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25 Arquiteturas Antigas Convivendo Com a Moderna em Perfeita Harmonia

Em todo o mundo, a arquitetura construída centenas de anos atrás está cada vez mais sendo deixada de lado por arranha-céus modernos. Mas, como estas fotos mostram, eles podem coexistir.

1. A moderna Nextower parece gigantesca perto da Eschenheimer Turm, uma torre defensiva medieval, Frankfurt

Com 35 andares de altura, a Nextower, concluída em 2011, desafia tudo o que os engenheiros qualificados do século 14 que construíram a Eschenheimer Turm acreditavam ser possível. (Fonte: Epizentrum)

2. A antiga e a nova ponte da baia de São Francisco lado a lado

Com a inauguração da antiga ponte em 1936 e da nova em 2013, essas gêmeas são separardas por quase 80 anos. (Fonte: Frank Schulenburg)

3. Centro de Xangai, China

4. Igreja Sant Francesc, Espanha

Construída no século XVIII por padres franciscanos, esta Igreja incrível estava começando a cair em desuso até que o arquiteto David Closes interveio e acrescentou um toque moderno. (Fonte: David Closes)

5. Saigon Notre-Dame se mistura com edifícios modernos, Ho Chi Minh City, Vietnã

Construída pelos franceses em 1880, este pequeno pedaço de Paris é um dos poucos prédios históricos ainda de pé entre um movimentado centro da cidade. (Fonte: Mario Weigt, Anzenberger/Redux)

6. Banco de Londres na Inglaterra em meio a arranha-céus

Construído em 1734, o Banco da Inglaterra é um dos bancos mais antigos ainda funcionais no mundo. Ao seu redor, os arranha-céus surgiram. (Fonte: Reddit user)

7. Casa Branca, Ilha de Coll, Escócia

Esta casa da fazenda restaurada do século 18, projetada pela família Maclean-Bristol, é uma incrível mistura de passado e presente. (Fonte: WT Architecture)

8. Prédio de cristal do Royal Ontario Museum, Canadá

Este Museu de história natural e cultura mundial, construído em 1914, teve algumas reformas com o passar do tempo, incluindo uma construção de cristal adicionada em 2007.

9. Templo Wong Tai Sin, Hong Kong, China

Wong Tai Sin é um complexo de templos taoístas enorme no meio de Hong Kong. Construído em 1920, continua a ser um importante destino turístico, assim como a cidade moderna além de seus muros. (Fonte: Reddit user onemantwohands)

10. Igreja St Mary Axe permanece orgulhosa em frente do Gherkin (Pepino), Londres

The Gherkin, inaugurado em 2004, é cerca de 800 anos mais jovem do que a Igreja que está na frente dele. A quase 600 metros, ele também é muito mais alto. (Fonte: BaldBoris)

11. A Chicago Water Tower, construída em 1869, cercada por arranha-céus

Depois que foi inaugurada em 1869, esta torre foi usada para armazenar água para os bombeiros. Inovações modernas tornaram este fim obsoleto, mas esta magnífica torre ainda está orgulhosamente no meio de uma selva urbana movimentada. (Fonte: Didier B)

12. Aarhus, Dinamarca

Aarhus é a segunda maior cidade da Dinamarca. Sendo um importante porto desde a sua fundação, em 948, a cidade é sem dúvidas um jogo de mistura de arquitetura medieval e moderna. (Fonte: kaibuehler)

13. Milão, Itália

Colonizada pelos Celtas em 400 aC e conquistada pelos romanos 200 anos depois, Milão tem uma extensa história. Após a Segunda Guerra Mundial, as estruturas mais modernas começaram a aparecer entre a antiguidade de estátuas de igrejas.

14. Igreja da Trindade e a Torre Hancock, Boston, EUA

A Torre John Hancock, inaugurada em 1976, é o edifício mais alto de Boston. Sua vizinha, a Igreja da Trindade, abriu as suas portas 99 anos antes, em 1877. Agora, ela lança uma reflexão, que jamais poderiam sonhar, sobre aqueles que visitaram a igreja primeiro. (Fonte: Steven Shigeo Yamada)

15. Porto da cidade de Hamburgo, Alemanha

Hafenport foi um porto de comércio incrivelmente importante nos séculos 18 e 19, mas, com a chegada de navios de contêineres no século 20, não conseguiu competir e ficou desolado por décadas. Agora, a área está sendo reformado com modernos edifícios de escritórios. (Fonte: Foto por Silverback Photography)

16. Museu Igreja, Montreal, Canadá

Esta igreja em ruínas foi transformada por Provencher Roy em um museu magnificamente moderno e teatro. (Fonte: Provencher Roy + Associés Architectes)

17. A antiga Casa Estado, Boston

Construída em 1713, a antiga Casa Estado foi a sede do Tribunal Geral de Massachusetts até 1798. Em uma cena que lembra de “Up“, a cidade de Boston explodiu em torno dela, substituindo casas de dois andares por arranha-céus enquanto ela permaneceu intacta como um museu . (Fonte: Chensiyuan)

18. Nanjing, China

Nanjing é uma das únicas quatro antigas capitais da China. Fundada em 495 A.C., a cidade tem uma história mais longa do que a maioria dos países. Sob o Império Mongol, a cidade se tornou um centro para os têxteis e continua a ser uma casa de poder econômico até os dias atuais. (Fonte: Reddit user mthmchris)

