Não é comum encontrar jogos que envolvem elementos históricos reais, então surpreenda-se com este, um jogo independente feito por um português tratando o Brasil do século 18, Thralled!
Como tudo começou ?
Thralled nasceu como um projeto na faculdade em que o criador Miguel Oliveira, junto a uma equipe de estudantes apresentaram o jogo em um festival feito pela Universidade da Califórnia do Sul, mostrando e abordando um assunto muito delicado e forte: a Escravidão. Miguel sentia intensamente uma necessidade em falar sobre esse tema tão delicado tanto para os brasileiros quanto para os portugueses (que dirá para o mundo), pois é um tipo de assunto que afeta a humanidade. Sem contar que ele escolheu a área de games para tratar em seu projeto, uma área que infelizmente ainda sofre preconceito e não tendo muito respeito. O objetivo dele era estabelecer uma possibilidade de debate sobre o tema, como surgiu e todas as consequências que até hoje afetam a humanidade.
A arte do jogo é incrível e as animações muito interessantes. É uma qualidade muito superior a que se espera de um jogo independente.
Uma visão diferente nesse side-scroller
Estamos acostumados a ver jogos com temáticas trabalhadas em áreas históricas focadas sempre em grandes destaques de povos na humanidade como os ingleses, os portugueses, franceses e etc. Os povos que sofreram arduamente na mão deles nunca possuem um certo destaque, uma certa visão ao ponto de vista de quem sofreu toda essa luta, essa opressão “na pele” do que é ser aprisionado por outro humano. Trabalhar esse ponto de vista, algo tão incomum a nós, é uma maneira de tentarmos compreender sobre a escravidão e a relação da personagem com toda a sua história ali apresentada.
Compreendendo um pouco a Escolha
O Brasil foi escolhido por vários motivos, no qual podemos frisar sobre a abolição tardia e a quantidade exorbitante de escravos relatada. Miguel também frisa que a escravidão era pouco mencionada em sua terra natal.
A história Portuguesa sempre era vista com grandes conquistas, descobrimentos, “honras, sempre tratando a grandeza e seus grandes triunfos. Porém, não mencionavam toda a destruição, os estragos, os sofrimentos, as mortes causadas para se ter essas tão “preciosas” conquistas.
O que admira em Miguel , que pode ser compreendido através de suas entrevistas e seu projeto, é de uma certa responsabilidade que ele adquire e, de alguma forma, admitir os erros do passado causados por Portugal, seu país de origem, fazendo a todos que tiverem contato com seu jogo analisarem como essa parte horrível da nossa história afetou todo o futuro da humanidade.
Isaura, a escrava
Isaura é a personagem principal que foi capturada na África e vendida como escrava no século 18, tempos do Brasil Colonial. A história começa a partir do momento em que ela consegue escapar das plantações em que era forçada a trabalhar, com o desejo de buscar o seu bebê. Seu fortíssimo laço materno e todas as marcas de sofrimento e dor vividos por Isaura, acabará envolvendo os jogadores de uma forma tão profunda com os aspectos emocionais tratados no jogo. É nesse ponto que Miguel deseja criar um debate, um vínculo entre a personagem e o jogador, de modo que ele sinta o sofrimento e analise como até hoje os resquícios da escravidão e do que ocorreu são fortes e afetaram no futuro da humanidade.
É uma conquista e tanto, um jogo independente que se arriscou em tratar de um assunto tão polêmico estar ganhando grandes proporções. A forma e a proposta que Thralled apresenta, nos faz se interessar e se deixar envolver pelo jogo o quanto antes, alimentando uma questão muito séria e normalmente ignorada pela sociedade. Conquistar a nossa conscientização em relação ao tema abordado, a forma como um português, com a história de todo o seu país sendo a maior nação escravocrata da História e ter a coragem em trabalhar em um ponto de vista tão sério no qual sua nação “nem menciona” é algo curioso, é de se admirar.
Thralled aparentemente já me conquistou e está provável que no segundo semestre de 2014 lance e é exclusivo para o Ouya (no qual acreditou e investiu no projeto português). E você, também está ansioso para se envolver nessa questão?
O famosíssimo cartunista avesso a mídia Bill Watterson sobre seus hábitos de trabalho, o poder das histórias em quadrinhos, e como criar arte.
Bill Watterson, o criador da história em quadrinhos Calvin & Hobbes, é famoso por ser avesso a mídia. Ele deu duas entrevistas, total desde que aposentou sua tira em 1995. Repórteres escoltaram o lado de fora de sua casa em Ohio sem sucesso. O homem apenas prefere não ser uma figura pública. Mas no documentário Stripped (que você pode comprar ou alugar no iTunes), Watterson não só dá uma entrevista, ele desenhou a arte para o cartaz – o primeiro desenho de Watterson a ser publicado em quase 20 anos.
