Acho que essa lista é essencial para crianças, mas diz muito sobre adultos. Diz muito sobre o mundo em que vivemos e nossa intensiva campanha em destruí-lo. Narra com histórias lúdicas o obvio: sem natureza, como sobreviver? E temos em doses divertidas e sensíveis a ilustração de quão contraditório e cego pode ser o ser humano, destruindo vida em busca de uma “vida melhor”.
Então antes de adentrar em qualquer assunto,, aconselho que você reserve uma tarde, faça algo gostoso para comer e sente com seu filho para ver algum destes títulos. Mais importante que apresentar lições e conteúdo de qualidade para crianças, dar o exemplo tem sido o melhor dos métodos.
Não basta apenas falar “Preservar o meio ambiente é importante, querido, por favor, veja esse filme”, é necessário inserir o hábito da conservação e restauração do meio ambiente em nossa rotina. Como garantir um futuro melhor para as crianças? Mostrando na prática que a mudança é possível. Sim, podemos transformar nossas práticas em algo positivo.
Temos aqui lindas imagens, com animais, árvores, aventuras e a maior lição de todas: precisamos valorizar a vida, e não só a nossa.
E muito me espanta que num país que possuí a maior área da Floresta Amazônica, tribos intocadas e uma diversidade de fauna e flora de colocar continentes no chão, se produza tão pouco conteúdo infantil abordando tais temas. Alô indústria! Vamos falar de coisa boa, vamos falar de meio ambiente!
Confira a lista.
É o melhor filme infantil para discutir destruição, conservação e restauro do meio ambiente, e ainda tem pitadas geniais de como a indústria se beneficia e distorce nosso senso do que é correto. O filme é baseado no livro do Dr. Seuss, que foi um cartonista e desenhista americano responsável por personagens como O Gato de Cartola, Grinch e Lorax. Procurem livros dele, é fantástico!
No filme temos Ted, um menino com ótimas intenções: conseguir um beijo da garota que gosta, mas ela é uma ativista [yey!] e completamente apaixonada pela história das Trúfulas, árvores que foram extintas antes dos jovens personagens nascerem. Então acompanhamos a busca de Ted pela última Trúfula e o retorno ao passado de Thneedville, a cidade feita de plástico onde as árvores são mantidas com pilhas.
Retornamos na história do filho rejeitado que busca a aprovação da mãe. Um dia ele resolve partir em busca de um futuro melhor – leia-se: impressionar a família – e descobre uma linda floresta de Trúfulas; no primeiro momento ele fica maravilhado, mas já vai logo tirando o machado e cortando uma das lindas árvores para fazer um “lindo” e super prático tecido. Nessa chega Lorax, o Guardião da Floresta, que entra de forma triunfal para colocar nosso Umavez-ildo no lugar. Só que a ambição humana é implacável e isso fica muito evidente durante o filme, que tem músicas fantásticas, uma animação linda e um dos melhores roteiros escritos.
O estúdio que criou O Lorax para os cinemas, Illumination Entertainment, é o mesmo do Meu Malvado Favorito, então corre e vai lá ver.
Esse filme é uma das obras primas de Hayao Miyazaki, diretor e roteirista japonês responsável pelo Studio Ghibli, lugar onde nascem os filmes mais lindos do mundo. Se você nunca ouviu falar em nenhum desses dois nomes, corra procurar sobre e veja todos os filmes.
Dias de Fogo é um evento conhecido por ter destruído o ecossistema da Terra e a civilização humana. Os que restaram do grande evento se esforçam em conseguir sobreviver, já que o clima e as condições são áridas e a população teve que recorrer a tecnologia para se manter, isolados em pequenos impérios.
Nausicaä é uma princesa de um pequeno império no Vale do Vento, que além de tentar conter as investidas de outros reinos, também estuda uma floresta chamada Mar da Corrupção, cheia de plantas e insetos gigantes, onde o ar é tóxico e tem devastado todo o planeta com seus danos. Ao contrário do restante da população, Nausicaä se sente fascinada pela floresta e acredita que ela possuí belezas, mesmo depois dos danos terem causado a morte de quase toda a sua família.
