Não é comum encontrar jogos que envolvem elementos históricos reais, então surpreenda-se com este, um jogo independente feito por um português tratando o Brasil do século 18, Thralled!
Como tudo começou ?
Thralled nasceu como um projeto na faculdade em que o criador Miguel Oliveira, junto a uma equipe de estudantes apresentaram o jogo em um festival feito pela Universidade da Califórnia do Sul, mostrando e abordando um assunto muito delicado e forte: a Escravidão. Miguel sentia intensamente uma necessidade em falar sobre esse tema tão delicado tanto para os brasileiros quanto para os portugueses (que dirá para o mundo), pois é um tipo de assunto que afeta a humanidade. Sem contar que ele escolheu a área de games para tratar em seu projeto, uma área que infelizmente ainda sofre preconceito e não tendo muito respeito. O objetivo dele era estabelecer uma possibilidade de debate sobre o tema, como surgiu e todas as consequências que até hoje afetam a humanidade.
A arte do jogo é incrível e as animações muito interessantes. É uma qualidade muito superior a que se espera de um jogo independente.
Uma visão diferente nesse side-scroller
Estamos acostumados a ver jogos com temáticas trabalhadas em áreas históricas focadas sempre em grandes destaques de povos na humanidade como os ingleses, os portugueses, franceses e etc. Os povos que sofreram arduamente na mão deles nunca possuem um certo destaque, uma certa visão ao ponto de vista de quem sofreu toda essa luta, essa opressão “na pele” do que é ser aprisionado por outro humano. Trabalhar esse ponto de vista, algo tão incomum a nós, é uma maneira de tentarmos compreender sobre a escravidão e a relação da personagem com toda a sua história ali apresentada.
Compreendendo um pouco a Escolha
O Brasil foi escolhido por vários motivos, no qual podemos frisar sobre a abolição tardia e a quantidade exorbitante de escravos relatada. Miguel também frisa que a escravidão era pouco mencionada em sua terra natal.
A história Portuguesa sempre era vista com grandes conquistas, descobrimentos, “honras, sempre tratando a grandeza e seus grandes triunfos. Porém, não mencionavam toda a destruição, os estragos, os sofrimentos, as mortes causadas para se ter essas tão “preciosas” conquistas.
O que admira em Miguel , que pode ser compreendido através de suas entrevistas e seu projeto, é de uma certa responsabilidade que ele adquire e, de alguma forma, admitir os erros do passado causados por Portugal, seu país de origem, fazendo a todos que tiverem contato com seu jogo analisarem como essa parte horrível da nossa história afetou todo o futuro da humanidade.
Isaura, a escrava
Isaura é a personagem principal que foi capturada na África e vendida como escrava no século 18, tempos do Brasil Colonial. A história começa a partir do momento em que ela consegue escapar das plantações em que era forçada a trabalhar, com o desejo de buscar o seu bebê. Seu fortíssimo laço materno e todas as marcas de sofrimento e dor vividos por Isaura, acabará envolvendo os jogadores de uma forma tão profunda com os aspectos emocionais tratados no jogo. É nesse ponto que Miguel deseja criar um debate, um vínculo entre a personagem e o jogador, de modo que ele sinta o sofrimento e analise como até hoje os resquícios da escravidão e do que ocorreu são fortes e afetaram no futuro da humanidade.
É uma conquista e tanto, um jogo independente que se arriscou em tratar de um assunto tão polêmico estar ganhando grandes proporções. A forma e a proposta que Thralled apresenta, nos faz se interessar e se deixar envolver pelo jogo o quanto antes, alimentando uma questão muito séria e normalmente ignorada pela sociedade. Conquistar a nossa conscientização em relação ao tema abordado, a forma como um português, com a história de todo o seu país sendo a maior nação escravocrata da História e ter a coragem em trabalhar em um ponto de vista tão sério no qual sua nação “nem menciona” é algo curioso, é de se admirar.
Thralled aparentemente já me conquistou e está provável que no segundo semestre de 2014 lance e é exclusivo para o Ouya (no qual acreditou e investiu no projeto português). E você, também está ansioso para se envolver nessa questão?