19. 8 Spruce Street e o Edifício Woolworths, New York, EUA

As torres Woolworths e Beekman são exemplos perfeitos de quão longe arquitetura chegou. Inauguradas em 1913 e 2011, respectivamente, as duas estão separadas por quase 100 anos. (Fonte: Reddit user etravus)

20. Hong Kong, China

21. Castelo Swansea em frente ao segundo edifício mais alto da cidade, País de Gales

Criado por Henry de Beaumont em 1106, o castelo Swansea uma vez dominou a paisagem. Agora, ele é ofuscado pela torre British Telecoms, que é relativamente pequena, 13 andares de altura. (Fonte: Reddit user Sysiphuslove)

22. Varsóvia, Polônia

(Fonte: Anthony Argrylou)

23. Tóquio, Japão

24. Sede da União Nacional de Arquitetos, Romênia

Empilhada em cima desta casa típica europeia, construída na segunda metade do século XIX, é um arranha-céu moderno.

25. Brno, República Checa

Via: Distractify

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O Golpe

- Todos aqui? - Presidia Homero.

- Estou nervoso.

- Calma Mauro. - Retrucou Mariazinha.

- Falta o Pregão. - Zenildo afirma.

- Onde ele está? - Continuou Homero.

- Disse que ia ao banheiro.

- Mas logo agora?!

- Estou nervoso, isso não vai dar certo.

- Mauro pelo amor de Deus! - Fala Mariazinha já nervosa.

- O Pregão disse que não dava pra segurar, estava apertado. - Zenildo continua.

Entrando pela sala vinha o Pregão.

- Cheguei! Ufa...

- Até que fim, não íamos poder te esperar mais. - Fala Homero já sem paciência.

- Gente, que tal se suspendermos a reunião? Hoje não me parece um bom dia e...

- Mauro, eu juro, vou perder a paciência com você! - levanta a voz Mariazinha completamente irritada.

- Muito bem, todos quietos. - Homero diz tomando as rédeas da reunião - O motivo de estarmos aqui é para planejarmos como tomar o controle de Brasília, como todos sabem a situação por lá não anda fácil. Temos que nos espalhar internamente, cada um tomando a frente de um cargo importante em um partido.

- Mas Homero, não vai dar muito na cara não? - Se manifesta Pregão.

- Não se nos comportarmos como um deles. Teremos que fazer todos os outros pensarem que somos seus aliados.

- E como fazemos isso? - Mariazinha pergunta curiosa.

- É não tem como, devíamos deixar isso pra lá. - Diz Mauro.

- Não vai ser fácil! No começo teremos que fazer coisas que não estamos de acordo. - Diz Homero com seriedade - Teremos que aceitar propina! Participar de esquemas, até mesmo roubar impostos se for preciso! Mas precisamos da confiança dos outros políticos.

- Mas isso não pode dar problema pra gente? E se o povo descobrir que estamos roubando? Podemos ser presos.

- É verdade Zenildo, podemos! Mas teremos que nos arriscar por um bem maior. Alguns de nós serão pegos, ficarão com a ficha suja, é um fato! Mas se isso acontecer, só vai favorecer nosso golpe. As pessoas que forem punidas pela justiça só ganharão mais a confiança dos chefões dos partidos.

- Tá, mas e quando o golpe de fato vai começar? - Pregão se mostra cada vez mais curioso.

- Não há data exata, assim que nos aceitarem como um deles começaremos a agir. Quando todos não estiverem olhando, criaremos leis que favorecerão o povo! Mandaremos cartas anônimas denunciando os ladrões e o abuso de poder. Vamos nos aproveitar do voto secreto para votar contra a politicagem.

- Acho que estou entendendo, ninguém vai desconfiar de nós porque também já estaremos "sujos" na praça, mas o que vamos fazer com o dinheiro que "recebermos" da propina e dos desvios? - Diz Zenildo fazendo o sinal de aspas com as mãos ao falar "sujos" e "recebermos".

- Podemos doar para a caridade, afinal ninguém vai saber... - sugere Mauro tentando se manter calmo.

- Mas pera, se ficarmos um mandato inteiro lá sem aparentemente melhorarmos nossas condições financeiras as pessoas vão desconfiar! - Rebate Mariazinha.

- Sim, por isso que nos primeiros 3 meses iremos gastar esse dinheiro com carros caros e casas luxuosas. Viajar para o exterior é um bom modo de ganhar visibilidade também, tudo o que for bem fácil de ser notado. Depois que atingirmos nossos objetivos poderemos indicar candidatos honestos para cargos, afinal, nessa altura já teremos influência lá dentro. - Aconselha Homero.

- Mas e depois que conseguirmos o controle? O que fazer com o lucro que adquirimos? - Pregão tenta entender.

- Já sei, aí sim podemos doar o que ganhamos pra caridade. - Insiste Mauro.

- Não serei hipócrita! Muito desse dinheiro será gasto nas campanhas dos novatos que iremos indicar, mas o que restar... sei que vocês se sentirão tentados a não devolver, por isso assinaremos um termo de compromisso registrado secretamente em contrato. - Explica Homero.