É uma história linda sobre o quão nocivo podem ser os danos causados pelos seres humanos na natureza, mas que nem tudo está perdido. E foi a primeira produção do Hayao Miyazaki, já que enquanto a Disney lançava sua Branca de Neve, os japoneses do outro lado do mundo mostravam que meninas podiam ser cientistas e voar!
É uma animação da Pixar e foi dirigida pelo mesmo diretor de Procurando Nemo.
A história se passa num futuro distante onde a Terra está destruída e soterrada em lixo. Tudo isso aconteceu por nosso cultura consumista, que engoliu, processou e vomitou até que o planeta estivesse sem recursos naturais e com tranqueiras empilhadas sobre tudo; e claro que isso aconteceu com a ajuda de uma megacorporação, a Buy-n-Large , que também foi a responsável pela retirada da população humana da Terra até ela se “restabelecer”. Nossa sociedade começou a viver em naves no espaço, sedentários, se alimentando de porcarias, até que se viram impossibilitados de caminhar. É chocante ver em uma animação nossa sociedade espelhada de forma tão honesta. Realmente chega a causar angústia, pois parece [ou será] que esse é o nosso futuro.
Nós começamos a acompanhar a rotina de WALL-E, um robô coletor de lixo que vive na Terra, sozinho. Até que um dia chega a EVA, outro robô, mas nesse caso ela foi enviada para buscar vida na Terra… e calha que WALL-E tem surpresas. E assim começa a aventura, com nosso robô correndo atrás da super high tech.
É minha produção preferida da Pixar, não só por colocar todas as métaforas de forma genial, mas porque eles conseguiram criar um personagem que não fala nada além do próprio nome e “EVA” e mesmo assim é expressivo e carismático. WALL-E é o aluno nerd do fim da classe que você quer abraçar – e de quebra ele ajuda a salvar a humanidade.
Essa linda e bem escrita produção francesa não fala diretamente sobre o impacto humano no meio ambiente, mas conta a história de uma guerra entre formigas com riqueza bélica, tática e de humor quando uma cesta de piquenique é abandonada.
Um casal saí correndo quando a mulher entra em trabalho de parto e deixa toda a comida do piquenique no local, gerando a trama dessa animação que dura poucos minutos, não tem nenhum diálogo, mas deixa nosso coração cheio de ensinamentos de trabalho em equipe, generosidade e como decisões humanas podem impactar na vida de outros seres, mesmo sendo “apenas” formigas.
Nossa Joaninha-macho que toma partido na guerra é acolhida de forma muito divertida pelo grupo e se vê engolida por forças mais potentes que seus curtos braços. É um daqueles filmes para se assistir junto com a família e além de se deliciar com uma arte realmente bem produzida, ver uma versão dos filmes com formigas muito bem feita e didática quando discutida.
Esse filme é do diretor Hiromasa Yonebayashi, que fez uma linda adaptação do livro The Borrowers, da escritora Mary Norton, que publicou a história dessas pequenas pessoas em 1952.
O filme conta a história de Arrietty e sua família, pequenos seres que parecem pessoas normais, mas com 10cm de altura, e que vivem no assoalho de uma casa em Tóquio. Com a chegada de Sho, um garoto doente, uma amizade um tanto inusitada nasce entre eles. Durante toda a história a sensação é que os Barrows são seres da natureza, talvez uma releitura das “fadas”, mas que se viram forçados a habitar pequenos lugares a medida que a civilização domesticava animais e se espalhavam em locais intocados. Mas infelizmente eles não estão seguros nem dentro da própria casa, já que quando um dos adultos descobrem que a casa pode estar sendo habitado pelos “pequenos intrusos” começa uma guerra em busca de extinguir Arrietty e sua família.
É um filme bonito, com uma histórica tocante e com uma narrativa que foge da fórmula americana. Deixa ainda mais a sensação de que os intrusos são os seres humanos, já que forçam todos os seres a se habituarem com seus gostos e sonhos, e nunca o contrário, aceitando a ordem natural da natureza.
Apesar de sempre ver Ferngully em vários lugares como filme que discute conservação do meio ambiente, esta obra incrível dirigida por Charles Grosvenor nunca está em lado algum.