Watterson é o criador de uma das peças mais queridas de arte em quadrinhos, e a maioria de seus fãs provavelmente nunca ouviram ele falar antes. Ele acaba por ser muito parecido com se espera dele: pensativo, articulado, com a mentalidade de um artista, mas extremamente firme em suas crenças. Watterson é conhecido por se recusar a comprometer a sua visão da sua obra. Ele exigiu uma mudança para a página de domingo, por exemplo, para dar lugar maior para a arte. Ele se recusou a licenciar sua obra, e é por isso que você nunca viu um filme de Calvin & Hobbes ou mesmo uma camisa oficial Calvin & Hobbes. Aposentou-se no auge de sua popularidade, depois de apenas 10 anos – um tempo curto para os artistas de quadrinhos (Garfield, por exemplo, tem comido lasanha e odiado segundas-feiras há 36 anos). Sua carta de aposentadoria para os editores de jornais foi breve e disse que, em parte, “Eu acredito que eu tenho feito o que posso fazer dentro das limitações de prazos diários e pequenos painéis. Estou ansioso para trabalhar em um ritmo mais pensado, com menos compromissos artísticos . “
Aqui estão quatro dicas sobre o processo criativo que Watterson revela no filme:
1. Você Tem Que Se Perder em seu Trabalho
“Minha história em quadrinhos foi a maneira que eu explorei o mundo e minhas próprias percepções e pensamentos. Então, para desligar do trabalho, eu teria que desligar minha cabeça. Então, sim, o trabalho era insanamente intenso, mas esse era o porquê de fazê-lo “.
2. Criar Para Si Mesmo
“Sinceramente eu tentei esquecer que houve uma audiência. Eu queria manter a tira a sentindo pequena e intimista, como eu fiz, então meu objetivo era apenas fazer a minha esposa rir. Depois disso, eu iria colocá-la disponível, e o público poderia levá-la ou deixá-la. “
3. Torná-lo Bonito
“Meu conselho foi sempre a desenhar cartoons pelo amor a isso, e concentrar na qualidade e ser fiel a si mesmo. Além disso, tente lembrar-se de que as pessoas têm coisas melhores para fazer do que ler o seu trabalho. Então, pelo amor de Deus, tente seduzi-las com um pouco de beleza e diversão “.
4. Cada Mídia Tem Poder
“Uma tirinha leva apenas alguns segundos para ser lida, mas ao longo dos anos, ela cria uma surpreendente e profunda conexão com os leitores. Acho que esse aspecto adicional, esse aspecto diário despretensioso, é uma fonte de poder.”
O que poderia ser mais irrelevante do que uma tirinha? Quatro ou cinco painéis estáticos, movimento mínimo, uma piada rápida. No entanto, Watterson (e muitos outros artistas de quadrinhos) conseguiram criar incríveis, mundos significativos, mundos que são genuinamente importantes para as pessoas que os lêem. Não há tal coisa como uma mídia pequena.
Nós vemos por aí um monte de fanarts homenageando Pokemon, assim como os famosos Pokemons realistas de RJ Palmer, mas nunca algo tão adorável e com tanta personalidade como estes. A jovem artista canadense, Piper Thibodeau, popularmente conhecida como “Cryptid-Creations” em sua conta no DeviantArt, pinta digitalmente sua própria visão de muitos Pokemons. O resultado é adorável e mostra claramente seu estilo único.
Seu estilo se caracteriza por dar uma aparência animada mais geométrica. Confira alguns pokemons a seguir.
Sabia que você conhece mais músicas clássicas do que imagina? Elas estão em todo lugar: filmes, animações, comerciais, desenhos animados… inclusive elas estão chegando devagar ao mundo da mobilidade, mas isso é um outro papo. Atualmente é comum se compor uma trilha sonora exclusivamente para um trabalho e isso vem acontecendo a algum tempo, porém no passado músicas clássicas consagradas foram usadas como trilha sonora dos mais diversos gêneros, do cinema aos cartoons.
Foi Chuck Jones, criador dos Looney Tunes, uma das pessoas que mais contribuiram para que conhecêssemos a música clássica. Se não me engano foi ele quem disse que “a música clássica e os desenhos animados formam um casamento perfeito”.
Limpe seus ouvidos e se prepare para a lista que mostra várias músicas clássicas que você provavelmente conhece e nem sabia disso.