- Epa, epa, epa... mas isso vai servir como prova do que estamos planejando! - Pregão sorri irônico.

- Verdade, mas um de nós guardará isso consigo o tempo todo, em um lugar que somente ele irá saber. Eu sugiro que seja o Mauro, todos de acordo?

Antes que Homero continuasse a votação Mauro se manifesta.

- POR QUE EU?! Não quero isso pra mim não, é muita responsabilidade!

- É verdade o Mauro é fraco, deixa isso comigo.

- Com você não Pregão, você é muito irresponsável! - Mariazinha se impõe.

- Acalmem-se! - Homero tenta apaziguar os ânimos - Mauro é a melhor escolha, pois ficará com um cargo menor e não chamará muita atenção, além disso, não existe alguém mais honesto entre nós que ele.

Mauro era uma pessoa extremamente ingênua, até hoje morava com a mãe e sempre dizia a ela com exatidão a que horas voltaria para casa.

- Essa ingenuidade dele pode custar o plano todo, ainda acho que eu deveria ficar com os documentos. - Insistia Pregão.

- Você nunca gostou de responsabilidades, porque isso de repente? - Mariazinha suspeitava.

- Ora apenas quero colaborar! - Pregão se irritava com Mariazinha.

- Pois eu sou contra Pregão ficar com esses documentos e me retiro do grupo se qualquer outra pessoa além do Mauro ficar com eles. - Mariazinha explodia.

-E eu não aceito isso, esse banana vai entregar o plano e afinal de contas, você é o que dele para ficar defendendo? A mãe?!

Ao se exaltar, Pregão levantava os braços, quando Zenildo percebe algo em baixo de sua camisa.

- ELE ESTÁ GRAMPEADO! EU VI! - Zenildo grita apontando para Pregão.

Antes que pregão tentasse qualquer coisa, foi agarrado pelos colegas da sala.

Mariazinha inspecionava o aparelho que retirou da cintura de Pregão.

- Eu sabia que isso ia dar errado! O que vamos fazer?!

- Quieto Mauro! Mariazinha, ele estava transmitindo para alguém? - Pergunta Homero.

- Não, apenas gravando.

- Mas o que faremos agora? - Pergunta Zenildo.

- Continuaremos o plano. - Diz Homero com certeza.

- E o que faremos com ele? - Mauro aponta com a cabeça para Pregão enquanto o segura.

- Precisaremos dar um sumiço nele. - Homero fala com uma expressão sombria.

- Mas... isso é demais, não podemos fazer isso! - Mauro diz assustado.

- Poderíamos exilar ele em outro país. - Sugere Mariazinha.

- Mas isso não é ditadura? - Diz Zenildo.

Homero pensa por um minuto, olha para todos e concorda com Mariazinha.

- Isso será pelo bem do País.
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Tatuagem Zumbi

Querando uma “Tatoo” diferente? Tudo bem que ta mais pra maquiagem de efeitos especiais, mas não deixa de ser bem bacana.

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Você sabia que Terry Crews é um pintor incrível?

Terry Crews é mais do que apenas um ator, um ex-jogador da NFL, e um modelo de controle de músculo peitoral (fora o fato de que ele não canta nada mal) e o pai do Chris. Sua primeira oferta de bolsa de estudos na faculdade não foi para o futebol; foi para a arte. Crews é um mago com lápis de cor e um aerógrafo.

Seu portfólio é impressionante e ele já chegou a vender retratos a atletas por US $ 5.000 a peça. Quem sabia que havia mais talentos escondidos debaixo daquela montanha com tantos outros talentos mais óbvios?

via Gawker, reddit

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Nós enxergamos formas nas nuvens, ele desenha sobre elas

Olhar as nuvens e enxergar formas é um tipo de ritual pelo qual todos nós já passamos, provavelmente na infância.

O artista espanhol Martín Feijoó também cultiva esse hábito. A única diferença é que ele é um artista! E como tal, além de enxergar animais, rostos e outros seres nas nuvens, ele dá um formato mais bem definido à sua imaginação por meio do desenho.

Durante uma viagem que fez ao México, Martín fez várias fotografias do céu. Mais tarde ele passou a desenhar sobre elas, criando as artes que você vê abaixo:

O estranho cachorro chamado Rock

Darwin nas nuvens

Um dinossauro

Galinha russa

Um ornitorrinco pescoçudo

Uma mistura de peixe com papagaio

Um pato cabeçudo

Uma tartaruga boxeadora

Imagens de Martín Feijoó desenhando sobre as fotografias

via Somente Coisas Legais

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Henri el magnifico, sua caixa e as viagens pelo mundo

Hoje a postagem é pra lá de especial! Já falei no passado aqui no blog a respeito da arte de Henri Lamy, um incrível pintor francês que retrata o cotidiano em suas obras com uma técnica bem interessante. Foi muito legal falar sobre o seu trabalho, mas sabe o que seria mais legal? Ouvir o próprio falando a respeito. E é isso que vamos ler aqui, um bate-papo com ele.