Design é uma área de trabalho ampla, com uma enorme variedade de disciplinas. Para quem está estudando, começando a entrar no mercado ou simplesmente não entende o que um designer faz (as mães que o digam), aqui está um guia para entender as principais áreas do Design.
Design Gráfico
Design Gráfico muitas vezes é chamado apenas de “Design” por ser a área mais conhecida.
O Designer Gráfico trabalha diretamente com o visual dos produtos: sejam imagens para um site, material gráfico, fotografias, infografia, sinalização, diagramação, tipografia, embalagens, etc.
Muitos profissionais de outras áreas (fotógrafos, ilustradores, estilistas, etc) também podem ser designers gráficos ou acabam atuando na área mesmo sem formação. Isso torna o Design Gráfico o segmento mais popular e genérico do design, o que muitas vezes dificulta a valorização do trabalho, e por isso é sempre bom que o profissional se especialize.
Diferenciais: Saber desenhar bem, ter ótima percepção de cores, tipografia.
Design de Interface
Engloba uma área grande de atuação. O objetivo do design de interface de usuário é tornar a interação do usuário o mais simples e eficiente possível, em termos de realização dos objetivos do usuário. O processo de design deve equilibrar funcionalidade técnica e elementos visuais para criar um sistema que não é apenas operacional mas também útil e adaptável para alterar as necessidades do usuário.
Quando falamos de interface podemos pensar em todo tido de interação humana com uma interface ou sistema. Painéis de carros, secretárias eletrônicas, softwares (que pode ser considerado uma área do design a parte – Design de Software), a internet e mais recentemente os celulares e tablets criaram um segmento de mercado enorme para a criação de interfaces.
O profissional deve pensar em como um usuário leigo vai utilizar o produto, sempre procurando facilitar o uso, porém sempre levando em conta que toda pessoa possui capacidade para entender coisas mais complexas também. O Design de Interface combina elementos de programação e principalmente estudo do comportamento.
Ferramentas: Illustrator, Photoshop, Dreamweaver, Flash, entre outros.
Diferenciais: Ter muito conhecimento de interação e comportamento, saber programar.
Web Design
Este é um segmento que se mistura ao Design Gráfico e de Interface. O Web Designer é o profissional que desenvolve web sites, hot sites, blogs, lojas virtuais, etc.
Antigamente fazer sites era um trabalho muito manual e focado no código. Era um processo lento e demorado. Hoje, o foco do Web Designer é a praticidade, a segurança, o visual e a navegação dos sites.
É importante nesse segmento do design que se entenda como funciona a programação, o código por trás da interface. O designer aqui não necessariamente precisa ser um programador, mas deve ser um desenvolvedor web, o que significa que ele precisa entender a mecânica, conhecer o que é possível ou não fazer e saber integrar seu layout a um código.
Ferramentas: Aplicativos, softwares de programação Web e programas para Design Gráfico.
Diferenciais: Saber programar e conhecer bem as tendências de desenvolvimento web.
Motion Graphics
Motion Graphics é a criação de animações digitais com vídeo, efeitos e imagens, também conhecida como “multimídia”. É um segmento forte do design porque possui aplicações no cinema, na música, na publicidade e em diversas outras áreas.
Trabalhar com Motion Graphics significa criar animações, efeitos especiais, gráficos e arte digital em vídeo.
O legal de trabalhar com vídeos é que o resultado é muito bacana e impactante. Mas apesar de ser um trabalho bem visual, o processo de criação é demorado e muito minucioso.
É interessante procurar alguma especialização em Motion Graphics, como animação de personagem, efeitos visuais ou 3D. Se conseguir mergulhar em um desses assuntos, com certeza terá mais base para suas criações.
Ferramentas: After Effects, Cinema 4D, Photoshop, Maya, Flash.
Diferenciais: Conhecimento de animação tradicional.
Game Design
Enquanto nos anos 80 e 90 as pessoas curtiam os games sem nem imaginar que poderiam colaborar com suas idéias, hoje existem milhares de pessoas lançando jogos. Criar games deixou de ser algo exclusivo das grandes produtoras.
Trabalhar com design para games é uma mescla de Design Gráfico, animação, programação, modelagem 3D e Design de Interface.