Abgail, Edgar e Russel vivem felizes numa floresta, tal como um rato, uma toupeira e um ouriço devem viver. Eles são amigos e seguem sua rotina como sempre, até que um dia um homem chega na floresta espalhando gases tóxicos e adoece Michelle, amigas deles. Então começa a busca do três amigos, junto com o Tio Cornelius, de uma forma de salvar Michelle e a floresta.
É um daqueles filmes antigos, de 93, que contam fábulas de uma forma simples e divertida.
Meu favorito na lista, mais um do Hayao Miyazaki! E esse é meu filme preferido dele, porque temos um japão onde os seres humanos convivem com deuses da natureza e suas forças que trazem destruição para florescer a vida.
Somos apresentados ao Príncipe Ashitaka, que após matar o terrível deus-Javali se vê amaldiçoado pelo mesmo. Angustiado, ele foge da mesma aldeia que lutou tanto para defender e nesse longo caminho acaba por conhecer San, a Princesa Mononoke.
Numa aldeia está sendo travada uma luta e do lado dos deuses-animais está San, que foi adotada e criada por uma tribo de deuses-lobos. Seu ódio pelos seres humanos que estão destruindo a natureza é enorme e ela com o tempo foi se esquecendo do seu lado humano, até o seu encontro com Ashitaka.
E nisso a história se desenvolve, entre uma guerra entre a civilização que quer se estabelecer e a natureza, e seus protetores, que lutam incansavelmente contra a destruição.
Foi colocado aqui os filmes que não são abordados com frequência, mas recomendamos também:
Irmão Urso, Vida de Inseto, Reino Escondido, Tainá – Uma Aventura da Amazônia, Mogli – O Menino Lobo, Procurando Nemo, Rio [1 e 2] e A Fuga das Galinhas.
Este pequeno filme bonitinho feito por estudantes, um projeto de graduação de Ya-ting Yu com os colegas Yeh Ya-Hsuan e Chung Ling da Taiwan National University of Arts, deve muito a Miyazaki, um dos mais famosos e respeitados criadores do cinema de animação japonesa. Eles pegaram as ideias certas do Mestre e a versão final do filme, Out Of Sight, é carregada com imaginação e coração.
Red (2010) – Animation
Situado em São Francisco, o Pictogram é um estúdio de design de interface reconhecido por sua expertise nessa área. Fundado por um ex-colaborador da Apple, o estúdio optou por explorar sua criatividade ao transformar os personagens dos Pokémons em marcas, promovendo assim seus próprios serviços.
Você consegue identificar os 43 desenhos que correspondem as músicas? Vou colocar a resposta nos comentários, não vale olhar hein!
Produzido por Kornhaber Brown para Carnegie Hall e Ensemble ACJW.
Ao longo do tempo gente bacana passou aqui no Urucum Digital e deixou suas dicas de como se dar bem em seu ramo de atuação. Foram juntadas todas as dicas neste post, quem sabe não é o empurrãozinho que está faltando para você que está começando ou para quem está precisando daquele incentivo.
A primeira coisa para mim é assumir o erro como parte do processo. Então jogue sua querida borracha fora e pratique o desapego. Depois é desenho, desenho, desenho e mais desenho. Desenhe até a mão cair, depois custure a mão e continue a desenhar. Quando ela cair de novo, repita o processo. E continue eternamente, é o que eu estou tentando fazer.
Meu conselho é: FOTOGRAFE! Comece de algum ponto. Todos os grandes fotógrafos de hoje, começaram de baixo. É necessário coragem, dedicação e capacitação. Se o trabalho for consistente, ele será percebido e valorizado. É o que busco na minha fotografia. Não quero todos os clientes do ES e do mundo pra mim. Quero os que amem a minha fotografia e os que façam questão de tê-la guardadas pra sempre.
Então, o que eu aconselho em primeiro lugar, é para todos apaixonados por arte, precisa praticar muito para alcançar um manejo especial da técnica.
Em seguida, deve-se levar valores que podem encontrar os sentimentos das pessoas, é por isso que como seres humanos todos nós devemos estar abertos e interligados.
Então como em qualquer negócio, um lado de sua alma de artista tem que considerar a melhor opção para venda. Não hesite em gastar algum tempo com isso também!