4-Bach: Toccata And Fugue – Música de Impacto, presente em diversos filmes e até mesmo em desenho animado.
5-Rossini: William Tell Overture – Música de entrada de reis ou de cavalos. Presente em quase todos os cartoons como Piu-piu e Frajola, Tom e Jerry ou Pica-Pau. Filmes medievais antigos também possuem essa música. Importante ainda citar que o Mickey já regeu essa música em The Band Concert, o que particularmente tornou impossível para mim pensar nela sem lembrar de um tornado.
7-Strauss: Blue Danube – Típica valsa de aniversário de 15 anos. Super popular. Também muito presente em desenhos animados.
8-Orff: O Fortuna – Se você conhece alguma música em latim ou já viu algum filme de cunho religioso (como por exemplo: “O Fim dos Dias“) conhece essa música. Aparece também no filme do Jackass.
9-Strauss: Also Sprach Zarathustra – Se você vê muitos filmes provavelmente já ouviu essa música. É a abertura de todos os filmes de um estúdio de gravação (não me lembro qual). Se não me engano aparece também em “O Guarani” de Carlos Gomes. Está também em “Uma Odisséia no Espaço“.
10-Offenbach: Infernal Galop – Aparece em muitos cartoons, me lembro claramente do Tom (de Tom & Jerry) tocando no piano. É também aquela música típica de can can, por isso aparece em tudo quanto é filme ou vídeo dessa modalidade de dança.
11-Handel: Hallelujah Chorus – Sem comentários. É aquele coro de: Haaaallelujah, haaaallelujah, hallelleeeelujaaaaaaah. É o som que sai quando tu usa a granada santa do jogo Worms Armagedom.
15-Elgar: Pomp And Circumstance– Música de formatura, aparece em desenhos e propagandas publicitárias também. Se você clicou para escutar e disse “essa eu não conheço”, experimente pular para o meio da música.
19-Mendelssohn: Wedding March – Clássica música de casamento. Os casamentos ou filmes de casamento provavelmente trarão essa música.
20-Rimsky-Korsakov: Flight Of The Bumblebee – Uma das músicas mais divertidas da história. Virou popular no metal através da banda Extreme (a mesma da balada More Than Words). Segundo as meninas do Nocturne in the Moonlight, foi usada para bater o recorde de guitarrista mais rápido do mundo. Além dessas citações, vários desenhos usam essa música quando tem abelhas envolvidas na trama.
25-Rosas: Over The Waves – Aparece em diversos casos na cultura popular. Esta valsa é realizada no filme de James BondOctopussy na cena do circo na Alemanha. Em Sesame Street, Ernie cantou muitas vezes uma música chamada George Washington Bridge para esta melodia. Sobre las Olas pode ser ouvida também na produção de 1944, filme da Disney The Three Caballeros durante o segmento de Cold-Blooded Penguin.
26-Williams: Imperial March – Que a força esteja com você! Música do Darth Vader de Star Wars. Se você pensou que essa música não era clássica se enganou, embora Star Wars não exita sem esse tema.
31-Dukas: Sorcerer’s Apprentice – Mundialmente conhecida pela animação Fantasia da Disney, onde Mickey, um aprendiz de magia, bagunça tudo testando magias que ainda não domina.
32-Copland: Hoedown – Muitos desenhos e filmes que tratam de “Country”, Velho Oeste, Rodeio, usaram essa música.
33-Wagner: Ride Of The Valkyries – Freqüentemente usada em produções cinematográficas e televisivas. Nos primeiros dias de Hollywood, a trilha sonora original para filme polêmico de DW Griffith O Nascimento de uma Nação (1915). Exemplos mais recentes incluem seu uso em Chuck Jones 1957 animado de curta “O Opera, Doc?” e do filme de guerra 1979 Apocalypse Now, onde a 1/9 Air regimento de cavalaria toca a peça de música em alto-falantes montados em helicóptero durante o ataque contra uma aldeia vietnamita como guerra psicológica e também para motivar os seus próprios soldados.
36-Bizet: Habanera – Não é difícil conhecer essa música, está em muitos filmes e desenhos animados. vem da aria Carmem.
37-Jenkins: Palladio – Música usada muito para criar um clima de suspense. Você provavelmente já viu mágicos usando ela.
38-Chopin: Funeral March – Essa você conhece muito bem, em praticamente 90% dos enterros da ficção ela está presente. Foi para diversos ritmos por diversas bandas, inclusive para jogos de video game.
39-Mozart: Rondo Alla Turca – Tão famosa e difundida que fica até deifícil dar exemplos, mas tenho certeza que você conhece, basta ouvir para reconhcê-la.