O desenvolvimento de games é dividido em várias áreas e exige muito conhecimento técnico. É difícil um game ser desenvolvido por apenas uma pessoa (a não ser um jogo mais simples) e por isso é muito bom saber trabalhar em equipe e ter um conhecimento geral do processo.
Ferramentas: Varia bastante de acordo com a plataforma.
Diferenciais: Ter muito conhecimento de games e bastante criatividade.
Design de Interiores
Design de Interiores é uma área bem ampla que envolve estudo, projeto e criação de ambientes levando todos os aspectos em conta: iluminação, conforto, temperatura, texturas e materiais. Cuidado para não confundir um Designer de Interiores com um Decorador.
O designer não vai simplesmente decorar o ambiente – ele vai combinar elementos com base em um projeto detalhado do espaço, materiais, temperatura e iluminação.
Ferramentas: AutoCAD, Sketchup, Revit, Photoshop.
Diferenciais: Ter ótima noção espacial e conhecimento de arquitetura, iluminação e materiais.
Design de Produto
Esse é um segmento que voltou com força total depois da popularização das impressoras 3D. Design de Produto envolve todas as etapas de criação de um produto, passando pelo rascunho, protótipos e produto final.
Atualmente é fácil modelar em 3D e criar produtos básicos sem muito conhecimento técnico. Mas quem quer se especializar como um Designer de Produto deve estudar bastante e conhecer a fundos os programas de modelagem.
Ferramentas: Alias Design, Solidworks.
Diferenciais: Ótima visão espacial, conhecimentos de geometria e de materiais.
Design de Moda
Design de Moda é a aplicação do design na criação de roupas e acessórios. É uma área que mistura elementos gráficos com o aspecto técnico da construção de roupas.
Trabalhar com moda exige conhecimento histórico e o acompanhamento incessante de tendências.
E não adianta fazer apenas ilustrações bonitas. Mesmo quem trabalha apenas fazendo estampas de camiseta precisa ter o conhecimento técnico de como as roupas são feitas, estampadas e finalizadas.
Ferramentas: Programas de Design Gráfico e ferramentas manuais.
Diferenciais: Conhecimento técnico e muitas referências.
Mobile Design
Talvez o mais novo de todos os seguimentos. Mobile design é uma área relativamente jovem, que muda muito rápido e está diretamente ligada a tecnologia. Trata-se de criar aplicativos, jogos, web apps… ferramentas que irão rodar em um dispositivo móvel como um celular ou um tablet.
Ser um desenvolvedor mobile é entender que estamos lidando com interação em uma interface com recursos limitados por tamanho e/ou processamento, no entanto a tecnologia tem permitido muitas melhoras nesse aspecto.
Tal qual um web design, para ser um desenvolvedor mobile é preciso entender a programação por trás da plataforma, não necessariamente ser um programador, mas conhecer e entender os limites e necessidades de um código. A programação do sistema muda de acordo com a plataforma: IOS (apple), Android (com suas versões de doces como Kitkat e Jelly Beans), Windows Phone, etc.
Além de códigos, é impotante saber que criar uma interface mobile vai depender de para qual plataforma você está desenvolvendo. Cada plataforma tem suas especificações de funcionamente determinadas por sua empresa responsável, que normalmente concede guias e downloads que permitem entender sua configuração e permitindo que seu layout siga essas premissas.
Ferramentas: Photoshop, Illustrator, softwaresd e programação e outros.
Diferenciais: Saber trabalhar em equipe, entender comportamento humano, estar antenado com as novidades tecnológicas.
Há um certo tempo suspeita-se de que alguns dos velhos mestres podem ter tido contado com dispositivos ópticos, como a câmara lucida para ajudar com a escala e proporção em suas pinturas, levando a interpretações mais realistas de paisagens e retratos.
Tim Jenison, um inventor e especialista em computação gráfica, ficou obcecado com umdesses pintores: o mestre holandês Johannes Vermeer, que criou pinturas tão realistas que pareciam ter mais em comum com a fotografia do que a com a pintura. Poderia Vermeer ter criado um sistema para replicar cenas na frente dele usando lentes e espelhos?
Jenison embarcou em um experimento para recriar uma das mais famosas pinturas de Vermeer, “A lição de música.” O experimento é uma obsessão que iria consumir cinco anos de sua vida envolvendo a construção real de toda a sala vista na pintura e seus detalhes mais minuciosos.
