca havia visto antes, e eu mesmo que criei minha própria técnica.
Para falar sobre minhas habilidades com música, eu teria que contar outra história enorme só para isso. haha
De certa forma você é um visionário no que faz e muito dedicado. Quando te conheci, seus trabalho não eram algo comum de se ver por aí (e ainda não são ao meu ver), especialmente no Brasil e com tamanha qualidade. A reação das pessoas, quando você começou a aparecer, foi como? E como é essa reação hoje em dia?
Confesso que quando comecei a postar esses desenhos em 2009, as pessoas ficavam muito impressionadas, postagem tipo “WOW, OMG O.O” ou “I never saw something like that before” apareciam com bastante frequência, hoje em dia os comentário são mais “Awesome like always”, as pessoas já não se impressionam como antes, pois já estão acostumada a ver meu trabalho.
Talvez esteja na hora de pensar em algo diferente. Estou com algumas idéias mas ainda não sei como executa-las.
Basta ver um pouquinho do seu portfólio para perceber algo recorrente. Qual é a sua relação com as “ladies”? O tema da mulher bonita e sensual é sempre algo utilizado por você. E como as pessoas reagem, depois de passar pela fase de encantamento e perceber sempre a figura da mulher no seu trabalho? (A uns anos atrás, mostrei seu trabalho para uma grande amiga e ilustradora incrível e me diverti com a reação dela. “Nossa, muito interessante, mas ele é meio carente não?” Hehe. Imagino que homens e mulheres reajam diferente ao seu trabalho).
Eu falei um pouco na minha história sobre isso, mas vamos nos aprofundar mais sobre isso. Quando mais jovem eu era muito tímido eu era parecido com o Rajesh do Big Bang Theory, era uma tarefa quase impossível chamar uma menina para sair.
Eu sempre ia na banca de jornais procurar por revistas que ensinavam a desenhar, um dia apareceu uma revista “Como desenhar Mangá” e havia uma linda moça na capa, foi assim que comecei a desenhar minhas próprias “namoradas”, isso me lembra um filme Ruby Sparks.
Mas ao decorrer do tempo isso mudou, eu não sou mais tão tímido quanto antes. Mas hoje eu criei um tipo de admiração, eu adoro a beleza feminina e isso me faz querer pinta-la.
Muito das minhas imagens são inclusive de pessoas que passaram na minha vida.
Eu acho que eu sou mais um pervertido do que um carente. haha
Você faz tantas coisas, que a entrevista fica até curta para falar de tudo. Qual é a sua relação com música? Você ainda tem uma banda? Vi alguns vídeos seus como DJ. Tem trabalhado com isso também?
Eu achei que eu iria escapar da parte musical, mas temos uma pergunta para isso. haha<
Assim como meu pai me ensinou meus primeiros passos no desenho, ele também me ensinou meus primeiros passo na música, com a música Chopsticks (a música do Danoninho) no piano.
Além disso minha vó foi dona do primeiro conservatório musical da cidade, então eu já nasci envolvido nesse mundo.
Apesar disso, eu frequentei pouco os conservatório de musica, assim como as escolas de desenhos, eu não me adaptei, eu sou uma pessoa que não gosta de regras, eu gosto de aprender o que eu quero, na hora que eu quero, da forma que eu quero, então eu nunca gostei de professores.
Eu passei por algumas bandas quando jovem, mas minha maior dedicação foi ao Militia onde passei 9 anos tocando e compondo rock pesado. Infelizmente com a cena atual eu não achei que a banda pudesse um dia nos sustentar, apesar de ter sido meu maior sonho, viver de banda, depois de 9 anos eu perdi as esperanças e a deixei.
Após isso eu comecei a produzir música eletrônica, até ganhei um concurso, mas não me dei bem, pois o que eu gostava mesmo era de pegar no instrumento e tocar ao vivo, e não apenas mixar músicas.
De qualquer forma, eu estou trabalhando compondo músicas para jogos e filmes, foi algo que encontrei que pudesse continuar no mundo da música e também poder ganhar uma grana com isso.
Fazendo tantas coisas, com o que você tem trabalhado de fato atualmente? Emprego, negócio próprio? Imagino que o mercado deva te adorar.
Estou trabalhando basicamente 10% como professor universitário em Publicidade e Propaganda e Jornalismo, 10% como ilustrador, 10% como musico e 80% com animador.
Atualmente eu peguei um cliente para animar dezenas de páginas de uma história em quadrinho de conteúdo adulto, mais conhecido como Hentai. É muito divertido animar seios pulando, vocês deveriam experimentar. haha
Todo mundo sabe como é difícil trabalhar com arte no Brasil. Como é e foi a sua experiência?
Felizmente vivemos em um mundo globalizado, então eu não enfrento esses problemas, pois 98% dos meu clientes são de outros países. No Brasil enfrentamos vários problemas, um deles é nossa cultura em relação a arte, ela é menosprezada aqui, poucos dão o valor necessário. Outro problema é a inadimplência, temos que tomar muito cuidado para não tomarmos calote aqui.