40-Mussorgsky: Night On Bald Mountain – Filmes de suspense, terror, jogos, essa música vem perseguindo você por todos os lados a anos. Sinta medo, sinta muito medo…
42-Grieg: Morning – Ah… o amanhecer. Da até pra ver os pássaros cantando ouvindo essa música. Marca presença em desenhos animados e filmes.
43-Mozart: Marriage Of Figaro Overture – Vários desenhos animados usam essa música e apesar do nome essa não é aquela “Fiiiigaro” que você está pensando.
44-Sousa: Stars And Stripes Forever – Marcha patriota Estadounidense, desenhos e filmes já reproduziram essa música. Eu particularmente acho que ela soa um tantinho ridícula.
45-Wagner: Wedding March – A tão famosa marcha de casamento. Não saberia nem o que citar devido a quantidade absurda de locais em que ela aparece.
46-Vivaldi: Spring – O clássico dos clássicos. Em qualquer lugar em que se queria passar uma atmosfera erudita essa música já foi tocada.
53-Rossini: Largo Al Factotum (Figaro) – Figaro Figaro Figarooooooooooo, essa sim é a Figaro que você conhece. Essa aparece em todos os lugares, desde desenhos à filmes, passando por novelas e programas de humor. Eternizado em desenhos animados, como Pernalonga, Pica-Pau, Tom e Jerry, pelo Frajola e por aí vai.
55-Mouret: Rondeau – Provavelmente você a viu em algum filme com “realeza”.
56-Brahms: Lullaby – Amais famosa canção de ninar de todos os tempos. Ganhou diversas versões cantadas.
57-Bach: Minuet In G – Quem já viu alguma apresentação musical de qualquer instrumento tem grandes chances de ter ouvido essa música, que é uma das mais conhecidas de Bach. Já deve ter aparecido em alguns filmes ou desenhos.
62-Beethoven: 9th Symphony – Talvez a música clássica mais conhecida de todos os tempos. Você pode encontrá-la em vários lugares. Beethoven seu popstar! Se não estiver reconhecendo ela, tente avançar para um pouco depois do meio da música.
63-Brahms: Hungarian Dance No. 5 – Muito conhecida também de filmes e desenhos. Ganhou versão em metal pela banda Archeon. Não sei porque, mas me sinto tão Russo ouvindo essa música.
Diferentes variações do tema de amor da abertura também foram tocadas no original jogo The Sims, quando dois Sims realizam com sucesso a interação “Beijo” .
83-Rossini: Barber Of Seville Overture – Outro trecho de “O Barbeiro de Sevilha”. Aparece em filmes e desenhos, me lembro bem do Pernalonga cantando o trecho que diz “Parece que levou Trom-Ba-da”. Quem já jogou Ragnarök Online com o bardo conhece essa música também, pois ela é a de uma das habilidades dessa classe.
88-Strauss: Tritsch-Tratsch Polka – Polka bastante difundida. Conhecida de um remix, a peça foi usado como música de fundo para a terceira fase do jogo de vídeo Gokujou Parodius. Uma light-dance-styled remix e aparece como uma canção em Dance Dance Revolution: Mario Mix sob o nome Always Smiling.
90-Handel: Water Music: Suite 2 (Alla Hornpipe) – Muitas partes da Water Music tornaram-se familiar. Entre 1959 e 1988 um movimento Water Music foi utilizado para a ident de Anglia Television. O grande movimento D em 3/2 metros como subtítulo “Alla Hornpipe” é particularmente notável e tem sido usado com freqüência para comerciais de televisão e rádio, incluindo comerciais para a privatização das empresas de água do Reino Unido no final de 1980. O “Air” e “Bourrée” da F grande “suíte” também se tornaram populares com o público, com o último sendo o tema de música para o cozimento PBS popular programa The Frugal Gourmet.
De 1977 a 1996, Walt Disney World contou com momentos de ambas as parcelas da Water Music como a música de fundo para o Electrical Water Pageant, um desfile de criaturas do mar iluminado com luzes elétricas ao largo da costa do Magic Kingdom.
Allegro em D foi usado em uma cena inspiradora do filme de 1989 Sociedade dos Poetas Mortos, estrelado por Robin Williams e Ethan Hawke.
95-Denza: Funiculi, Funicula – Ópera super conhecida também. Aparece em diversos filmes e desenhos, incluindo um do Mickey. Apareceu também nas novelas da globo que tinham italianos. Furniculi, furnicula, furniculi, furniculaaaaaaaaaa.