Ultimamente Henri tem viajado bastante e feito uma espécie de “residência” em outros países, em especial nas Filipinas, onde ele diz ser seu segundo país. Tudo bem espontâneo, nada de apenas galerias ou estúdios de arte, mas uma verdadeira imersão na cultura local. Em suas passagens ele busca conhecer projetos locais e até ensina jovens e crianças um pouco sobre arte ao mesmo tempo aprende com elas.

A conversa foi bem tranquila e Henri abre muito nossa visão de arte, que pode ser algo bem natural e gratificante.

Você tem apenas 29 anos, certo? Suas pinturas são bem maduras e sua técnica é incrível. Com que idade você começou a pintar?

Eu comecei desenhando primeiro. Quando criança eu copiava quadrinhos e mangás. Rostos eram muito importantes. Então eu naturalmente tentei a pintura.

Você usa a espátula para pintar. Como foi a escolha desse estilo?

A espátula simplesmente estava na caixa de ferramentas do meu pai (ele costumava ser um artista).

O que é Rivoli 59? Qual o seu envolvimento com eles?

59 é um estúdio de arte.  Ele reúne 30 artistas no centro de Paris. Quando contei aos meus pais “Eu quero ser um pintor”, foi lá que eu aterrissei. Um maravilhoso pontapé inicial: estar em contato com artistas e listas de visitantes foi a chave para me manter ativo e melhorar o meu estilo. Eu conheci pessoas, fiz viagens, comecei a ver obras de arte com mais regularidade.

Como você recebeu o título de “el magnifico”? *risos*

Meu amigo que colocou. Ele é um talentoso cineasta (kiwi entertainment). Eu não sei se foi sério quando ele fez isso, mas de alguma forma eu achei isso engraçado e então eu aceitei. Eu não quero necessariamente que “el magnifico” seja minha marca.

Você viaja pelo mundo promovendo workshops que ensinam e ajudam jovens pintores. Como esse projeto começou? Em que locais você já esteve fazendo isso?

Não é nada tão formal. Em São Paulo por exemplo, eu fiquei na casa do meu amigo Carlos. Ele fazia parte das atividades de um orfanato e assim que eu soube a respeito, eu quis muito fazer algo também. Porque pintar é algo que deve ser compartilhado.

Eu fiz isso em Hong Kong com crianças autistas também, o conceito foi dançar e pintar ao mesmo tempo. Agora que eu penso nisso, a caixa de capoeira pode ter vindo disso também.

Como surge os convites para essas viagens?

É sempre espontâneo. Eu fui uma criança frustrada por não viajar muito. Uma vez que eu tive condições de fazer isso, eu comecei a ir em toda a parte. Sabe, desde que me lembro, o desconhecido sempre me atraiu.

Você veio ao meu país, Brasil. O que você achou daqui? (Henri esteve no Rio e em São Paulo).

Brasil foi fantástico. Povo acolhedor que me fez sentir a gentileza com a proximidade. Eu fui convidado para dividir refeições, descobrir lugares, melhorar minha capoeira em Guaratingeta com o aniversário de 40 anos da associação mestre Puncianinho.

Além disso, eu achei engraçado como Brasil é parecido com meu segundo país de coração: Filipinas. Ambos são lugares com pessoas acolhedoras e as vezes malucas, criativas e generosas.

Você é um grande fã de Capoeira. Como isso começou? Você é bom? Hehe.

Eu tenho duas lembranças, quando criança, que me martelam a mente. Primeiro, quando meu avô estava morrendo, eu me lembro de gastar muito tempo no jardim, jogando minhas pernas no ar, tentando andar com minhas mãos, como uma forma de aliviar a pressão. Segundo, eu vi um homem fazendo um mortal na piscina. Daquele momento em diante eu me senti atraído por acrobacias. Mais tarde aos 15, eu descobri a capoeira, mas meu grande mestre foram as ruas. Elas me disseram sobre suas viagens, isolamento que puderam sentir e com muita frequência eu me senti próximo a essa filosofia e me ajudou muito a crescer como pessoa e reforçar minha determinação como artista.

Oh my Budha, Modern Gallery, Bangkok, Tailândia 2014

Me conte da caixa de pintura de capoeira, seu projeto atual. Onde aconteceu, como a ideia surgiu? Como foram os resultados, o que o público achou?

Em algum momento eu percebi que tenho feito capoeira a minha vida toda e a mesma coisa com arte. Ambos são formas de expressão, então porque não tentar misturar elas? O público parece receptivo e entusiasmado a respeito, eu acho que porque isso enaltece o poder da arte e o que ela transmite.

Muitos artistas iniciantes lêem o blog. Eu não sei como as coisas são na França ou na Europa para os artistas, mas no Brasil não são fáceis. Arte é subvalorizada e ganhar dinheiro com ela é muito difícil aqui. Que conselhos você pode dar para nós?

Sabe, é a mesma coisa em Paris, exceto talvez porque artistas podem encontrar com facilidade várias instalações então eles tem um lugar para criar. Eu atualmente resido na 100ecs (100 rue de charenton, 75012 Paris), onde eu tenho a intenção de construir uma outra caixa e interagir com o público.

Então, o que eu aconselho em primeiro lugar, é para todos apaixonados por arte, precisa praticar muito para alcançar um manejo especial da técnica.