Todo o esforço foi filmado e se transformou em um documentário intitulado Tim’s Vermeer, cujo trailer pode ser visto abaixo.
O famosíssimo cartunista avesso a mídia Bill Watterson sobre seus hábitos de trabalho, o poder das histórias em quadrinhos, e como criar arte.
Bill Watterson, o criador da história em quadrinhos Calvin & Hobbes, é famoso por ser avesso a mídia. Ele deu duas entrevistas, total desde que aposentou sua tira em 1995. Repórteres escoltaram o lado de fora de sua casa em Ohio sem sucesso. O homem apenas prefere não ser uma figura pública. Mas no documentário Stripped (que você pode comprar ou alugar no iTunes), Watterson não só dá uma entrevista, ele desenhou a arte para o cartaz – o primeiro desenho de Watterson a ser publicado em quase 20 anos.
Watterson é o criador de uma das peças mais queridas de arte em quadrinhos, e a maioria de seus fãs provavelmente nunca ouviram ele falar antes. Ele acaba por ser muito parecido com se espera dele: pensativo, articulado, com a mentalidade de um artista, mas extremamente firme em suas crenças. Watterson é conhecido por se recusar a comprometer a sua visão da sua obra. Ele exigiu uma mudança para a página de domingo, por exemplo, para dar lugar maior para a arte. Ele se recusou a licenciar sua obra, e é por isso que você nunca viu um filme de Calvin & Hobbes ou mesmo uma camisa oficial Calvin & Hobbes. Aposentou-se no auge de sua popularidade, depois de apenas 10 anos – um tempo curto para os artistas de quadrinhos (Garfield, por exemplo, tem comido lasanha e odiado segundas-feiras há 36 anos). Sua carta de aposentadoria para os editores de jornais foi breve e disse que, em parte, “Eu acredito que eu tenho feito o que posso fazer dentro das limitações de prazos diários e pequenos painéis. Estou ansioso para trabalhar em um ritmo mais pensado, com menos compromissos artísticos . “
Aqui estão quatro dicas sobre o processo criativo que Watterson revela no filme:
1. Você Tem Que Se Perder em seu Trabalho
“Minha história em quadrinhos foi a maneira que eu explorei o mundo e minhas próprias percepções e pensamentos. Então, para desligar do trabalho, eu teria que desligar minha cabeça. Então, sim, o trabalho era insanamente intenso, mas esse era o porquê de fazê-lo “.
2. Criar Para Si Mesmo
“Sinceramente eu tentei esquecer que houve uma audiência. Eu queria manter a tira a sentindo pequena e intimista, como eu fiz, então meu objetivo era apenas fazer a minha esposa rir. Depois disso, eu iria colocá-la disponível, e o público poderia levá-la ou deixá-la. “
3. Torná-lo Bonito
“Meu conselho foi sempre a desenhar cartoons pelo amor a isso, e concentrar na qualidade e ser fiel a si mesmo. Além disso, tente lembrar-se de que as pessoas têm coisas melhores para fazer do que ler o seu trabalho. Então, pelo amor de Deus, tente seduzi-las com um pouco de beleza e diversão “.
4. Cada Mídia Tem Poder
“Uma tirinha leva apenas alguns segundos para ser lida, mas ao longo dos anos, ela cria uma surpreendente e profunda conexão com os leitores. Acho que esse aspecto adicional, esse aspecto diário despretensioso, é uma fonte de poder.”
O que poderia ser mais irrelevante do que uma tirinha? Quatro ou cinco painéis estáticos, movimento mínimo, uma piada rápida. No entanto, Watterson (e muitos outros artistas de quadrinhos) conseguiram criar incríveis, mundos significativos, mundos que são genuinamente importantes para as pessoas que os lêem. Não há tal coisa como uma mídia pequena.
Nós vemos por aí um monte de fanarts homenageando Pokemon, assim como os famosos Pokemons realistas de RJ Palmer, mas nunca algo tão adorável e com tanta personalidade como estes. A jovem artista canadense, Piper Thibodeau, popularmente conhecida como “Cryptid-Creations” em sua conta no DeviantArt, pinta digitalmente sua própria visão de muitos Pokemons. O resultado é adorável e mostra claramente seu estilo único.
Seu estilo se caracteriza por dar uma aparência animada mais geométrica. Confira alguns pokemons a seguir.
O belga Brecht Vandenbroucke acaba de lançar nos Estados Unidos seu livro de estreia “White Cube”, quadrinho que traz uma série de ilustrações com versões apocalípticas da vida cotidiana e do sistema.
Pra quem não conhece o trabalho do cara, seus desenhos fazem um divertido mix colorido de cultura pop, loucura e surrealismo. Também tem algumas recriações zuêra de obras clássicas como “O Grito”, de Edvard Munch e “Guernica, do Picasso.
Você nunca imaginou que monstros poderiam ser tão fofos. A Sweet Monster é uma lojinha virtual, sediada em Vila Velha, Espírito Santo – Brasil, muito divertida que desenvolve um trabalho bem legal e incomum de Toy-Art, Craft e Design com temáticas de terror, bandas e do universo lúdico.
Almofadas, imãs, chaveiros e toys, tudo feito com muita criatidade e humor. A loja ainda personaliza seus trabalhos de acordo com o cliente, basta encomendá-los com a sua escolha. Não é muito difícil se encantar com os trabalhos.
A Sweet Monster foi criada por Gabriela Queiroz e tem uma história interessante e bem recorrente atualmente. Trabalhar com arte de forma satisfatória tem sido muito difícil num mercado onde arte e design são vistos como necessários porém não valorizados do ponto vista financeiro. Ganhar dinheiro “fazendo arte” não é simples nessas condições.
O Urucum Digital conversou com Gabriela que falou um pouquinho de seu trabalho e deu algumas dicas, tudo com muita simpatia.
Eu sei que você queria ser ilustradora, entendo bem o que é isso porque eu também passei pela mesma vontade e tenho minhas próprias experiências sobre o assunto. Como foi pra você esse período de procurar trabalho nessa área?
Me formei tem 3 anos em Design Gráfico, mas trabalho com isso desde os 17/18 anos de idade. Trabalhei em gráfica, produtora de vídeo, agência e fábrica de roupa criando estampas, mas sempre quis trabalhar mesmo com esse lado mais “lúdico” do Design, ilustração etc. Confesso que procurei pouco trabalho como ilustradora mesmo, pois é um mercado MUITO difícil pelo menos aqui no ES, peguei alguns freelas somente ilustrando. O único lugar que trabalhei como “ilustradora” mesmo foi desenhando estampas para uma marca de roupa daqui de Vila Velha, a ZU.
Você ainda ilustra?
Ilustro sim, muito pouco mas quando dá tempo ainda faço meus rabisquinhos rs.
O fato de você trabalhar com criatividade e ter suas próprias ideias contribuiu para desistir de trabalhar para os outros e começar o seu próprio negócio? Do seu jeito e com a sua cara.
Sim com toda certeza do mundo! Primeiro que gosto de ter liberdade na hora de criar e segundo descobri que poderia ser mais feliz trabalhando por conta própria. Sempre tive vontade de montar um negócio, só que nunca dava certo pois não tinha muito empenho e incentivo e achava que não ia ganhar dinheiro com isso. Foi quando depois de um tempo trabalhando em um escritório de design percebi que minha saúde estava indo pro brejo, estava insatisfeita e stressada. Aí decidi largar o “estável” para tentar começar um negócio.
Você tem um estilo todo próprio, com tatuagens e gostos diferentes da maioria, isso ajudou a escolher o ramo dos “monstrinhos”? De onde veio a ideia?
Desde nova sempre tive interesse em bonecos, monstrinhos, em temas de terror, coisa lúdicas, bandas e etc e foi nisso que me inspirei pra montar a Sweet Monster toys. Quando era mais nova desenhava e criava muitos monstrinhos, sou fissurada pela figura do Frankenstein e sempre tive esse gosto meio “peculiar”. E mesmo atualmente a maior parte das encomendas serem pedidos de personagens de outros, ainda crio alguns e os desenvolvo com meu próprio estilo.
O trabalho que você faz é bem diferente de outros toy art que conheço, isso ajuda você a se destacar?
Nos bonecos que eu mesmo crio eu tento sempre colocar detalhes, acho que detalhes fazem toda diferença em uma peça ou ilustração, e SEMPRE gosto de inserir elementos desproporcionais.
Você se diverte com o que faz? Porque a impressão que dá nas suas redes sociais é de que tudo é uma grande brincadeira para você, inclusive o resultado do seu trabalho é bem divertido.
TOTALMENTE!! ahhaha eu amo o que faço!! Trabalho ouvindo música, vendo filme, seriado, documentários etc e me pego as vezes falando sozinha rs. É tipo uma brincadeira de gente grande!! hahaha
Eu quase todos os dias fico de 8 horas até 20/21 horas trabalhando e não troco essas horas todas de trabalho por outro tipo de trabalho nuncaa =)
Você acha que o futuro para artistas, designers, e todas as pessoas que trabalham com criatividade e que não são valorizadas no mercado é começar seu próprio negócio ou abrir seu próprio estúdio/galeria?
Com certeza. Apoio totalmente! Quando você trabalha nessa area pra outros, acaba limitando sua criatividade e você nem consegue exercer seu potencial da melhor forma. E você pode pensar assim, “ah mas nem vou ganhar a grana que ganho trampando em tal lugar etc”..mas ganha sim! Até mais quando você se empenha mesmo. Basta persistir .
O artista hoje tem que ser um empresário também? Que conselhos você pode dar?
Atenda muito bem seus clientes, seja tipo amigo deles. Dê total atenção à ele, queira sempre surpreende-lo também. Seja sempre honesto e claro a respeito do seu trabalho, Isso acho que é o que faz MUITO a diferença. Tenha amor por aquilo que faz e cuidado também com os detalhes, e quando errar admita. Só isso mesmo =)
Atualmente a Sweet Monster possui sua loja virtual e você pode conferir aqui. Veja também seu Flickr e seu Facebook.
Sabia que você conhece mais músicas clássicas do que imagina? Elas estão em todo lugar: filmes, animações, comerciais, desenhos animados… inclusive elas estão chegando devagar ao mundo da mobilidade, mas isso é um outro papo. Atualmente é comum se compor uma trilha sonora exclusivamente para um trabalho e isso vem acontecendo a algum tempo, porém no passado músicas clássicas consagradas foram usadas como trilha sonora dos mais diversos gêneros, do cinema aos cartoons.
Foi Chuck Jones, criador dos Looney Tunes, uma das pessoas que mais contribuiram para que conhecêssemos a música clássica. Se não me engano foi ele quem disse que “a música clássica e os desenhos animados formam um casamento perfeito”.
Limpe seus ouvidos e se prepare para a lista que mostra várias músicas clássicas que você provavelmente conhece e nem sabia disso.
4-Bach: Toccata And Fugue – Música de Impacto, presente em diversos filmes e até mesmo em desenho animado.
5-Rossini: William Tell Overture – Música de entrada de reis ou de cavalos. Presente em quase todos os cartoons como Piu-piu e Frajola, Tom e Jerry ou Pica-Pau. Filmes medievais antigos também possuem essa música. Importante ainda citar que o Mickey já regeu essa música em The Band Concert, o que particularmente tornou impossível para mim pensar nela sem lembrar de um tornado.
7-Strauss: Blue Danube – Típica valsa de aniversário de 15 anos. Super popular. Também muito presente em desenhos animados.
8-Orff: O Fortuna – Se você conhece alguma música em latim ou já viu algum filme de cunho religioso (como por exemplo: “O Fim dos Dias“) conhece essa música. Aparece também no filme do Jackass.
9-Strauss: Also Sprach Zarathustra – Se você vê muitos filmes provavelmente já ouviu essa música. É a abertura de todos os filmes de um estúdio de gravação (não me lembro qual). Se não me engano aparece também em “O Guarani” de Carlos Gomes. Está também em “Uma Odisséia no Espaço“.
10-Offenbach: Infernal Galop – Aparece em muitos cartoons, me lembro claramente do Tom (de Tom & Jerry) tocando no piano. É também aquela música típica de can can, por isso aparece em tudo quanto é filme ou vídeo dessa modalidade de dança.
11-Handel: Hallelujah Chorus – Sem comentários. É aquele coro de: Haaaallelujah, haaaallelujah, hallelleeeelujaaaaaaah. É o som que sai quando tu usa a granada santa do jogo Worms Armagedom.
15-Elgar: Pomp And Circumstance– Música de formatura, aparece em desenhos e propagandas publicitárias também. Se você clicou para escutar e disse “essa eu não conheço”, experimente pular para o meio da música.
19-Mendelssohn: Wedding March – Clássica música de casamento. Os casamentos ou filmes de casamento provavelmente trarão essa música.
20-Rimsky-Korsakov: Flight Of The Bumblebee – Uma das músicas mais divertidas da história. Virou popular no metal através da banda Extreme (a mesma da balada More Than Words). Segundo as meninas do Nocturne in the Moonlight, foi usada para bater o recorde de guitarrista mais rápido do mundo. Além dessas citações, vários desenhos usam essa música quando tem abelhas envolvidas na trama.
25-Rosas: Over The Waves – Aparece em diversos casos na cultura popular. Esta valsa é realizada no filme de James BondOctopussy na cena do circo na Alemanha. Em Sesame Street, Ernie cantou muitas vezes uma música chamada George Washington Bridge para esta melodia. Sobre las Olas pode ser ouvida também na produção de 1944, filme da Disney The Three Caballeros durante o segmento de Cold-Blooded Penguin.
26-Williams: Imperial March – Que a força esteja com você! Música do Darth Vader de Star Wars. Se você pensou que essa música não era clássica se enganou, embora Star Wars não exita sem esse tema.
31-Dukas: Sorcerer’s Apprentice – Mundialmente conhecida pela animação Fantasia da Disney, onde Mickey, um aprendiz de magia, bagunça tudo testando magias que ainda não domina.
32-Copland: Hoedown – Muitos desenhos e filmes que tratam de “Country”, Velho Oeste, Rodeio, usaram essa música.
33-Wagner: Ride Of The Valkyries – Freqüentemente usada em produções cinematográficas e televisivas. Nos primeiros dias de Hollywood, a trilha sonora original para filme polêmico de DW Griffith O Nascimento de uma Nação (1915). Exemplos mais recentes incluem seu uso em Chuck Jones 1957 animado de curta “O Opera, Doc?” e do filme de guerra 1979 Apocalypse Now, onde a 1/9 Air regimento de cavalaria toca a peça de música em alto-falantes montados em helicóptero durante o ataque contra uma aldeia vietnamita como guerra psicológica e também para motivar os seus próprios soldados.
36-Bizet: Habanera – Não é difícil conhecer essa música, está em muitos filmes e desenhos animados. vem da aria Carmem.
37-Jenkins: Palladio – Música usada muito para criar um clima de suspense. Você provavelmente já viu mágicos usando ela.
38-Chopin: Funeral March – Essa você conhece muito bem, em praticamente 90% dos enterros da ficção ela está presente. Foi para diversos ritmos por diversas bandas, inclusive para jogos de video game.
39-Mozart: Rondo Alla Turca – Tão famosa e difundida que fica até deifícil dar exemplos, mas tenho certeza que você conhece, basta ouvir para reconhcê-la.
40-Mussorgsky: Night On Bald Mountain – Filmes de suspense, terror, jogos, essa música vem perseguindo você por todos os lados a anos. Sinta medo, sinta muito medo…
42-Grieg: Morning – Ah… o amanhecer. Da até pra ver os pássaros cantando ouvindo essa música. Marca presença em desenhos animados e filmes.
43-Mozart: Marriage Of Figaro Overture – Vários desenhos animados usam essa música e apesar do nome essa não é aquela “Fiiiigaro” que você está pensando.
44-Sousa: Stars And Stripes Forever – Marcha patriota Estadounidense, desenhos e filmes já reproduziram essa música. Eu particularmente acho que ela soa um tantinho ridícula.
45-Wagner: Wedding March – A tão famosa marcha de casamento. Não saberia nem o que citar devido a quantidade absurda de locais em que ela aparece.
46-Vivaldi: Spring – O clássico dos clássicos. Em qualquer lugar em que se queria passar uma atmosfera erudita essa música já foi tocada.
53-Rossini: Largo Al Factotum (Figaro) – Figaro Figaro Figarooooooooooo, essa sim é a Figaro que você conhece. Essa aparece em todos os lugares, desde desenhos à filmes, passando por novelas e programas de humor. Eternizado em desenhos animados, como Pernalonga, Pica-Pau, Tom e Jerry, pelo Frajola e por aí vai.
55-Mouret: Rondeau – Provavelmente você a viu em algum filme com “realeza”.
56-Brahms: Lullaby – Amais famosa canção de ninar de todos os tempos. Ganhou diversas versões cantadas.
57-Bach: Minuet In G – Quem já viu alguma apresentação musical de qualquer instrumento tem grandes chances de ter ouvido essa música, que é uma das mais conhecidas de Bach. Já deve ter aparecido em alguns filmes ou desenhos.
62-Beethoven: 9th Symphony – Talvez a música clássica mais conhecida de todos os tempos. Você pode encontrá-la em vários lugares. Beethoven seu popstar! Se não estiver reconhecendo ela, tente avançar para um pouco depois do meio da música.
63-Brahms: Hungarian Dance No. 5 – Muito conhecida também de filmes e desenhos. Ganhou versão em metal pela banda Archeon. Não sei porque, mas me sinto tão Russo ouvindo essa música.
Diferentes variações do tema de amor da abertura também foram tocadas no original jogo The Sims, quando dois Sims realizam com sucesso a interação “Beijo” .
83-Rossini: Barber Of Seville Overture – Outro trecho de “O Barbeiro de Sevilha”. Aparece em filmes e desenhos, me lembro bem do Pernalonga cantando o trecho que diz “Parece que levou Trom-Ba-da”. Quem já jogou Ragnarök Online com o bardo conhece essa música também, pois ela é a de uma das habilidades dessa classe.
88-Strauss: Tritsch-Tratsch Polka – Polka bastante difundida. Conhecida de um remix, a peça foi usado como música de fundo para a terceira fase do jogo de vídeo Gokujou Parodius. Uma light-dance-styled remix e aparece como uma canção em Dance Dance Revolution: Mario Mix sob o nome Always Smiling.
90-Handel: Water Music: Suite 2 (Alla Hornpipe) – Muitas partes da Water Music tornaram-se familiar. Entre 1959 e 1988 um movimento Water Music foi utilizado para a ident de Anglia Television. O grande movimento D em 3/2 metros como subtítulo “Alla Hornpipe” é particularmente notável e tem sido usado com freqüência para comerciais de televisão e rádio, incluindo comerciais para a privatização das empresas de água do Reino Unido no final de 1980. O “Air” e “Bourrée” da F grande “suíte” também se tornaram populares com o público, com o último sendo o tema de música para o cozimento PBS popular programa The Frugal Gourmet.
De 1977 a 1996, Walt Disney World contou com momentos de ambas as parcelas da Water Music como a música de fundo para o Electrical Water Pageant, um desfile de criaturas do mar iluminado com luzes elétricas ao largo da costa do Magic Kingdom.
Allegro em D foi usado em uma cena inspiradora do filme de 1989 Sociedade dos Poetas Mortos, estrelado por Robin Williams e Ethan Hawke.
95-Denza: Funiculi, Funicula – Ópera super conhecida também. Aparece em diversos filmes e desenhos, incluindo um do Mickey. Apareceu também nas novelas da globo que tinham italianos. Furniculi, furnicula, furniculi, furniculaaaaaaaaaa.
A tatuadora portuguesa Nouvelle Rita e seu incrível trabalho de arte. Com traços extremamente gráficos, diretos e sensíveis, essa artista de Lisboa tem feito trabalhos incríveis. O detalhamento de suas tatuagens chama muito atenção junto a sua singularidade.
Seus desenhos são apaixonantes, apesar de diretos e realistas, eles possuem características surreais que enchem os olhos. Predominantemente animais, seus trabalhos são em uma única cor, preta, no entanto é possível ver o resultado de algumas aventuras com cores surgindo, confira.
Parceria feita com a tatuadora Tania Catclaw, que trouxe sua aquarela aos traços de Rita.