Enquanto aqui no Brasil os clientes tentam te pagar o mínimo possível e sempre querem mais desconto, eu já tive vários clientes estrangeiros que me pagaram mais do que o combinado apenas porque eles acharam o trabalho incrível, é quase surreal pensar nisso por aqui.
E agora temos mais um motivo para pararmos de trabalhar com clientes brasileiro, a crise econômica e politica brasileira. Com o dólar a 4 reais, fica difícil para cliente brasileiros pagaram tão caro pelo menos trabalho. Um trabalho que poderia custar 200 reais, custa hoje 800 reais.
Por fim, uma pergunta padrão aqui do Urucum Digital. Que conselhos você pode dar para as pessoas que estão começando ou que tentam viver da arte?
Por experiência própria, o que deu certo para mim, pode não dar para você, mas eu aconselho a ser diferente, ter o diferencial, ser único, indiferente da área que você esta, tente se sobressair fazendo algo surpreendente, algo que nunca ninguém fez antes e eu tenho certeza que isso te levará a lugares grandiosos.
Ima Moteki, uma dupla de designers no Japão, acaba de desenvolver um conjunto de tintas sem nome com o objetivo de revolucionar a maneira como as crianças aprendem e pensam sobre as cores. Em vez de utilizar nomes convencionais, cada tubo de tinta branca é marcado com uma “equação” que revela as cores primárias utilizadas e suas proporções para criar a cor específica da tinta.
Yusuke Imai e Ayami Moteki, os designers por trás da “Tinta sem Nome”, acreditam que os rótulos de cores são problemáticos. Imai afirma:
“Ao evitar a atribuição de nomes às cores, buscamos ampliar a definição do que uma cor pode ser e explorar as diversas tonalidades que podem ser criadas por meio da mistura”.
Além de abolir os rótulos, as tintas também têm o intuito de ensinar a teoria das cores. As equações presentes nos tubos de tinta auxiliam as crianças a compreenderem alguns conceitos básicos por trás da teoria das cores, bem como a habilidade de misturar e criar novas cores.
Você programador, designer, marinheiro de primeira viagem no mundo dos códigos ou apenas curioso tecnológico, já teve problemas na hora de escolher aquela cor para um site ou aplicativo? Qual é o código dessa cor? Como ela vai aparecer no meu monitor? Talvez esse site possa te ajudar.
O HTML Color Codes oferece várias formas de escolher aquela corzinha especial. Através de um seletor, cartela de cores, nome das cores, sim nome! Caso você faça parte daquela gama de pessoas que só conhece 12 ou 24 cores, saiba que existem muitas tonalidades e cada uma com seu nome próprio.
Além disso o site ainda oferece tutorias e recursos para te ajudar no uso dessas cores na linguagem HTML. Bacana né? Confere lá.
Ficou esperando o ônibus? Está dando aquele tempo após o almoço? Está preso numa fila de banco gigante? Se você é uma daquelas pessoas que de vez enquanto precisam passar o tempo, mas não tem muita paciência para jogos que exigem destreza e vive reclamando com saudade do jogo da “cobrinha” no celular, essa dica talvez possa te interessar.
São dois jogos de quebra-cabeças bem bonitos e criativos, que exigem apenas raciocínio e são perfeitos para dar aquela matada no tempo. Você pode ser como eu e jogar em doses homeopáticas quando sente vontade ou enfiar a cabeça e jogar direto como um viciado.
Kami
Kami é jogo da State of Play Games, ele é simples de se entender e nem tão fácil assim de jogar. Basicamente você tem que preencher a tela com uma única cor, tocando em papéis coloridos que ao toque, se dobram e vão preenchendo com a cor selecionada. Quanto menos toques para preencher a tela, melhor!
O jogo tem fases grátis e premium e vale muito a pena de se conferir. A arte é bonita e agradável, tornando a experiência ainda mais legal.
Machinarium é uma delícia de se jogar. Este é um jogo independente premiado, desenvolvimento pelo estúdio Amanita Design, dos mesmo criadores de Samorost e Botanicula.
O jogo é de aventura, ao estilo longa-metragem, no qual os jogadores assumem o papel de um robô que foi exilado para a sucata. Os jogadores devem usar a lógica, coletar itens importantes e resolver quebra-cabeças ambientais para levar o robô de volta para a cidade de Machinarium, para que ele possa resgatar seu namorada-robô, salvar o chefe da cidade, e derrotar os vilões do Black Cap Brotherhood.
A arte do jogo é linda e qualquer pessoa pode jogar, sem a necessidade de grandes habilidades, apenas raciocínio e diversão.
Sempre me atraíram e me inspiraram as artes levemente bizarras do artista conceitual americano Andrew Mar. Em seu site Andrew fala sobre ele dizendo apenas “Eu como e desenho em São Francisco”.
Ok, a internet “wins”, eu vou falar sobre o tal vestido mais polêmico do que mamilos. Particularmente eu considero o vestido em si uma bobagem, mas a questão de percepção é interessante.