Em seguida, deve-se levar valores que podem encontrar os sentimentos das pessoas, é por isso que como seres humanos todos nós devemos estar abertos e interligados.

Então como em qualquer negócio, um lado de sua alma de artista tem que considerar a melhor opção para venda. Não hesite em gastar algum tempo com isso também!

Para mais sobre Henri Lamy acesse:

henrilamy.fr

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Locomovendo com Rollick

Independência é liberdade. Essa ideia é o que move o mundo a tempos, mas apenas se você for “normal”. Se por algum motivo você foge aos padrãos que a sociedade considera normal, então você se torna um excluído, em alguns casos até discriminado. Uma vez  o ator Morgan Freeman falou sobre como acabar com o racismo, dizendo que simplesmente devemos esquecer essa bobagem de que somos diferentes. Parar de falar esses absurdos. O mesmo acontece quando falamos de pessoas com necessidades especiais, essas são ignoradas e consideradas diferentes. Que tal esquecer toda essa bobagem?

Ora, a tecnologia, as inovações não são para todos? Porque devemos ignorar o fato de que cadeirantes, por exemplo, podem receber produtos inovadores e de qualidade, e mais, com design interessante? Pensando nisso a Rollick tem produtos com propostas interessantes que promovem a mobilidade e a inclusão.

A Firefly, é uma bicicleta elétrica pra lá de maneira que é anexada a uma cadeira de rodas manual. Com travas simples de encaixe, ela transforma a cadeira de rodas em um meio de locomoção prático e divertido.

Projetado principalmente para uso ao ar livre, ela tem um alcance máximo de 30 km/h e pode se locomover para a frente e para trás. Ela também pode ser usada dentro de locais fechados, por exemplo, edifícios públicos, shoppings e centros de reabilitação.

Outra opção de cadeiras que a Rollick oferece é Dragonfly. Esse modelo tem um sistema propulsão manual que se conecta a cadeira de rodas. É uma boa opção para se exercitar em quanto se locomove.

A Pivot é uma cadeira com duas alavancas, uma de cada lado, que substitui as rodas traseiras. Movimentando as alavancas é possível controlar e locomover a cadeira de rodas de forma prática. A biomecânica da alavanca de propulsão permite que os usuários da Pivot vão mais longe e mais rápido, reduzindo significativamente as lesões de risco por Esforços Repetitivos (LER) do punho, braço e ombro, fora que oferece controle total de movimento.

Outro modelo oferecido pela Rollick é a Manta.

Manta  é  uma cadeira de rodas  elétrica  compacta e  leve, projetada para uso interno  ao ar livre.  Ela pode ser  desmontada rapidamente em três módulos  que se encaixam em  uma mala  de tamanho médio. Isso permite que a Manta  possa ser facilmente  transportada em uma  mala de carro, no trem ou no  ônibus,  ou como  bagagem de porão em um avião.

Com a opção de bateria de lítio, a Manta pesa apenas 21 kg. Se a bateria de chumbo-ácido for escolhida, o peso vai aumentar em um adicional de 1,8 kg. O seu design compacto significa que a Manta é extremamente manobrável, tornando-a ideal tanto para escritório quanto para uso doméstico.

Todas essas cadeiras são desenvolvidas pela Rio Mobility em San Francisco e só provam que a inclusão pode ser natural, digna, moderna e interessante. Taí mais um motivo para enchermos a cidade com ciclovias e rampas.

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Pessoas criativas são mais propensas à depressão e dependência química

Artistas costumam ser mais sensíveis, sendo mais afetados por suas emoções. Consumo de álcool e drogas também pode contribuir.

Paris (AFP) – Fama e fortuna não fazem muita diferença, a criatividade é que faz com que atores, músicos, escritores, pintores, artistas em geral, sejam mais propensos à depressão e vícios do que a média das pessoas comuns, de acordo com especialistas entrevistados pela AFP.

Foi a depressão que levou o criativo ator Robin Williams a supostamente cometer o suícidio, o mais recente caso de uma significativa e triste lista. Artistas como Jim Carrey, Catherine Zeta-Jones, Mel Gibson ou Poelvoorde já falaram abertamente sobre sua depressão, associada ou não ao consumo de álcool ou drogas.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, mais de 350 milhões de pessoas de todas as idades sofrem de depressão em todo o mundo. “Na sua forma mais grave, pode levar ao suicídio”, ressalta a OMS, que se refere a uma estimativa de “1 milhão de mortes a cada ano.”

A assessora de imprensa de Robin Williams, Mara Buxbaum, explicou que o herói de “Bom-dia, Vietnã”, “Uma babá quase perfeita”, “Gênio Indomável” e “A Sociedade dos Poetas Mortos” lutava contra uma depressão profunda. Segundo a polícia, a causa provável de sua morte foi “suicídio por asfixia”.

O ator Robin Williams se enforcou devido a uma forte depressão.

Para o professor Michel Reynaud, chefe do departamento de psiquiatria e dependência no hotel Paul Brousse em Villejuif, Paris, existe uma ligação entre talento criativo, depressão e dependência.

“Os artistas são muitas vezes pessoas mais sensíveis, sentem mais intensamente as emoções. Isso acontece geralmente com escritores, poetas, músicos, atores, de muita qualidade, mas por trás de seres muitas vezes ansiosos, deprimidos, bipolares”, observa.

Além disso, produtos com o álcool e as drogas, geralmente disponíveis em seu ambiente – “meio de divertimento, festivo, de dinheiro” – são vistos como facilitadores da expressão artística.

Deve-se ainda acrescentar, segundo ele, a pressão pelo sucesso e atores que vivem “numa espécie de exaltação narcisista”. “Eles dizem que representam bem a sua vida e narcisismo em cada filme ou cada peça”.

Amy Winahouse sofria de depressão e morreu devido o abuso de álcool.

Sem razão claramente identificável

“Existem alguns estudos que ligam o talento criativo à saúde mental, embora o mecanismo exato ainda seja um mistério”, observa o professor Vikram Patel, diretor do Centro Britânico para a Saúde Mental Mundial (Global Mental Health).

“Os circuitos cerebrais que são a fonte da criatividade são os mesmos que os das doenças mentais, então, ser criativo pode aumentar o risco de doença mental”, diz.

Vincent van Gogh cortou a própria orelha devido problemas psicológicos.

A ligação entre depressão, transtorno bipolar e dependência também pode ocorrer, porque, segundo o professor Reynaud, “entre um terço e 50% dos viciados são deprimidos e a metade dos bipolares têm problemas de dependência”.

“E o vício por si só provoca síndromes depressivas, muitas vezes graves, durante as quais as pessoas podem cometer suicídio”, acrescenta.

Um estudo do Journal of Phenomenological Psychology em 2009 garantia que, ao mesmo tempo em que a celebridade pode trazer riqueza, privilégio e “imortalidade simbólica”, há um preço a pagar para o estado mental que isola as pessoas, os torna desconfiados em relação a outros, e que pode levar a uma divisão entre “celebridade” e “pessoa privada”.

** FILE **Novelist Sidney Sheldon, 86, poses for a portrait during an interview in this Jan. 27, 2003, file photo at his home in Palm Springs, Calif. Sheldon, who won awards in three careers- Broadway theater, movies and television- before turning to writing best-selling novels, died Tuesday, Jan. 30, 2007. He was 89. (AP Photo/Jonathan J. Dwyer)

Para Jeffrey Borenstein, presidente da Brain and Behaviour Research de Nova York, “as pessoas estão lutando para entender por que alguém que parece ter tudo pode estar deprimido”.

“Muitas vezes pensamos que a depressão ocorre durante uma vida difícil, e às vezes isso acontece, mas muitas vezes a depressão ocorre sem causa claramente identificada”, diz ele.

Os meios artísticos não são os únicos suscetíveis, revela ainda Reynaud, citando os comerciantes. ”Algumas profissões são mais vulneráveis que outras quando o modo de vida é desregrado, a pressão é grande e o acesso a produtos químicos é fácil”, resume.

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Reinaldo Rocha e A Caverna do Dragão

“Muita coisa na vida agente é por que escolhe ser. Muita coisa agente nasce sendo. E é fácil confundir uma coisa com outra. Eu sei que nasci mineiro e que meu nome é Reinaldo Rocha.”

Assim começa o papo com o artista e professor de ilustração e pintura, Reinaldo Rocha. Ele ficou conhecido por ter ilustrado o quadrinho do final de Caverna do Dragão!

Dungeons & Dragons (Caverna do Dragão, no Brasil) é a lendária série de animação coproduzida pela Marvel ProductionsTSR e Toei Animation, baseada no jogo de RPG homônimo. A série possui 27 episódios divididos em três temporadas, transmitidas originalmente entre os anos de 1983 e 1986 pela rede de televisão estadunidense CBS.

A animação conta a história de 6 jovens que estão presos em um mundo estranho, mágico e cheio de perigos, que tentam voltar para casa, mas nunca conseguem. O desenho se tornou uma lenda por nunca ter um final. Bom em termos, pois o roteiro do final existe e se chama Réquiem (e você pode lê-lo aqui).

Apesar de muito sucesso no Brasil, nos Estados Unidos a série foi cancelada por baixa audiência.

Por que o desenho foi cancelado? Eu era muito jovem para me lembrar, mas eu ouvi que foi por causa de toda a controvérsia religiosa em relação ao jogo.

Não, nenhuma controvérsia afetou o desenho. O cancelamento foi, pura e simplesmente, devido à baixa audiência. Ela estava em declínio ao longo da terceira temporada, e a CBS sentia que eles cairiam ainda mais.

Disse Mark Evanier, que desenvolveu as idéias para o desenho e escreveu o episódio-piloto, A Noite Sem Amanhã, em uma entrevista encontrada no antigo site do escritor e quadrinista Mushi-San. Inclusive, o próprio Mushi-San iniciou um projeto de desenhar o roteiro de Réquiem, porém nunca terminou, deixando a tarefa mais tarde para Reinaldo Rocha.

Veja o trabalho de Mushi-San.

Reinaldo tem um estilo misto, resultado de vários estudos de técnicas diferentes. Como professor ele acha importante conhecer para ensinar, já como artista, sua própria curiosidade sobre técnicas o levaram a esse caminhos.

Ser artista deu muito trabalho, mais sempre foi o que eu sou. Eu sempre desenhei, nunca parei e acho que as pessoas podem ver o quanto eu amo isso e posso levar isso pra elas. O que aconteceu com o Caverna do Dragão que me levou até essa entrevista.

Eu já fiz muita coisa, já trabalhei muito e tem coisa demais pra contar. E falhei tantas vezes que nem sei falar também. Muito sucesso e muito fracasso, sou uma pessoa que não corre da luta.

Confira o papo que o Urucum Digital levou com esse dedicado artista.

Fale um pouquinho da sua trajetória como ilustrador, vem de muito tempo? Você sempre trabalhou com isso?

Sempre desenhei e fazia o que podia pra estudar. Com 13 fiz instituto universal de desenho que minha tia me deu de natal. Eu copiava os desenhos dos quadrinhos que comprava. Era meu jeito de estudar por que não tinha acesso a muita informação. Eu saí da casa dos meus pais com 19 pra estudar em BH, nasci em viçosa, interior de minas. E desde desse dia ate hoje com 29 anos. Nunca parei de trabalhar e de estudar. Já trabalhei pro governo, Casa dos quadrinhos, fazendo animações, brinquedos e produtos pra produção na China, já tive empresa, já trabalhei em empresa de publicidade. Durante muito tempo trabalhar foi minha escola. Por que aprendia com as pessoas de onde trabalhava. Já fui professor, coisa que tenho muita saudade. Trabalhei com jogos, filmes e quadrinhos. Mais sempre fazendo freelances. Até que fiquei 3 anos apenas com freelances. Que é o que faço atualmente, porque gosto muito de viajar e isso me da liberdade. Apesar de estar cansado de freelas e querendo um emprego.

Você é professor de desenho, o que mais gosta de fazer, desenhar ou ensinar? Ou um complementa o outro?

Minha vida toda eu sofri muito por que eu queria muito aprender e ninguém podia me ensinar. Eu morava em uma cidade pequena e meu sonho era ir pra uma cidade grande pra estudar. E na minha época não tinha internet como tem hoje. Quando eu tinha 15 anos na minha casa tinha internet discada. Eu comprava CD na banca pra saber o que tava rolando. Rs

E eu decidi virar professor porque eu quero ajudar pessoas igual a mim que querem aprender, querem perguntar pra alguém e não tem ninguém.

E por falta de material eu li os mesmos livros milhares de vezes, e aprendi as mesmas coisas de jeitos diferentes em diferentes livros porque na procura mesmo sendo a mesma coisa, talvez eu aprendesse alguma coisa nova que fizesse diferença.

E eu aprendi varias métodos de fazer a mesma coisa. E pra fazer melhor eu estudei todas as matérias que envolvem desenho. Por exemplo psicologia, linguagem corporal, fotografia e tudo que eu achasse que podia ajudar.

E acho que isso me transformou em professor por que eu não quero que seja difícil pra outras pessoas como foi pra mim.

Você estuda bastante a respeito de arte, inclusive tem experiência fora do país no assunto. O brasileiro está apto a se desenvolver como artista no exterior ou ainda existem restrições a respeito de arte para quem é daqui?

Eu te juro Vitor o mundo sempre vai estar de braços abertos pra pessoas de talento. O negocio é o dinheiro. Se você quiser estudar em escolas do exterior eles vão te receber muito bem, é só você pagar. Não é tão caro. Eu acho mais barato que estudar aqui. E as escolas de lá são melhores sim.

Mais a respeito de emprego não interessa se você é brasileiro ou qualquer coisa. Interessa se você é cidadão. Em alguns países eles pagam caro pra contratar pessoas de outros países.

Depende do modelo econômico do país. Mais como sempre o negocio é dinheiro. Se você der mais lucro que prejuízo. (Parece Lógico, mais é na verdade uma aposta do seu patrão).

Meu conselho de verdade. A gente vive em mundo globalizado. E você tem internet no seu quarto, acho que tem que parar com essa ideia de vou lá ver o que que rola. Isso é infantil e sonhador.

Você pode trabalhar pra mais de um país pela internet, fazer dinheiro e ir lá passeando.

Seu trabalho e estilo busca um pouco de tudo. Você aparenta ser um cara que gosta de experimentar. Essa é uma característica que sempre foi sua, ou ensinar requer que você conheça e experimente coisas novas sempre?

Eu gosto de experimentar no desenho por que sou assim na vida. Quando era pequeno o primeiro quadrinho que li e pirei foi um Homem-Aranha versus Venom desenhado por Todd McFarlane. Ele falou pra tentar desenhar tudo e não ficar desenhando a mesma coisa. Eu segui o que ele falava por um tempo. Fiz Design Gráfico porque ele fez também. E eu vi um vídeo que fala pra usar filtro solar que falava pra todo dia a gente fazer alguma coisa que assusta a gente. Eu acredito nisso porque acho que a gente tem a capacidade de fazer, mais muitas vezes não faz por medo e por bloqueio. Então vamos botar esse medo pra fora e tentar tudo.

Amyr Klink fala que medo vira respeito e respeito vira confiança. E acho que isso ajuda a ser professor porque ao mesmo tempo em que eu entendo que o aluno tem que transformar esse bloqueio em conhecimento eu posso falar, Rapaz confia em mim que eu sei o que eu tô falando.