Minha dica principal: Vá em busca de você mesmo. Pode ser que você encontre um mestre, pode ser que não. Pode ser que você tenha uma escola, pode ser que não. Pode ser que um monte de coisas que você acha que vai fazer na sua vida, na realidade nunca aconteçam. Mas nunca desista de você mesmo e do que te faz feliz, por que uma hora você tem que aceitar, o mundo não é um lugar fácil, e você não pode parar de lutar.
Se precisar toma seu tempo e respira, Mas sabendo que vai levantar e vai lutar de novo. No seu coração tem todas as respostas que você precisa. E a sua arte vai ser do tamanho do seu amor. E só você buscar e seguir você mesmo.
Aprender a fazer sua arte e aprender a fazer dinheiro, são coisas diferentes. Com internet vocês tem tudo que precisam. Existem escolas muito boas online. Tipo CDA e Schoolism e Melies. Se você não tem dinheiro existe de graça também. Se você não tem tempo acorda mais cedo, dorme mais tarde. Evita drogas e exageros. Ou qualquer coisa que te roube de você mesmo.
Algumas pessoas vão falar que estudar o renascimento é o melhor, outras que a Indústria diz o que você faz. Faça os dois. Se ta em dúvida se estuda 3D ou ilustração, faz os dois, no caminho você se encontra.
E o segredo maior, não tem segredo. Existe luta. Eu queria falar que não desista que um dia você alcança, mas pensa bem alcançar o quê? Quando você chegar lá você vai parar? Talvez você já esteja muito mais longe do que imagina.
(…) naquela época eu não estava preocupada em trabalhar e ganhar dinheiro, eu estava preocupada em fazer alguma coisa que eu realmente gostasse. Eu acho que isso é uma coisa que todo estudante deveria ter em primeiro lugar. Você fazer uma coisa que você realmente gosta. Isso, se você conseguir fazer isso, o dinheiro vai ser consequência. Você vai chegar uma hora que você vai fazer o negócio tão bem, que pode até ser uma coisa que tem em qualquer esquina entendeu? Mas você vai se sobressair porque é uma coisa que você gosta e faz com amor entendeu? E as pessoas percebem isso.
Dicas.. sim! praticar e continuar praticando sempre. É necessário ter uma linha, um caminho pois sem nosso “norte” seremos apenas mais um em meio a milhares. Acredito que deve-se ter disciplina. Não siga apenas seus artistas favoritos, mas veja quem seus artistas favoritos seguem. É preciso entender a raiz de um traço, estilo e linha de pensamento para assim obter uma identidade segura. Acredite em você mesmo e procure sempre críticas e peça opiniões, pois é preciso saber se sua mensagem tem o efeito que você deseja.
É bom.. Claro, pelo dinheiro.. Mas principalmente por ser o que eu gosto de fazer.
Cami Almeida – Cake Designer, Designer Gráfica e Designer de Moda
Atenda muito bem seus clientes, seja tipo amigo deles. Dê total atenção à ele, queira sempre surpreende-lo também. Seja sempre honesto e claro a respeito do seu trabalho, Isso acho que é o que faz MUITO a diferença. Tenha amor por aquilo que faz e cuidado também com os detalhes, e quando errar admita. Só isso mesmo =)
Atualmente algumas “inspirações” chegam a mim via internet. Tem muita gente talentosa fazendo trabalhos incríveis que nunca teria visto se não fosse por isso. Para citar alguns: Sergey Kolesov, Bengal, Claire Wendling e Kim Jung Gi. Mas no momento, inspiração mesmo vem dos meus colegas de estúdio, Fujita e Calil. Nunca produzi e pintei tanto como agora e boa parte disto é culpa deles.
Não me sinto à vontade pra dar dicas, mas algumas coisas me são importantes. Uma ilustração/quadrinho pode afetar o comportamento alheio, e isso implica responsabilidade. A leitura e a reflexão são fundamentais, e se refletem no nosso trabalho.
Quem busca originalidade talvez deva parar de tentar agradar os outros ou seguir caminhos já percorridos. Todos somos únicos, originais. Talvez a resposta esteja dentro de nós mesmos.
Você tem que se perder em seu trabalho, criar para si mesmo, torná-lo bonito e aproveitar o poder que sua mídia tem.
Se você tem os medos mais absurdos que existem, não se preocupe, você não está sozinho nesta lista de neuróticos. Além de mim claro, o artista e animador Fran Krause tem uma mente muito pertubada e resolveu explorar os seus mais profundos e embaraçosos medos criando uma série de tirinhas chamadas Deep Dark Fears. Eu poderia tentar explicar do que se trata, mas acredite, você vai achar melhor descobrir por sí próprio.
Como sempre o Urucum Digital busca mostrar a arte nua e crua, independente de fama ou mídia. Dessa vez trazemos um ilustrador brasileiro muito interessante e peculiar, o Alexandre Neves.
Com seus traços geométricos e muitas vezes até simpatizantes do surrealismo, Alexandre possui um estilo que chama atenção por ser diferente do que estamos acostumados a ver e até mesmo idolatrar. Com formas simples ele é capaz de passar profundidade e complexidade em seus trabalhos, mostrando que vetor nem sempre é simplificação e pode ter uma riqueza em detalhes tanto quanto outros tipos de arte.
As noções de anatomia e estilização ficam claras em suas ilustrações, fazendo parecer até fácil construir algo nesse estilo. Desde seus esboços podemos ver uma construção geométrica clara sendo formada em seus traços, até mesmo no estilo Cartoon, que assim como o seu estilo “tradicional” tem bem a cara dele.
Com muita simpatia o artista de Guarulhos, São Paulo conversou com o Urucum, falando um pouco sobre ele e dando ótimas dicas.
Então, a vontade de desenhar vem desde cedo, sempre li HQs e me maravilhava com o mundo fantástico do RPG. Creio que estes foram os primeiros impulsos para querer desenhar e desenhar.
Interessante essa pergunta. Só passei a adotar esse estilo devido a necessidade de desenvolver trabalhos vetoriais para publicidade. Percebi que necessitava comer e estar satisfeito com meu trabalho. Ai poderia dizer que entra Sean Galloway, pois além de ser fã, acreditei ser um caminho para o mercado de trabalho e ao mesmo tempo uma linha de produção, tanto para estúdio como agências.
Hum, antes de adotar essa linha mais geométrica e vetorial eram artistas como Wesley Burt e Marko Djurdjevic. Depois além de Sean Galloway, foram Bob Strang (Von Toten), Eduard Visan e Wagner CG (Bubix).
Atualmente trabalho em um estúdio de animação e desenvolvo alguns jobs de publicidade e story boards para produtoras
Realmente é difícil sim! Mas acredito que um desenhista nada mais é que alguém perseverante. Cheguei a ficar sem trabalhar algum tempo e isso foi decisivo para decidir se continuava ou não. As portas foram sendo abertas bem aos poucos, e com insistência finalmente consegui um pequeno espaço que ainda tento me provar o tempo todo como capaz. Ainda é difícil sim, mas é possível pagar suas contas e ser feliz.
Sim, é gostoso receber um job onde dizem: ” Hey, siga sua linha e esta ótimo”! Geralmente nos pedem um traço com referências e um linha para seguir e uma lista de “regras”. Com o tempo essa linha vai sendo substituída pela sua forma de ilustrar e quando acontece é um sinal que sua busca não esta sendo em vão e que o mercado precisa de gente diferente que tenha trabalhos diferentes.
Poxa que demais essa pergunta:) Então, cresci em um ambiente Adventista, e sou desde criança. Tenho a figura de Jesus como um ícone da força, luta, perseverança e aquEle que torna tudo possível. É uma imagem que significa muito e posso dizer que é minha primeira inspiração.
Dicas.. sim! praticar e continuar praticando sempre. É necessário ter uma linha, um caminho pois sem nosso “norte” seremos apenas mais um em meio a milhares. Acredito que deve-se ter disciplina. Não siga apenas seus artistas favoritos, mas veja quem seus artistas favoritos seguem. É preciso entender a raiz de um traço, estilo e linha de pensamento para assim obter uma identidade segura. Acredite em você mesmo e procure sempre críticas e peça opiniões, pois é preciso saber se sua mensagem tem o efeito que você deseja.