Se você tem acessado as redes sociais ultimamente, deve ter pelo menos lido por aí algumas brincadeiras envolvendo as palavras “azul e preto” ou “branco e dourado”. Resumindo uma história irrelevante, alguém postou a foto de um vestido na internet que cada pessoa tem visto ele em cores diferentes, predominando azul e preto e o branco e dourado.
Essa foto aí em cima em particular, eu, ser individual que sou, que me gabo de ter uma percepção cromática muito boa, vejo um tom azulado claro com renda dourada, pendendo para o cobre. O que pode causar um aspecto escurecido e até mesmo uma ilusão de preto. Essa é a verdade absoluta e eu estou certo? Não! Várias coisas influenciam aqui.
A visão humana pode pregar peças de acordo com a iluminação e estado psicológico. Com um fundo mais claro na imagem, o vestido parece mais claro, branco e dourado. Com um fundo mais escuro, ele parece ser mais escuro, azul e preto. Essa compensação visual é o cérebro tentando ajustar o que você está vendo de acordo com a iluminação. Veja o gif a seguir. Nenhuma cor foi alterada no vídeo, apenas os controles de brilho e contraste foram mexidos.
Por causa disso, dependendo da luminosidade do seu monitor, você pode ver o tal vestido em cores diferentes. Somente isso influencia? Não! Algumas pessoas, viram no mesmo monitor e ao mesmo tempo, o vestido em cores diferentes. Isso porque cada um tem uma percepção de luz e cor únicas. Pode ser um choque para você, mas ninguém enxerga cores da mesma forma. O meu azul, pode não ser tão azul quanto o seu, mas essas variações são mínimas, só sendo percebidadas de indivíduo para indivíduo em casos extremos, como as pessoas que tem daltonismo, doença que impede que alguém perceba cores corretamente.
O caso do vestido foi um golpe de sorte. Todos os fatores contribuíram para que nossa percepção fosse embaralhada.
“Eu tenho estudado diferenças em visões de indivíduos por 30 anos, e essa é uma das maiores diferenças individuais que já vi” – diz Jay Neitz, uma neurocientista da Universidade de Washington, em entrevista ao Wired. Perguntada sobre sua opinião, ela acha que o vestido é branco e dourado.
Esse tipo de ilusão na visão não é incomum. Nessa imagem a seguir, por exemplo. As peças de xadrez, acredite se quiser, são da mesma cor, só o fundo foi alterado e bastou isso para nossa percepção das peças mudar completamente e enxergarmos um jogo branco e outro preto.
Curiosidade
Se você continua achando que nós humanos somos o topo da evolução, repense. Humanos são incapazes de enxergar a luz ultravioleta, mas os insetos conseguem ver. Veja nessas flores a diferença entre o que vemos e o que os insetos vêem.
Ah… mais são apenas flores, isso não influencia em nada nossa vida. Ah é? Você consegue ver na sua pele os danos que a luz ultravioleta causam? Não? Dê uma olhadinha e se surpreenda em como o sol “vê” você.
E sobre o tal vestido? Qual o cor dele de fato? Aí vai minha opinião.
Algumas pequenas dicas que poderão levar a sua arte para um próximo nível.
Não se preocupe em encontrar o seu estilo inconfundível.
Algumas pessoas colocam muito peso em si, para estabelecer um estilo único que nunca foi criado. Deixe-se inspirar pelos outros (que não é o mesmo que copiar). Eventualmente, o seu próprio estilo irá surgir naturalmente.
As vezes esse processo é lento outras mais rápido. As vezes, sem que você perceba, sua arte já tem características que te identificam, mas elas não são as características que você desejava ou simplesmente você não as percebe.
Gostar de quem você é e como sua arte se manifesta é parte importante para se criar seu próprio estilo.
Experimente
Inovação conta com espontaneidade e risco. Deixe-se inspirar para experimentar coisas novas, mesmo se você não sabe o que irá sair de resultado. Não se preocupe com o que as pessoas esperam ou pensam de você. Criatividade é imprevisível!
Não se sinta pressionado a ter controle de tudo o que produz, as vezes certas coisas simplesmente saem por “acidente”. Expressões daquele momento único que você está vivendo.
Esqueça objetividade
Ninguém experimenta o mundo da mesma maneira que você faz sua arte. Não tente pintar de forma realista perfeita. Pinte o que você vê. Sua imagem precisa apenas agradá-lo, no fim das contas.
Claro que se o seu objetivo é ser um grande pintor realista, você deve se dedicar a isso e aprender tudo a respeito, mas entenda que o domínio da técnica não irá acontecer do dia para a noite e muito provavelmente a sua pintura realista não será igual em tudo aos seus ídolos. Ela terá a sua cara e a sua técnica.
Se livre de expectativas excessivas
A mais difícil de todas para mim. Trate cada peça como um trabalho em andamento. Não gosta do que vê de inicio? Considere isso como um primeiro esboço. Isto irá liberar sua mente da pressão para fazer um produto final, e você pode se surpreender com as belas imagens que você cria quando você não está se esforçando exageradamente para criar belas imagens.
Informações: Artigo de Felix do mindbodygreen e Design Culture