E se eu não souber eu experimento. É assim que o aluno ensina o professor também.

Atualmente você trabalha como? O que tem feito?

Estou preparando um jogo com a empresa Eletronic Motion pra GDC da Alemanha. Atualmente é meu projeto mais importante. Mas eu trabalho como freelance. Tenho feito um quadrinho das Tartarugas ninja pro lançamento do filme.

Eu trabalho no meu quarto com um notebook e um monitor em cima de uma caixa de sapato. Larguei a Cintiq e uso a Intuos porque eu consigo relaxar mais enquanto trabalho com a postura melhor rs. Eu mando e-mail pros lugares que quero trabalhar. E escuto Nerdcast e 8tracks. Mais acho não foi essa a pergunta né haha.

Você é o cara que ilustrou o final de Caverna do Dragão! O Réquiem. Como foi essa experiência? Foi muita responsabilidade pegar algo tão querido e cheio de tabus e fazer assim?

Eu gosto muito de desenhar e procurei na internet um roteiro pra fazer em quadrinhos. Achei o do Caverna do Dragão e comecei a fazer por prazer mesmo. Fiz a capa que é a primeira página, minha professora na época falou que daria um excelente trabalho de conclusão de curso. Assim eu fiz. Só que nos primeiros seis meses foi apenas de pesquisa. Tipo de público, quem são essas pessoas, o que compram e tendências futuras.

E no segundo semestre eu iria desenhar e finalizar. Só que sofri um acidente de carro e dei umas capotadas e o osso do pescoço… sinistra. Fiquei um tempo sem andar, mais tinha que formar então eu colava uma folha na parede e colocava uma chão perto da cama ai quando o braço doía eu trocava pra outra folha. Isso com tudo com aquela coleira. Demorei 3 meses pra fazer tudo. E por isso o desenho é um pouco diferente do meu traço normal.

Mas eu voltei a andar, terminei os quadrinhos e me formei. Mas hora nenhuma eu senti essa responsabilidade. Eu me diverti fazendo eu estava preocupado em formar e em andar. Fiquei surpreso com todas as pessoas que ficaram felizes de ver o final e isso me emocionou muito.

Foi um episodio da minha vida que traz muito orgulho de mim mesmo. Eu amei a vida, amei os quadrinhos e lutei ate onde eu podia e acho que esse amor que tirei do peito foi nos quadrinhos como uma onda de coisas boas. Por que é só um quadrinho, mais as pessoas tratam como se fosse um feito muito grande. Acho que as pessoas sabem o que eu passei pra fazer de algum jeito.

É possível ver os seus quadrinhos de Caverna do Dragão em muito lugares, me lembro de ter visto até no Canal Nostalgia do Youtube, que é bem famoso. Isso te abriu muitas portas? As pessoas sempre lembram de te dar os créditos?

Na maioria das vezes sim. O Nostalgia foi o único que errou meu nome, haha. Isso me abriu muitas portas sim. Eu formei, conheci gente legal. Sei que pessoas ficaram felizes. Nunca ganhei dinheiro por causa disso e ninguém nunca me passou freelas por isso também.

Quanto ao canal nostalgia, foi muito legal mesmo. E a animação que eles fizeram ficou muito legal. Muita gente veio me dar os parabéns pelo trabalho, o que foi o melhor de tudo. Fiquei impressionado como as pessoas são gentis e mandam palavras legais.

Não é sempre que temos um professor de desenho a disposição, que dicas você pode dar, tanto para quem está começando, quanto para quem já está no mercado?

Minha dica principal: Vá em busca de você mesmo. Pode ser que você encontre um mestre, pode ser que não. Pode ser que você tenha uma escola, pode ser que não. Pode ser que um monte de coisas que você acha que vai fazer na sua vida, na realidade nunca aconteçam. Mas nunca desista de você mesmo e do que te faz feliz, por que uma hora você tem que aceitar, o mundo não é um lugar fácil, e você não pode parar de lutar.

Se precisar toma seu tempo e respira, Mas sabendo que vai levantar e vai lutar de novo. No seu coração tem todas as respostas que você precisa. E a sua arte vai ser do tamanho do seu amor.  E só você buscar e seguir você mesmo.

Aprender a fazer sua arte e aprender a fazer dinheiro, são coisas diferentes. Com internet vocês tem tudo que precisam. Existem escolas muito boas online. Tipo CDA e Schoolism e Melies. Se você não tem dinheiro existe de graça também. Se você não tem tempo acorda mais cedo, dorme mais tarde. Evita drogas e exageros. Ou qualquer coisa que te roube de você mesmo.

Algumas pessoas vão falar que estudar o renascimento é o melhor, outras que a Indústria diz o que você faz. Faça os dois. Se ta em dúvida se estuda 3D ou ilustração, faz os dois, no caminho você se encontra.

E o segredo maior, não tem segredo. Existe luta. Eu queria falar que não desista que um dia você alcança, mas pensa bem alcançar o quê? Quando você chegar lá você vai parar? Talvez você já esteja muito mais longe do que imagina.

Confira os quadrinho de Reinaldo do episódio Réquiem, de Caverna do Dragão.

Veja mais de Reinaldo Rocha em seu blog.

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