Confira mais alguns trabalhos do Alexandre.
Veja mais dele:
O famosíssimo cartunista avesso a mídia Bill Watterson sobre seus hábitos de trabalho, o poder das histórias em quadrinhos, e como criar arte.
Bill Watterson, o criador da história em quadrinhos Calvin & Hobbes, é famoso por ser avesso a mídia. Ele deu duas entrevistas, total desde que aposentou sua tira em 1995. Repórteres escoltaram o lado de fora de sua casa em Ohio sem sucesso. O homem apenas prefere não ser uma figura pública. Mas no documentário Stripped (que você pode comprar ou alugar no iTunes), Watterson não só dá uma entrevista, ele desenhou a arte para o cartaz – o primeiro desenho de Watterson a ser publicado em quase 20 anos.
Stripped apresenta entrevistas com quase todos os grandes cartunista ainda vivos, incluindo Cathy Guisewite (Cathy), Bill Amend (Foxtrot), Stephan Pastis (Pearls Before Swine), Jim Davis (Garfield), Mort Walker (Recruta Zero), e uma série de artistas de quadrinhos da web, incluindo Kate Beaton (Hark, A Vagrant!), Matt Inman (The Oatmeal), e muitos mais. Mas a jogada é seguramente Watterson (mesmo que apenas sua voz esteja no filme.)
Watterson é o criador de uma das peças mais queridas de arte em quadrinhos, e a maioria de seus fãs provavelmente nunca ouviram ele falar antes. Ele acaba por ser muito parecido com se espera dele: pensativo, articulado, com a mentalidade de um artista, mas extremamente firme em suas crenças. Watterson é conhecido por se recusar a comprometer a sua visão da sua obra. Ele exigiu uma mudança para a página de domingo, por exemplo, para dar lugar maior para a arte. Ele se recusou a licenciar sua obra, e é por isso que você nunca viu um filme de Calvin & Hobbes ou mesmo uma camisa oficial Calvin & Hobbes. Aposentou-se no auge de sua popularidade, depois de apenas 10 anos – um tempo curto para os artistas de quadrinhos (Garfield, por exemplo, tem comido lasanha e odiado segundas-feiras há 36 anos). Sua carta de aposentadoria para os editores de jornais foi breve e disse que, em parte, “Eu acredito que eu tenho feito o que posso fazer dentro das limitações de prazos diários e pequenos painéis. Estou ansioso para trabalhar em um ritmo mais pensado, com menos compromissos artísticos . “
Aqui estão quatro dicas sobre o processo criativo que Watterson revela no filme:
“Minha história em quadrinhos foi a maneira que eu explorei o mundo e minhas próprias percepções e pensamentos. Então, para desligar do trabalho, eu teria que desligar minha cabeça. Então, sim, o trabalho era insanamente intenso, mas esse era o porquê de fazê-lo “.
“Sinceramente eu tentei esquecer que houve uma audiência. Eu queria manter a tira a sentindo pequena e intimista, como eu fiz, então meu objetivo era apenas fazer a minha esposa rir. Depois disso, eu iria colocá-la disponível, e o público poderia levá-la ou deixá-la. “
“Meu conselho foi sempre a desenhar cartoons pelo amor a isso, e concentrar na qualidade e ser fiel a si mesmo. Além disso, tente lembrar-se de que as pessoas têm coisas melhores para fazer do que ler o seu trabalho. Então, pelo amor de Deus, tente seduzi-las com um pouco de beleza e diversão “.
“Uma tirinha leva apenas alguns segundos para ser lida, mas ao longo dos anos, ela cria uma surpreendente e profunda conexão com os leitores. Acho que esse aspecto adicional, esse aspecto diário despretensioso, é uma fonte de poder.”
O que poderia ser mais irrelevante do que uma tirinha? Quatro ou cinco painéis estáticos, movimento mínimo, uma piada rápida. No entanto, Watterson (e muitos outros artistas de quadrinhos) conseguiram criar incríveis, mundos significativos, mundos que são genuinamente importantes para as pessoas que os lêem. Não há tal coisa como uma mídia pequena.