Um curta maravilhoso ao som de “moses” do filme “Singing in The Rain” com Gene Kelly e Donald O’Connor em uma cena de exercício de dicção que se transforma em um frenético balé de sapateado e que neste curta, se torna uma adorável homenagem.
Desde os tempos das animações mudas e em preto e branco, a Disney conseguia transmitir as intenções e pensamentos de seus personagens.
O artista italiano Cento Lodigiani transformou em uma série de GIFs animados os 12 princípios das animações do Walt Disney Studios, desenvolvidos pelos animadores Frank Thomas e Ollie Johnston na década de 1930 e explicados no livro “A Ilusão da Vida”, publicado em 1981. Veja todos reunidos (em inglês) no curta acima, e cada um deles explicado abaixo.
Comprimir e Esticar: cria a ilusão de volume e massa a um personagem que se move.
Antecipação: prepara o espectador para uma ação principal que o personagem está prestes a performar.
Encenação: apresentação de uma ideia para que ela fique bem clara.
Animação direta e posição-chave: a posição-chave envolve controle e clareza maiores, enquanto o método de animação direta confere maior espontaneidade.
Continuidade e sobreposição da ação: quando o corpo “principal” do personagem para de se movimentar, todas as outras partes continuam se movimentado, nada para de uma só vez.
Aceleração e desaceleração: em um movimento, há mais desenhos do personagem no início do movimento e mais no fim, havendo menos no meio, indicando a aceleração e a desaceleração.
Movimento em arco: a maioria das ações segue um arco, ou um caminho minimamente circular, e por isso arcos conferem mais naturalidade e melhor fluidez.
Ação Secundária: é uma ação adicional usada na cena como um reforço da ação principal, além de dar a ela mais dimensão.
Temporização: mantém a aparência de um objeto respeitando as leis da física. Quanto mais desenhos (quadros) do personagem ao todo, mais lenta e suave se torna ação. Quanto menos desenhos, mais rápida e “quebradiça” a ação.
Exagero: mantenha-se fiel à realidade, apenas apresente-a em uma forma mais extrema.
Desenho volumétrico: levar em contar as três dimensões, dando às formas volume e peso.
Apelo: o carisma e o charme da ação ou personagem, que devem ser atraentes aos olhos do espectador.
Você já deve ter ouvido por aí que o dinheiro move o mundo, bom esses dois caras são a prova viva disso. Hugh Harman e Rudolf Ising são nada mais nada menos do que os responsáveis pela criação dos maiores estúdios de animação que já existiram. São eles que criaram o estilo de animação e alguns dos personagem que tornaram possível a existência do Mickey, Tom e Jerry, Pica pau, Looney Tunes, e por aí vai.
Mas se eles não criaram esses personagens, como exatamente são os responsáveis? Acontece que eles formaram os times responsáveis e desenvolveram juntos, técnicas e personagens que fizeram possível o início de estúdios de animação como Walt Disney pictures, Warner Bros Pictures e Metro Goldwyn Mayer (MGM), ajudaram particurlarmente em coisas como aquele estilo do pica-pau loucão, do topete pra cima, na criação do conceito do próprio Mickey. O caso é que o estilo deles era único e reconhecível por qualquer um que fosse fã de desenhos animados. Em outras palavras, eles foram os caras que fizeram você se apaixonar por desenhos animados quando criança.
Você já deve ter escutado alguém dizer coisas como “eu gostava dos primeiros desenhos do Tom e Jerry, os mais novos são bons, mas os antigos são melhores”. Isso porque Harman e Ising tinham um estilo de animação e desenho todo único, davam personalidade aos desenhos. Mas se eles eram tão bons porque não existem personagens criados 100% por eles? Como eu disse, o dinheiro move o mundo, simplesmente por falta de recursos. Os donos de estúdios eram os donos da bola, quem tinha o dinheiro que fazia o mundinho da animação girar. Harman e Ising tiveram inclusive os direitos de um de seus personagem tirados deles por causas contratuais. Tentaram inclusive criar seu próprio estúdio de animação, mas sem sucesso.
Mas nem tudo são lágrimas, quer ver que você conhece o trabalho deles? Lembra de uns desenhos muito bacanas que passava na Rede Globo, BEM cedo, quase de madrugada, intitulados “Biblioteca de Desenhos Animados”? Pois é, muitos desses desenhos foram feitos por essa dupla enquanto trabalharam para a MGM. No Brasil conhecemos como “Biblioteca de Desenhos Animados”, mas essa série se chamava “Happy Harmonies” a Hugh Harman and Rudolf Ising Cartoon.
Se você quiser matar saudade de alguns desenhos da “Biblioteca de Desenhos Animados” aqui vai alguns deles: