Trabalho incrível com preto e branco do ilustrador curitibano Ezekiel Moura.



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Trabalho incrível com preto e branco do ilustrador curitibano Ezekiel Moura.
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Red (2010) – Animation
Julie e Scott Brusaw são um canal norte-americano que quer trocar todo o asfalto do mundo por placas solares. O projeto chamado de Solar Roadway, se conseguir ser implantado, não só gerará energia limpa e renovável, mas irá reduzir significamente as emissões de gases poluentes, diminuindo assim o efeito estufa. Esse projeto está cada vez mais perto de ser uma realidade.
A ideia está sendo financiada por várias fontes interessadas e já arrecadou US$ 2,2 milhões. Dos financiadores temos a Administração Federal de Rodovias dos EUA e o site de investimentos coletivos IndieGoGo. O que torna o Solar Roadway cada vez mais próximo de ser implantado.
O dinheiro veio de mais de 48 mil pessoas, de 42 países. Um sucesso! Especialmente, porque o vídeo de divulgação viralizou na web, com mais de 19 milhões de visualizações. Se quiser dar uma forcinha vale a pena contribuir no site, afinal gastamos com tanta coisa inútil, porque não ajudar o planeta, também conhecido como nossa casa?
Ao ter a ideia de instalar painéis fotovoltaicos no chão, Julie e Scott pesquisaram como fazer painéis solares aguentarem muito peso.
“Queríamos painéis solares em que você pudesse dirigir, estacionar e andar em cima”
Conta Scott que é engenheiro elétrico, no site da iniciativa. A pesquisa se extendeu por 8 anos e finalmente chegou ao ponto em que poderá ser implatada. Os painéis podem aguentar mais de 113 toneladas. Feitos de vidro, sendo que 10% do material é reciclado. Cada módulo possui pequenos hexágonos que contém células solares.
O dinheiro arrecadado até agora será investido na implantação e viabilização das estradas de painéis solares no mundo todo! A contratação de pessoal e profissionais capacitados não só ajudará a mudar a realidade do mundo como gerará empregos.
“Esses painéis podem ser instalados em rodovias, estacionamentos, calçadas, ciclovias e playgrounds… Literalmente, em qualquer superfície abaixo do sol”
Conta o casal em seu site.
A eletricidade gerada servirá para abastecer a demanda das casas e empresas. O casal calcula que um sistema nacional de painéis pode produzir mais energia limpa do que os Estados Unidos usa como um todo.
Como se tudo isso não fosse o bastante, o novo sistema poderá fazer crescer o mercado de carros elétricos, dando um fim no império do combustível fóssil (eles não devem estar muito felizes).
Em cidades frias, em que haja muita neve, o sistema ainda servirá para descongelá-la, limpando as vias. Os postes de transmissão de energia nas ruas serião removidos e substituídos por fios de transmissão subterrâneos, claro que ainda haverão postes de iluminação.
Além disso o LED dos painéis sinalizarão com iluminação as estradas, travessias de pessoas a noite, a demarcação de faixas e sinalização de ruas ,tudo isso totalmente programável. Espaços como quadras e praças também seriam beneficiados, já que a configuração das luzes é completamente personalizável. Quer transformar a quadra de basquete em quadra de tênis? Basta reprogramar as luzes via software.
Agora é já começar a criar leis bem rígidas para evitar que em países como o Brasil, essa energia que deve ser limpa e sustentável não se torne mais uma fonte de exploração de dinheiro pelo governo. Veja bem, eu disse criar leis e não rezar e esperar pelo melhor. Vamos precisar arregaçar as mangas e ficar de olho. Isso é uma coisa boa que não acontece com frequência no mundo.
Acredito que ainda haverão problemas ambientais a serem corrigidos. Com tanta luz insetos e animais poderão ser atraídos, o que desde já deve ser motivo de preocupação. Cercas, redes de proteção e travessia para animais devem ser considerados. Até agora nenhum desses questionamentos foi abordado pelo casal ou pelos responsáveis da implantação da nova tecnologia.
Informações Solar Roadways, IndieGoGo, Super Interessante, Hypeness
Quando se está procurando emprego vemos coisas que nos fazem pensar. Olhando os anúncios de emprego li uma exigência de uma grande empresa, exigência essa que é comum em muitas empresas que estão a procura de funcionários.
“Acostumado a trabalhar sobre pressão”
Fiquei refletindo sobre esse “sobre pressão”, que aliás o correto é “trabalhar sob pressão”. Uma condição. Talvez quem escreveu o anúncio estava sob muita pressão para pensar sobre o que estava escrevendo.
Eu entendo que em determinadas áreas o serviço é em ritmo acelerado, prazos curtos, e que é normal se trabalhar com dinamismo e responsabilidade, mas “sob pressão”? São seres humanos e não máquinas. O que esperar de uma empresa que pede isso?
O que seria trabalhar sob pressão? Um chefe te chicoteando as costas para que você trabalhe mais rápido? Ou ser culpado de todo trabalho que não for entregue na hora prevista devido ao curto prazo?
"Neto como andam aqueles relatórios para daqui a uma hora?" "Seu Rogério, estou atualizando as contas de toda a empresa e as da sua casa conforme o senhor me pediu para hoje. Não acho que será possível entregar os relatórios daqui a 1 hora, mas até o final do dia te dou certeza que..." "Quero tudo para daqui a 1 hora! Não me importo como você irá fazer, mas fará!" "Mas senhor, eu..." "Estamos entendidos Neto?" "Sim senhor... só mais uma coisa senhor, sua esposa ligou, disse que precisa das contas organizadas para declarar o importo de renda que te pediu mês passado." "Ah... bom, faça isso agora, mas em seguida termine os relatórios!" "Mas e as contas da empresa senhor? O financeiro disse que precisa delas com urgência ou poderão haver complicações." "Entendo. Termine as contas então... mas até o final do dia eu quero os relatórios prontos. Entendido?" "Claro senhor, é uma ótima solução." Talvez os profissionais que precisem ter "trabalho sob pressão" no currículo não devessem aceitar tal exigência e simplesmente ignorar esse tipo de empresa. Afinal, nem todas elas devem pensar assim não é mesmo? Ou pensam? "Precisa-se de garçom para pizzaria, desejamos funcionário que saiba trabalhar sob pressão." "Vaga para engenheiro que trabalhe sob pressão." "Procuramos médico de plano de saúde, que atenda na hora, não remarque consulta para daqui a meses e trabalhe sob pressão." O único profissional que me vem à mente agora, em que trabalhar sob pressão faça sentido é um cirurgião, afinal, ele cuida de vidas. "Cirurgião que saiba trabalhar sob pressão" ou talvez alguém que cuide da segurança nacional. "Serviço secreto procura espião que trabalhe bem sob pressão." Voltando ao anúncio, após meus devaneios, vi que os requisitos do candidato continuavam. "Ter Espírito de Servir" Esse confesso que fiquei algum tempo tentando entender, afinal a vaga não era para um lojista, atendente ou garçom. Fiquei tentando encontrar profissões que se enquadrassem com esses dois requisitos. "Próximo!" "Bom dia." "Bom dia, nome?" "Manuel Congo" "Ok, Manuel é o seguinte, precisamos de escravos para o engenho de cana, com experiência." "Claro senhor, sou habituado com esse trabalho desde que nasci." "Ótimo! Você não acreditaria a quantidade de pessoas que chegam aqui que só começaram a trabalhar com 25, 26 anos... um absurdo. Então, precisamos de pessoas que trabalhem sob pressão e que tenham espírito de servir, acha que dá conta?" "A pressão é fácil senhor, estou acostumado com trabalho pesado e terminar rápido. Servir é algo que me vem de berço." "Perfeito, acho que você poderá começar hoje." Bom, talvez falar de escravidão no século XXI seja um pouco demais. "SOLDADO! ESTÁ MESMO DISPOSTO A SERVIR O SEU PAÍS?!" "SIM SENHOR, SENHOR!" "Será preciso dedicação. Aqui você trabalhará sob muita pressão! ESTÁ QUALIFICADO?" "COM CERTEZA SENHOR!"
A Leatherman pretende lançar uma novidade que chama atenção. Uma pulseira que na verdade é uma espécie de canivete suíço. Leatherman Tread, como é chamado, tem 25 ferramentas e não tem aquele status ameaçador dos canivetes. Dentre as ferramentas encontramos chaves de fenda, inglesas e até mesmo abridores de garrafas. Resta saber se a ergonomia do produto permite manuseá-lo confortavelmente.
A data de lançamento está prevista para o terceiro trimestre do ano e segundo o responsável Ben Rivera, a ideia surgiu quando foi para a Disneylândia com sua família.
Fui parado no portão por um segurança por estar carregando uma faca, quando, na verdade, o que eles viram foi o Skeletool (uma espécie de canivete suíço). Eu não estava disposto a desistir, então eles me levaram de volta para meu hotel. Soube ali que tinha que ter outro jeito de carregar minhas ferramentas que poderiam ser aceitas pelos seguranças.
Após o ocorrido, Rivera se juntou com engenheiros para contar sua ideia de um bracelete totalmente personalizável. Cada segmendo pode conter até 3 ferramentas.
A peça se parecia tanto com um relógio que a companhia vai lançar também uma versão com o aparato, que está prevista para sair no quarto trimestre. O aparelho em si será feito na Suíça, com vidros de safira e resistente a choques. Na água, pode ser mergulhado a uma profundidade de até 200 metros.
Informações Tecmundo
Situado em São Francisco, o Pictogram é um estúdio de design de interface reconhecido por sua expertise nessa área. Fundado por um ex-colaborador da Apple, o estúdio optou por explorar sua criatividade ao transformar os personagens dos Pokémons em marcas, promovendo assim seus próprios serviços.
Você consegue identificar os 43 desenhos que correspondem as músicas? Vou colocar a resposta nos comentários, não vale olhar hein!
Produzido por Kornhaber Brown para Carnegie Hall e Ensemble ACJW.
Ao longo do tempo gente bacana passou aqui no Urucum Digital e deixou suas dicas de como se dar bem em seu ramo de atuação. Foram juntadas todas as dicas neste post, quem sabe não é o empurrãozinho que está faltando para você que está começando ou para quem está precisando daquele incentivo.
A primeira coisa para mim é assumir o erro como parte do processo. Então jogue sua querida borracha fora e pratique o desapego. Depois é desenho, desenho, desenho e mais desenho. Desenhe até a mão cair, depois custure a mão e continue a desenhar. Quando ela cair de novo, repita o processo. E continue eternamente, é o que eu estou tentando fazer.
Meu conselho é: FOTOGRAFE! Comece de algum ponto. Todos os grandes fotógrafos de hoje, começaram de baixo. É necessário coragem, dedicação e capacitação. Se o trabalho for consistente, ele será percebido e valorizado. É o que busco na minha fotografia. Não quero todos os clientes do ES e do mundo pra mim. Quero os que amem a minha fotografia e os que façam questão de tê-la guardadas pra sempre.
Então, o que eu aconselho em primeiro lugar, é para todos apaixonados por arte, precisa praticar muito para alcançar um manejo especial da técnica.
Em seguida, deve-se levar valores que podem encontrar os sentimentos das pessoas, é por isso que como seres humanos todos nós devemos estar abertos e interligados.
Então como em qualquer negócio, um lado de sua alma de artista tem que considerar a melhor opção para venda. Não hesite em gastar algum tempo com isso também!
Minha dica principal: Vá em busca de você mesmo. Pode ser que você encontre um mestre, pode ser que não. Pode ser que você tenha uma escola, pode ser que não. Pode ser que um monte de coisas que você acha que vai fazer na sua vida, na realidade nunca aconteçam. Mas nunca desista de você mesmo e do que te faz feliz, por que uma hora você tem que aceitar, o mundo não é um lugar fácil, e você não pode parar de lutar.
Se precisar toma seu tempo e respira, Mas sabendo que vai levantar e vai lutar de novo. No seu coração tem todas as respostas que você precisa. E a sua arte vai ser do tamanho do seu amor. E só você buscar e seguir você mesmo.
Aprender a fazer sua arte e aprender a fazer dinheiro, são coisas diferentes. Com internet vocês tem tudo que precisam. Existem escolas muito boas online. Tipo CDA e Schoolism e Melies. Se você não tem dinheiro existe de graça também. Se você não tem tempo acorda mais cedo, dorme mais tarde. Evita drogas e exageros. Ou qualquer coisa que te roube de você mesmo.
Algumas pessoas vão falar que estudar o renascimento é o melhor, outras que a Indústria diz o que você faz. Faça os dois. Se ta em dúvida se estuda 3D ou ilustração, faz os dois, no caminho você se encontra.
E o segredo maior, não tem segredo. Existe luta. Eu queria falar que não desista que um dia você alcança, mas pensa bem alcançar o quê? Quando você chegar lá você vai parar? Talvez você já esteja muito mais longe do que imagina.
(…) naquela época eu não estava preocupada em trabalhar e ganhar dinheiro, eu estava preocupada em fazer alguma coisa que eu realmente gostasse. Eu acho que isso é uma coisa que todo estudante deveria ter em primeiro lugar. Você fazer uma coisa que você realmente gosta. Isso, se você conseguir fazer isso, o dinheiro vai ser consequência. Você vai chegar uma hora que você vai fazer o negócio tão bem, que pode até ser uma coisa que tem em qualquer esquina entendeu? Mas você vai se sobressair porque é uma coisa que você gosta e faz com amor entendeu? E as pessoas percebem isso.
Dicas.. sim! praticar e continuar praticando sempre. É necessário ter uma linha, um caminho pois sem nosso “norte” seremos apenas mais um em meio a milhares. Acredito que deve-se ter disciplina. Não siga apenas seus artistas favoritos, mas veja quem seus artistas favoritos seguem. É preciso entender a raiz de um traço, estilo e linha de pensamento para assim obter uma identidade segura. Acredite em você mesmo e procure sempre críticas e peça opiniões, pois é preciso saber se sua mensagem tem o efeito que você deseja.
É bom.. Claro, pelo dinheiro.. Mas principalmente por ser o que eu gosto de fazer.
Cami Almeida – Cake Designer, Designer Gráfica e Designer de Moda
Atenda muito bem seus clientes, seja tipo amigo deles. Dê total atenção à ele, queira sempre surpreende-lo também. Seja sempre honesto e claro a respeito do seu trabalho, Isso acho que é o que faz MUITO a diferença. Tenha amor por aquilo que faz e cuidado também com os detalhes, e quando errar admita. Só isso mesmo =)
Atualmente algumas “inspirações” chegam a mim via internet. Tem muita gente talentosa fazendo trabalhos incríveis que nunca teria visto se não fosse por isso. Para citar alguns: Sergey Kolesov, Bengal, Claire Wendling e Kim Jung Gi. Mas no momento, inspiração mesmo vem dos meus colegas de estúdio, Fujita e Calil. Nunca produzi e pintei tanto como agora e boa parte disto é culpa deles.
Não me sinto à vontade pra dar dicas, mas algumas coisas me são importantes. Uma ilustração/quadrinho pode afetar o comportamento alheio, e isso implica responsabilidade. A leitura e a reflexão são fundamentais, e se refletem no nosso trabalho.
Quem busca originalidade talvez deva parar de tentar agradar os outros ou seguir caminhos já percorridos. Todos somos únicos, originais. Talvez a resposta esteja dentro de nós mesmos.
Você tem que se perder em seu trabalho, criar para si mesmo, torná-lo bonito e aproveitar o poder que sua mídia tem.
Um dia um amigo me disse: “Cara tem um menino no Facebook, uns quadrinhos. Nossa, é você!”, eu fiquei tentando entender o porque do sorriso, achando que ele estava tirando uma com minha cara, daí ele me explicou que se tratava de um personagem de tirinhas que estava aparecendo no Facebook vira e mexe. Não dei muita bola no começo, até que o fato se repetiu com uma amiga, daí fui procurar saber quem era o tal “menino que se parecia comigo”.
O menino dos quadrinhos era o Armandinho e de fato não posso negar que temos muito em comum. Ele chegou de mansinho no Facebook e logo de cara agradou a muita gente. É um menino de uma inocência meio destrambelhada, que gosta muito de animais e nos faz rir muito com suas “tiradas”.
Armandinho foi criado em 2009 pelo ilustrador, agrônomo e comunicador social, Alexandre Beck, só se tornando a tirinha que conhecemos em 2010. Ele não foi planejado e na verdade foi criado em poucas horas para ilustrar um trabalho urgente. Uma matéria de economia sobre pais e filhos (Olha aí você que vive reclamando de prazos curtos).
Dinho, como é conhecido carinhosamente, representa muitos de nós na infância. Uma criança atentada, mas muito amável, o que torna fácil se identificar com ele.
A tirinha tem um compromisso social grande, tratando de temas como preservação do meio ambiente, igualdade social e cresceu muito nos últimos tempos.
O trabalho de Alexandre é bem legal e está sendo reconhecido por muitos. Um fato curioso desse reconhecimento foi a participação do Armandinho na CowParade catarinense. Uma exposição de arte pública que já percorreu diversas cidades de todo o mundo. Se tratam de esculturas de fibra de vidro em forma de vaca e que são decoradas por artistas locais.
É impossível não notar no Armandinho as influências de personagens como o Calvin, a Mafalda e o Menino Maluquinho, tudo isso somado a sensibilidade única do Alexandre Beck torna a tirinha sensacional.
O Urucum Digital recebeu um presentão, uma entrevista com criador do Armandinho e com o próprio Armandinho! Beck foi muito legal e contou coisas interessantes.
Trabalho quase exclusivamente com textos/desenhos/quadrinhos há 15 anos. De 2000 a 2005 trabalhei em redação de jornal e depois comecei a produzir de casa. É algo que demanda esforço, mas que pra mim compensa.
Já havia feito agronomia e terminava comunicação social quando surgiu uma vaga de ilustrador no Diário Catarinense. Levei meus desenhos e fui selecionado.
Foi uma professora que enviou um desenho meu para o concurso. Eu só soube quando recebi o prêmio, uma grande medalha de prata e um diploma da prefeitura de Kanagawa. Foi algo bacana, mas não imaginava na época que desenhar pudesse se tornar minha atividade.
As coisas foram acontecendo, passo a passo. Eu tinha vontade de trabalhar com desenhos. Por isso, fui cursar comunicação social em 97, mesmo graduado em agronomia. O curso de comunicação não foi como eu imaginava (ainda bem), mas foi importante na minha formação e visão de mundo. Depois, já ilustrador do Diário, comecei a fazer paralelamente quadrinhos voltados à educação ambiental – uma preocupação minha – utilizando conhecimentos da agronomia. A Arte & Letras veio para formalizar meus trabalhos como jornalista-ilustrador.
As primeiras tiras do que veio a se tornar o Armandinho fiz em 2009. Foram feitas às pressas, pra ilustrar uma matéria que seria publicada no dia seguinte no jornal. As tiras que eu fazia na época, com outros personagens, não se encaixavam na matéria – que abordava economia familiar, com pais e filhos. Usei um desenho que tinha pronto, rabisquei pernas para representar os pais e as tiras foram publicadas no dia seguinte.
O Maurício é de fato o pai da Mônica, que trabalha com ele, inclusive. Eu sou pai do Augusto e da Fernanda. Minha relação com o personagem é mais de cumplicidade. Mas muita gente me chama de “pai do Armandinho”, e não tem problema nenhum nisso.
É inevitável que tenha. Essa linha trago de outros trabalhos e setores da minha vida, incluindo a época do movimento estudantil, e está presente no Armandinho.
À medida que o personagem foi precisando, fui direcionando mais de meu tempo a ele. Isso mudou minhas tarefas e permitiu, por exemplo, me dedicar a fazer os livros. Não esperava o reconhecimento do personagem. Nunca foi esse o objetivo, e isso não muda nada minha forma de fazer as tiras.
Não creio que devamos direcionar nossas ações pra atender a um “mercado” ou que “popularidade” deva ser um objetivo a ser alcançado. Há muita gente lutando pelo bem comum, apesar de todas as dificuldades. São voluntários, professores, profissionais da saúde, etc. Isso é importante e merece ser reconhecido e valorizado. Muito mais que cartunistas ou “produtores de mercadoria”, somos seres humanos e cidadãos.
O estilo dos meus quadrinhos educativos vai mais ou menos nessa linha. Mas escrevo, desenho e às vezes pinto coisas diferentes.
Não me sinto à vontade pra dar dicas, mas algumas coisas me são importantes. Uma ilustração/quadrinho pode afetar o comportamento alheio, e isso implica responsabilidade. A leitura e a reflexão são fundamentais, e se refletem no nosso trabalho.
Quem busca originalidade talvez deva parar de tentar agradar os outros ou seguir caminhos já percorridos. Todos somos únicos, originais. Talvez a resposta esteja dentro de nós mesmos.
O papo com o Alexandre estava muito legal, até que alguém entrou na conversa. Já que ele estava por lá, resolvi fazer umas perguntas para ele também.
Acho ruim. Tenho poucas camisas e gosto muito delas pra dar pra alguém.
É só impressão sua, do meu pai, da minha mãe e dos meus professores.
O sapo não é meu. Ele anda comigo porque quer. Por que eu gosto de animais? Por que não gostaria?
Tenho uma tia que se chama Mafalda. Ela é bem legal, mas acho que não se parece comigo. Ela tem alguns cabelos brancos.
Não decidi. Não sei fazer diferente. Eu gosto do mundo, das pessoas e dos bichos. Acho que aqui podia ser um bom lugar pra todos, não só pra alguns. Não acha?
Essa foi uma das matérias que mais gostei de fazer e quero agradecer ao Alexandre e ao Armandinho por falarem comigo. Definitivamente esse Armandinho apronta todas e o Alexandre é um cara legal.
Os designers Julia Zhu e Tab Chao conceberam uma ideia interessante, o conceito do Self-Generator, um ventilador de teto capaz de gerar energia que irá usar futuramente.
O Self-Generator, enquanto funciona, captura o restante da energia mecânica gerada depois que você o desliga, a transforma em energia elétrica e a armazena num capacitador, para ser usado na próxima vez que você o ligar. Os designers explicam que “de acordo com o princípio da energia, a energia cinética gasta ao ligar o ventilador do 0 para uma velocidade X é igual à dissipação quando ele é desligado e a velocidade vai de X para 0. Devido à perda por fricção e na transformação para o capacitador de energia, cerca de duas ou três vezes depois, é possível usar a energia armazenada para ligar o ventilador. O gasto é o mesmo de um ventilador comum; desde que esteja totalmente carregado, funcionará automaticamente.”
O design do ventilador o torna mais leve, fazendo-o girar mais rápido e gastar menos energia ainda no processo. Bom, por enquanto, tudo não passa de um conceito, mas não é assim que as boas ideias surgem?
via eCycle